Buscar

MIP Nível de controle

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Notas de Aula de ENT 115 – Manejo Integrado de Pragas Florestais 
 
Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br 
1 
CONCEITOS BÁSICOS DO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS 
 
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma filosofia de controle de pragas que procura 
preservar e incrementar os fatores de mortalidade natural, através do uso integrado de todas as 
técnicas de combate possíveis, selecionadas com base nos parâmetros econômicos, ecológicos e 
sociológicos, visando a manter a densidade populacional de um organismo abaixo do nível de dano 
econômico. 
 A compreensão dos preceitos do MIP requer o conhecimento de alguns conceitos básicos, 
que são comumente usados por pesquisadores, técnicos e produtores que lidam com a entomologia. 
Para entendê-los devemos conhecer a relação inseto-fitófago x planta (Figura 1). 
 
 
Inseto 
Planta 
Perda ou 
Dano 
 
Dano 
Econômico 
Significativo 
$ Injúria 
Ataque 
Praga 
 
 
FIGURA 1. Esquema ilustrando a relação inseto x planta, que caracteriza o conceito de praga. 
 
Os insetos fitófagos alimentam-se das plantas para sobreviverem e, como conseqüência, as 
plantas deixam de produzir a mesma quantidade de produtos que outras que não foram danificadas 
por eles. Do ponto de vista do manejo integrado de pragas, esse inseto, ao se alimentar de uma 
planta cultivada provoca nela uma Injúria , que é definida como qualquer alteração deletéria 
decorrente da sua ação. A planta injuriada perde produção, que pode ser quantificada 
monetariamente, recebendo o nome de Dano Econômico, que é definido como qualquer perda 
econômica decorrente de uma injúria. Quando esse dano se torna significativo diz-se que esse inseto 
se tornou uma Praga . A dúvida é saber quando o dano econômico se torna significativo, e, para isso, 
foi criado o conceito de Nível de Dano Econômico (NDE), que é a densidade populacional de uma 
praga capaz de causar um prejuízo (dano econômico) de igual valor ao seu custo de controle. 
Para calcular o NDE é necessário saber que a produção da cultura é reduzida à medida que 
a densidade populacional da praga ou a sua injúria aumenta (Figura 2). 
 
 
2 
Densidade populacional/Injúria
P
ro
d
u
çã
o
Tolerância/
Supercompensação Compensação Linearidade Insensibilização Insensibilidade
 
FIGURA 2. Modelo do efeito da injúria provocada por insetos sobre a produção. 
 
Conforme visto, a produção será máxima quando a população da praga estiver próxima de 
zero. Para obter isso, devemos investir recursos para reduzir a densidade populacional da praga. 
Quanto maior o valor investido no controle, menor é a densidade populacional da praga e, 
conseqüentemente, maior será a produção da cultura (Figura 3). 
 
 
Redução Densidade Populacional de Pragas 
$ 
Custo 
 
Controle 
Valor da 
Produção 
 
NDE 
 DP=0 
 
FIGURA 3. Relação custo-benefício do controle de pragas, conceituando nível de dano econômico. 
 
O que se espera obter em qualquer investimento florestal é o máximo lucro; então, a tomada 
de decisão (aplicação ou não de um ou outro método de controle) envolve um custo, que deve ser 
minimizado, e uma receita, que deve ser maximizada. A diferença entre a receita e o custo produz 
um lucro, que é descrito matematicamente como: 
L = pQ(x) - C(x), 
em que: L = lucro; p = preço do produto; Q(x) = quantidade do produto que se obteve em função da 
aplicação do método de controle (x); x = método de controle; e C(x) = custo da aplicação do método 
de controle (x). 
O lucro será máximo quando as curvas de receita da produção e custos de controle de 
pragas se afastarem o máximo, ou seja, quando a derivada de L em função de (x) for igual a zero: 
(dL/dx) = p[dQ(x)/d(x)] - [dC(x)/d(x)] = 0. Nesse ponto, temos o NDE, ou seja, a densidade 
populacional da praga (eixo X) em que devemos aplicar o controle. 
Na Figura 4 temos a derivada do lucro (dL/dx). Verifica-se que a curva de incremento dos 
custos aumenta quando a intensidade de controle aumenta. Isso porque aumentam os custos para 
se obter: boa estimativa da densidade populacional da praga; maior eficiência de controle; melhoria 
Notas de Aula de ENT 115 – Manejo Integrado de Pragas Florestais 
 
Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br 
3 
da metodologia de aplicação; etc. Por outro lado, a curva de incremento das receitas decresce com o 
aumento da intensidade de controle, devido aos maiores custos de sua implementação. O lucro é 
representado pela área formada pelo triângulo “abc”, que é derivado da diferença entre as duas curvas 
e é maximizado quando elas se interceptam no ponto X0. 
 O preço dos produtos e dos insumos afeta o nível ótimo de intensidade de controle de 
pragas. Quando o preço do produto sobe, o retorno (ou benefício) do controle de pragas também deve 
aumentar, pois o produtor deve investir mais no controle de pragas, para reduzir mais os danos e 
obter maior produção e maior lucro. Assim, a intensidade de controle deve aumentar se o preço do 
produto aumentar, pois a curva de incremento dos custos intercepta a das receitas num nível de 
intensidade maior X1. 
 Como foi visto acima, o produtor terá o maior lucro se utilizar uma intensidade de controle 
igual a X0 ou X1, dependendo da variação no preço do produto. A partir destes pontos, qualquer 
investimento para reduzir, ainda mais, a população da praga (e conseqüentemente os seus danos) 
produzirá uma perda econômica para o produtor, que é representada pela área formada pelo triângulo 
“bdX2”. O ponto X2 representa a intensidade de controle necessária para se eliminarem todos os 
indivíduos de uma espécie de inseto-praga de uma área (e, conseqüentemente, todos os seus danos) 
e, também, representa a perda econômica máxima que se pode obter no controle de pragas, devido 
ao aumento no custo de controle. 
 
 
Intensidade de Controle de Pragas
$ 
X 2 X 0 X 1 
a 
b 
c d 
Incremento das 
Receitas de P1 
Incremento das 
Receitas de P2 Incremento 
dos Custos 
 
FIGURA 4. Derivada da relação custo-benefício do controle de pragas, onde P1 = produtos com baixo 
preço e P2 = produtos com alto preço. 
 
 
O nível de dano econômico é dinâmico e pode variar segundo: Preço do produto (quanto 
maior o preço do produto, menor o nível de dano); Custo de controle (quanto maior o custo de 
controle, maior o nível de dano); capacidade da praga em danificar a cultura; suscetibilidade da 
cultura à praga. 
Outro conceito muito usado no MIP é o do Nível de Ação ou de Controle (NA ou NC), que 
é a densidade populacional de uma praga em que devem ser tomadas as medidas de controle, para 
que não causem danos econômicos. A diferença entre os valores do ND e do NC é igual à velocidade 
de ação dos métodos de controle. Isso ocorre porque se o método de controle for lento, a densidade 
da praga pode crescer por certo tempo após a aplicação do controle e causar danos acima do 
tolerável. 
Na prática, o produtor terá que acompanhar a flutuação populacional da praga no tempo e 
somente aplicar o controle quando essa densidade atingir um valor igual ou superior ao NC, para 
manter a densidade populacional do inseto no Ponto de Equilíbrio (Figura 5). 
 
 
 
4 
Tempo
D
en
si
da
de
 
P
op
ul
ac
io
na
l
NDE
NC
PE
Combate
 
FIGURA 5. Esquema representando o comportamento da densidade populacional de um organismo 
no tempo com relação ao nível de dano econômico. 
 
 
Com a implantação dos conceitos de NC e NDE, o MIP avançou em algumas culturas em 
relação aos métodos tradicionais, mas estava focalizado apenas na avaliação da densidade 
populacional das pragas, sem considerar o efeito do controle biológico natural natomada de decisão. 
Isso foi mudado com a determinação do Nível de Não-Ação (NNA), que é a densidade populacional 
dos inimigos naturais capaz de controlar a população da praga sem a intervenção humana. 
Esses conceitos passaram a integrar o MIP e são utilizados rotineiramente nas atividades 
regulares da cultura florestal. 
 
 
6. PROCEDIMENTOS PARA IMPLEMENTAÇÃO E GERENCIAMENTO DE 
PROGRAMAS DE MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS 
 
 A implantação e o gerenciamento de programas de MIP são fundamentais para a correta 
condução da floresta sob o ponto de vista do controle de insetos-praga. Isso pode ser implementado 
em cinco etapas: 
 
1o – Definição da unidade de manejo 
 
 A unidade básica de manejo de pragas florestais é o talhão. Essa unidade consiste numa 
área delimitada fisicamente por estradas, aceiros ou trilhas (Figura 6) e são consideradas 
independentes umas das outras. Isso significa que a tomda de decisão de combate é específica 
para cada uma. Cada unidade deve conter a cultura em condições homogêneas de tratos culturais, 
idade, espécie ou cultivar, tipo de solo, micro-clima, entre outros, de forma que o comportamento da 
praga seja semelhante em toda a área da unidade, para que a amostragem dos insetos seja 
representativa. O seu tamanho é determinado pelo sistema de manejo da cultura e pela capacidade 
operacional de ação de combate. Isso é, deve ter uma área que permita a aplicação de um método 
de controle em tempo suficiente para não haver alteração no status populacional da praga durante 
as operações de monitoramento e combate. 
 
Notas de Aula de ENT 115 – Manejo Integrado de Pragas Florestais 
 
Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br 
5 
Talhão 1
Talhão 2
Talhão 3
 
 
FIGURA 6. Esquema de unidades de manejo (talhão). 
 
 
2º - Eleger as pragas-chave 
 
 As pragas-chave são as mais importantes da cultura que se está manejando. Elas são 
selecionadas de uma lista de insetos que ocorrem ou podem ocorrer nessa cultura. Essa lista é 
feita com base em consultas à literatura, entrevistas com técnicos ou protutores, ou estudos de 
campo. As espécies listadas devem ser classificadas em basicamente quatro tipos: as não-pragas, 
as secundárias, as primárias e as severas, sendo as duas últimas as mais importantes, conforme 
mostrado a seguir. 
 
a) Organismo não-praga : é aquele organismo cuja densidade populacional nunca atinge o 
nível de controle (Figura 7). Ex. a maioria dos insetos presentes nos agroecossistemas que usa 
recursos que não comprometem a produção. 
 
Tempo
D
en
si
da
de
 P
op
ul
ac
io
na
l
ND
NC
PE
 
FIGURA 7. Esquema representativo da flutuação populacional de um organismo não-praga. PE (Ponto 
de Equilíbrio); NC (Nível de Controle); ND (Nível de Dano). 
 
 
b) Praga Secundária ou Ocasional: é aquela que raramente ou ocasionalmente atingem o 
nível de controle (Figura 8). 
 
 
 
6 
Tempo
D
en
si
da
de
 P
op
ul
ac
io
na
l
ND
NC
PE
Combate
 
FIGURA 8. Esquema representativo da flutuação populacional de uma praga secundária. PE (Ponto 
de Equilíbrio); NC (Nível de Controle); ND (Nível de Dano). 
 
 
c) Praga freqüente ou primária: é aquela que freqüentemente atingem o nível de controle 
(Figura 9). 
 
Tempo
D
en
si
da
de
 P
op
ul
ac
io
na
l
ND
NC
PE
Combate
 
FIGURA 9. Esquema representativo da flutuação populacional de uma praga freqüente ou primária. 
PE (Ponto de Equilíbrio); NC (Nível de Controle); ND (Nível de Dano). 
 
 
d) Praga severa : é aquela que apresenta o ponto de equilíbrio sempre acima do nível de 
controle ou de dano econômico (Figura 10). 
 
Tempo
D
en
si
da
de
 P
op
ul
ac
io
na
l
ND
NC
PE
 
FIGURA 10. Esquema representativo da flutuação populacional de uma praga severa. PE (Ponto de 
Equilíbrio); NC (Nível de Controle); ND (Nível de Dano). 
Notas de Aula de ENT 115 – Manejo Integrado de Pragas Florestais 
 
Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br 
7 
 
 
 
 
Das espécies selecionadas como chave, é necessário ter conhecimento geral sobre elas 
com relação à sua biologia, ecologia, comportamento, principais inimigos naturais, técnicas de 
amostragem e de controle, etc, para poder manejá-las adequadamente. 
 
3º - Aplicar os componentes do MIP 
 
 Os componentes do MIP são os passos que devem ser tomados sempre que surgirem 
problemas de ataque de insetos à cultura e compõem as ações rotineiras do programa. Eles são 
constituídos de três etapas: 
 
a) Avaliação do ecossistema 
 
 É necessária uma avaliação local do problema, onde devem ser analisados quatro 
componentes do ecossistema: a planta, a praga, os inimigos naturais e o clima. 
Ø Deve-se identificar e quantificar a população do inseto que está causando o problema em 
questão; 
Ø deve-se identificar e quantificar a população dos inimigos naturais desse organismo; 
Ø deve-se avaliar o estágio fisiológico da planta; 
Ø deve-se avaliar as condições climáticas do local. 
 
É importante considerar a necessidade de se utilizarem métodos de levantamento 
populacional de insetos que possam ser diretamente correlacionados com a injúria provocada e 
conseqüentemente com os danos. Esse levantamento permitirá a determinação não só de nível 
populacional para a adoção de medidas de controle, como também indicará a tendência das 
populações em crescer ou decrescer possibilitando a tomada de decisão mais coerente. Não existe 
um método universal de levantamento, sendo que, freqüentemente, um método empregado para uma 
praga não se aplica a outra, e às vezes, o mesmo método não serve para a mesma praga em 
condições diferentes. Normalmente ela depende da espécie e da fase da praga, da idade do plantio, 
da área afetada, dos recursos disponíveis, etc. 
 O MIP está fundamentado na amostragem das populações das pragas -alvo e de seus 
inimigos naturais, bem como no conhecimento da cultura e das condições climáticas do local. Todas 
as duas fases posteriores estão baseadas nessa amostragem. 
 
b) Tomada de decisão 
 
 A tomada de decisão é efetuada através da análise dos aspectos econômicos da cultura e 
da relação custo/benefício do controle de pragas, que é determinado pelo NDE. Com base na 
avaliação do ecossistema combate-se a praga se: 
- a densidade populacional da praga for igual ou maior que o nível de controle; e 
- a densidade populacional dos inimigos naturais for menor que o nível de não-ação; e 
- a planta estiver no estágio suscetível à praga; e 
- as condições climáticas estiverem favoráveis à praga. 
 
c) Escolha dos métodos de controle 
 
Uma vez tomada a decisão de adotar medidas de controle, será necessário fazer a opção 
por um programa que poderá envolver um ou mais métodos de redução populacional de insetos. 
 
 
8 
Para isso deve-se ter um bom conhecimento de todas as técnicas de controle e escolher as mais 
adequadas, levando-se em consideração os fatores técnicos (eficiência, modo de aplicação, etc.), 
econômicos (custo de combate), ecológicos (impactos ambientais) e sociológicos (toxicidade e 
perigo durante a aplicação). Uma análise prévia do histórico da área com relação a culturas, clima, 
ocorrência de pragas, resultados de combate, entre outros, possibilitará uma previsão dos 
problemas que deverão ser enfrentados. 
 
4º - Planejamento das ações 
 
Em função das informações sobre a praga, inimigos naturais, cultura e clima poderá ser 
feita uma programação para o emprego das medidas de controle selecionadas, visando a reduzir o 
problema atual e dificultar a ocorrência de novos surtos de pragas. Esse planejamento envolve a 
elaboração de um cronograma físico-financeiro,incluindo a relação das unidades de manejo que 
serão combatidas, os equipamentos de aplicação, materiais, produtos fitossanitários, mão-de-obra, 
transporte, alimentação, EPIs, taxas administrativas e impostos. Todas essas informações são 
relacionadas no tempo e no espaço, propiciando um planejamento detalhado das ações de combate 
que se seguirão, conforme exemplificado na Quadro 3. 
 
QUADRO 3. Exemplo do planejamento físico-financeiro de ações de combate. 
 
Planejamento de combate 
Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
Talhões a 
combater 
1 2 5 7 8 9 
Custo do 
combate 
$ $ $ $ $ $ 
 
5º - Acompanhamento dos resultados 
 
Após o combate da área é necessário acompanhar a flutuação populacional das pragas e 
dos seus inimigos naturais e verificar os efeitos dos métodos de redução populacional empregados, 
sobre os insetos visados e sobre os insetos não-alvo, a fim de avaliar a necessidade de novas 
intervenções. Para isso, adotam-se, geralmente, os mesmos métodos de amostragem empregados 
na avaliação do agroecossistema ou outro método dependendo do caso. Essa etapa, geralmente, é 
o inicio do processo novamente, como a nova avaliação do agroecossistema, conforme Quadro 4. 
 
 
QUADRO 4. Exemplo do planejamento das avaliações dos resultados do combate. 
 
Planejamento das avaliações dos resultados do combate 
Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
Talhões a 
combater 
1 2 5 7 8 9 
Custo a avaliar 
 
 1 2 5 7 8 9 
 
 
BILBIOGRAFIA CONSULTADA 
ANGEL, R.V. La ecologia y el control de las plagas florestais. In: Seminário Plagas Florestais, 
Socolen, Pereira, Colômbia, p. 1-33, 1980. 
Notas de Aula de ENT 115 – Manejo Integrado de Pragas Florestais 
 
Prof. Ronald Zanetti - Depto de Entomologia/UFLA, CxP 3037, CEP 37200-000, Lavras, MG. zanetti@ufla.br 
9 
ANJOS, N. Entomologia Florestal: Manejo integrado de pragas florestais no Brasil. Notas de aula. 
UFV. 1994. 
BARBOSA, P. & SCHULTZ, J.C. Insect outbreaks. Academic Press, New York, 1987, 578p. 
BERRYMAN, A.A. Forest insects: principles and practice of population management. Plenum Press, 
London. 1986. 279p. 
BERTI FILHO, E. Cupins ou térmitas. Manual de Pragas em Florestas, vol.3. IPEF/SIF. 1993. 56p. 
COULSON, R.N. & WITTER, J. A. Forest entomology: ecology and management. John Wiley & Sons, 
New York, 1984, 669 p. 
CROCOMO, W.B. (Ed.). Manejo de pragas. Botucatu, UNESP, 1990, 237 p. 
WALLINGFORD, D. Biotechnology and integrated pest management. CAB International, 1986, 475 p. 
DELLA LUCIA, T.M.C. (Ed.). As formigas cortadeiras. Viçosa, Folha de Viçosa, 1993, 262 p. 
DENT, D. Insect pest management. Wallington CAB. International, 1991, 640 p. 
DIEHL-FLEIG, E. Formigas: organização social e ecologia comportamental. Editora Unisinos, 1995. 
166p. 
GALLO, D. et al. Manual de Entomologia Agrícola. Ed. Agronômica Ceres. São Paulo, 2002. 578p. 
HORN, D.J. Ecological approach to pest management. Guilford, New York, 1988, 285 p. 
IEDE, E.T. et al. Atas do treinamento sobre uso de inimigos naturais para o controle de Sirex noctilio. 
EMBRAPA florestas. Colombo, PR, 1996. 100p. 
METCALF, R.L. & LUCKMANN, W.H. (Ed.). Introduction to insect pest management. 2nd. ed.. New 
York, John Wiley, 1982. 578p. 
PEDIGO, L.P. Entomology and pest management. Macmillan, New York, 1989, 646 p. 
PEDROSA MACEDO, J.H. et al. Pragas Florestais do Sul do Brasil. Manual de Pragas em Florestas, 
vol.2. IPEF/SIF. 1993. 111p. 
PFADT, R.E. (Ed.) Fundamentals of applied entomology. 4th. ed.. New York, Macmillan, 1985. 
SPEIGHT, M.R. & WAINHOUSE, D. Ecology and management of forest insects. Oxford, Clarendon 
Press, 1989. 374p. 
TVEDTEN, S. History of pest management. http://www.safe2use.com/ca-ipm/01-04-27.htm. 2006. 
ZANETTI, R.; CARVALHO, G. A.; A.; SANTOS, A.; SOUZA-SILVA,A.; GODOY, M. S. Manejo 
Integrado de Formigas Cortadeiras. Lavras: UFLA, 2002. 16p. 
ZANETTI, R.; CARVALHO, G. A.; SOUZA-SILVA, A.; SANTOS, A.; GODOY, M. S. Manejo Integrado 
de Cupins. Lavras: UFLA, 2002. 29p. 
ZANUNCIO, J.C. et al. Lepidópteros desfolhadores de eucalipto: biologia, ecologia e controle. Manual 
de Pragas em Florestas, vol. 1. IPEF/SIF. 1993. 140p.

Outros materiais