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CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA BACHARELADO EM PSICOLOGIA PSICOLOGIA E COGNIÇÃO Prof. Cleber Gibbon Ratto Aluna: Vanessa Branco Cardoso Estudo Dirigido: O médico do “Relato de um Caso” estava acostumado a seguir um modelo de atendimento, em que não interagia de fato com a sua paciente. Ele não passava pela experiência do contato singular que é cada encontro, apenas encaixava as pessoas em suas regras médicas, dava recomendações segundo a sua técnica e considerava seu trabalho feito. Um dia, ele se viu incomodado com essa situação, e nessa sua “produtiva inquietude” resolveu produzir um encontro totalmente diferente. Resolveu fugir da técnica modelizadora habitual, iria enriquecer esse momento. Uma relação inédita estava para se estabelecer. Essa nova possibilidade de acontecer, oportunizou novos desfechos. Aceitou que a paciente também fosse diferente. Isso me lembra os conceitos de “bons e maus encontros” de Espinoza: resumidamente, os bons potencializariam as forças criativas envolvidas e os maus diminuíam as forças que ali estavam. Nessa nova relação se estabeleceu um “bom encontro”, uma experiência que ultrapassou a técnica médica e possibilitou que tanto terapeuta, quanto paciente tivessem um novo olhar sobre o outro e sobre si mesmos, fomentando as suas forças. Nada é mais esperado do que isso no relacionamento entre o psicólogo e seu paciente. Se como profissionais formos para o atendimento sempre determinados a encaixar as pessoas que nos procuram em algum tipo de modelo-diagnóstico isso não frutificará a relação. Entretanto, se nos deixarmos levar pela experiência que o momento nos propicia, poderemos ter um “bom encontro” que de fato produza resultados inéditos para ambos.
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