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Administração Financeira e Orçamentária - 03 - Lei Orçamentária Anual e Plano Plurianual

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AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 
PROF. GRACIANO ROCHA 
Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 1 de 33 
AULA 02 
Saudações, caro aluno! 
Dando sequência a nosso curso, hoje teremos uma abordagem maciça da 
matéria constitucional orçamentária. Estudaremos os dispositivos aplicáveis 
aos três maiores instrumentos orçamentários existentes em nosso arcabouço 
jurídico: o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e a lei 
orçamentária anual. 
Para quaisquer dúvidas, insisto, utilize nosso fórum. 
Antes de começarmos, um pensamento para inspirar: 
A perseverança é mais eficaz do que a violência, e muitas coisas 
que, quando reunidas, são invencíveis, cedem a quem as enfrenta 
um pouco de cada vez. 
Plutarco 
Vamos lá então. Boa aula! 
GRACIANO ROCHA 
AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 
PROF. GRACIANO ROCHA 
Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 2 de 33 
ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Plano Plurianual
O PPA é criação da CF/88, e se constitui como o maior instrumento de 
planejamento da esfera pública. Como atualmente o planejamento é 
determinante para o orçamento (lembra-se do orçamento-programa?), o PPA 
assume um papel de protagonismo no que diz respeito à execução do 
orçamento. Todas as leis e atos de natureza orçamentária, incluindo as 
emendas parlamentares, deverão ser compatíveis com o conteúdo do Plano. 
O trecho constitucional que traz algo como uma “definição do PPA” é o 
seguinte: 
Art. 165, § 1º - A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, 
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
Dica: em provas, é útil empregar o mnemônico DOM (diretrizes,
objetivos e metas) para resgatar o conteúdo do PPA.
O foco do PPA está nas despesas de capital, ou seja, despesas que 
normalmente estão relacionadas ao aumento do patrimônio público. 
Enquanto não estudamos despesas públicas, momento em que detalharemos a 
abordagem sobre essas tais “despesas de capital”, vamos simplificar o 
entendimento, e considerar que a maior preocupação do PPA recai sobre 
investimentos públicos. 
Outro trecho da Constituição que reforça, ao mesmo tempo, a importância do 
PPA e sua “preferência” pelas despesas com investimentos é o art. 167, § 1º: 
Art. 167, § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou 
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 
PROF. GRACIANO ROCHA 
Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 3 de 33 
A prerrogativa do PPA de prever os investimentos a serem executados no país 
está confirmada no dispositivo acima. Veja a importância que o constituinte 
tentou imprimir a esse papel do PPA: constitui crime de responsabilidade
iniciar investimento com duração superior a um exercício sem a respectiva 
inclusão no plano (prévia ou posterior). 
Aprofundando o entendimento sobre o dispositivo acima, podem-se concluir 
duas coisas: 
• investimentos de execução prevista para um só exercício financeiro
podem ter sua execução iniciada sem previsão no PPA; 
• “ações não investimentos”, da mesma forma, podem ser executadas 
sem previsão no PPA. 
Em ambos os casos, a simples previsão das ações na LOA satisfaz as 
exigências constitucionais. 
Apesar de estarmos falando tanto das despesas de capital, que recebia toda a 
atenção desde antes do PPA na vigência da CF/88, é necessário voltar ao art. 
165, § 1º, e verificar duas expressões também importantes, como destacado 
abaixo: 
Art. 165, § 1º - A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, 
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
Assim, as atenções do PPA vão além dos investimentos em si. Também é 
necessário prever no Plano as despesas de manutenção que surgem com os 
investimentos – por exemplo, as despesas para o funcionamento de um 
hospital público, após sua construção. 
Nesse exemplo, a construção do hospital se classificaria tipicamente como uma 
despesa de capital, ou um investimento (criação de um bem de capital em 
favor do patrimônio público). As despesas com pessoal, luz, materiais, telefone 
etc., próprias das atividades do estabelecimento, seriam despesas 
decorrentes da despesa de capital original. 
AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 
PROF. GRACIANO ROCHA 
Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 4 de 33 
E os tais “programas de duração continuada”?
Segundo o professor James Giacomoni, uma das maiores autoridades em
orçamento público no Brasil, esse termo não foi bem delimitado pela
CF/88. Literalmente, se poderia pensar em qualquer programa cuja
duração se estenda no tempo, mas isso retiraria o caráter estratégico do
PPA (não se pode “planejar tudo” atribuindo a mesma relevância a todos
os elementos). Assim, nos dizeres do professor Giacomoni, enquanto não
há definição, “programas de duração continuada”, pelo menos na esfera
federal, são programas de natureza finalística, que correspondem à
prestação de serviços à comunidade.
Outro trecho da CF/88 interessante para nosso estudo é o seguinte: 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o 
Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e 
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o 
setor privado. 
Dessa forma, vê-se que a atividade de planejamento foi eleita pela CF/88 
como de extrema importância, alcançando os setores público e privado. A 
dimensão que o planejamento público deve assumir é tal que o próprio setor 
privado é “aconselhado” a observar as ações governamentais para basear seu 
próprio comportamento. 
Para a esfera pública, a vinculação é óbvia: o planejamento realizado pelas 
unidades e condensado na lei do PPA é determinante para a execução das 
ações dos órgãos e entidades. 
Na Constituição, ainda se fazem referências a outros tipos de planos. Veja 
só: 
Art. 21. Compete à União: 
(...) 
AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 
PROF. GRACIANO ROCHA 
Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 5 de 33 
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do 
território e de desenvolvimento econômico e social; 
Art. 165, § 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais 
previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano 
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
Os “planos de desenvolvimento econômico e social” estão previstos no art. 21, 
inc. IX, da CF/88, como atribuições reservadas exclusivamente à União. É 
importante ressaltar, entretanto, que quaisquer planos (inclusive os de 
duração mais extensa) deverão ter consonância com o PPA, conforme visto 
no art. 165, § 4º, transcrito acima. 
Ressalta-se também que a lei do PPA deve estabelecer critérios de 
regionalização para realização das despesas, lá mesmo no art. 165, § 1º, da 
CF/88 (... de forma regionalizada...). A ideia é transformar o PPA num 
propulsor de desenvolvimento econômico e social, alocando recursos nas 
diferentes regiões do país, em busca de um crescimento mais harmônico entre 
elas. 
Esse aspecto também está presente no art. 43 da CF/88: 
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em 
um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e 
à redução das desigualdades regionais.Para os Estados, DF e Municípios, pode ser mais difícil a regionalização dos 
programas do PPA. Entretanto, essa é a orientação da CF/88. 
Como isso cai na prova? 
1. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) As emendas propostas pelo Congresso ao 
projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas 
quando incompatíveis com o plano plurianual. 
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PROF. GRACIANO ROCHA 
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2. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008) Os programas de duração continuada, 
constantes dos planos plurianuais (PPAs), compreendem despesas de 
capital destinadas tipicamente à realização das atividades-meio dos 
órgãos e entidades integrantes do orçamento público. 
3. (FCC/ASSESSOR/MPE-RS/2008) A lei orçamentária não consignará 
dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro 
que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize sua 
inclusão. 
4. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) O plano plurianual deve compatibilizar-se 
com os planos nacionais, regionais e setoriais. 
5. (FCC/ANALISTA/TRE-SP/2006) Os planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais serão elaborados em consonância com as diretrizes 
orçamentárias e apreciados pelo Senado Federal. 
6. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A lei que instituir o Plano Plurianual 
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para as despesas 
(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos projetos 
de investimentos. 
(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração predeterminada. 
(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas-meio do governo. 
A questão 1 aborda a abrangência do PPA. Como dissemos, tudo que se refere 
a matéria orçamentária deve ser compatível com o Plano, incluindo as 
emendas parlamentares sobre qualquer dos projetos. Questão CERTA. 
AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 
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A questão 2 se baseou no entendimento do professor Giacomoni: programas 
de duração continuada referem-se tipicamente a ações finalísticas, de 
atendimento a necessidades da população por meio de serviços públicos. 
Questão ERRADA. 
Quanto à questão 3, como visto, existe uma possibilidade de investimentos de 
duração superior a um exercício serem iniciados sem que tenham constado do 
PPA desde o início: basta que nova lei autorize essa inclusão. Questão CERTA. 
A questão 4 inverte as relações. São os planos nacionais, regionais e setoriais 
que devem se compatibilizar com o PPA. Questão ERRADA. 
A questão 5 apresenta duas incorreções: os planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais serão elaborados em consonância com o PPA, não com a 
LDO, e serão apreciados pelo Congresso (atuando como uma casa única), não 
apenas pelo Senado. Questão ERRADA. 
A questão 6, por fim, é decoreba: devemos lembrar quais as prioridades 
estabelecidas pelo PPA quanto ao tipo de despesas e quanto aos tipos de 
programas. Conforme a descrição constitucional, trata-se das despesas de 
capital (e as delas decorrentes) e dos programas de duração continuada. 
Gabarito: D. 
Lei de Diretrizes Orçamentárias
As atribuições dadas pela CF/88 à LDO (art. 165, § 2º) são: 
• indicar as metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o próximo exercício financeiro; 
• orientar a elaboração da LOA; 
• dispor sobre alterações na legislação tributária; 
• estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
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A LDO também é uma criação da CF/88, que tem como função principal 
fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. Antes, não existia qualquer 
instrumento “pacificador” entre o planejamento (caracterizado pelo PPA) e o 
orçamento (a LOA). 
Ao passo que o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas para 
as despesas de capital e outras, a LDO indica as metas e prioridades da 
Administração, incluindo as despesas de capital, para o exercício a que ela se 
refere. 
Desse modo, enquanto o PPA traça os programas para serem executados em 
sua vigência, e que, virtualmente, levarão ao alcance dos objetivos do 
governo, a LOA indica qual a parcela desses programas que será executada 
num exercício. 
Pois bem, para que essa parcela anual do PPA seja definida, não se faz apenas 
uma distribuição igualitária de “X parcelas para X anos”. As prioridades do 
governo, a cada ano, podem mudar, de maneira que, para atender a essas 
mudanças de rumo, certos programas devem passar por uma aceleração, 
enquanto outros ficam mais “na geladeira”. 
Assim, a LDO é o instrumento que a Administração utiliza para executar o PPA, 
por meios das LOAs, de forma mais sintonizada com as condições sociais, 
econômicas, políticas, que venham a alterar as prioridades do governo. 
Outros dispositivos constitucionais que tratam desse papel orientador da LDO 
são os seguintes: 
Art. 99, § 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos 
limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
Art. 99, § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver 
a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os 
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente 
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. 
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Prof. Graciano Rocha www.pontodosconcursos.com.br Página 9 de 33 
Art. 127, § 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária 
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
Art. 127, § 6º - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá 
haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os 
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente 
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. 
Destacando os aspectos do processo de elaboração do orçamento, as 
propostas setoriais devem ser encaminhadas à Secretaria de Orçamento 
Federal para compilação do PLOA. Essas propostas setoriais deverão estar já 
orientadas pelas regras trazidas pela LDO. 
Uma novidade que surgiu em concursos ultimamente diz respeito
também ao papel orientador da LDO no tocante à lei orçamentária
anual. É o seguinte: o que fazer no início do exercício caso a LOA ainda
não tenha sido aprovada?
Têm sido registrados vários atrasos na aprovação dos projetos de
natureza orçamentária. Já houve caso de LOA aprovada apenas em
maio! Ou seja, quase metade do ano se passou sem que o orçamento
correspondente estivesse vigendo.
Diante dessa situação fática, as LDO’s, a cada ano, têm trazido uma
regra de transição: caso se inicie o exercício financeiro sem que o
orçamento tenha sido aprovado, é possível executar provisoriamente o
projeto de LOA em discussão. A LDO indicará quais despesas, e em que
montante, poderão ser executadas nesse “vácuo”, até a publicação da
LOA. Interessante, não?
Passemos a outro papel da LDO: “dispor sobre alterações na legislação 
tributária”. 
De pronto, uma observação importante: a tarefa de “dispor sobre
alterações na legislação tributária”não torna a LDO uma lei de natureza
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tributária. Não serão feitas, por ela, mudanças na legislação tributária,
instituição de tributos, alteração de alíquotas etc.
A ideia é, simplesmente, assinalar os efeitos que potenciais alterações
tributárias (por meio de outras leis) podem ter sobre a previsão de
arrecadação, a constar da LOA. Portanto, não há influência direta da
LDO sobre as alterações da legislação tributária.
Além disso, a LDO deve trazer “linhas de conduta” para as agências de 
fomento. Essas agências, em sua maioria, são bancos estatais, que terão 
sua forma de intervenção no mercado baseadas, pelo menos em parte, naquilo 
que a LDO houver estabelecido. 
A Lei de Responsabilidade Fiscal, para incrementar as iniciativas referentes a 
seu tema principal – a responsabilidade na gestão das finanças públicas –, 
estabeleceu normas em várias áreas da temática orçamentária. Isso 
representou o acréscimo de algumas peças e funções à LDO. 
Por fim, a LDO cumpre um importante papel quanto ao preenchimento de 
cargos nos órgãos e entidades públicas, bem como quanto a outros fatores que 
levam ao aumento da despesa com pessoal. Leia o trecho abaixo: 
Art. 169, § 1º - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de 
remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de 
estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a 
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, 
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser 
feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções 
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, 
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 
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Como isso cai na prova? 
7. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) De acordo com o parágrafo 2º do artigo 166 
da CF de 1988, a Lei de Diretrizes Orçamentárias é uma lei ordinária, que 
define metas e prioridades para a administração pública federal para o 
exercício financeiro subsequente, incluindo alterações na legislação 
tributária e a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
8. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) O Ministério Público elaborará sua 
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias e, caso encaminhada em desacordo com esses limites, 
caberá ao Poder Executivo proceder aos ajustes necessários para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual. 
9. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) As leis que criem ou majorem 
tributos devem ser aprovadas até a aprovação da lei de diretrizes 
orçamentárias (LDO). 
10. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) A contratação de pessoal pelos órgãos e 
entidades da administração, inclusive empresas públicas e sociedades de 
economia mista, somente poderá ser feita se houver prévia dotação 
orçamentária suficiente e autorização específica na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
Um bom resumo do papel cumprido pela LDO está disposto na questão 7, no 
tocante às principais atribuições dadas a ela pela Constituição. Questão CERTA. 
A questão 8 reflete a obediência que deve haver à LDO quando da preparação 
das propostas orçamentárias setoriais (no caso, destacando-se a situação 
relativa às unidades externas ao Poder Executivo). Questão CERTA. 
A questão 9 está ERRADA. Como vimos, não há influência direta da LDO sobre 
a legislação tributária e suas alterações. 
A questão 10 está ERRADA. No tocante ao papel autorizativo da LDO sobre a 
contratação de pessoal e o aumento de remuneração dos servidores públicos, 
AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 
PROF. GRACIANO ROCHA 
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não são alcançadas as empresas públicas e sociedades de economia mista (art. 
169, § 1º, inc. II). 
Lei Orçamentária Anual
Para falar da LOA em si, partiremos de alguns trechos da Lei 4.320/64 e da 
Constituição de 1988. 
Começamos, então, com a Lei: 
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho 
do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade. 
Um ponto a se destacar inicialmente é que a evidenciação da “política 
econômica e financeira” e do “programa de trabalho do governo”, até hoje, é 
realizada pela LOA, apesar de não ser estabelecida por ela. 
Atualmente, como já comentamos, o PPA é a lei orçamentária de maior 
importância e abrangência, e, por isso mesmo, é ele quem reflete as 
escolhas políticas e econômicas do governo, além de constituir o “programa de 
trabalho” do governo em si. 
E a composição “física” da LOA, como é? 
Ao comentarmos o princípio orçamentário da unidade/totalidade, já 
ressaltamos que a LOA é, na verdade, um conjunto de orçamentos. Vamos 
rever o trecho constitucional que trata disso: 
Art. 165, § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 
PROF. GRACIANO ROCHA 
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III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos 
a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
Tratemos então desses itens individualmente. 
O orçamento fiscal é o “orçamento geral”, por natureza. A palavra “fiscal”, 
resgatando a informação lá do Direito Tributário, diz respeito a “recursos 
obtidos pelo Estado”. Por exemplo, um tributo fiscal tem por objetivo, 
primordialmente, a obtenção de receita. Um tributo extrafiscal nasceria com 
intenções para além desta – embora também envolvesse a obtenção de 
receita. 
Então, o orçamento fiscal abrange os gastos gerais e as receitas sem 
arrecadação vinculada com as quais o governo conta. A maior parte dos 
programas instituídos pela LOA encontra-se nesse item. 
Portanto, ações variadas, que vão desde segurança alimentar, passando por 
favorecimento a ciência e tecnologia, aquisição de equipamentos militares, até 
distribuição de renda direta à população por meio de bolsas etc., tudo isso 
constará do orçamento fiscal, reforçando esse caráter generalista ao qual nos 
referimos. 
O orçamento da seguridade social, como indica seu nome, é restrito a 
receitas e despesas relativas à área da seguridade social. Conforme a 
Constituição, essa denominação abrange a saúde, a previdência social e a 
assistência social. Para assegurar que os recursos permaneçam vinculados a 
essas subáreas tão importantes, até um “perfil orçamentário” à parte foi criado 
pela CF/88. 
A proibição do desvio de finalidade na aplicação de recursos da seguridade 
social consta do art. 167, inc. XI: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 
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XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que 
trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintasdo pagamento 
de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. 
A intenção aqui é garantir que o regime geral de previdência (que faz 
parte da seguridade) não seja dilapidado para favorecimento de outras 
despesas. 
Apesar da separação entre ambos, o orçamento da seguridade tem 
características muito semelhantes às do orçamento fiscal, tanto que 
diversos documentos do governo referem-se aos dois como se constituíssem 
uma unidade, exceto pelo fato de o orçamento da seguridade ter esse 
caráter de especialização. 
Inclusive, há críticas na doutrina quanto a essa junção dos dois
orçamentos,o fiscal e o da seguridade social, com a argumentação de
que não resta muito clara a divisão dos recursos e ações que pertencem
a cada um deles.
Por fim, o orçamento de investimento das estatais, como é conhecido, diz 
respeito às aplicações de recursos no capital social de empresas das quais a 
União, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com 
direito a voto – ou seja, são empresas em que a União tem supremacia no 
tocante a decisões sobre sua atuação. Encontram-se nesse grupo tanto 
empresas públicas quanto sociedades de economia mista. 
Idealmente, as empresas estatais, por sua natureza de direito privado e sua 
atuação geradora de receitas, não precisariam de recursos públicos para 
sua manutenção. Aquelas que se enquadram nessa descrição, ou estatais 
independentes, estarão beneficiadas pelo orçamento público apenas no 
âmbito do orçamento de investimento, ou seja, receberão recursos, 
normalmente, para reforço da participação da União em seu capital 
social, a título de investimento, como diz o nome da peça. 
Por outro lado, empresas estatais cuja atividade não resulte em recursos 
suficientes que as permitam se manter sozinhas (estatais dependentes), 
necessitando de transferências de recursos públicos para suas atividades 
AFO PARA ANALISTA DO TRF-02 
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de custeio e de investimento “normais”, aparecerão beneficiadas por ações 
dos orçamentos fiscal e da seguridade, conforme o caso. 
Para fechar o ponto, a Constituição determina que o orçamento fiscal e o
orçamento de investimento das estatais desempenhem a função de
reduzir desigualdades interregionais, segundo critério populacional (art.
165, § 7º). Assim, desde a formulação até sua execução, esses dois
orçamentos deverão ser pautados pela alocação de recursos moldada
pelos diferentes estágios de desenvolvimento apresentados pelas regiões
do país, em nome de uma situação socioeconômica mais equilibrada.
O orçamento da seguridade não poderia, por sua própria natureza, atuar
nesse sentido, já que as ações da seguridade social têm como
característica o atendimento universal (art. 194, parágrafo único, inc. I).
Assim, não se pode, com essa peça orçamentária, privilegiar certa região
em detrimento de outra.
Mais um trecho interessante para a leitura: 
Art. 165, § 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de 
demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente 
de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, 
tributária e creditícia. 
Esses termos (isenções, anistias etc.) referem-se a incentivos que o ente 
público pode conceder a atores econômicos, sob a forma tributária (ou 
simplesmente “incentivos fiscais”), financeira ou creditícia (facilitação de 
crédito ou perdão de dívidas de certa categoria de produtores, por exemplo). 
Ações dessa espécie incorrem, normalmente, em diminuição da receita do 
ente público (o nome técnico é “renúncia de receita”), o que demonstra o 
caráter orçamentário desses incentivos. E, por se referirem à receita 
pública, essas ações de incentivo devem ser demonstradas na LOA. 
Por fim, outro aspecto do conteúdo da LOA segue abaixo: 
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Art. 165, § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a 
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
Esse dispositivo traz duas exceções ao princípio orçamentário da 
exclusividade, como já vimos. Entretanto, fica evidente que essas exceções 
também se referem a finanças governamentais, não saindo tanto do roteiro 
obrigatório da LOA (previsão de receitas – fixação de despesas). 
Como isso cai na prova? 
11. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) O demonstrativo regionalizado do efeito, 
sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia é 
objeto do plano plurianual. 
12. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) O orçamento da seguridade social terá, 
entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo 
critério populacional. 
13. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009) Os orçamentos fiscal, da seguridade 
social e de investimento das estatais, que compõem a LOA, deverão 
funcionar como instrumentos voltados para a redução das desigualdades 
sociais. 
14. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento da seguridade social 
compreende todas as despesas com as funções saúde, assistência social, 
previdência e educação. 
15. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento de investimentos das 
empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do 
capital social com direito a voto abrange todas as receitas e despesas de 
tais empresas. 
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16. (FCC/ANALISTA/TRT-06/2006) De acordo com a Constituição Federal, 
artigo 165, a Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) compreenderá o 
orçamento de investimento das empresas nas quais a União tenha a 
maioria do capital social. 
Na questão 11, há uma inversão simples de ser detectada: trata-se de 
características do projeto de LOA. Questão ERRADA. 
A questão 12 está ERRADA: só os orçamentos fiscal e de investimento devem 
contribuir para a redução das desigualdades interregionais. 
A questão 13, sobre o mesmo tema específico, contém um erro de 
terminologia: as desigualdades a serem combatidas pelos orçamentos são de 
natureza interregional, e não social. Mas, mesmo sem esse erro, ainda restaria 
um problema: o orçamento da seguridade se caracteriza pela universalidade 
das ações, não sendo executado com base em critérios regionais. Questão 
ERRADA. 
Na questão 14, o enunciado lista as áreas contempladas pelo orçamento da 
seguridade social, e que são responsáveis pela elaboração da respectiva 
proposta, mas erra ao incluir a educação nesse rol. Questão ERRADA. 
O orçamento de investimento das estatais, como indica sua denominação, 
abrange apenas os recursos transferidos pela União a tais empresas e a 
aplicação correspondente. Assim, as receitas e despesas próprias das estatais 
não são demonstradas no orçamento de investimento. A questão 15 está 
ERRADA. 
Por fim, na questão 16, o orçamento de investimento (bem como os outros) 
integra, na verdade, a lei orçamentária, e não a LDO. Questão ERRADA. 
Vedações constitucionais relativas ao orçamento
O art. 167 da CF/88 traz algumas vedações que devem ser observadas no 
tocante ao orçamento. As provas de concursos têm verdadeira fixação por 
elas; assim, vale examiná-las e memorizá-las com especial ênfase. 
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Algumas dessas vedações já foram vistas anteriormente, e outras serão mais 
bem assimiladas posteriormente. Estudaremos agora aquelas aplicáveis 
diretamente à lei orçamentária. 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
Esse dispositivo tem uma preocupação meio que operacional. 
A delimitação das ações do governo para atingir seus objetivos resulta na lista 
de programas do PPA, que fornece, por sua vez, o “roteiro”, ou o “cardápio”, 
para as leis orçamentárias anuais. 
Cabe à LOA, depois da priorização feita pela LDO, distribuir previsões de 
recursos anuais para aplicação nos programas previstos no PPA. Portanto, 
pode haver situações em que programas do PPA não estejam previstos na 
LOA corrente, a depender das prioridades estabelecidas na LDO. 
Nesse caso, o programa não incluído na LOA não poderá ser executado. 
Atualmente, no âmbito do governo federal, com a execução orçamentária 
totalmente informatizada, desobedecer a essa vedação nem é possível, pelo 
simples fato de não se poder dirigir recursos a um código de programa 
inexistente no orçamento anual. 
Portanto, a inclusão de programas e ações na LOA é condição prévia para sua 
execução orçamentária. 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam 
os créditos orçamentários ou adicionais; 
Nesse ponto, procura-se evitar que as obrigações do ente público assumam 
proporções superiores ao orçamento aprovado. 
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As atividades de planejamento prévio e de acompanhamento da execução do 
orçamento também colaboram nesse sentido, de modo a evitar situações de 
inadimplência e endividamento descontrolado. 
Essa vedação tem a ver também com o já estudado princípio orçamentário 
do equilíbrio, que milita a favor da manutenção de uma boa situação 
financeira pelo ente público. 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
autorização legislativa; 
Há autores que enxergam nesse dispositivo um novo princípio orçamentário: o 
princípio da proibição do estorno. 
Existe uma unanimidade na doutrina: ninguém sabe o que vêm a ser 
realmente “transposição”, “remanejamento” ou “transferência”, rsrsrs. 
Idealmente, esses conceitos deveriam ser esclarecidos numa lei 
complementar, como a aguardada lei de finanças públicas que substituirá a Lei 
4.320/64. 
Assim, atualmente, há apenas posicionamentos não muito consolidados sobre 
o assunto. 
Para não ficarmos no “vácuo”, vale a pena considerar um
posicionamento não tão definitivo, que tem aparecido nas Leis de
Diretrizes Orçamentárias: essas modificações no orçamento inicialmente
aprovado se dariam em situações como extinção, transformação,
desmembramento de órgãos e entidades, ou alteração de suas
competências.
Com isso, não podendo ser executadas pelas unidades previstas
inicialmente, algumas dotações orçamentárias seriam destinadas a
outras unidades, por meio dos tais mecanismos de transposição,
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remanejamento e transferência. Mas a LDO não estabelece o significado
desses conceitos.
Não há muito problema com essa indefinição, já que as provas cobram
basicamente a reprodução do inciso VI. Assim, preste atenção na
exceção à vedação: é possível, com prévia autorização legislativa,
promover transposição, remanejamento ou transferência de recursos.
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
Como já ficou bastante claro, o orçamento público, apesar de ter se tornado 
bem mais complexo do que à época de seu nascimento, continua 
representando uma forma de controle da ação executiva do governo por 
parte do Poder Legislativo. Essa atuação de controle ganha feições em vários 
princípios orçamentários, como vimos também. 
Pois bem, para que os recursos sejam bem controlados, uma despesa não 
pode contar com um “lastro infindável”, com dinheiro à vontade, para que seja 
executada. Até em nome do planejamento e da eficiência, é necessário 
dimensionar as atividades e investimentos públicos a partir de certa 
disponibilidade financeira. E isso deve envolver também a definição da 
finalidade da despesa, para atender ao princípio da discriminação. A 
sociedade e seus representantes precisam ser informados sobre o que o 
governo pretende atingir com os gastos autorizados na LOA. 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 
165, § 5º; 
Como princípio, os recursos públicos não serviriam para socorrer entidades que 
viessem a assumir um nível crítico de endividamento. Afinal, como visto, 
há diversas demandas sociais que exigem a aplicação de recursos, e redimir 
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administrações não muito responsáveis, por exemplo, não seria uma 
prioridade, diante dessas necessidades sociais. 
Entretanto, o inciso acima permite que autorização legislativa específica
conceda a aplicação de recursos públicos para “salvar” empresas, fundações e 
fundos de seu endividamento. Assim, ficaria a cargo do principal controlador 
do orçamento – o Legislativo – a incumbência de permitir, diante das 
circunstâncias do caso, esse socorro à entidade deficitária. 
Como isso cai na prova? 
17. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A transposição, o remanejamento ou a 
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra, 
ou de um órgão para outro, poderá ser realizada sem prévia autorização 
legislativa, desde que seja definida como prioridade pela Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. 
18. (FCC/INSPETOR/TCM-CE/2010) Ao dispor sobre finanças públicas, a 
Constituição da República autoriza o início de programas ou projetos não 
incluídos na lei orçamentária anual, mediante prévia autorização do 
Presidente da República. 
19. (FCC/ANALISTA/TRT-16/2009) É vedada pelo art. 167 da Constituição 
Federal a utilização, com autorização legislativa específica, somente de 
recursos dos orçamentos da seguridade social para suprir necessidades ou 
cobrir déficits de empresas, fundações e fundos, inclusive os mencionados 
no art. 165, § 5º. 
20. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) É vedado incluir na LOA autorização 
para operações de crédito por antecipação de receita. 
A questão 17 está ERRADA. Tratamos da vedação à transposição, ao 
remanejamento e à transferência de recursos entre categorias de 
programação, e vimos ser necessária, sempre, a autorização legislativa prévia. 
A indicação, pela LDO, de certa despesa como prioritária não atende a essa 
condição. 
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O art. 167, inc. I, veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA. 
Não há previsão para “autorização do Presidente” que possa substituir a 
autorização legal. A questão 18 está ERRADA. 
A questão 19 embanana o meio de campo: com autorização legislativa 
específica, pode-se utilizar recursos do orçamento fiscal e da seguridade para 
suprir necessidades ou cobrir déficits dos entes citados. O enunciado não fez 
menção, também, ao orçamento fiscal. Questão ERRADA. 
Por fim, a questão 20 “passa por cima” de uma das exceçõespermitidas ao 
princípio da exclusividade da LOA. Questão ERRADA. 
Muito bem, caro aluno, acabamos aqui nosso segundo encontro. 
Semana que vem, trataremos dos aspectos relacionados à receita pública. 
Até lá, e bons estudos! 
GRACIANO ROCHA 
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RESUMO DA AULA 
1. O PPA deve estabelecer as diretrizes, os objetivos e as metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
2. O PPA é criação da CF/88, constituído como o maior instrumento de 
planejamento da esfera pública, e seu foco está nas despesas de capital, 
ou seja, despesas que normalmente estão relacionadas ao aumento do 
patrimônio público, embora destaque as despesas de manutenção que 
surgem com os investimentos. 
3. Na instituição das diretrizes, objetivos e metas da Administração, o PPA 
deve levar em consideração a regionalização das ações, em nome de um 
desenvolvimento equilibrado entre as regiões do país. 
4. Nenhum investimento de execução superior a um exercício financeiro 
pode ser iniciado sem inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize essa inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
5. A LDO é uma criação da CF/88, como o PPA, e tem como função principal 
fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. É o instrumento que a 
Administração utiliza para executar o PPA, por meios das LOAs, de forma 
mais sintonizada com as condições sociais, econômicas, políticas, que 
venham a alterar as prioridades do governo. 
6. As atribuições dadas pela CF/88 à LDO são: indicar as metas e prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
próximo exercício financeiro; orientar a elaboração da LOA; dispor sobre 
alterações na legislação tributária; estabelecer a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento. 
7. A evidenciação da “política econômica e financeira” e do “programa de 
trabalho do governo” é feita pela LOA, apesar de não serem estabelecidos 
por ela, mas pelo PPA. 
8. Ao comentarmos o princípio orçamentário da unidade/totalidade, 
ressaltamos que a LOA é, na verdade, um conjunto de orçamentos. 
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9. A LOA abrange o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das 
empresas estatais (empresas em que a União, indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto), e o orçamento da seguridade 
social. 
10. O orçamento fiscal abrange os gastos gerais e as receitas sem 
arrecadação vinculada com as quais o governo conta. A maior parte dos 
programas instituídos pela LOA encontra-se nesse item. 
11. O orçamento da seguridade social, como indica seu nome, é restrito a 
receitas e despesas relativas à área da seguridade social. Conforme a 
Constituição, essa denominação abrange a saúde, a previdência social e a 
assistência social. 
12. O orçamento de investimento das estatais, como é conhecido, diz respeito 
às aplicações de recursos no capital social de empresas das quais a União, 
direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com direito a 
voto – ou seja, são empresas em que a União tem supremacia no tocante 
a decisões sobre sua atuação. 
13. A LOA deve demonstrar, de forma regionalizada, o efeito decorrente de 
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
1. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) As emendas propostas pelo Congresso ao 
projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas 
quando incompatíveis com o plano plurianual. 
2. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008) Os programas de duração continuada, 
constantes dos planos plurianuais (PPAs), compreendem despesas de 
capital destinadas tipicamente à realização das atividades-meio dos 
órgãos e entidades integrantes do orçamento público. 
3. (FCC/ASSESSOR/MPE-RS/2008) A lei orçamentária não consignará 
dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro 
que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize sua 
inclusão. 
4. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) O plano plurianual deve compatibilizar-se 
com os planos nacionais, regionais e setoriais. 
5. (FCC/ANALISTA/TRE-SP/2006) Os planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais serão elaborados em consonância com as diretrizes 
orçamentárias e apreciados pelo Senado Federal. 
6. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A lei que instituir o Plano Plurianual 
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para as despesas 
(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos projetos 
de investimentos. 
(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração predeterminada. 
(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
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(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas-meio do governo. 
7. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) De acordo com o parágrafo 2º do artigo 166 
da CF de 1988, a Lei de Diretrizes Orçamentárias é uma lei ordinária, que 
define metas e prioridades para a administração pública federal para o 
exercício financeiro subsequente, incluindo alterações na legislação 
tributária e a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
8. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) O Ministério Público elaborará sua 
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias e, caso encaminhada em desacordo com esses limites, 
caberá ao Poder Executivo proceder aos ajustes necessários para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual. 
9. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) As leis que criem ou majorem 
tributos devem ser aprovadas até a aprovação da lei de diretrizes 
orçamentárias (LDO). 
10. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) A contratação de pessoal pelos órgãos e 
entidades da administração, inclusive empresas públicas e sociedades de 
economia mista, somente poderá ser feita se houver prévia dotação 
orçamentária suficiente e autorização específica na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
11. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) O demonstrativo regionalizado do efeito, 
sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia é 
objeto do plano plurianual. 
12. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) O orçamento da seguridade social terá, 
entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo 
critério populacional. 
13. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009) Os orçamentos fiscal, da seguridade 
social e de investimento das estatais, que compõem a LOA, deverão 
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funcionar como instrumentos voltados para a redução das desigualdades 
sociais. 
14. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento da seguridade social 
compreende todas as despesas com as funções saúde, assistência social, 
previdência e educação. 
15. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento de investimentosdas 
empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do 
capital social com direito a voto abrange todas as receitas e despesas de 
tais empresas. 
16. (FCC/ANALISTA/TRT-06/2006) De acordo com a Constituição Federal, 
artigo 165, a Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) compreenderá o 
orçamento de investimento das empresas nas quais a União tenha a 
maioria do capital social. 
17. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A transposição, o remanejamento ou a 
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra, 
ou de um órgão para outro, poderá ser realizada sem prévia autorização 
legislativa, desde que seja definida como prioridade pela Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. 
18. (FCC/INSPETOR/TCM-CE/2010) Ao dispor sobre finanças públicas, a 
Constituição da República autoriza o início de programas ou projetos não 
incluídos na lei orçamentária anual, mediante prévia autorização do 
Presidente da República. 
19. (FCC/ANALISTA/TRT-16/2009) É vedada pelo art. 167 da Constituição 
Federal a utilização, com autorização legislativa específica, somente de 
recursos dos orçamentos da seguridade social para suprir necessidades ou 
cobrir déficits de empresas, fundações e fundos, inclusive os mencionados 
no art. 165, § 5º. 
20. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) É vedado incluir na LOA autorização 
para operações de crédito por antecipação de receita. 
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QUESTÕES ADICIONAIS 
21. (FCC/TÉCNICO/TJ-PI/2009) O Plano Plurianual de um Estado da Federação 
(A) somente pode ser aprovado por lei complementar estadual. 
(B) deve ser elaborado por iniciativa da Assembleia Legislativa Estadual, 
que o submeterá à sanção do Governo do Estado. 
(C) tem vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato 
governamental subsequente. 
(D) deve ser elaborado de cinco em cianos; 
(E) conterá as diretrizes, objetivos e metas da administração pública 
estadual para as despesas correntes dos quatro anos de sua vigência. 
22. (CESPE/INSPETOR/TCE-RN/2009) Em nenhuma hipótese um investimento 
com duração superior a um exercício financeiro poderá ser iniciado sem 
sua prévia inclusão no PPA. 
23. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) A LDO define as prioridades e 
metas a serem atingidas por meio da execução dos programas e ações 
previstos no PPA. Para que isso ocorra, entre outras diretrizes, a LDO 
estabelece as regras que deverão orientar a elaboração da Lei 
Orçamentária Anual (LOA). 
24. (CESPE/AUDITOR/SECONT-ES/2009) As propostas orçamentárias parciais 
dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público serão 
elaboradas respeitando os limites estipulados na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO). 
25. (CESPE/CONTADOR/MIN. SAÚDE/2009) O PPA compreende as metas e 
prioridades da administração pública federal, orientando a elaboração da 
LOA e as alterações na legislação tributária, enquanto que a LDO 
estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública 
federal, especialmente para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes. 
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26. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) No âmbito da União, de acordo com a 
Constituição Federal de 1988 e a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei 
Orçamentária Anual não poderá conter dispositivo estranho à previsão das 
receitas e fixação das despesas, não havendo qualquer tipo de ressalva a 
essa proibição. 
27. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) A lei orçamentária anual compreenderá: o 
orçamento fiscal referente aos Poderes da União; o orçamento de 
investimento de todas as empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria das ações preferenciais; e o orçamento 
da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta. 
28. (FCC/ANALISTA/TJ-PA/2009) De acordo com as disposições 
constitucionais e legais relativas à Lei Orçamentária Anual (LOA), é 
INCORRETO afirmar que 
(A) a iniciativa da elaboração da proposta orçamentária é sempre do 
Poder Executivo, a qual deve ser encaminhada ao Poder Legislativo. 
(B) o Poder Legislativo discute, vota e aprova a proposta orçamentária, 
sem a possibilidade de fazer qualquer tipo de alteração. 
(C) a LOA conterá o orçamento fiscal, da seguridade social e dos 
investimentos das empresas em que o Poder público, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital votante. 
(D) todas as receitas e despesas serão discriminadas na lei orçamentária 
pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
(E) a lei não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação 
da despesa, exceto a autorização para abertura de créditos suplementares 
e para contratação de operações de crédito. 
29. (FCC/ANALISTA/TRT-16/2009/ADAPTADA) Considere as seguintes 
afirmativas: 
I. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da 
receita e fixação da despesa, não se incluindo nessa proibição a 
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autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da 
lei. 
II. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrentes de 
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
III. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei 
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, II e III. 
(B) I e III, apenas. 
(C) I e II, apenas. 
(D) II, apenas. 
(E) I, apenas. 
30. (CESPE/ANALISTA/SERPRO/2010) Os investimentos do governo federal 
devem ser realizados somente por meio de dotações orçamentárias 
específicas nos orçamentos fiscal e da seguridade social, os quais recebem 
recursos de empresas estatais. 
31. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) O Orçamento de Investimento compreende 
(A) os órgãos e entidades da administração direta, bem como fundos e 
fundações instituídos pelo Poder Público, responsáveis por investimentos. 
(B) os órgãos e entidades da administração indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
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(C) todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta, 
empresas e fundações nos quais a União detenha uma parte do capital 
social. 
(D) as empresas em que a União detenha diretamente a maioria do 
capital social. 
(E) as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto. 
32. (FCC/ANALISTA/TRE-AL/2010) A lei orçamentária não consignará dotação 
para investimento, que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei 
que autorize a sua inclusão, conforme disposto no art. 167 § 1º da 
Constituição, cuja duração seja superior a 
(A) 1 ano. 
(B) 2 anos. 
(C) 3 anos. 
(D) 4 anos. 
(E) 6 meses. 
33. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) É vedada a utilização de recursos do 
orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrirdéficit de empresas, fundações ou fundos, independentemente de 
autorização legislativa. 
34. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2007) No que diz respeito aos orçamentos no 
regime constitucional, NÃO é vedado, entre outras situações, 
(A) a abertura de crédito suplementar sem prévia autorização legislativa e 
sem a indicação dos recursos correspondentes. 
(B) a instituição de fundos de qualquer natureza, com prévia autorização 
legislativa. 
(C) o início de programas ou projetos excluídos da lei orçamentária anual. 
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(D) a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários. 
(E) a transferência de recursos de uma categoria de programação para 
outra, sem prévia autorização legislativa. 
35. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) A Constituição Federal de 1988 estabelece 
vários tipos de vedações em matéria orçamentária, entre elas, a 
transposição de recursos de uma modalidade de aplicação para outra, sem 
prévia autorização legislativa. 
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GABARITO 
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C E C E E D C C E E 
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E E E E E E E E E E 
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C E C C E E E B A E 
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