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HD - Chegada da família real

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0800 015 0252 sem parar
Brasil Reino – Chegada da família real
Portugal, sua dependência com a Inglaterra e a decisão da vinda da família real
Séc XIX a Europa passava por diversos problemas e conflitos;
Napoleão decreta “Bloqueio Continental” - bloqueio comercial a Inglaterra
Mas manter a neutralidade diante a rivalidade anglo-napoleônica, para Portugal, era impossível, pois
 em pleno séc XIX, Portugal mantinha o mesmo perfil sócio econômico de séculos atrás : aristocracia parasitária, estamentos feudais, sem noção de proteção da nação que colocava seus próprios interesses e conforto acima de tudo, inclusive de seu país.
A economia portuguesa era extremamente dependente das colônias, não somente como mercado consumidor (pacto colonial), como tbm como fonte para suprir a limitação da produção interna de insumos. 
A Inglaterra trouxe Portugal, suas fragilidades e interessantes colônias pra sua órbita, o que gerou dependência econômica crescente, subordinando lusitanos a ingleses.
 No meio desse fogo cruzado, Portugal opta por ficar do lado da Inglaterra; contudo, a única possibilidade de sobrevivência da monarquia estaria na sua transferência para o Brasil
A chegada da Corte 
 2.1 A chegada da Corte e a Abertura dos Portos
É importante ressaltar que a chegada da família real inaugura um novo momento na história do Brasil, funcionando como uma espécie de “ante sala” para o Brasil independente, pois após essa transferência era muito difícil a manutenção do Pacto Colonial, sendo portanto, impossível manter-se o status colonial que o Bra carregava até então. (Para que seja efetiva a condição de colônia, ao menos até o séc XIX, era necessário manter o Pacto Colonial)
-- Seja qualquer q fosse a intenção do Príncipe Regente ao chegar ao Bra, com certeza não era de libertar tal colônia, mas manter o regime colonial era impossível, era preciso liberar o comércio do Bra para outros lugares que não a Metrópole que naquele momento era inexistente (pois estava invadida). Caso contrário, toda a economia brasileira estaria paralisada. Dessa forma é feito o documento que hoje é chamado Abertura dos Portos às Nações Amigas.
 
 O documento, além de falar sobre a liberação do comércio do Brasil, ainda contava com a indicação de um imposto sobre os produtos importados, de 24% sobre o valor dos mesmos.
Além de significar o fim da era colonial, esse documento resultou em um grande desenvolvimento do comércio interno e externo brasileiro, a tal ponto das cidades se desenvolverem e a balança comercial brasileira com Portugal que antes era deficitária (e devia sê-lo dentro do pacto colonial) tornar-se extremamente favorável ao Brasil.
 2.2 A liberação das Manufaturas
 O Brasil, desde 1785, estava proibido de manufaturas. Isso se devia ao fato de que embora pequena a produção de manufaturados no Bra, poderia vir a gerar uma concorrência, não com os produtos portugueses (visto que a indústria portuguesa era incipiente e totalmente contida pela concorrência com os produtos britânicos), mas poderia gerar prejuízo aos comerciantes portugueses que monopolizavam o comércio para o Brasil de produtos comprados em outros países.
 Segundo o Alvará, a presença de manufaturas no Brasil prejudicaria a cultura de lavoura e da exploração de terras minerais, pois nela faltava população e a multiplicação de fabricas implicaria na diminuição de cultivadores: haveria menos braços que se posam empregar no descobrimento
 Com a transferência da Corte isso muda. Segundo o novo Alvará: desejando promover e adiantar a riqueza nacional e sendo um dos mananciais dela as Manufaturas e a Industria que multiplicam, e melhoram, e dão mais valor aos Gêneros, e Produtos da Agricultura, aumentam a população dando oq fazer a mtos braços e fornecendo meios de subsistência a pop.
Apesar de dar o ponto de partido para a industrialização no Bra, esse alvará n surtiu efeitos consideráveis no q se diz respeito à economia brasileira (apesar de encontrar tímidos desenvolvimentos em alguns setores da indústria.
Havia barreiras a um desenvolvimento industrial pleno no Brasil:
O escravismo: não somente do ponto de vista do consumo, pois o escravo não é, a priori, consumidor, mas também porque grande parte do capital existente concentrava-se na manutenção do sistema agrícola baseado no latifúndio e no escravismo.
Concorrência com produtos ingleses.
2.3 A Reorganização do Estado Português no Brasil
 Ainda em 1808 inicia-se a montagem do Estado português no Brasil, transplantando diversos órgãos portugueses. Contudo essa remontagem fez-se a mercê da Colônia, não incorporando os colonos, preocupando-se em absorver toda a nobreza parasitária que havia fugido junto com a corte para o Brasil. Era um governo totalmente fora da realidade social do país, baseado no espírito tradicional do Antigo Regime. Isso deixou de lado qualquer forma de influência dos senhores rurais nas decisões.
 As entidades e repartições públicas se multiplicavam e mantinham-se distantes das necessidades sociais. O velho hábito português migrou junto com a Família Real e os parasitas que a acompanhara: muito luxo na Corte e déficit na manutenção do Estado. A única coisa que mudou é que, embora o ônus do crescimento de impostos tenha recaído sobre os brasileiros, pelo menos não era preciso leva-los para além-mar, a viagem dos impostos era melhor, pois com o obj de melhor arrecadar e visando ter uma instituição que pudesse servir como tesouro real - inclusive emitindo moeda para cobrir gastos crescentes – é que foi criado o Banco do Brasil.
 Embora, como escrito no Alvará, possa parecer que o banco tenha sido criado com o obj de inaugurar uma instituição para animar o comércio e promover os interesses reais e públicos com o intuito de desenvolver a sociedade, de fato o Banco do Brasil nasceu para ser um instrumento de finanças do Tesouro Real. Portanto, o governo pode emitir moeda e custear oq fosse necessário, mesmo que fosse para cobrir rombos causados pela já instalada corrupção. O Banco do Brail funcionou como uma fonte de recursos. Nesse mesmo período alguns outros impostos foram criados;
 Nesse período observa-se tbm a passagem da herança da dependência econômica de Portugal com a Inglaterra para o seu território na América; Isso é possível ser notado no Tratado de Comércio e Navegação em que produtos estrangeiros entram no Brasil com imposto de 24%, 16% para os produtos portugueses e 15% para os ingleses.
 Obviamente, a princípio, esta baixa taxação de produtos britânicos fez com que a vida no Brasil ficasse pouco menos onerosa, entretanto, a curto prazo não só, praticamente entregou o comércio do Brasil aos ingleses, como tbm trouxe prejuízo ao brasil no tocante ao comércio com outros países. Era o fim do colonialismo da Idade Moderna e o início do Imperialismo.
 2.4 A Justiça no Período Joanino
 Alguns meses após a chegada da família, cria-se o Conselho Supremo Militar e de Justiça que passavam a ser de sua competência os assuntos de ordem militar.
 Criou, no Bra, a Mesa do Desembargo do Paço e da Consciência e Ordens
 Devido as atuais circunstancias – comunicação com Portugal interrompida- , os pleitos ficavam sem decisão ultima. Assim novas providencias foram tomadas:
A relação do Tribunal do Rio de Janeiro teve hierarquia elevada e passou a se denominar Casa de Suplicação do Brasil, sendo considerada como Superior Tribunal de Justiça para se findarem ali todos os pleitos de última instância. Portanto, não há mais envio para Portugal, sendo os casos resolvidos aqui no Brasil da mesma forma que o eram até então, segundo as determinações das ordenações régias.
 
 Isso foi oq verdadeiramente coroou, em nível judiciário, a emancipação brasileira
2.5 A Elevação do Brasil à Condição de Reino Unido
 Depois da vinda Família, Abertura dos Portos e etc, não poderia mais afirmar que o Brasil era colônia, mas tbm n havia apreocupação de dizer oq era o país. Com certeza não era independente, mas como qualificar então?
 É somente após 7 anos nessa condição de “sei-lá-o-quê” jurídico que D. João toma providências para definir a condição jurídica do que ate então era chamado apenas de Sede do Governo. Mas pq tanta demora pra definir?
 Simples: elevar o brasil a reino seria coloca-lo numa posição igual a Portugal, e seria dar-lhe um status jurídico que não poderia mais ser retirado, ou seja, seria assinar um papel que afirmaria que o Brasil jamais poderia voltar à condição de colônia.

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