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Determinação do calor de dissolução

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Determinação do calor de dissolução
INTRODUÇÃO
Termoquímica 
A energia liberada nas reações químicas está presente em várias atividades da nossa vida diária. Por exemplo, á o calor liberado na queima do gás butano que cozinha os nossos alimentos, é o calor liberado na combustão do álcool ou da gasolina que movimenta nossos veículos e á através das reações químicas dos alimentos no nosso organismo que obtemos a energia necessária para manutenção da vida.
A maioria das reações químicas ocorre produzindo variações de energia, que frequentemente se manifestam na forma de variações de calor. A termoquímica ocupa-se do estudo quantitativo das variações térmicas que acompanham as reações químicas. Essas reações são de dois tipos:
Reações exotérmicas: as que liberam calor para o meio ambiente.
Exemplos
combustão (queima) do gás butano, C4H10
C4H10(g) + 13/2 O2(g) => 4 CO2(g) + 5H20(g) + calor
combustão do etanol, C2H60:
C2H60(l) + 3O2(g) => 2 CO2(g) + 3 H2O(g) + calor
Na equação química, o calor é representado junto aos produtos para significar que foi produzido, isto á, liberado para o ambiente durante a reação.
Reações endotérmicas: as que para ocorrerem retiram calor do meio ambiente.
Exemplos
decomposição da água em seus elementos:
H20(l) + calor => H2(g) + 1/2 O2(g)
fotossíntese:
6 CO2(g) + 6 H20(l) + calor => C6H12O6(aq) + 6 O2(g)
Na equação química, a energia absorvida á representada junto aos reagentes, significando que foi fornecida pelo ambiente aos reagentes.
MEDIDA DO CALOR DE REAÇÃO
O calor liberado ou absorvido por um sistema que sofre uma reação química á determinado em aparelhos chamados calorímetros. Estes variam em detalhes e são adaptados para cada tipo de reação que se quer medir o calor. Basicamente, no entanto, um calorímetro é constituído de um recipiente com paredes adiabáticas, contendo uma massa conhecida de parede água, onde se introduz um sistema em reação. O recipiente é provido de um agitador e de um termômetro que mede a variação de temperatura ocorrida durante a reação.
A determinação do calor liberado ou absorvido numa reação química á efetuada através da expressão:
onde:
Q é a quantidade de calor liberada ou absorvida pela reação. Esta grandeza pode ser expressa em calorias (cal) ou em Joules (J). O Sistema Internacional de Medidas (SI) recomenda a utilização do Joule, no entanto, a caloria ainda é muito utilizada. Uma caloria (1 cal) é a quantidade de calor necessária para fazer com que 1,0 g de água tenha sua temperatura aumentada de 1,0ºC. Cada caloria corresponde a 4,18 J;
m é a massa, em gramas, de água presente no calorímetro;
c é o calor especifico do liquido presente no calorímetro. Para a água seu valor é 1 cal/g . ºC;
 é a variação de temperatura sofrida pela massa de água devido a ocorrência da reação. É medida em graus Celsius.
A rigor, deve-se considerar a capacidade térmica do calorímetro que inclui, além da capacidade térmica da água, as capacidades térmicas dos materiais presentes no calorímetro (agitador, câmara de reação, fios, termômetro etc.).
O calor de reação pode ser medido a volume constante, num calorímetro hermeticamente fechado, ou à pressão constante, num calorímetro aberto. Experimentalmente, verifica-se que existe uma pequena diferença entre esses dois tipos de medidas calorimétricas. Essa diferença ocorre porque, quando uma reação ocorre à pressão constante, pode haver variação de volume e, portanto, envolvimento de energia na expansão ou contração do sistema.
ENTALPIA E VARIAÇÃO DE ENTALPIA
O calor, como sabemos, é uma forma de energia e, segundo a Lei da Conservação da Energia, ela não pode ser criada e nem destruída, pode apenas ser transformada de uma forma para outra. Em vista disso, somos levados a concluir que a energia:
liberada por uma reação química não foi criada, ela já existia antes, armazenada nos reagentes, sob uma outra forma;
absorvida por uma reação química não se perdeu, ela permanece no sistema, armazenada nos produtos, sob uma outra forma.
Cada substância, portanto, armazena um certo conteúdo de calor, que será alterado quando a substância sofrer uma transformação. A liberação de calor pela reação exotérmica significa que o conteúdo total de calor dos produtos á menor que o dos reagentes. Inversamente, a absorção de calor por uma reação endotérmica significa que o conteúdo total de calor armazenado nos produtos é maior que o dos reagentes.
A energia armazenada nas substâncias (reagentes ou produtos) dá-se o nome de conteúdo de calor ou entalpia. Esta é usualmente representada pela letra H.
Numa reação, a diferença entre as entalpias dos produtos e dos reagentes corresponde à variação de entalpia, .
onde:
Hp = entalpia dos produtos;
Hr = entalpia dos reagentes.
Numa reação exotérmica temos que Hp < Hr e, portanto,  < O (negativo).
Numa reação endotérmica temos que Hp > Hr e, portanto,  > O (positivo).
Equações termoquímicas e gráficos de entalpia
As reações, como sabemos, são representadas através de equações químicas. No caso da representação de uma reação que ocorre com variação de calor, é importante representar, além da quantidade de calor envolvida, as condições experimentais em que a determinação dessa quantidade de calor foi efetuada. Isso porque o valor do calor de reação é afetado por fatores como a temperatura e a pressão em que se processa a reação, o estado físico e as variedades alotrópicas das substâncias participantes dessa reação. A equação que traz todas essas informações chama-se equação termoquímica.
Exemplos de equações termoquímicas:
H2(g) + Cl2(g) => 2 HCl(g) + 184,9 kJ (25ºC, 1 atm)
Segundo a equação, 1 mol de hidrogênio gasoso reage com 1 mol de cloro gasoso formando 2 mols de cloreto de hidrogénio gasoso, liberando 184,9 kJ de calor. Tal reação foi realizada à temperatura de 25ºC e à pressão de 1 atm.
Podemos também escrever essa equação termoquímica utilizando a notação ?H. Neste caso temos:
H2(g) + Cl2(g) => 2 HCl(g),  = -184,9 kJ (25ºC, 1 atm)
O valor numérico de  é precedido do sinal negativo pois a reação é exotérmica.
Graficamente, a variação de entalpia que acompanha a reação é representada por:
H2(g) + I2(g) + 51,8 kJ => 2 HI (g) (25ºC, 1 atm)
Segundo a equação, quando, a 25ºC e 1 atm, 1 mol de hidrogênio gasoso reage com 1 mol de iodo gasoso, formando 2 mols de iodeto de hidrogênio gasoso, são absorvidos 51,8 kJ de calor.
A equação também pode ser escrita utilizando a notação AH:
H2(g) + I2(g) => 2 HI (g) AH = + 51,8 kJ (25ºC, 1 atm)
O valor numérico de AH é positivo, pois a reação é endotérmica.
Graficamente a variação de entalpia dessa reação pode ser representada por:
OBJETIVO EXPERIMENTAL
Demonstrar fisicamente a variação de temperatura de uma solução após sua reação, analisando o foco físico-químico desta transformação. Calcular o calor de neutralização da reação ácido-base apresentada.
REAGENTES
 
Água destilada
Ácido sulfúrico
Bicarbonato de sódio
Solução de ácido clorídrico1:1
Frasco de Dewar (ou garrafa térmica)
EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS
Estante para tubo de ensaio
Tubo de ensaio de 15ml
Pipeta de 5 ml, 10 ml e 50 ml
Pêra de sucção
Termômetro com divisão de 0,1ºC
Becher de 50 ml e 250 ml
Espátula
Balança analítica
Vidro de relógio
Rolhas de cortiça perfumadas
Solução de ácido clorídrico 1N
Solução de hidróxido de sódio 1N
Placa aquecedora
Bastão de vidro 
Luvas térmicas
 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Item 1 - Reações exotérmicas (liberação do calor)
Colocamos 10ml de água em um tubo de ensaio, depois usamos um termômetro para medir a temperatura T1, depois adicionamos 2ml de H2SO4 concentrado, sentimos a alteração da temperatura com os dedos e anotamos a temperatura final T2.
Observações da reação:
Nesta reação podemos observar que o correu um processo exotérmico, pois o produto gerado foi o calor, ocorre liberação de calor, ou seja, a temperatura da vizinhança aumentou de 26°C a 60°C.
Podemos notar que a ionização do ácido sulfúricoé fortemente exotérmica, pois houve aquecimento no tubo de ensaio.
H2SO4 + 2H2O ↔ 2H3O+ + 2SO4 2- + calor
T1 = 26°C
T2 = 60°C
Transformamos a temperatura T1 e T2 de graus Celsius para temperatura Kelvin, utilizando a fórmula:
K= T1(em graus Celsius) + 273;
K= 26 + 273
K= 299
K= T2(em graus Celsius) + 273;
K= 60 + 273
K= 333
Item 2- Reações Endotérmicas (resfriamento)
Adicionamos em um Becker seco de 50 ml, 1 grama de NaHCO3, depois colocamos um termômetro para tirar a temperatura inicial T1. Adicionamos cerca de 5 mL de HCL 1:1. Sentimos o resfriamento com as pontas dos dedos. Anotamos a temperatura final T2 depois da adição do HCL.
Observações da reação:
Nesta reação podemos observar que o correu um processo endotérmico, pois a reação absorve calor (o calor absorvido é um reagente), ou seja, esfria a vizinhança de 21°C a 18°C.
A reação entre o ácido e o bicarbonato de sódio é endotérmica.
HCI + NaHCO3 ↔ NaCI +H2O = CO2 – calor
T1 = 21°C
T2 = 18°C
Transformamos a temperatura T1 e T2 de graus Celsius para temperatura Kelvin, utilizando a fórmula:
K= T1(em graus Celsius) + 273;
K= 21 + 273
K= 294 (T1)
K= T2(em graus Celsius) + 273;
K= 18 + 273
K= 291(T2)
ΔT= 291-294
ΔT= -3 °K
Item 3 - Parte-1- Determinação do calor de neutralização
Determinação do equivalente em água (ou capacidade calorífica) do frasco de Dewar
Colocamos 100ml de água destilada em uma proveta e por meio de um funil adicionamos esta água no Frasco de Dewar, e com o auxílio de um termômetro anotamos a temperatura T1.
T1 = 25°C
Transformamos 25° C em temperatura Kelvin, utilizando a fórmula:
K= T1(em graus Celsius) + 273:
k= 25+ 273 c
k= 298 (T1)
Colocamos 100ml de água destilada aquecida em uma proveta, e com o auxílio de um termômetro medimos a temperatura. A temperatura T2.
T2 = 63°C
Transformamos 63° C em temperatura Kelvin, utilizando a fórmula:
K= T2(em graus Celsius) + 273:
k= 63+273
k= 336 (T2)
Jogamos de uma só vez, esta água aquecida no frasco de dewar e agitamos. Com o auxílio de um termômetro medimos a temperatura T3.
T3 = 39°C
Transformamos 40° C em temperatura Kelvin, utilizando a fórmula:
K= T3(em graus Celsius) + 273:
k= 40+273
k= 313 (T3)
O calor cedido pela água mais quente deve ser igual ao recebido pela água mais fria e pelo Frasco de Dewar, sendo calculado pela fórmula:
100.(t2-t3)=C.(t3-t1) + 100(t3-t1)
100. (336-313) = C.(313-298) +100. (312-298)
100.(23)=C.(15)+100.(15)
2300=(15).C+1500
2300-1500=15.C
800 =15.C
C=800/15
C= 53,33 (Capacidade calorífica)
Item 4- Parte 2- Determinação do calor de neutralização
Transferimos 100 ml de 1M NaOH para o Frasco de Dewar com o auxílio da pipeta volumétrica.
Transferimos para um becker 100 ml de 1M de HCL, e com o auxílio de um termômetro medimos a temperatura T4.
T4 = 25°C
 Transformamos 25° C em temperatura Kelvin, utilizando a fórmula:
K= T4(em graus Celsius) + 273:
K= 25 + 273
K= 298 (T4)
Misturamos de uma vez só as duas soluções e agitamos, e com o auxílio de um termômetro anotamos a temperatura T5. 
Transformamos 29° C em temperatura Kelvin, utilizando a fórmula:
K= T(em graus Celsius) + 273:
K 29+ 273
K= 302 (T5)
Considerando a massa das soluções igual a 200 gramas e o calor específico igual a 1Cal/g.K, teremos que a reação forneceu a seguinte quantidade de calor:
Q(cal)= M.C.T --> (T5 - T4)
Q(cal)= 200g.1cal/g.K.(4)
 
• Aplicando a Formula: 
Q(Cal) = m.c. DT
Q(Cal)=200 g x 1 Cal/g.K x (T5 - T4)
Q(Cal)=200 g x 1 Cal/g.K x (302 K - 298 K)
Q(Cal)=200 g x 1 Cal/g.K x 4 ºK
Q(Cal)=800Cal
Analise de resultados
Os objetivos da prática foram alcançados com sucesso, o trabalho ocorreu conforme o esperado na medida em que os objetivos propostos foram atingidos. A realização deste experimento nos permitiu assimilar conceitos termoquímicos de fundamental importância, como entalpia, reação endotérmica, reação exotérmica, calor de dissolução, entre outros. A partir deste experimento, podemos concluir que reações químicas ocorrem produzindo variações de energia, que frequentemente se manifestam na forma de variações de calor. Essas reações podem ser classificadas como reações exotérmicas, que liberam calor para o meio ambiente e como reações endotérmicas, que para ocorrerem absorve calor. O calor da reação entre um ácido e uma base é denominado calor de neutralização Como foi possível observar, a determinação do calor de neutralização é um processo complexo, pois, é necessário medir várias vezes a temperatura das soluções, além de conhecer a capacidade calorífica do calorímetro.
Referências bibliográficas:
http://www.eq.ufc.br/MD_Termodinamica.pdf
http://www.brasilescola.com/quimica/reacoes-neutralizacao-mais-comuns.htm
http://cursos.unisanta.br/quimica/private/APOSTILA-TERMO.PDF
http://www.infoescola.com/quimica/termoquimica-e-termodinamica/

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