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Anatomia das aves e selvagens

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FESO
Medicina Veterinária
Anatomia das Aves e Animais Selvagens
Por: Giselle Keller El Kareh de Souza
2004
Índice
Peixes										pág. 03
	Morfologia externa								pág. 03
	Tegumento									pág. 05
	Sistema circulatório							pág. 06
	Vísceras									pág. 08
	Sistema respiratório							pág. 09
	Sistema digestivo								pág. 09
	Sistema renal								pág. 10
Anfíbios										pág. 11
	Tegumento									pág. 12
	Coração									pág. 13
	Pulmões									pág. 13
	Sistema digestório								pág. 14
	Linfático									pág. 14
	Sistema urinário								pág. 15
	Sistema reprodutor feminino						pág. 15
Ectotermia e endotermia							pág. 16
Répteis										pág. 18
	Tegumento (mudanças que permitiram sua adaptação ao meio terrestre)	pág. 18
	Sistema circulatório							pág. 22
	Sistema respiratório							pág. 25
	Sistema digestório								pág. 26
		Estômago								pág. 26
		Cecos									pág. 27
		Glândulas anexas e vísceras					pág. 27
			(Glândulas bucais, pâncreas, fígado e intestinos)
	Sistema reprodutor masculino (pênis e testículos)			pág. 28
	Sistema reprodutor feminino						pág. 29
		Oviduto								pág. 29
		Ovário								pág. 30
	Rins										pág. 30
Aves											pág. 31
	Tegumento (penas)								pág. 31
	Glândula uropigeana							pág. 33
	Sistema digestório								pág. 34
		(Inglúvio, estômago, intestino, vísceras)
	Respiratório (sacos aéreos)						pág. 34
	Siringe									pág. 36
Questionário									pág. 37
Anatomia das Aves e Animais Selvagens
Peixes
Morfologia externa:
Observações quando a morfologia:
		A boca normalmente é rostral, mas há exceções de acordo com os hábitos do animal.
	O opérculo é uma estrutura óssea que se abre (as brânquias ficam “atrás” desta abertura).
	Possuem dois pares de narinas, um par de cada lado, sendo uma inalante (mais dorsal) e a outra exalante (mais ventral). Sua função é olfatória e não respiratória, exceto nos peixes pulmonados. Internamente possuem o tecido olfatório e os canais inalante e exalante se comunicam.
	Para necropsiar um peixe, disseca-se apenas o tronco, pois as vísceras se localizam todas nele. Apenas o coração se localiza na cabeça, na região ventral do opérculo.
	Alguns peixes possuem alometria, ou seja, determinadas partes do corpo crescem mais rápido (tem taxa de crescimento maior) que outras. Portanto, os animais devem ser medidos em comparação com outros da mesma fase (idade).
	O linguado faz migração ocular. Seu crânio se abre e o globo ocular (com inervação e vascularização) migra para o outro lado, ficando com os dois olhos do mesmo lado, dando a falsa impressão de que está achatado. Isso ocorre porque, com algumas semanas de vida, o linguado se deita no solo marinho e essa migração se faz necessária para que ele não fique com um dos olhos na areia.
	Os peixes normalmente não mastigam, engolem o alimento inteiro.
	A linha lateral é um sensor de movimentos. Os peixes não possuem pescoço, não sendo capazes de mover a cabeça para visualizar ao redor. A linha lateral auxilia na detectação dos movimentos ao redor do animal, identificando presas e predadores. A linha pode se estender do pedúnculo caudal até a cabeça, mas sempre está presente no tronco. É mais desenvolvida nos peixes de cardume.
	A nadadeira anal e a caudal são impares, já as pélvicas e peitorais são pares (uma de cada lado). A dorsal também é impar, podendo o peixe possuir duas, sendo denominadas Primeira dorsal e Segunda dorsal. As peitorais se localizam lateralmente ao opérculo e as pélvicas podem estar ventrais ou ligeiramente laterais.
	As nadadeiras peitorais têm a função de estabilizar o animal, ajudando-o a manter-se no local, “parado”, pois o movimento de entrada de água pela boca e saída pelo opérculo dá movimento ao peixe. Com as nadadeiras fazendo movimento ao contrário, o peixe mantém-se no lugar.
	Alguns peixes possuem modificações em suas nadadeiras, produzindo espinhos. Estes espinhos podem ou não estar associados a glândulas de veneno. Não há uma estrutura que impulsione o veneno. Ele sai pelo vácuo criado com a saída do espinho. Bagres e raias são alguns exemplos.
	A câmara branquial é o órgão respiratório dos peixes, onde ocorre a troca gasosa. Os capilares se localizam nos filamentos das brânquias.
	Alguns peixes possuem cloaca, que é quando um único orifício serve aos sistemas digestório e ao urogenital. É uma cavidade interna, onde se unem os dois sistemas. A abertura da cloaca (o orifício) externamente chama-se fenda da cloaca, ou vento. Outros peixes não possuem cloaca e sim ânus, quando há um orifício específico para cada sistema. No caso é o orifício do sistema digestório. O orifício do sistema urogenital é chamado de poro urogenital.
OBS: Aves, répteis e anfíbios possuem cloaca. Os peixes podem possuir ou não cloaca, dependendo da espécie. Alguns mamíferos (como alguns roedores) possuem cloaca.
	As raias machos possuem Clasper, que são duas estruturas penetrantes para introduzir na cloaca da fêmea. Os espermatozóides saem da cloaca do macho, deslizam pela Clasper (só uma é introduzida) e penetram na cloaca da fêmea. A Clasper é uma modificação dos raios das nadadeiras pélvicas.
	Os peixes, como raias e alguns tubarões, que vivem junto ao solo, possuem dois opérculos acima da cabeça para entrada de água, já que por seu hábito (seu ventre fica em contato com o solo), sua boca fica impossibilitada de funcionar como entrada de água.
	Os espinhos do baiacu são modificações do tegumento.
OBS: as piranhas não são essencialmente carnívoras, a maioria é onívora. Algumas são apenas frutívoras. 
Tegumento
		Nos peixes, a escama é dérmica, diferente dos répteis, onde é epidérmica.
		A epiderme é muito pequena, com 5 a 6 células. Raras vezes encontramos queratina nos peixes. A epiderme é rica em glândulas mucosas, que podem originar glândulas de veneno.
		O muco facilita o deslizamento e protege os peixes contra microrganismos (bactérias, fungos, vírus) patogênicos. Deve-se tomar cuidado na contenção dos peixes para não remover esse muco, pois a epiderme é muito fina e com a retirada do muco os seres patogênicos penetram e se instalam rapidamente, podendo levar o animal a morte em poucos minutos.
		Os cromatóforos, na derme, são os que dão coloração ao animal.
		A subcútis é tecido conjuntivo amorfo, tem a função de ligar a musculatura a derme.
OBS: O Baiacu possui veneno na epiderme, na vesícula biliar, no fígado e no intestino. Ao limpá-lo, deve-se retirar a pele com cuidado, remover a vesícula biliar (pois a bile é venenosa), fígado e intestino (o fígado produz a bile e o intestino a recebe). O veneno é letal e não tem cura.
	Alguns peixes, como o Peruá, possuem a epiderme mais espessa, podendo ser curtida e usada como couro para fazer bolsas e sapatos.
Sistema Circulatório
	Formado pelo sistema sangüíneo e linfático. O sistema sangüíneo é formado pelo coração (faz o bombeamento), veias e artérias (com suas subdivisões). Pelo sistema sangüíneo circulam nutrientes, hormônios, células do sistema imune, promove a troca de gases, recolhe metabólitos.
	
OBS: Feromônios são substâncias produzidas por um animal que afetam o comportamento de outro animal. Os animais possuem órgãos específicos para percepção destes feromônios. Os feromônios não são hormônios, não circulam pela corrente sangüínea, são expelidos para o meio externo (sendo produzidos ou não por glândulas). Os animais que são afetados pelo feromônio podem ou não ser da mesma espécie. Alguns feromônios de uma espécie podem alertar sua presença a suas presas que, sentindo a presença do predador, fogem. Alguns feromônios estimulam as fêmeas de outras espécies, com isso elas só estão prontas para reprodução com os de sua própria espécie se o macho da outra espécie estiver presente.
	O peixe bruxa é um peixe primitivo, todo cartilaginoso, mas não existe no Brasil. É o único que não possuiferomônio e possui dois corações (um na cauda e outro no local de origem).
	Nos peixes, o sangue retorna ao coração com o auxílio dos movimentos da cauda (musculatura). A exceção do peixe bruxa, onde o segundo coração possui essa função.
	O coração se localiza mediano e ventral aos opérculos, na cabeça. Se divide em: seio venoso; átrio; ventrículo; bulbo arterioso ou cone arterioso.
	Em raias e tubarões, o bulbo arterioso (ou arterial) se contrai, sendo chamado de cone arterioso (ou arterial). Nos demais peixes o bulbo não se contrai.
	Os peixes possuem nó atrial, que se localiza no seio venoso. O sangue chega ao seio venoso pelas veias cardinais. O seio venoso se contrai e envia o sangue para o átrio, de onde segue para o ventrículo e para o bulbo arterial. Do bulbo arterial o sangue vai para o corpo pela aorta ventral.
OBS: ao descrever o coração, não incluir os vasos (veias e artéria), pois estes não fazem parte do coração.
	O sangue sai do coração pela aorta ventral e segue para as brânquias, onde ocorre a hematose (troca gasosa). Nas brânquias ocorre a capilarização e depois os vasos se encontram e formam a aorta dorsal.
OBS: o sangue oxigenado nunca passa pelo coração, apenas o sangue venoso.
	A aorta dorsal leva o sangue para o corpo.
	Alguns peixes não possuem vascularização no coração. Com esses peixes deve-se tomar cuidado no manuseio, pois ao tentar fugir podem infartar e morrer, já que entram em fadiga rapidamente. Os que recebem vascularização (que vem por um ramo da aorta dorsal) são mais resistentes.
Sistema porta:
	É um sistema venoso (uma grande veia) entre duas redes de capilares.
	O sistema porta-hepático “filtra” os metabólitos do sangue que vem do organismo (principalmente do intestino) com a função de neutralizar as toxinas (antes que o sangue siga para o restante do corpo), acumular glicose e gorduras. A glicose é usada na glicogênese para produzir energia, que é usada em todo o organismo. Diferente da glicose acumulada nos músculos estriados, que é usada apenas pelo próprio músculo.
	
OBS: O fígado é muito nutritivo, mas tem acúmulo de toxinas e em algumas espécies animais, como o urso, é tóxico e pode levar quem o ingere à morte (se cru ou mal cozido).
	A gordura acumulada no fígado das aves é usada para produzir a gema dos ovos.
	O sistema porta-hipotálamo-hipofisário funciona regulando a passagem de hormônios entre as glândulas, controlando o sistema reprodutivo (desejo sexual, produção de espermatozóides, maturação de óvulos, etc.).
Medicina de peixes:
	Para anestesiar um peixe, usa-se uma droga chamada M222 (o animal perde a motilidade e a sensibilidade). Coleta-se sangue de peixes direto do coração (cardiocentese), de seios venosos (próximos a primeira nadadeira dorsal) ou da cauda, onde passa uma grossa veia caudal.
	Ao coletar o sangue, deve-se calcular o volume sangüíneo (que equivale a aproximadamente 5% do volume corpóreo) para que a quantidade retirada não cause problemas ao animal, como uma hipovolemia.
	A medicina de peixes tem evoluído porque hoje em dia existem peixes ornamentais de alto valor comercial e até sentimental, que passam de pai para filho.
	Recentemente descobriu-se uma espécie de tripanossomo que parasita peixes. Estão estudando seu ciclo, como se transmite e suas particularidades.
	O tratamento a patologias dos peixes pode ser injetável ou ingerido (alimentação ou água). Esses medicamentos podem ser produzidos em farmácias de manipulação (com aparelhagem especial para produzir o medicamento na forma desejada) sob encomenda.
Vísceras
	Começa-se a dissecação a partir do ânus.
	O pâncreas, como órgão, existe apenas em alguns peixes (ex: bagre). O tecido pancreático, nas demais espécies, fica localizado no intestino.
	Separando as duas cavidades, ou seja, a cabeça do abdome, existe uma lâmina conjuntival que recebe o nome de Septo Transverso.
	O rim pode ser único, se estendendo da cabeça até a cauda, ou duplo, sendo um cranial e outro caudal, sem comunicação entre ambos.
	Alguns peixes possuem o sistema porta-renal, localizado na porção caudal do rim. Portanto, evita-se a aplicação de medicamentos próxima a essa região, procurando o terço mais anterior do corpo. A porção cranial do rim produz hemácias e leucócitos, sendo muito importante para a saúde do animal.
	Alguns peixes que possuem o sistema porta-renal, possuem uma veia que se desvia do sistema porta e vai direto ao coração. Serve para aumentar a velocidade de circulação do animal em caso de necessidade (ex: quando aumenta sua velocidade de natação, em fuga).
	Possuem bexiga natatória, que auxilia a manter o peixe em seu local (parado). É um tecido conjuntivo, revestido internamente por epitélio. Pode ou não ser vascularizada e fica cheia de ar, funcionando como bóia.
	No período de reprodução, as gônadas crescem em volume e tamanho, ocupando boa parte da cavidade abdominal. Fora do período reprodutivo elas ficam bem pequenas.
Sistema respiratório
	Alguns peixes são pulmonados (um grupo muito pequeno). O gênero Lepidosiren é encontrado na Amazônia.
	Além da Amazônia, encontramos peixes pulmonados na África e na Austrália (mas de outros gêneros). Estes peixes também possuem brânquias.
	Os pulmonados são capazes de estivar (na hibernação o animal pára seu metabolismo por causa do frio, na estivação ele pára por causa do calor e da seca _ se enterra na lama e respira pelo pulmão).
Estes peixes mantêm a boca aberta, mas não para respirar (já que respiram pelo pulmão) e sim para eliminar o gás carbônico.
Alguns peixes não pulmonados fazem respiração aérea, onde “engolem” o ar no ambiente (fora d’água) e a hematose ocorre no canal digestivo (na boca, no esôfago e até no intestino). São peixes de água doce, onde habitam águas paradas, pobres em oxigênio.
Alguns peixes usam a bexiga natatória na respiração. Normalmente a bexiga natatória é derivada do esôfago (um divertículo). Entre ambos existe (em algumas espécies) o ducto pneumático, que liga um ao outro. Os peixes que possuem este ducto podem (através dos esfíncteres) transferir o ar que entra pelo esôfago (engolido) para a bexiga. Este ducto e a bexiga são muito vascularizados e promovem a hematose. O ar sai pelo mesmo ducto, chegando ao esôfago e sendo expelido pela boca. Alguns destes peixes possuem uma bexiga natatória muito desenvolvida (como as carpas), que se dividem em duas câmaras: uma recebe o ar, o oxigena e envia para a outra câmara que encaminha o ar oxigenado para o esôfago.
O mecanismo de expulsão (retirada) do gás carbônico é através das brânquias (mesmo nos pulmonados), pois pela água é muito mais eficiente.
Sistema digestivo
O limite exato onde termina a cavidade bucal e começa a faringe é quase imperceptível. Portanto chamamos a região de buco-faringe. Os peixes possuem um vestígio de língua (não é como a dos mamíferos), que é uma pequena porção muscular, mas não possui glândula salivar.
A maioria dos peixes possui dentes, mas poucos são os que mordem pedaços de alimento. A maioria engole, por bombeamento. De qualquer forma, engolindo pedaço ou inteiro, o alimento segue direto pela buco-faringe, passa pelo esôfago e chega inteiro ao estômago (normalmente em forma de U).
OBS: bombeamento – o peixe fecha o opérculo e suga o alimento.
Alguns não possuem estômago. O alimento segue direto para o intestino, onde ocorre a absorção. São peixes que se alimentam de substâncias de fácil digestão.
A forma dos estômagos e dos cecos é variada. As trutas e salmões possuem cecos pilóricos (divertículos do intestino delgado, próximos a região pilórica do estômago), tendo vários cecos, que têm a função de digestão e absorção. Nos mamíferos, o ceco é no intestino grosso e tem a função de fermentação.
O linguado possui bolsas na região pilórica, que são os cecos.
O suco pancreático e a bile são liberados no intestino delgado.
O intestino grosso faz a absorção de sais minerais, água, vitaminas (K, complexo B), compactaçãodo bolo fecal e formação das fezes. Em alguns peixes, ocorre também absorção de nutrientes.
Sistema renal
A função do rim é promover a osmorregulação (manter em equilíbrio os sais e os fluidos corporais).
Sua porção cranial funciona como órgão hematopoiético, produzindo hemácias, plaquetas e leucócitos.
Armazena espermatozóides que são produzidos pelas gônadas.
OBS: os peixes de água salgada colocados em água doce, e vice-versa, morrem por diferença de osmolaridade. Neste caso, os de água doce perdem água para o meio e os de água salgada perdem sais para o meio, por isso morrem. Alguns peixes possuem um sistema regulador que lhes permitem viver bem nos dois ambientes. Os peixes de água doce urinam muito (uréia, amônia, sais) e os de água salgada não. Os de água doce possuem células (nas brânquias) especializadas em reter sais, pois a água doce é pobre em sais (por diferença de osmoralidade, o peixe perderia estes sais para o meio) e os de água salgada possuem células especializadas em eliminar sais e reter água (pois o meio é rico em sais e o peixe perderia água para o meio, além de não conseguir eliminar seus sais). Nas brânquias, por viver em contato direto com a água corrente, haveria muita perda de água para o meio (nos de água salgada – por diferença de osmoralidade) se não existissem estas células. Da mesma forma, os de água doce perderiam muitos sais para o meio se suas células não retivessem esses sais.
	O magnésio só é eliminado pela urina. A urina dos peixes marinhos é muito rica em magnésio, sendo assim, a água marinha também é rica em magnésio.
	Tubarões e raias concentram altas taxas de uréia no sangue para não perderem água para o meio externo (ficando isotônicos em relação ao mar).
Anfíbios
Salamandras, giminofiona (cobra-cega), anuros (rãs, sapos e pererecas).
As salamandras fazem neotenia. Neotenia é o rápido amadurecimento das gônadas, enquanto o animal mantém características juvenis.
Tanto sapos quanto rãs e pererecas podem ser venenosos, sendo o sapo o mais perigoso, porque seu veneno é cumulativo (acumula no organismo do animal que o ingere, conforme vai ingerindo animais rotineiramente, no dia a dia). Ao atingir a dosagem fatal, leva o animal a óbito. Pode acontecer com humanos, pois em alguns locais usam-se sapos na alimentação, como se fossem rãs.
OBS: cobras não comem sapos.
A posição anatômica para dissecação ou análise clínica é o animal sentado sobre as patas traseiras.
OBS: a rã touro possui membranas interdigitais nas mãos. As outras rãs não possuem.
Para diferenciar machos de fêmeas: o macho tem o tímpano grande e a fêmea o tem bem menor. Sua localização é caudal ao olho.
Os anfíbios não vêem tridimensionalmente e não enxergam muito bem. Percebem movimento, mas não formas.
Algumas espécies se reproduzem em “estouro”. São espécies que se escondem durante meses ou anos e, num determinado dia e horário, todas saem e se reproduzem, depois se escondem de novo _ se enterram.
Possuem olfato (órgão vômero nasal).
Todos são carnívoros, pois só capturam o que tem movimento. Sapos maiores podem engolir até filhotes de cobra (alguns ingerem filhotes de jararaca).
Possuem membrana nictitante (terceira pálpebra _ sentido ventre-dorsal) transparente, para proteger os olhos ao mergulhar. Também possuem duas narinas que se comunicam com a cavidade bucal.
Possuem cloaca e a fenda da cloaca se localiza dorso-caudalmente (não ventral, como na maioria dos animais).
As fêmeas são praticamente mudas, quase não produzem som (um dos poucos que produzem é o de agonia, quando são capturadas, avisando o grupo). Apenas os machos cantam (em todos os anfíbios).
Os machos possuem um calo nas mãos, que são usados para pressionar a barriga das fêmeas durante o abraço da cópula, estimulando-as a liberar os óvulos na água. Em seguida eles liberam os espermatozóides.
Os anfíbios possuem atlas e axis, possibilitando alguns movimentos de cabeça (diferente doa peixes, que não possuem). Após as vértebras sacrais possuem o uróstilo, que são vértebras fusionadas. Sua função é absorver o impacto do salto, pois se não fossem fusionados poderiam lesionar a coluna. As vértebras lombares possuem longos processos transversos, que são vestígios de costelas.
OBS: Animais que precisam de membros superiores fortes (tatus – escavam, macacos, e outros) possuem clavícula. Ganham na força, mas perdem na velocidade. Outras características que auxiliam a velocidade é o comprimento das patas, o número de passadas por minuto e a quantidade de fibras musculares de velocidade (fibras vermelhas). Quanto mais próximo da articulação é a fixação do músculo maior é a força, e quanto mais longe maior é a velocidade.
Os sapos não possuem clavícula. Além de aumentar sua velocidade, o impacto ao cair quebraria a clavícula. A musculatura da região serve como amortecedor, não passando para o esqueleto axial. São adaptados para saltos, com as pernas em forma de S.
Possuem supra escápula, supra coracóide e vários outros ossos que formam o cinturão escapular. Conforme vai crescendo na escala evolutiva, esse número de ossos diminui.
A tíbia e a fíbula são fusionados.
Tegumento
Epiderme sem escamas, rica em glândulas, presença de queratina (não encontrada em peixes), ricamente vascularizada e muito permeável. O muco produzido pelas glândulas é altamente bactericida, fungicida, para protegê-los de infecções, já que sua pele é muito permeável. Essas glândulas podem produzir veneno e substâncias alucinógenas.
A função das glândulas é proteção (mecânica – torna a pele escorregadia, auxiliando a escapar de predadores; e química – é bactericida, fungicida e pode produzir veneno).
A queratina só é importante em algumas espécies, onde é mais espessa no dorso, protegendo contra perda de umidade pela radiação solar, absorvendo a umidade pelo ventre, que é liso.
É muito vascularizada para proceder trocas gasosas. A respiração cutânea é muito importante nestes animais. A respiração branquial em jovens é semelhante a dos peixes, mas as brânquias normalmente são internas (nas salamandras é externa).
A pele não possui aderência a musculatura, é “solta”, ligada apenas por alguns ligamentos. A linfa se localiza neste espaço e em volta das vísceras, protegendo contra microrganismos patogênicos.
Coração
Possui cinco cavidades: seio venoso, dois átrios, um ventrículo e cone arterioso. Os nós se localizam no seio venoso, onde fica o automatismo cardíaco. As veias cutâneas se unem a veia cava, chegam ao seio venoso e dali vão para o átrio direito, trazendo sangue oxigenado (troca gasosa cutânea). As veias pulmonares chegam do pulmão ao átrio esquerdo, trazendo também sangue oxigenado.
O átrio direito recebe sangue oxigenado e sangue rico em gás carbônico (do corpo), mas eles não se misturam, por diferença de pH e de viscosidade. Ao chegar ao ventrículo, também não se mistura com o sangue do átrio direito. Ao contrair, o ventrículo joga o sangue para o cone arterioso, onde o sangue venoso vai para o pulmão e para as artérias cutâneas e o sangue arterioso vai para o corpo. O cone arterioso se divide em um tronco sistêmico que origina as artérias carótida, sistêmica e pulmo-cutânea.
Para coletar sangue em anfíbios, orienta-se pela linha mediana ventral (linha Alba) e coleta da veia abdominal ventral.
Pulmões
O ar entra pela cavidade buco-faringeana (a laringe está localizada no assoalho) e já chega aos brônquios. Não possui traquéia, pois não possui pescoço (a função da traquéia é justamente levar o ar até os brônquios pelo pescoço). O pulmão não possui alvéolos (só os mamíferos possuem). Seu pulmão não se dilata, não possui elasticidade. Possui cristas e depressões internas, que aumentam sua área se superfície para trocas gasosas.
A presença de alvéolos é para aproveitar todo o espaço interno do pulmão, diminuindo a área de espaço morto, aumentando a área de troca gasosa.
OBS: só os machos possuem prega vocal.
A exalação dos anfíbios se dá pormovimento visceral e muscular, comprimindo o pulmão. A inalação se dá por diferença de pressão. O assoalho da cavidade buco-faringeana desce, aumentando a abertura e o ar entra por diferença de pressão.
Se localizam ventral a coluna vertebral e dorso lateral ao coração. Na dissecação devemos afastar o fígado (trilobado – lobo esquerdo, direito e mediano) para visualizar os pulmões. Para visualizar a vesícula biliar, afastamos o lobo direito, e para visualizar o estômago, afastamos o lobo esquerdo.
OBS: Na época de cópula, as gônadas crescem e comprimem as vísceras. O fígado fica amarelado por acúmulo de gordura (pois estes animais acumulam gordura nas vísceras – não possuem panículo adiposo sob a pele), já que acumulam gordura na época da reprodução e nos períodos frios. As fêmeas acumulam mais que os machos, no fígado, para produção das gemas.
	Não possuem linfonodos. Quem faz a defesa é o baço.
Sistema digestório
Canal alimentar: buco-faringe, esôfago, estômago (HCl e pepsina), intestino delgado e intestino grosso (reto).
Glândulas anexas: fígado (vesícula biliar) e pâncreas.
Não possuem glândulas salivares, pois não precisam umidecer o alimento.
Possuem freno da língua rostral, pois dessa forma a língua pode ser projetada para frente, para capturar o alimento. Possuem a língua pegajosa.
Não possuem dentes verdadeiros, e sim ossos serrilhados.
Ao se alimentar, fecham os olhos, pois dessa forma o globo ocular ajuda a impulsionar o alimento para o esôfago (através do teto da cavidade buco-faringeana).
O esôfago é curto. O estômago é grande, em forma de J e deslocado para esquerda, dorsal ao lobo esquerdo do fígado, sendo muito muscular e com muitas dobras.
O intestino delgado possui duodeno, jejuno-íleo preso ao mesentério, com função de digestão.
O pâncreas se localiza junto ao duodeno, ficando próximo a vesícula biliar e ao fígado. Os peixes não possuem pâncreas individualizado.
O intestino grosso se resume ao reto. Não possui divisão, portanto pode ser chamado simplesmente de reto.
O fígado é muito grande, esquerdo e ventral ao estômago e possuem vesícula biliar (entre o lóbulo direito e o mediano, dorsal ao lóbulo direito) com a função de produção e liberação da bile.
São carnívoros.
O sistema digestório não possui cecos nem circuncoluções, é reto.
Armazena gordura no fígado (cor amarelada) em certas estações do ano (frio e reprodução).
Linfático
O baço não é parte do sistema digestório e sim do sistema imunológico, apesar de ter ligamentos com os mesmos e estar próximo. Não possuem linfonodos. Os vasos linfáticos estão junto as artérias, pois o movimento da artéria ajuda no da linfa.
Possui dois pares de corações linfáticos: um par na região torácica e um par na cintura pélvica, que bombeiam a linfa.
A linfa banha os órgãos viscerais e os compartimentos entre a pele e a musculatura (bolsas linfáticas).
Sistema urinário
Possui um par de rins (em forma de folha), dorsalmente, caudalmente, bilateral, retroperitonial. Faz a osmorregulação (regulam o equilíbrio hídrico e os sais do corpo). Promove armazenamento de espermatozóides (os testículos estão próximos). Não possuem ducto deferente nos órgão genitais, não há penetração na cópula. Os espermatozóides são liberados na água, junto com os óvulos das fêmeas. Não possuem alça de Henle (só mamíferos e aves possuem). A alça Henle está diretamente relacionada com absorção de água no rim (quanto maior a alça, maior a absorção). A função de absorção de água nos anfíbios é responsabilidade da bexiga (em peixes também). Além da água, a bexiga promove absorção de sais, por transporte ativo.
A bexiga nos mamíferos tem origem embrionária própria. Nos demais animais é uma expansão da parede da cloaca. É uma vesícula urinária, com músculo liso e estriado esquelético.
Sistema reprodutor feminino
Na época da reprodução, os ovários crescem muito e os ovidutos também, ocupando grande parte da cavidade abdominal. O ovário se rompe, liberando os óvulos que, por atração bioquímica, se direcionam para os ovidutos, se armazenando nele. Na fecundação, o macho aperta a barriga da fêmea e os ovidutos liberam os óvulos para o meio externo.
OBS: a família Bufonidae (sapos) possui um órgão chamado Bidder (nos machos), que é um ovário atrofiado. Se estes animais perdem o testículo (ex: infecção bacteriana) vira fêmea.
Ectotermia e Endotermia
Os termos homeotérmico e pecilotérmico não são adequados, pois nenhum animal é realmente homeotérmico nem pecilotérmico, já que suas temperaturas não se mantêm constantes o tempo todo.
O correto é usar os termos ectotérmico e endotérmico.
Nos ectotérmicos, a fonte de calor é externa. Nos endotérmicos, a principal fonte de calor é interna (queima de gordura e tremor muscular).
Os animais endotérmicos também usam as fontes externas para auxiliar sua manutenção de temperatura interna (se aquecem ao sol quando está frio, e se recolhem a sombra quando está muito calor).
Mesmo quando a fonte de energia externa é muito alta (produz muito calor) o animal ectotérmico não permite que sua temperatura interna ultrapasse o máximo permitido para sua sobrevivência, pois se ultrapassar começa a ocorrer desnaturação protéica e o animal vai a óbito. Para isso utilizam a termorregulação.
A termorregulação consiste em manter a temperatura interna em condições adequadas para o animal sobreviver. Em ambos os casos (ecto ou endotérmicos) os animais fazem termorregulação através de mecanismos fisiológicos ou de atitudes comportamentais. Alguns destes mecanismos são: Fisiológicos – no calor: vasodilatação periférica, sudorese, diminuição do metabolismo, etc. No frio: vasoconstrição periférica, piloereção, aumento do metabolismo, etc. Comportamentais – no calor: buscar sombra, lugares molhados, expor-se ao vento, pisos frios, aumentam o consumo de água, reduzem o consumo de alimentos. No frio: buscam o sol, lugares secos, pisos quentes, refugiam-se do vento, diminuem o consumo de água, aumentam o consumo de alimentos. Alteram sua posição em relação ao sol, aumentando ou diminuindo a incidência dos raios solares sobre o corpo; os animais que conseguem alterar sua cor ficam mais escuros para reter calor, ou mais claros para refletir os raios solares; ficam mais próximos ao solo (com o ventre encostado no chão) para se aquecer, ou levantam o tronco sobre as patas, permitindo a passagem de vento sob o ventre e fazendo sombra no solo abaixo (que resfria e pára de irradiar calor para o animal) – neste caso, fazem vasoconstrição periférica no dorso e vasodilatação no ventre, que é onde está perdendo calor para o meio pelo vento.
Um exemplo é a iguana marinha de Galápagos, que sofre mudanças bruscas de temperatura, pois o ambiente terrestre em que vive é extremamente quente ao sol, chegando a 50ºC ao meio dia, e muito baixo na água, o que faz com que o animal possa vir a ter uma variação muito alta na temperatura em poucos minutos. Se ele não conseguisse regular sua temperatura com os mecanismos de termorregulação, a variação levaria a desnaturação protéica e a morte.
Ao mergulhar, a perda de calor é muito mais rápida, já que a água é um meio muito mais eficiente para perda de calor, pois é uma troca de calor por convecção (remoção do calor do corpo por correntes circulantes), onde só a água leva o calor. Portanto a iguana do exemplo precisa mergulhar para se alimentar e voltar rapidamente, sem que perca muito calor para a água.
Normalmente os ectotérmicos não sofrem alterações muito bruscas de temperatura, variando em torno de 3 ou 4ºC, sendo que alguns apenas variam em torno de 1ºC.
Outro exemplo é a preguiça. É endotérmica, mas consegue variar sua temperatura em até 10ºC.
O cuco do deserto (papa léguas) também é endotérmico. Como vive no deserto, que tem altíssimas temperaturas na parte da manhã e baixíssimas (quase 0ºC) à noite, precisa de mecanismos ectotérmicos e termorregulatórios para manter sua temperatura. Sua temperatura normalde ação é de 40ºC. À noite, para evitar a perda de calor para o meio, reduz seu metabolismo, seus batimentos cardíacos, faz vasoconstrição periférica e sua temperatura interna chega a reduzir 20ºC. O animal se empoleira num canto e aguarda amanhecer. Ao amanhecer, precisa retornar a sua temperatura de 40ºC, então abre suas asas (possui duas áreas nuas próximo às axilas) para se aquecer com a radiação solar.
Gordura Marrom ou Tecido Adiposo Marrom (TAM):
	É um tecido adiposo altamente vascularizado, com a função de produzir calor. Como é um tecido altamente vascularizado, esse calor produzido chega logo a pele, aquecendo o animal.
Os ruminantes o possuem quando filhotes, tendo a duração em torno de 45 a 50 dias. Os humanos também possuem, mas não se sabe ao certo o período de duração. Morcegos, ursos e mamíferos aquáticos o possuem por toda a vida. Alguns animais de ambientes muito frios (como os ursos) conseguem repor a gordura marrom ao longo da vida, mas a maioria possui esse tecido limitado ao que nasce com ele.
	
Répteis
Crocodilianos – jacarés, crocodilos, caimans.
Quelônios – tartarugas, jabutis, cágados.
Squamata – serpentes, lagartos, anfisbenas. Essa família possui o pênis bifurcado.
Sphenodon – encontrado na Austrália.
Aves – as aves são répteis, mesmo sendo tratadas como um grupo à parte. Seu esqueleto é totalmente reptiliano.
Tegumento
As serpentes fazem a muda completa, de uma só vez. Os demais trocam aos poucos, por desgaste.
Grandes mudanças que permitiram sua adaptação ao meio terrestre
O tegumento é altamente queratinizado, protegendo contra a perda de água;
Seus ovos possuem a casca coreácea (forma de couro, com certa elasticidade), impedindo a evaporação excessiva e o ressecamento do ovo;
Excreção de ácido úrico (não precisa de perda de água para excretar o ácido úrico, pois ele não é tóxico – anfíbios excretam uréia pela cloaca e peixes amônia pelas brânquias, que são muito tóxicos e precisam de muita água para diluí-los e não contaminar os ovos e o meio; conforme essas substâncias são produzidas, vão sendo excretadas com a água).
	As serpentes possuem escamas epidérmicas cobrindo toda sua superfície. É comum encontrarmos ácaros sobre essas escamas, principalmente na região ventral da cabeça. As ninfas destes ácaros parasitam qualquer vertebrado, já os adultos são mais específicos. Podem ser transmissores de outros parasitos, como nematóides. 
	Trata-se com panacur via oral (não se usa ivermectina em répteis, pois os levaria a morte). Não se recomenda diluir na água, pois o animal não irá ingerir a quantidade suficiente.
A pele das serpentes possui uma grande capacidade de recuperação. Ao operar uma serpente, deve-se seguir as linhas formadas entre as fileiras de escamas, para não atingir essas escamas.
Para fazer uma sexagem de serpente, introduz-se um instrumento específico pela cloaca, se a haste penetrar mais fundo é macho (pois seu pênis é oco), se penetrar pouco é fêmea (pela localização da glândula anal que impede a penetração mais profunda).
Os machos da família Boidae (jibóia, sucuri, píton) possuem dois esporões (um de cada lado da cloaca) que são usados para estimular a fêmea na cópula.
Alguns Boidaes possuem fosseta labial (sensor térmico semelhante a fosseta loreal), mas não venenosos.
A família Viperidae (crotalus, bothrops e lachesis) são as que possuem fosseta loreal e são venenosas. As serpentes da família Elapidae não possuem fosseta loreal, mas são venenosas (são as corais).
A principal característica do tegumento dos répteis é ser muito queratinizado e ter o corpo coberto por escamas.
A muda de serpentes ocorre de uma só vez. Forma-se uma nova camada epidérmica abaixo da zona de transição, que por sua vez fica toda preenchida de líquido. Na região rostral da cabeça, ocorre aumento da circulação, provocando o rompimento da epiderme que se solta e inicia a soltura de toda a pele epidérmica (“casca”) do animal. Em seguida, a serpente começa a se roçar pelas pedras das redondezas para ir soltado a pele, que sai inteira, a partir da zona de transição, deixando a nova epiderme à mostra.
Na época da muda, a cobra deixa de se alimentar, pois o tegumento passa inclusive sobre os olhos (uma película transparente chamada óculo), e como a zona de transição se enche de líquido, a visão fica debilitada, já que o óculo fica opaco, impedindo o animal de caçar. É a época em que o animal fica mais fragilizado.
Os répteis crescem de acordo com a fartura de comida e a muda ocorre pelo crescimento do animal e não pela idade.
Os lagartos fazem a muda por partes, saindo placas de tegumento por vez.
Tartarugas e jacarés trocam por desgaste, semelhante aos mamíferos. Não possuem uma época definida para muda.
Uma diferença entre cobras e lagartos é que as escamas das cobras são maiores no ventre do que no dorso e as dos lagartos são do mesmo tamanho.
As escamas dos quelônios são muito grandes, sendo chamadas de escudo. Em torno destes escudos existem anéis concêntricos, que indicam o crescimento do animal (por baixo e na extremidade do escudo ocorre deposição de tegumento, formando os anéis). Isso não tem nada a ver com a idade do animal e sim com seu crescimento, que está ligado à alimentação.
Diferenças:
Jabutis – são terrestres. Seu casco é bem convexo e não possui membranas interdigitais. São vendidos como pet. Na natureza a maioria é carnívoro (sendo algumas espécies herbívoras), mas os domésticos são onívoros (sendo mais carnívoros que herbívoros). Não se deve alimentá-los com ração de cães e gatos, pois não são balanceadas para eles.
Cágados – são de água doce. Sua carapaça é mais achatada que a dos jabutis e possui membranas interdigitais. São carnívoros.
Tartarugas – são marinhas. Seu casco é fusiforme e bem achatado (hidrodinâmico), não retraem a cabeça para dentro do casco e seus membros são em forma de remos. Dependendo da espécie podem ser herbívoras ou carnívoras.
Os quelônios possuem papilas gustativas e escolhem os alimentos, mesmo que não sejam ideais para eles.
Os escudos recebem nomes especiais, de acordo com sua localização em fileiras: nucal (um par logo acima do pescoço), vertebral (acima da coluna vertebral, no plano mediano), costal (acima das costelas, lateral a coluna vertebral), marginal (margeando o casco, lateral as costais) e plastrão (ventral, que se divide em pares: par gular, umeral, peitoral, abdominal, femoral e anal).
Outras características:
O coração se localiza ventral e mediano, entre as placas peitoral e abdominal. Para acessar o coração, perfura-se o plastrão com uma broca de dentista (exatamente entre as placas peitoral e abdominal, medianamente) e faz-se a coleta de sangue do ventrículo com uma seringa.
A jugular se localiza caudal ao olho, sendo fácil de acessar. Caso o animal retraia a cabeça, pode-se fazer a punção sangüínea direto do coração (como já descrito), mas o ideal é fazer através da jugular (é menos traumático).
Em alguns casos existe dimorfismo sexual. Por exemplo, nos adultos, o macho possui a porção ventral do casco abaulada para encaixar nas fêmeas, na cópula. Alguns machos possuem a cauda muito maior que a da fêmea, para acomodar o pênis. Os machos podem possuir (principalmente os cágados) as unhas dianteiras bem mais compridas, para imobilizar as fêmeas.
Internamente ao tegumento, encontramos um exoesqueleto completo. São placas ósseas, que seguem o mesmo formato das placas dos escudos.
As tartarugas possuem a coluna vertebral e as costelas fusionadas ao exoesqueleto, portanto não podem usar as costelas na respiração. Só possuem movimentos na cauda e na cabeça (e nos membros).
Jacarés e alguns lagartos possuem a gastralha, que é um exoesqueleto incompleto. Sua função é auxiliar a sustentação das vísceras.
Possuem glândulas no tegumento que exalam feromônios. As serpentes possuem as glândulas anais (na cloaca) e as glândulas sexuais (no dorso). Os lagartos possuem porosfemorais (região femoral, ventral) ligados a glândulas femorais, que são glândulas sexuais. Os machos possuem os poros femorais mais desenvolvidos que as fêmeas.
Sistema circulatório
O coração dos répteis possui 4 ou 5 cavidades (algumas espécies possuem o ventrículo totalmente separado por um septo interventricular, tendo dois ventrículos). As cavidades são: seio venoso, átrio direito, átrio esquerdo e ventrículo. Algumas tartarugas possuem bulbo arterioso, mas não possuem o septo interventricular completo, tendo 5 cavidades.
O ventrículo possui, exceto nos crocodilianos, três seios internos, chamados de cavidades ou cavum, em latim. São o cavum venoso, cavum pulmonar e cavum arterioso.
O sangue chega ao coração, rico em CO2, pelo seio venoso, em seguida vai ao átrio direito e deste para o ventrículo. O sangue arterial, que vem rico em O2 dos pulmões, chega ao átrio esquerdo e segue também para o ventrículo. No ventrículo, o sangue venoso se deposita no cavum venoso e o sangue arterial no cavum arterial. O ventrículo começa a se contrair, mas essa contração não se dá por igual. Primeiro começa a contrair a porção direita e superior do ventrículo, o que empurra a valva átrio ventricular para a esquerda e impede o sangue arterial de se dirigir para o lado direito do coração (criando um bloqueio). O sangue venoso que está no cavum venoso começa a ser empurrado. A artéria sistêmica possui uma pressão ainda maior do que a que começa a se formar no ventrículo e não se abre, o que empurra o sangue venoso para o cavum pulmonar. A crista que existe entre o cavum venoso e o cavum pulmonar se eleva (pela contração do ventrículo), impedindo que o sangue venoso, agora no cavum pulmonar, retorne ao cavum venoso. A artéria pulmonar cede a pressão e se abre, levando o sangue venoso para os pulmões. Em seguida começa a contrair o lado esquerdo do ventrículo, encaminhando o sangue do cavum arterioso para o cavum venoso. A artéria sistêmica finalmente cede a pressão e leva o sangue rico em O2 para o corpo. Não ocorre mistura de sangue venoso e arterial no coração.
A mistura de sangue venoso e arterial pode ocorrer em alguns casos de necessidade, como em stress (fazem apnéia) ou para manter a temperatura na água. Ao mergulhar, o animal não irá respirar (apnéia), portanto não há necessidade de enviar sangue aos pulmões para oxigenar – já que não há oxigênio. Pela apnéia, a pressão da artéria sistêmica diminui e ela cede a pressão do ventrículo quando este começa a contrair. Com isso, o sangue rico em CO2 consegue penetrar por ela, ao invés de ir para o cavum pulmonar e retorna para o corpo. Em seguida o sangue rico em O2, do cavum arterial chega ao cavum venoso e também penetra pela artéria sistêmica, se misturando com o sangue venoso (não no coração, mas dentro da artéria). Nisso a circulação pulmonar cessa. Além disso, o animal faz vasoconstrição periférica e vasodilatação nas vísceras, mantendo o calor. Esse mecanismo aumenta a quantidade de sangue na circulação sistêmica, pois não há mais circulação pulmonar, auxiliando na manutenção de calor.
Alguns répteis são capazes de parar seus batimentos cardíacos por alguns minutos, em situação de stress. Passado o perigo, volta a funcionar normalmente.
O coração de serpentes mede em torno de 25 a 27% do tamanho do corpo do animal.
O coração dos crocodilianos possui o septo interventricular completo. A mistura de sangue venoso com arterial ocorre por meio de uma ligação que ocorre fora do coração, entre os vasos sistêmicos que saem dos ventrículos. Essa ligação entre as artérias é chamada de forame de Panizza, apesar de não ser um forame e sim um vaso. Alguns livros citam o forame de Panizza ligando os dois ventrículos, mas isso não ocorre. A separação é completa. A artéria sistêmica direita só se abre quando há necessidade de misturar sangue venoso e arterial. 
Observações:
	Geralmente, nas cobras arborícolas, o coração se localiza nos primeiros 25% do corpo (quanto mais arborícola mais próximo a cabeça).
Nas cobras terrícolas, normalmente o coração se localiza no espaço entre 27 a 30% do comprimento do corpo (podendo estar entre 25 a 50%).
As cobras aquáticas possuem, geralmente, o coração no meio do corpo.
A cobra de vidro é um lagarto. Chamada assim por ser muito semelhante a uma cobra (mas possui vestígio dos membros posteriores) e por perder a cauda em momentos de stress. Como sua cauda é muito grande, praticamente metade do corpo do animal, parece que o animal se dividiu ao meio, como se fosse de vidro e se quebrasse.
	A jibóia macho só entra em espermatogênese se a temperatura do ambiente cair 10ºC (ou seja, no inverno). A fêmea só copula se antes houver combate entre os machos. Sem esse conhecimento, não se consegue reprodução destes animais em cativeiro. A fêmea copula no inverno, mas só ovula no verão. Ela armazena os espermatozóides dentro dela por meses, até que maturem seus óvulos e ocorra a fecundação.
	Alguns lagartos são partenogenéticos (25% das espécies). Alguns se reproduzem das duas formas e outros se tornam partenogenéticos na ausência de machos.
O esôfago de serpentes começa com tecido conjuntivo e é muito sensível, rompendo com facilidade na dissecação. Portanto deve-se tomar muito cuidado ao dissecar esses animais.
Dependendo da serpente, o baço e o pâncreas podem estar unidos em um só órgão (se vê a separação histologicamente) ou separados.
A vesícula biliar possui a mesma origem embriológica que o baço e o pâncreas, portanto fica próximo a estes órgãos e não ao fígado.
A língua bífida de lagartos e serpentes tem a função sensorial de percepção de feromônios. Os outros odores são percebidos pela cavidade nasal. O órgão vômero nasal se localiza no palato. O animal capta as partículas do feromônio no ar, introduz as duas pontas da língua no órgão vômero nasal (dentro da boca) e percebe o cheiro.
Anfíbios e mamíferos possuem dois côndilos occipitais e os répteis e as aves só possuem um.
Não se deve usar o diâmetro para diferenciar o intestino delgado do grosso (principalmente em aves), pois em muitos casos o delgado possui maior diâmetro que o grosso.
Sistema respiratório
Pulmões
Só os mamíferos possuem alvéolos.
Os répteis possuem um sistema respiratório mais complexo que o dos anfíbios, mas menos que o dos mamíferos e aves.
Possuem um único brônquio principal que se bifurca, se dividindo em dois. Chega aos pulmões, mas não penetra neles. Os pulmões possuem cristas internas para aumentar a superfície de absorção.
Nos crocodilianos e quelônios em geral, os brônquios penetram profundamente nos pulmões e sofrem novas bifurcações em bronquíolos, além das cristas, dividindo o pulmão em compartimentos, aumentando ainda mais a área de superfície de absorção. Ainda não possuem alvéolos, apesar de possuírem os bronquíolos. Os crocodilianos possuem ossos pneumáticos no crânio.
Não possuem diafragma. Todos os animais possuem um septo transverso (tecido conjuntivo) separando a cavidade torácica da abdominal. Nos mamíferos esse septo se transforma no diafragma.
Os lagartos possuem movimentação dos músculos intercostais e do esterno, tendo movimentação de expansão na respiração.
As cobras não possuem esterno, mas possuem costelas que se movimentam lateralmente. O pulmão é alongado e segue o movimento das costelas, inflando e sendo pressionado de acordo com esse movimento. Ao engolir o alimento (inteiro), esse espaço que se abre para a respiração é preenchido pelo alimento. Mas como o pulmão é muito longo, o alimento não ocupa todo esse espaço, sobrando áreas livres para respiração (expansão do pulmão).
Algumas serpentes possuem o pulmão pré-cardíaco, outras pós-cardíaco e outras pulmão traqueal (dentro da traquéia), como é o caso da jararaca.
As serpentes em geral possuem saco aéreo. A parte pulmonar é avermelhada, pela vascularização. Na porção caudal do pulmão se inicia o saco aéreo (tecido conjuntivo), que é esbranquiçado, pois não possui vascularização. Funciona comoreservatório de ar, sendo maior em cobras marinhas.
O pulmão dos quelônios é bem longo e dorsal. As tartarugas possuem costelas fusionadas ao casco. Possuem um peritônio muito espesso, ligado a músculos que se ligam as vísceras. Ao comprimir e descomprimir as vísceras (movimentos de cabeça e membros auxiliam esses movimentos), com a ação dos músculos, aumenta e diminui o espaço interno, promovendo a respiração (inflando o pulmão). Se colocar o animal de casco para baixo, irá comprimir seus pulmões, dificultando sua respiração, podendo levá-los a morte se permanecer assim por muito tempo.
Os crocodilianos possuem um pseudo diafragma (que é o septo transverso), onde se fixa o fígado do animal, por tecido conjuntivo. O osso pubiano destes animais (ao contrário dos outros animais) é voltado cranialmente e possui um músculo muito desenvolvido (que é uma divisão do reto do abdome) ligando esse osso ao fígado, auxiliando na respiração da mesma forma que o diafragma nos mamíferos, pois, ao contrair, esse músculo “puxa” o fígado, que por sua vez “puxa” o septo transverso, aumentando a área da cavidade torácica e expandindo os pulmões (inflando). Sem esse músculo, o animal não consegue respirar.
Sistema digestório
Estômago
O estômago dos crocodilos possui pró-ventrículo (químico) e ventrículo (mecânico), como o das aves. É um estômago único dividido em partes.
Outro comportamento semelhante ao de aves é o de engolir pedras, para auxiliar na digestão (causando atrito) no ventrículo.
O estômago dos crocodilos é mil vezes mais ácido que o dos mamíferos, e possuem alta capacidade de dilatação.
Em serpentes, a primeira porção do esôfago é de tecido conjuntivo, portanto devemos ter cuidado na administração de medicamentos orais, na dissecção e na alimentação forçada, pois é um tecido fino que rompe com facilidade.
Os boídeos também possuem uma divisão de pró-ventrículo e ventrículo bem marcada, mas não tanto quanto os crocodilos.
Cecos
É um saco de fundo cego, geralmente um divertículo do intestino grosso. Em herbívoros está relacionado à digestão da celulose (a partir de uma flora bacteriana – fermentação – liberando ácidos graxos). Nos répteis está relacionado, também, a absorção de sais, vitaminas e água (pois é função de todo o intestino grosso).
Em animais de dieta vegetariana, o ceco é muito desenvolvido, como é o caso das iguanas.
Nos répteis, o rim não absorve água. A urina que chega a cloaca é encaminhada para o intestino grosso para reabsorção de água. Em alguns boídeos, essa urina é encaminhada até o ceco para essa absorção.
Glândulas anexas
Glândulas bucais
Não possuem glândulas salivares, mas possuem muitas glândulas mucosas na cavidade oral. Podem produzir veneno. São as glândulas bucais, com diversas funções.
OBS: só os mamíferos possuem glândula salivar. A saliva possui amilase salivar (enzima digestiva), anticorpos, lisozima (destrói a parede das bactérias) e umidece o alimento.
Pâncreas
Em serpentes está associado ao baço (presos um ao outro por tecido conjuntivo) e geralmente é oval.
Produz insulina, glucagon e suco pancreático. Se abre no duodeno liberando as enzimas.
Fígado
A vesícula biliar possui a mesma origem embriológica do pâncreas e baço. Em serpentes, por seu corpo alongado, a vesícula segue o duodeno, pâncreas e baço, ficando distante do fígado, ligada a ele por um ducto.
Intestinos
O jejuno/íleo é identificado por estarem ligados ao mesentério, por onde chega a vascularização. Suas funções são digestão e absorção. Ficam soltos no abdome.
Em serpentes não há essa característica, do jejuno/íleo soltos, com grande porção de mesentério, pois as serpentes são alongadas e possuem um mesentério curto, já que não há para onde se movimentar.
Sistema Reprodutor
Sistema reprodutor masculino:
Pênis
O pênis dos répteis é oco e se enche de linfa para ficar ereto. O esperma escorre por fora do órgão, através de um sulco externo. Não possui uretra.
A origem embriológica do pênis destes animais é a mesma da cloaca, diferente dos mamíferos.
Squamatas (serpentes, lagartos e anfisbenas): Possuem um hemipênis (pênis bipartido). Usam apenas uma das extremidades do hemipênis na cópula. O hemipênis localiza-se na cauda e possui espinhos que o fixam a fêmea. Pode ficar preso por até 24 ou 48h na cópula. Depois usa a outra extremidade para copular com outra fêmea.
Crocodilianos: O pênis do crocodilo nunca fica flácido. Está sempre em ereção (cheio de linfa e por ação muscular), mas dentro da cauda. Só o expõe para cópula.
Quelônios: É importante o tamanho da cauda para proteção do pênis, pois este fica armazenado na base da cauda. Como estes animais possuem o pênis muito grande, é importante a cauda grande para não causar desconforto a este armazenamento, pois o animal pode exteriorizar o pênis e não conseguir retraí-lo, arrastando-o no chão, tendo que sofrer amputação do membro.
Serpentes: Pênis com espinhos (a ponta destes é calcificada). Alguns machos produzem uma substância gelatinosa que bloqueia a cópula de outros machos, criando um tampão no local que impede essa cópula. Alguns produzem um feromônio neste gel que avisa outros machos que esta fêmea já foi fecundada. Esses mecanismos liberam os machos de ficarem fixados à fêmea por muitas horas para garantir a fecundação.
Testículo
Os testículos se localizam na cavidade abdominal e sua posição varia entre as espécies. Produzem hormônio sexual masculino e espermatozóides.
O testículo reduz de tamanho em período não reprodutivo e aumenta em período reprodutivo.
	O testículo direito é mais cranial, mas os dois são do mesmo tamanho.
	O ducto deferente desemboca na cloaca. As glândulas adrenais se encontram acopladas ao testículo e não ao rim por tecido conjuntivo.
OBS: Uma parte do rim de serpentes e lagartos atua na produção de hormônios sexuais. Mas há pouca informação na literatura sobre isso.
Sistema reprodutor feminino:
Oviduto
É um canal muscular com a função de conduzir os óvulos e armazená-los. Divide-se em 4 partes:
Infundíbulo - captação do óvulo liberado pelo ovário.
Tuba uterina - aumento da musculatura.
Útero - local de produção do ovo (através de glândulas).
Vagina - parede muscular mais forte que do útero, por onde faz a eliminação dos ovos.
Algumas fêmeas de lagartos, tartarugas e serpentes são capazes de armazenar espermatozóides na vagina por muito tempo (de meses a anos).
	Na época da ovogênese, parte destes espermatozóides é liberada e sobem até a tuba onde ocorre a fecundação.
Ovário – é suspenso pelo mesovário (peritônio) e produz óvulos, estrógeno e progesterona.
As fêmeas podem ser ovíparas (colocam ovos de casca calcárea), ovovivíparas (formam ovos sem a casca calcárea, ficando armazenados no oviduto) ou vivíparas (possuem placenta, tendo participação da mãe na nutrição do filhote). Nos ovíparos e ovovivíparos não há participação da mãe na nutrição dos fetos, eles se nutrem do vitelo do ovo.
Pode ocorrer torção do oviduto, impedindo os ovos de descer. Pode ocorrer má posição de ovos (ficando atravessados, virando dentro do oviduto), bloqueando a passagem. Em ambos os casos devem-se fazer intervenção cirúrgica, se não o animal pode ir a óbito.
	
OBS: 25% das espécies de lagartos são partenogenéticas (só produzem fêmeas, não há machos na espécie). Uma espécie de serpente também é partenogênica.
	O oviduto direito é em torno de 30 a 33% maior que o esquerdo, sendo mais cranial.
Rins
Se encontram aderidos ao peritônio, são retroperitoniais.
	As serpentes possuem os rins totalmente revestidos pelo peritônio, não sendo fixos, para que possam ser deslocados (como todas as vísceras das serpentes) por seu corpo alongado. Isso ocorre, pois na digestão e ovogênese precisam de espaço abdominal.
Funções
Osmorregulação
Produção de hormônios sexuais pelo segmento sexual do rim.
	Por não possuírem Alça de Henle (que tem função de reabsorver água), sua urina ficamuito aquosa (eliminam ácido úrico) precisam reabsorver água.
Locais de absorção de água:
Cloaca (transporte ativo – envolve gasto energético)
Reto e ceco (intestino grosso)
Bexiga
OBS: Podem-se re-hidratar répteis pela cloaca, pois reabsorve água mais rápido e mais eficientemente que via oral.
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Aves
	
Possuem vários tipos de bicos diferentes, que se adaptam ao tipo de alimentação do animal.
	O pica pau bate com o bico na madeira para percepção de locais ocos com presença de larvas, fura esses locais com o bico e se alimenta destas larvas. Possuem uma língua muito grande, com espinhos e pegajosa para capturar as larvas.	
	Os tucanos são muito agressivos entre si e com outras espécies. Não podem ser criados em viveiros mistos, pois matam as outras espécies. Sua alimentação básica é de frutas, mas também comem filhotes das aves.	
	As garças possuem mais de 20 vértebras cervicais (têm o pescoço muito longo). Seu bico é comprido e pontudo e o usam como lança para pescar.
	O Flamingo é um filtrador. Possui uma espécie de rede (formada por tecido conjuntivo e epidérmico) na cavidade oral, por onde filtra seus alimentos na água.
	Os beija-flores possuem bico comprido, com formatos variados entre as espécies, de acordo com o tipo de flor em que se especializou em se alimentar. Sua alimentação é basicamente açúcar, mas complementam com insetos, pois precisam de proteína animal. Possuem metabolismo muito intenso. Estão sempre em movimento e são agressivos, defendem seu território, brigam com outros machos e tentam furar suas gargantas. São poligâmicos, copulando inclusive com outras espécies.
	Quando reduzem seu metabolismo a queda é muito brusca, indo de 1000 batimentos cardíacos a 60 a 70, quando precisam repousar. Por causa deste metabolismo alto precisam se alimentar quase exclusivamente de glicose.
	Gaviões águias e corujas são carnívoros, prendem a presa com a garra e rasgam a carne com o bico.
Tegumento
	Possuem o tarso-metatarso coberto por escamas e o corpo coberto por penas.
	
Penas
	As penas já estavam presentes nos dinossauros, mas para termorregulação e não para o vôo.
	Entre as penas ocorre armazenamento de ar, que é o melhor isolamento térmico (bolsões de ar entre as diferentes camadas de penas).
As penas apresentam um eixo central chamado de cálamo e raque.
	Cada lado (porção) da pena é chamado de vexilo, formado por barbas que são projeções da raque. De cada barba sai um conjunto de barbicelas que são flexíveis, leves e se unem. Nos locais onde essas barbicelas são ausentes, as penas são plumosas e as barbas ficam soltas. Nos locais com barbicelas as penas são penáceas.
	
 
Os vexilos internos são maiores que os externos, ou seja, são assimétricos (favorece a aerodinâmica). Se fossem simétricos os animais não voariam.
	
Tipos de penas:
Rêmiges primarias: penas da mão e se orientam em direção ao dedo.
Rêmiges secundárias: penas da ulna e se orientam ao contrário.
	A troca das penas ocorre de dentro para fora.
Retrizes: penas da cauda.
Penas do pó: não param de crescer. A ponta das barbas se decompõe liberando um pó que é impermeabilizante. Todas as aves possuem. 
Pena de cerdas: geralmente ao redor dos olhos e narinas. É rígida e tem função protetora contra partículas que podem penetrar nos olhos e narinas.
Plumas: possuem barbas longas e não possuem barbicelas.
Semiplumas: possuem barbas mais curtas que as da pluma.
Filopluma: possuem vexilos apenas na base. Possuem terminação nervosa (na base) funcionando como sensor de movimentos. Está associada às penas de vôo, mudando de posição de acordo com elas, dando ao animal percepção de sua posição.
Glândulas
Glândula uropigeana: produz secreção impermeabilizante (a ave pica essa glândula que se localiza no pigóstilo e espalha a secreção pelo corpo). Nem toda ave possui essa glândula. As aves não possuem glândulas além da uropigeana.
OBS: Pigóstilo é o fusionamento das últimas vértebras caudais.
Parasitos de tegumento de ave
Mallophaga – Hematófagos (aparelho bucal mastigador) – penas.
Díptera – Hematófago (“mosca achatada”).
Pulga – Siphonaptera – hematófaga.
Carrapato – Ixodidae – hematófago.
Ácaros – Acarina – penas.
	As aves chegam a arrancar suas penas com o bico pelo stress.
OBS: Os papagaios parasitados por ácaros, ficam estressados (por isso arrancam suas penas) e com deficiência de cálcio. 
Digestório	
Inglúvio – é um divertículo do esôfago. Possui 3 funções:
Armazenam o alimento.
Produzem o “leite de pombo”: (apenas os Columbriformes) é uma descamação do epitélio do lúmem do inglúvio, causado por indução da prolactina. Forma uma papa que é regurgitada para o filhote.
Fazem fermentação: A Cigana é a única ave folífara do mundo. Vive na Amazônia. Faz fermentação no inglúvio.
Estômago
Único e com duas porções: pró-ventrículo (glandular – pepsina e acido clorídrico - HCl) e ventrículo (mecânico)
	Algumas aves, como o beija-flor e nectarívoros, não possuem ventrículo ou possuem o ventrículo pequeno, tendo o pró-ventrículo maior. Isso ocorre porque o ventrículo é necessário em aves que se alimentam de grãos. Algumas ingerem pedras para auxiliar na quebra destas partículas, auxiliando a ação mecânica no ventrículo.
Intestino
Geralmente é bem curto. Possui duodeno (com pâncreas associado); jejuno-íleo e intestino grosso, que é tão curto que se resume ao reto.
	O ceco pode estar ausente, ser grande ou pequeno. Não faz parte do intestino grosso, sendo um divertículo do intestino delgado, participando da digestão e absorção. Não faz fermentação. 
Vísceras
	O baço geralmente é esférico, mas pode ser alongado (em pingüins), está sempre associado ao pró-ventrículo.
	Nem todas as aves possuem vesícula biliar. O fígado possui dois ductos biliares: um se abre na vesícula e o outro no duodeno. Quando não tem vesícula, os dois se abrem no duodeno.
Respiratório
Sacos aéreos
A respiração nas aves é diferente de nos mamíferos, ela se dá pela pressão intratorácica promovendo a ação dos sacos aéreos, que funcionam como foles. Como os pulmões das aves são fixos (aderidos às costelas, não possuindo elasticidade nem movimentação), eles não se enchem e esvaziam como nos mamíferos, são os sacos aéreos que se enchem e esvaziam, fazendo passar o ar pelos pulmões. Os ossos pneumáticos são invadidos pelos sacos aéreos.
	São 9 sacos aéreos: 2 cervicais; 1 inter-clavicular; 2 torácicos anteriores (craniais); 2 torácicos posteriores (caudais); 2 abdominais. Os cervicais, o clavicular e os torácicos craniais são os sacos aéreos anteriores. Os torácicos caudais e os abdominais são os sacos aéreos posteriores.
	Durante a inspiração, os sacos aéreos se expandem e movimentam o pulmão, fazendo o ar passar por eles. O fluxo de ar é mais intenso na expiração do que na inspiração, devido ao esvaziamento dos sacos aéreos, pois aumenta a pressão. É diferente dos mamíferos, onde ocorre o inverso.
	Os sacos aéreos não são vascularizados e se abrem todos para o pulmão. Ao aumentar o volume abdominal (expansão das costelas) os sacos se inflam, ao voltarem ao normal (as costelas), os sacos aéreos desinflam, ventilando o pulmão.
	O ar entra pela traquéia, passa pelo brônquio principal ventral (sem ocorrer troca gasosa) e penetra nos sacos aéreos, expulsando o ar que já estava ali, que é “bombeado” (ventilado), penetrando no brônquio principal dorsal (ramos superior e posterior), indo para os parabrônquios paleopulmonares e para os neopulmonares (que formam uma rede e são mais recentes evolutivamente), retornando a traquéia e sendo expirado.
	Nos parabrônquios existem projeções, que são os capilares aéreos, onde ocorrem as trocas gasosas. Paralelos aos capilares aéreos, estão os capilares sangüíneos, por onde vem o sangue venoso. Ocorre a troca gasosa e os capilares se unem numa arteríola, com sangue arterial.
	O sangue corre nos capilares sangüíneos em sentido cruzado(diagonalmente) ao ar nos capilares aéreos. Isso é chamado de Mecanismo de Contra Corrente ou de Corrente Cruzada.
O capilar aéreo é uma estrutura de tecido conjuntivo que forma um capilar por onde passa o ar.
OBS: Mesmo as aves não possuindo diafragma muscular, os movimentos intercostais promovem uma grande variação da pressão intratorácica. Os sacos aéreos fazem uma ventilação contínua dos pulmões, tanto na inspiração quanto na expiração. O ar dentro dos sacos aéreos não sofre grandes alterações, pois tem um fluxo contínuo. A troca gasosa ocorre continuamente, diferente dos mamíferos, onde só ocorre com o enchimento dos alvéolos. Por esse motivo, a troca gasosa nas aves é considerada mais eficiente do que nos mamíferos.
	Os testículos ficam encostados no saco aéreo abdominal, sendo refrescados o tempo todo, impedindo que os espermatozóides morram por excesso de temperatura.
	Outra função dos sacos aéreos é “envolver” os ovários e o oviduto, formando um canal que impede que os óvulos se percam na cavidade abdominal.
OBS: As aves possuem laringe, mas esta não está relacionada com a vocalização, e sim a Siringe.
Siringe - É uma modificação da traquéia, nos anéis onde ocorre a bifurcação dos brônquios. Essa estrutura possui duas membranas com músculos que produzem fonação de acordo com seus movimentos e com a velocidade e intensidade do ar que passa por ela, voltando do saco aéreo inter-clavicular. Sua localização pode ser traqueal, traqueo-bronquial ou bronquial.
OBS: As aves possuem um sistema vascular porta-renal, portando deve-se evitar injetar medicamentos na região posterior (pois podem ser nefrotóxicos), preferindo a região anterior.
Questionário
Descreva o coração reptiliano, informando o número de cavidades, a posição anatômica e suas principais estruturas.
R: Pode ser formado por 4 ou 5 cavidades. É dividido em: seio venoso, dois átrios e ventrículo. Os crocodilianos possuem 5 cavidades, pois possuem septo interventricular completo, tendo dois ventrículos. Algumas tartarugas possuem 5 cavidades, pois possuem bulbo arterioso. Sua localização é mediana ventral, sendo que nos quelônios fica entre as placas peitoral e abdominal. Em serpentes sua localização varia de acordo com seu habitat: Geralmente, nas cobras arborícolas, o coração se localiza nos primeiros 25% do corpo (quanto mais arborícola mais próximo a cabeça); nas cobras terrícolas, normalmente o coração se localiza no espaço entre 27 a 30% do comprimento do corpo (podendo estar entre 25 a 50%); as cobras aquáticas possuem, geralmente, o coração no meio do corpo. Suas estruturas são: óstio e valva átrio-ventricular (entre átrio e ventrículo), óstio e valva sino atrial, septo átrio-ventricular, septo inter-atrial, septo inter-ventricular (completo nos crocodilianos e incompleto nas tartarugas), No ventrículo há também estruturas chamadas cavum, que são três cavidades: cavum venoso, cavum pulmonar e cavum arterioso. Possui também uma crista entre os cavum venoso e pulmonar.
O que é e para que serve o mecanismo de Shut Down cardíaco?
R: É quando ocorre a mistura de sangue venoso e arterial na artéria sistêmica, em caso de o animal entrar em apnéia (por stress ou ao mergulhar). A circulação pulmonar pára. Sua função é aumentar o volume sangüíneo na circulação sistêmica, aumentando a concentração de oxigênio na circulação (pois o animal não está respirando, então não está renovando seu oxigênio) e auxiliando na endotermia (já que o calor produzido pelo corpo se manterá por mais tempo).
Cite as peculiaridades do sistema respiratório das tartarugas.
R: Seu pulmão é longo e dorsal, não possuem diafragma e suas costelas são fusionadas ao casco. Tudo isso dificulta seu processo respiratório, pois não há muita capacidade de movimentação. Sua respiração se dá através de músculos que se ligam as vísceras e ao peritônio (que é muito espesso). Com o movimento das vísceras, ao comprimir e descomprimir com a ação dos músculos (movimentos de cabeça e membros auxiliam esses movimentos), aumenta e diminui o espaço interno, promovendo a respiração (inflando o pulmão).
Fale sobre o ceco dos répteis.
R: É um divertículo do intestino grosso, tendo a função de fermentação (principalmente em animais de dieta vegetariana, onde é mais desenvolvido), absorção de sais, vitaminas e água. Em algumas espécies (como em boídeos), a urina pode chegar até o ceco, sendo encaminhada da cloaca, para promover reabsorção de água.
Qual é a principal peculiaridade do estômago dos crocodilianos?
R: Possui pró-ventrículo, que é o estômago químico, e ventrículo, que é o estômago mecânico. É um órgão único, divido em duas partes.
Qual a localização, função e estrutura dos sacos aéreos das serpentes?
R: Localizam-se na porção caudal dos pulmões e funcionam como reservatórios de ar, sendo maiores nas serpentes marinhas. É composto por tecido conjuntivo e não possui vascularização.
Explique ecto e endotermia e exemplifique.
R: Nos ectotérmicos, a principal fonte de calor é externa. Nos endotérmicos, a principal fonte de calor é interna (queima de gordura e tremor muscular). Os animais endotérmicos também usam as fontes externas para auxiliar sua manutenção de temperatura interna (se aquecem ao sol quando está frio, e se recolhem a sombra quando está muito calor).
Um exemplo é a iguana marinha de Galápagos, que é ectotérmica e sofre mudanças bruscas de temperatura, pois o ambiente terrestre em que vive é extremamente quente ao sol, chegando a 50ºC ao meio dia, e muito baixo na água, o que faz com que o animal possa vir a ter uma variação muito alta na temperatura em poucos minutos. Se ele não conseguisse regular sua temperatura com os mecanismos de termorregulação, a variação levaria a desnaturação protéica e a morte.
O cuco do deserto (papa léguas) é endotérmico. Como vive no deserto, que tem altíssimas temperaturas na parte da manhã e baixíssimas (quase 0ºC) à noite, precisa de mecanismos ectotérmicos e termorregulatórios para manter sua temperatura. Sua temperatura normal de ação é de 40ºC. À noite, para evitar a perda de calor para o meio, reduz seu metabolismo, seus batimentos cardíacos, faz vasoconstrição periférica e sua temperatura interna chega a reduzir 20ºC. O animal se empoleira num canto e aguarda amanhecer. Ao amanhecer, precisa retornar a sua temperatura de 40ºC, então abre suas asas (possui duas áreas nuas próximo às axilas) para se aquecer com a radiação solar.
Explique o mecanismo de ventilação dos crocodilianos.
R: Os crocodilianos possuem um pseudo diafragma (que é o septo transverso), onde se fixa o fígado do animal, por tecido conjuntivo. O osso pubiano destes animais (ao contrário dos outros animais) é voltado cranialmente e possui um músculo muito desenvolvido (que é uma divisão do reto do abdome) ligando esse osso ao fígado, auxiliando na respiração da mesma forma que o diafragma nos mamíferos, pois, ao contrair, esse músculo “puxa” o fígado, que por sua vez “puxa” o septo transverso, aumentando a área da cavidade torácica e expandindo os pulmões (inflando). Sem esse músculo, o animal não consegue respirar.
Compare o tegumento de peixes, anfíbios e répteis.
R: Peixes – escama dérmica, epiderme fina (com no máximo sete células), sem queratina (exceto em raros casos e é muito fina) e rica em glândulas mucosas.
	Anfíbios – epiderme sem escamas, rica em glândulas mucosas (e/ou de veneno) que produzem um muco que reveste todo o tegumento, presença de queratina (fina camada), ricamente vascularizada, não possui aderência a musculatura.
	Répteis – altamente queratinizado, escamas epidérmicas cobrindo toda a superfície do animal, não possuem glândulas mucosas, mas possuem glândulas de feromônio.
 Para executar uma cardiocentese em um jabuti, em que ponto do plastrão o veterinário irá introduzir a agulha da seringa?
R: Medianamente, entre as placas peitoral e abdominal.
 Descreva o coração dos peixes.
R: Localiza-se ventral e mediano, entreos opérculos. Formado pelo seio venoso, átrio, ventrículo e bulbo arterial ou cone arterial – que contrai – (em tubarões e raias). Entre o seio venoso e o átrio existe a valva sino atrial, entre átrio e ventrículo a valva átrio ventricular e no seio venoso o nó atrial.
 Diga o nome e a localização do vaso sangüíneo que pode ser utilizado para tomada de sangue em rãs.
R: Orienta-se pela linha mediana ventral e coleta-se da veia abdominal ventral.
 Cite as glândulas anexas e as estruturas que compõe o canal alimentar dos anfíbios.
R: O canal alimentar é composto por: buco-faringe, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno e jejuno-íleo) e intestino grosso (reto). As glândulas anexas são: fígado (e vesícula biliar) e pâncreas. Não possuem glândulas salivares, pois não precisam umidecer o alimento.
 Qual a função da linha lateral dos peixes?
R: É um sensor de movimentos.
 Cite a função dos rins dos peixes e dos anfíbios.
R: Em ambos sua função é promover a osmorregulação. Nos peixes é um órgão hematopoiético, produzindo hemácias, plaquetas e principalmente leucócitos, além de, em alguns tubarões, armazenar espermatozóides (que são produzidos pelas gônadas). Nos anfíbios armazenam espermatozóides.
 Considerando as necessidades fisiológicas de um réptil, monte um recinto para um réptil de sua escolha.
R: A primeira preocupação deve ser com a termorregulação. Um recinto ideal para serpentes deve ter um terrário (de preferência de cascalho e não de areia nem de cepilho, pois ao engolir o alimento, pode engolir a areia ou o cepilho junto), água de boa qualidade, espaço, pedras e pedregulhos para auxiliar a muda, temperatura ideal (uma fonte de calor, luz, pois precisa para regular sua temperatura, e local fresco e sombreado, pelo mesmo motivo), umidade controlada (para evitar fungos) e alimentação balanceada, geralmente quinzenal para evitar obesidade.
 Informe os limites anatômicos das seguintes partes de um peixe: cabeça, tronco, cauda e pedúnculo caudal.
R: Cabeça – da extremidade rostral a extremidade caudal do opérculo.
	Tronco – da extremidade caudal do opérculo a porção caudal da nadadeira anal.
	Cauda – da porção caudal da nadadeira anal a extremidade caudal da nadadeira caudal.
	Pedúnculo caudal – da porção caudal da nadadeira anal a porção cranial da nadadeira caudal.
 Diferencie ânus de cloaca.
R: Ânus é o orifício de saída para o meio externo do sistema digestório, encontrado quando o animal possui orifícios de saída separados para o sistema digestório e para o urogenital. Neste caso, o sistema digestório se abre diretamente para o meio externo. Cloaca é a cavidade interna que recebe os sistemas digestório e urogenital, que possuem um mesmo orifício de saída para o meio externo, que é a fenda da cloaca.
Cite as estruturas que compõem uma pena típica.
R: Cálamo, raque, barba e barbicela. A raque, as barbas e as barbicelas formam o vexilo.
Quais são os tipos de penas mais comuns?
R: Penas retrizes primárias e secundárias, pena do pó, pena de cerdas e filopluma. (está faltando uma, pois segundo ele ficou incompleta...)
Descreva o sistema digestório das aves.
R: Cavidade oral (boca), faringe, esôfago, inglúvio (que é um divertículo do esôfago), estômago (pró-ventrículo, glandular, e ventrículo, mecânico), intestino delgado (duodeno, com pâncreas associado, e jejuno-íleo) e intestino grosso (tão curto que se resume ao reto). O fígado possui dois ductos biliares, um se abre no duodeno e o outro na vesícula biliar. Em animais que não possuem vesícula, os dois ductos se abrem no duodeno.
O que é siringe e onde se localiza?
R: É uma estrutura que produz fonação. Se localiza na traquéia, sendo uma modificação dos anéis desta, na bifurcação dos brônquios. Possui duas membranas com músculos, que produzem sons de acordo com seus movimentos e com a velocidade e intensidade com que o ar vindo do saco aéreo inter-cervical passa por ela.
Onde se localizam e qual a função dos testículos dos répteis?
R: Se localizam na cavidade abdominal, com sua posição variando entre as espécies. Produzem hormônio sexual masculino e espermatozóides.
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