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EXERCÍCIOS DE CÁLCULO II – LISTA 8 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS DE 1ª ORDEM Equação Diferencial. Definição. Equação diferencial é toda equação cujas incógnitas são funções e que contém, pelo menos, uma derivada ou diferencial destas funções. Exemplo. a) dy dx = 2x − 4 b) xdy + ydx = 2 c) d²y dx² + 3 dy dx − y = 0 Ordem de uma Equação Diferencial A ordem de uma equação diferencial é determinada pela ordem da derivada de maior ordem que aparece na equação. Exemplo. A equação dy dx = 2x − 4 é de 1ª ordem e a equação d²y dx² + 3 dy dx − y = 0 é de 2ª ordem. Grau de uma Equação Diferencial. O grau de uma equação diferencial é determinado pelo maior expoente a que está elevada a derivada de maior ordem da equação. Exemplo. A equação x( d³y dx³ ) 2 − y = d³y dx³ é de 2º grau. Solução de uma Equação Diferencial. Dar a solução de uma equação diferencial, é determinar todas as funções que verificam a equação, isto é, é determinar uma função de variáveis livres que, quando substituídas na equação, transforme-a numa identidade. Exemplo. y = 5 2 x2 + x + C, onde C é uma constante arbitrária, é solução da equação dy dx = 5x + 1, pois, dy dx = d dx ( 5 2 x2 + x + C) = 5x + 1. Veja! dy dx = 5x + 1 ⇔ dy = (5x + 1)dx ∫ dy = ∫(5x + 1)dx = ∫ 5xdx + ∫ dx y = 5 2 x2 + x + C, C constante Soluções de uma Equação Diferencial. - Solução Geral ou Solução Completa. É a solução da equação diferencial, que tem tantas constantes arbitrárias quantas forem as unidades da ordem da equação. O exemplo acima é um caso de solução geral. Geometricamente, essa solução representa uma família de curvas, a depender das constantes arbitrárias, as quais são chamadas curvas integrais. Essa solução denomina-se, também, primitiva ou integral da equação diferencial. - Solução Particular. É uma solução obtida da solução geral, atribuindo-se valor(es) particular(es) à(s) constante(s) arbitrária(s). Esses valores são obtidos estabelecendo-se condições sobre um valor 𝑥0 que satisfaçam da seguinte maneira, dependendo da ordem da equação diferencial: y(x0) = yo, dy dx (x0) = y1, d2y dx2 (x0) = y2, d3y dx3 (x0) = y3, ⋯ , dn−1y dxn−1 (x0) = yn−1. Esse dispositivo é chamado “o problema do valor inicial”. Exemplo. Achar a solução particular da equação diferencial dada determinada pelas condições iniciais: dy dx = cos( 1 2 x); y = 3 quando x = π 3 Solução. dy dx = cos( 1 2 x) ⟺ dy = cos( 1 2 x) dx ∫ dy = ∫ cos( 1 2 x) dx ⟺ y = 2 sen ( 1 2 x) + C. Usando as condições inicias, tem-se 3 = 2sen ( 1 2 ∙ π 3 ) + C ⟺ 3 = sen π 6 + C ⟺ 3 = 1 2 + C ⟺ C = 3 − 1 2 ⟺ C = 5 2 ∙ Assim, A solução particular da equação é y = 2 sen ( 1 2 x) + 5 2 ∙ Equação Diferencial de 1ª Ordem. Definição. Equação diferencial de primeira ordem é uma equação diferencial que, normalmente, se apresenta sob uma das formas: dy dx = f(x, y), g(x, y, y′) = 0 ou Mdx + Ndy = 0 onde M e N, em geral, são funções de x e y, isto é M = M(x, y) e N = N(x, y). Exemplo. As equações dy dx = 2xex², dy dx = 3x − 1 e (y − x)dx + 4xdy = 0 são de 1ª ordem. Equações Diferenciais por Variáveis Separáveis. Definição. Considerar a equação diferencial de 1ª ordem na forma Mdx + Ndy = 0 e supor em, particular, que M e N sejam funções de uma variável cada, ou seja M = M(x) e N = N(y). De modo mais explícito, escreve-se M(x)dx + N(y)dy = 0. Neste caso se diz que a equação é uma equação diferencial de variáveis separáveis. Uma equação diferencial de 1ª ordem de varável separável também pode ser da forma dy dx = g(x) h(y) a qual toma a forma h(y)dy = g(x)dx quando separadas as varáveis. Exemplo 1. ydx − xdy = 0 ⟺ xdy = ydx ⟺ dy y = dx x Exemplo 2. dy dx = 1+x y−2 ⟺ (y − 2)dy = (1 + x)dx Equações Diferenciais Homogêneas. - Função homogênea. Definição. Uma função f(x, y) tal que f(tx, ty) = tnf(x, y), para algum n real é chamada função homogênea. O número n é dito o grau de homogeneidade da função. Exemplo. f(x, y) = x² - 2xy + 3y² é homogênea de grau 2, pois f(tx, ty) = (tx)² - 2(tx)(ty) + 3(ty)² = t²x²- 2t²xy + 3t²y² = t²(x² - 2xy + y²) = t²f(x, y). - Equação Diferencial Homogênea. Definição. Uma equação diferencial da forma M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 é chamada equação diferencial homogênea se os coeficientes M e N são funções homogêneas de mesmo grau. Isto é, M(tx, ty) = tnM(x, y) e N(tx, ty) = tnN(x, y). Exemplos. a) (x² - y²)dx – 2xydy = 0; b) 2x³ydx + (x4 + y4)dy = 0. EXERCÍCIOS 01. Verificar as soluções das equações diferenciais indicadas. a) y = 2x + 8, ( dy dx ) 3 + x dy dx − y = 0 b) y² = 4x, 2x dy dx − y = 0 c) x² + y² = 16, y dy dx + x = 0 d) y = 3ex + 5e−x−6 d²y dx² − y − 6 = 0 02. Determinar, para cada família de curvas, a equação diferencial de menor ordem possível que não contenha constante arbitrária. a) x² + y² = C³ b) y = Cex c) x³ = C(x² - y²) d) y = C1 cos 2x + C2 sen 2x e) y = C1x 2 + C2 f) (x – C)² + y² = 25 g) xy + 1 = Cy² h) y = C1e −x + C2e 2x R: a) xdx + ydy = 0 b) dy dx − y = 0 c) 2xy dy dx = 3y2 − x² d) d²y dx² + 4y = 0 e) 𝑥 𝑑²𝑦 𝑑𝑥² − 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 0 f) y²( 𝑑𝑦 𝑑𝑥 ) 2 = 25 − 𝑦² g) (𝑥𝑦 + 2) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑦² h) 𝑑²𝑦 𝑑𝑥² − 𝑑𝑦 𝑑𝑥 − 2𝑦 = 0 03. Achar a solução completa da equação diferencial. a) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 4𝑥 − 5 b) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 3𝑥2 + 2𝑥 − 7 c) 𝑑²𝑦 𝑑𝑥² = 5𝑥2 + 1 d) 𝑑²𝑦 𝑑𝑥² = sen 3𝑥 + cos 3𝑥 e) 𝑑²𝑦 𝑑𝑥² = −10 f) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = cos 2𝜋𝑥 R: a) y = 2x² - 5x + C b) y = x³ + x² - 7x + C c) y = 5 12 𝑥4 + 1 2 𝑥2 + 𝐶1𝑥 + 𝐶2 d) 𝑦 = − 1 9 (sen 3𝑥 + cos 3𝑥) + 𝐶1𝑥 + 𝐶2 e) y = -5x² + 20x + C f) 𝑦 = 1 2𝜋 sen 2𝜋𝑥 + 𝐶 04. Resolver os problemas de valor inicial. a) dy dx = √x 3 , y(1) = 2 b) dy dx = sen x + 1, y ( π 3 ) = 1 2 c) dy dx = x+1 √x , y(1) = 0 d) dy dx = 4ex, y(0) = 1 e) dy dx = 1 x y(−1) = 5 f) dy dx = 1 25+9x2 y (− 5 3 ) = π 30 g) d²y dx² = 4(1 + 3x)2, y(−1) = −1, dy dx (−1) = −2 h) dy dx = ex sen(ex − 2); y(ln 2) = 0 i) d²y dx² = 2e−x; y(0) = 1 e y′(0) = 0 j) dy dx = 1 + 1 x ; y(1) = 3 k) d²y dx² = sec² x; y(0) = 0 e y′(0) = 1 R: a) y = 3 4 x4 3⁄ + 5 4 b) y = − cos x + x + 1 − π 3 c) y = 2 3 x3 2⁄ + 2x1 2⁄ − 8 3 d) y = 4ex − 3 e) y = ln|x| + 5 f) y = 1 15 tg−1 ( 3 5 x) + π 60 g) y = 3x4 + 4x3 + 2x2 + 2x h) y = 1 - cos(ex − 2) i) y = 2(e−x + x) − 1 j) y = x + ln|x| + 2 k) y = ln|sec x| + x 05. Resolver a equação diferencial dada por separação de variável. a) y dy dx + x = 0 b) dy dx = 𝑦³ 𝑥² c) dy dx = e2y x2 + 4 d) x dy dx = 4y e) dy dx = x²y² 1 + x f)y sen−1 x dx − √1 − x2 dy = 0 g) dydx = e3x+2y R: a) x² + y² = C. b) 𝑦−2 = 2𝑥−1 + C c) e2y − tg−1 x 2 = C d) y = Cx4 e) -3 + 3xln|x| = xy3 + Cx f) ln y = 1 2 (sen−1 x)2 + C g) −3e−2y = 2e3x + C 06. Resolver os problemas de valor inicial. a) dy dx = cos 3x sen 2y ; y( π 2 ) = π 3 b) (e−y + 1) sen x dx = (1 + cos x) dy; y(0) = 0 c) ydy = 4x(y2 + 1)1 2⁄ dx; y(0) = 1 d) dx dy = 4(x2 + 1); x ( π 4 ) = 1 R: a) 4sen 3x + 6 cos 2y + 7 = 0 b) (1 + cos x)(1 + ey) = 4 f) ysen−1 x dx − √1 − x2 dy = 0 07. Verificar se as funções seguintes são homogêneas. Caso afirmativo, dar o grau de homogeneidade. a) f(x, y) = x3 + 2xy2 − y4 x b) f(x, y) = x3y − x2y2 (x + 8y)2 c)f(x, y) = cos x² x + y d) f(x, y) = ln x² − 2 ln y e) f(x, y) = (x−1 + y−1)2 R: a) homogênea de grau 3. b) homogênea de grau 2. c) não homogênea d) homogênea de grau 0 e) homogênea de grau −2
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