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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL - CCJ0042
Semana Aula: 5
Dos Direitos do Advogado: parte I.
Tema
Prerrogativas da advocacia.
Palavras-chave
Isonomia. Inviolabilidade. Sigilo profissional.
Objetivos
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de:
 Identificar a diferença entre prerrogativa e privilégio;
 Reconhecer a inviolabilidade da advocacia;
 Reconhecer a importância do sigilo profissional.
Estrutura de Conteúdo
Dos Direitos do Advogado. Das Prerrogativas: parte I.
• Princípio da Isonomia – Art. 6º, EOAB;
• Prerrogativas – art. 7º, EOAB; Art. 15/17, RGOAB;
Art. 6º EOAB - Ausência de hierarquia e subordinação entre advogados, magistrados e 
membros do Ministério público. Bem como as autoridades, servidores públicos e 
serventuários da justiça.
Prerrogativas:
O artigo 7º, EOAB apresenta um rol de prerrogativas! O que significa o termo 
prerrogativa? Prerrogativa profissional significa direito exclusivo e indispensável ao 
exercício de determinada profissão.
De quem é a competência para conhecer fato que possa causar violação de direitos e 
prerrogativas do advogado? Quais as medidas tomadas após o conhecimento da 
violação?
Compete ao Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseção – art. 15 do RG.
As providências devem ser judiciais e extrajudiciais cabíveis para prevenir ou restaurar o 
império do Estatuto, em sua plenitude, inclusive, mediante representação administrativa
Art. 7º, EOAB: (c/c art. 5º, XIII, CR/88):
Art. 7º EOAB. São direitos do advogado:
I – Exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus 
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, 
telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; 
(Redação dada pela Lei nº 11.767, de 2008) 
 
Inviolabilidade? O que significa?
Inviolabilidade é espécie do gênero imunidade e significa que certas pessoas não podem 
ser processadas criminalmente. Pessoas, documentos e lugares inacessíveis.
Devemos, portanto, cumular o inciso em comento com os parágrafos 6º e 7º, 
acrescentados pela lei 11.767/2008, porque verificamos neles a única hipótese em que 
será possível a quebra da referida inviolabilidade, qual seja, a hipótese de advogado 
formalmente investigado pela prática de crime.
 
§ 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por 
parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a 
quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em 
decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e 
pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, 
sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das 
mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem 
como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações 
sobre clientes (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008).
 
§ 7o A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do 
advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como 
seus partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à 
quebra da inviolabilidade (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008). 
 
Quais os requisitos para quebra da inviolabilidade do escritório de advogado?
 
• Advogado formalmente investigado por prática de crime;
• Competência exclusiva da autoridade judiciária em decisão motivada;
• Mandado de busca e apreensão específico e pormenorizado;
• A presença de representante da OAB.
 
Quais os requisitos para quebra da inviolabilidade do cliente do advogado?
Quando estiver na qualidade de partícipe ou coautor pela prática do mesmo crime que 
deu causa à quebra da inviolabilidade.
Por quê?
Porque há o dever de sigilo profissional. 
Violação do segredo profissional
Art. 154, CP - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência 
em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa 
produzir dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
 
Código de Ética (2016)
CAPÍTULO VII - DO SIGILO PROFISSIONAL
Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento 
no exercício da profissão.
Parágrafo único. O sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado tenha tido 
conhecimento em virtude de funções desempenhadas na Ordem dos Advogados do 
Brasil.
Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva 
que lhe seja feita pelo cliente.
§ 1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza entre advogado e 
cliente.
§ 2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se 
submete às regras de sigilo profissional.
Art. 37. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que 
configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou 
que envolvam defesa própria.
Art. 38. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, 
administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional.
Art. 7º EOAB. São direitos do advogado:
III - Comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, 
ainda que considerados incomunicáveis. 
O descumprimento da regra importará em crime de abuso de autoridade – Lei 4898/65, 
art. 3º, alínea f. (c/c art. 5º, LXIII, CR/88)
É interessante destacar que a incomunicabilidade do indiciado só poderá ser decretada 
por juiz de direito e, mesmo incomunicável, poderá conversar com seu advogado, contra 
quem jamais prevalecerá a incomunicabilidade. Temos que vincular este direito ao 
conteúdo expresso no art. 2°, parágrafo único, II do CED.
Art. 7º EOAB. São direitos do advogado:
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo 
ligado ao exercício da advocacia, para a lavratura do auto respectivo, sob pena de 
nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
§ 3º - O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da 
profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.
A prisão em flagrante do advogado, por motivo de exercício profissional, só deverá 
ocorrer em hipótese de crime inafiançável, em nome da liberdade profissional e 
integridade física.
O STF decidiu pela constitucionalidade do inciso, com a ressalva da validade da prisão 
caso a OAB não envie em tempo hábil, um representante. Cabe à autoridade competente, 
a prova da comunicação expressa da prisão à OAB. Na hipótese o Presidente da 
Seccional ou subseção integra a defesa no processo ou inquérito - art. 16, RGOAB.
Art. 7º EOAB. São direitos do advogado:
V - Não ser recolhido preso, antes da sentença transitada em julgado, senão em sala de 
Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, 
e, na sua falta, em prisão domiciliar (ADI 1.127-8 - julgada em 17/05/06). Informativo 
596 do STF.
Se for preso, ficará em Sala de Estado Maior ou prisão domiciliar até o trânsito em 
julgado da sentença penal condenatória. Em todas as hipóteses em que o advogado deva 
ser preso, pelo cometimento de crimes comuns, inclusive os não relacionados ao 
exercício da profissão.
Por maioria foi declarada a inconstitucionalidade da expressão “assim reconhecidas pela 
OAB” constante no dispositivo supra (ADI 1.127- 8, STF, maio de 2006). Sala de Estado 
Maior não se confunde com prisão especial, para discipliná-la há lei especial – Lei 
8.906/94 (STF, Min. Celso de Mello, Rcl. 6.158-2/2008).
Por maioria foi declarada a inconstitucionalidade da expressão “assim reconhecidaspela 
OAB” constante no dispositivo supra (ADI 1.127- 8, STF, maio de 2006).
Sala de Estado Maior não se confunde com prisão especial, para discipliná-la há lei 
especial – Lei 8.906/94 (STF, Min. Celso de Mello, Rcl. 6.158-2/2008).
Art. 7º, VI, alíneas a-d, EOAB:
Direito ao ingresso em órgãos judiciários e locais públicos - “Livre acesso” aos locais 
onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da 
atividade profissional;
• Salas de sessões dos tribunais;
• Salas de audiências judiciais;
• Cartórios, delegacias e prisões;
• Reunião ou assembleia (procuração com poderes especiais).
Art. 7º, VII e VIII, EOAB: reforçam a independência do advogado e a inexistência de 
vínculo hierárquico, desde que observadas as regras legais e éticas de convivência 
profissional reciprocamente respeitosa.
• Permanecer sentado ou em pé;
• Dirigir-se diretamente a magistrados.
ATENÇÃO:
O inciso IX foi declarado inconstitucional pelo STF no julgamento das ADI 1.127-8 e 
1.105-7 (26-05-2006) sob o argumento de que iniciado o julgamento pela manifestação 
do voto do relator, não poderá ser interrompido;
 
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
BRASIL. Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil. Lei 8.906, de 4 
de julho de 1994. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Código de Ética e Disciplina da OAB. 13 
de fevereiro de 1995. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Regulamento Geral do Estatuto da 
Advocacia e da OAB. 13 de fevereiro de 1995. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. 
São Paulo: Saraiva, 2014.
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso Concreto:
HDs de escritório de advocacia são invioláveis
O Tribunal de Justiça de São Paulo reformou decisão de primeira instância que 
determinava a apreensão dos discos rígidos de um escritório de advocacia, que serviriam 
de prova de defesa para uma ex-funcionária do escritório que respondia por apropriação 
indébita - o que motivou sua demissão. Por maioria de votos, a 7ª Câmara de Direito 
Criminal da corte acolheu apelo e os HDs foram devolvidos à banca, garantindo o sigilo 
profissional dos advogados. Ao acolher a apelação, o relator do caso, desembargador 
Sydnei de Oliveira Jr., lembrou que "assegura-se aos advogados, no exercício de seu 
mister, a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus 
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e 
telemática (cf. artigo 7º, inciso II, da Lei 8.906/94, a qual dispõe sobre o Estatuto 
da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil)". Para o desembargador, é possível 
"cogitar da quebra dessa inviolabilidade quando se vê comprometido o exercício da 
ampla defesa", como ponderou juiz de primeira instância. Contudo, Oliveira Jr. diz que 
este não parece ser o caso dos autos. O desembargador aponta em sua decisão que não há, 
"no caso em baila, hipótese de quebra do sigilo profissional de escritório de advocacia, 
bem como que não haveria interesse da ora apelada em tal antecipação de prova, 
porquanto poderia ser alcançada por outros meios". O revisor do caso, desembargador 
Grassi Neto, apresentou voto divergente, questionando a autoria do crime de apropriação 
indébita, mas o 3º juiz, desembargador Francisco Menin, acompanhou voto do relator. A 
Ordem dos Advogados do Brasil acompanhou o caso através do vice-presidente da 
Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB de São Paulo, Leandro Sarcedo. Ricardo 
Toledo Santos Filho, presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB/SP e 
que também acompanhou o caso, destacou que essa foi "uma grande vitória 
da advocacia". (Fonte: site OAB-RJ)
Diante do caso acima que nos apresenta uma situação que envolve a inviolabilidade dos 
escritórios de advocacia, responda:
1. O que significa prerrogativas profissional?
2. Quais os requisitos para quebra da inviolabilidade dos escritórios de advogados?
3. Quais os requisitos para quebra da inviolabilidade do cliente do advogado?
 
Considerações Adicionais

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