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1 Laboratório de Física III Propagação de Ondas em uma Cuba de Ondas Universidades Estadual do Norte Fluminense ± Darcy Ribeiro Campos dos Goytacazes, 22 de Novembro de 2010. Curso: Engenharia Civil Disciplina: Lab. Física III Aluno: Jean Tavares Pinto Professor: Juraci Sampaio falta colocar as referências na posição correta no texto Nota 8,5 2 Índice I - INTRODUÇÃO 03 II - OBJETIVO 03 II - FUNDAMENTOS TEÓRICOS 03 IV - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 04 IV.1 Materiais Utilizados 04 IV.2 Procedimento 05 V - ANÁLISES 05 VI - CONCLUSÕES 10 VII - REFERÊNCIAS 10 3 I ± Introdução O movimento ondulatório tem por característica o transporte de energia sem o transporte de matéria. A propagação de ondas se dá, toda ela, associada a um movimento periódico das partículas no meio. Assim, quando se gera uma perturbação num meio líquido, uma onda bidimensional, análoga a uma onda plana, é produzida na superfície da água através de movimentos para cima e para baixo de uma placa numa cuba. Os raios luminosos do projetor, abaixo da mesma, são projetados na parede, de modo a possibilitar a visualização das ondas, ou ainda, das frentes de ondas, que são superfícies afastadas da fonte geradora, assim como seu comportamento. Desse modo, é possível observar que as regiões claras projetadas são geradas pelas cristas, que funcionam como lentes convergentes, enquanto que as regiões escuras são geradas pelos vales, que funcionam como lentes divergentes, e a distância entres duas cristas ou dois vales é dado pelo comprimento de onda, que representamos através da letra Ȝ� I I ± Objetivo O objetivo deste experimento consiste em identificar as ondas em duas dimensões, verificando suas características pela reflexão, difração e interferência dada por duas fontes. I I I ± Fundamentos teóricos Quando uma onda incide em uma fronteira que separa duas regiões de diferentes velocidades de onda, parte da onda é refletida e parte é transmitida. A mudança na direção do raio transmitido (refratado) é chamada de refração. Quando uma luz transmitida a partir de fonte na água se afasta da normal quando passa para o ar. Para ângulos de incidência acima do ângulo crítico nenhum raio é transmitido, uma condição conhecida como Reflexão Interna Total. Quando ondas planas, em um tanque de ondas, incidindo sobre uma barreira com pequena abertura medindo apenas alguns comprimentos de onda, após a barreira, 4 as ondas se tornam circulares, concêntricas na abertura, como se existisse uma fonte pontual nessa região. Entre o comportamento de partículas e de ondas passando através de uma abertura estreita na barreira, as partículas transmitidas são confinadas em uma faixa com uma pequena abertura angular e as ondas transmitidas se espalham (grande abertura radial) a partir da abertura, a qual age como uma fonte pontual de ondas circulares. Quando ondas planas, em um tanque de ondas, incidem sobre uma barreira com grande abertura em relação DR� FRPSULPHQWR� GH� RQGD� Ȝ�� D� RQGD� FRQWLQXD� QD� GLUHomR� original, sofrendo apenas um pequeno espalhamento junto à região dos cantos da abertura. Quando uma fonte com velocidade u maior do que a velocidade da onda v. A envoltória das frentes de onda tem a aparência de um cone com uma fonte no vértice. È o que acontece também em um tanque de ondas produzidas por uma fonte com velocidade u > v. I V ± Procedimento experimental I V .1 ± M ateriais utilizados x Cuba de ondas para retroprojetor. x Anteparos de metal x Gerador de abalos F ig.1: Ar ranjo exper imental 5 I V .2 ± Procedimento Este experimento consistiu em uma aula demonstrativa dada pelo professor. Assim, primeiramente as luzes da sala foram apagadas de modo a se ter uma visualização melhor da projeção das ondas. Uma gota de água foi deixada cair sobre a superfície de água na cuba inicialmente e posteriormente, outras foram deixadas cair de forma compassada. Em seguida foi colocado no recipiente com água um ponto interligado ao gerador de abalos, causando perturbações na água similares as observadas na queda das gotas compassadas. Depois uma fonte foi posta para vibrar a uma determinada frequência e amplitude, onde foi possível observar o comportamento das ondas sem a presença de nenhum anteparo. Após esta observação foi adicionado neste mesmo sistema um anteparo e observado como se comportava as ondas neste sistema. Foi colocado no esboço onde está localizada a origem real das ondas e o ponto de origem virtual das ondas. Logo após foi colocado um refletor curvo e feito um esboço do que foi observado. Em seguida, a freqüência foi ajustada para o seu valor máximo e colocados dois anteparos separados por uma distância estimada de 5 cm ou mais e depois essa distância foi reduzida a um valor estimado de 0,5 cm ou menos. Posteriormente, foi colocada a uma distância intermediária de 3 cm e variado a freqüência das ondas incidentes. Para finalizar o experimento, foi estudada a interferência de duas ondas. Para isso, a frequência foi ajustada para seu valor máximo e observado uma região de interferência construtiva, denotada de C e uma região de interferência destrutiva, denotada de D. V ± Análises Foram observados nesse experimento, utilizando uma cuba de água com ondas geradas por uma fonte fixa, três fenômenos das ondas que são análogos a luz. Esses fenómenos são a reflexão, a difração e a interferência. Observamos, inicialmente, que as perturbações na água causadas pelo ponto interligado ao gerador de abalos, semelhante a queda de gotas de água, propaga-se de 6 forma circular na superfície da cuba e, da mesma forma que o som, são ondas mecânicas, porém com a diferença que a onda circular observada se propaga em duas dimensões e a onda sonora, que é uma onda esférica, propaga-se em três dimensões, em todas as direções, ou seja, as ondas geradas são do tipo de frente circular e mecânica e não possuem outra forma por estar em apenas duas dimensões. A velocidade desta onda no meio pode ser determinada pelo comprimento de onda medida pela distância entre seus picos (Fig. 2, distância entre os círculos 2 e 3). A velocidade v da frente de onda é constante para cada meio e é dada pelo produto da freqüência, f, pelo comprimento de onda, ou seja: V = f Ȝ. A propagação da onda e o seu comprimento de onda podem ser observados na figura abaixo: F ig. 2: Formaçao de onda circular . Se tocarmos a superfície da água com um anteparo (por exemplo, uma régua), obtém-se ondas retas (planas). Uma onda de pequena duração é denominada pulso, no caso de ondas retas (planas), um pulso reto. O comprimento de onda é medido como a distância entre dois pulsos adjacentes como está representado na Fig. 3 abaixo: F ig. 3: Representação de uma onda plana. 7 As regiões claras da superfície da água são caracterizadas como cristas que atuam como lentes convergentes e tendem a focalizar a luz e as regiões escuras como vales (Fig.4), que atuam como lentes divergentes e tendem a dispersar a luz. F ig. 4: Representação de regiões clar as e escuras de frentes de onda em uma cuba de água.Quando não há nenhum obstáculo, (Fig. 5, 4a), a frente de onda não é refletida e desviada, tendo assim seu ș� ����� Ao se colocar um anteparo no sentido de propagação da onda, a mesma é refletida e desviada. O comportamento da onda quando a mesma incide sobre um anteparo é análogo ao do raio da luz em uma superfície polida. Quando a frente de onda incide em direção à barreira, a mesma é refletida em uma direção diferente, tal que, será observado que, o ângulo de onda que se aproxima da barreira é igual ao ângulo em que a frente de onda reflete (Fig. 5, 4b). Quando o anteparo é colocado de forma inclinada com relação à propagação da onda os raios de luz, incidentes e refletido, são perpendiculares em relação às frentes de ondas, como pode ser observado na Fig. 5, 4c. Já que, sabe-se que o ângulo da onda refletida é o mesmo ângulo da onda incidente. Na região onde há o encontro entre as ondas incidentes e refletidas ocorre a formação de ondas estacionárias, como pode ser observada na Fig. 6. Ao usar um anteparo curvo, observou-se que a direção do raio de luz, inicialmente, é perpendicular à frente de onda. Após a reflexão, o anteparo funciona como um espelho côncavo refletindo a frente de onda um ponto convergente, que pode ser comparado ao foco de um espelho, como pode ser observado na Fig. 5, 5. Para estudar a difração, foi observado o comportamento da onda ao passar uma fenda entre dois anteparos. Sempre que a onda encontra um obstáculo, a mesma e 8 refletida, porém quando o comprimento de onda é menor do que o tamanho da fenda, a onda permanece com a mesma forma (Fig. 5, 6a), e já quando o comprimento de onda é maior do que o tamanho da fenda, ocorre o fenômeno da difração (Fig. 5, 6b). Desse modo, a fenda menor se comportou de maneira mais próxima a de uma fonte pontual. Como o comprimento de onda e a frequência da mesma são inversamente proporcionais, para uma freqência alta, o comprimento de onda será pequeno em relação à fenda. Já quando a frequência é baixa, o comprimento de onda será maior em relação a fenda e, desse modo, foi observado que a onda se espalha mais. F ig. 6: Esquema de ondas estacionár ias . 4a. 4b. 4c. 5. 6a. 6b. F ig.5: Esquema de propagação de ondas em uma cuba. 9 Para finalizar o experimento, foi estudado o fenômeno da interferência de duas fontes pontuais. Sendo as fontes periódicas, as mesmas fazem com que as cristas sempre estejam separadas por uma mesma distância. Sendo assim, quando duas ondas (uma de cada fonte) se superpõem, pode acontecer de as duas cristas, ao se interceptarem, formarem uma crista dupla (regiões claras) ou duas depressões (regiões escuras). Quando uma crista oriunda de uma fonte encontra uma depressão oriunda da outra fonte, produz uma região onde a água permanece parada sobre a cuba, ou seja, não há deslocamentos, sendo essa região tendo uma cor cinzenta. Pode-se observar, na Fig. 7, pontos onde essa interferência é construtiva, denotada de C, e pontos onde é destrutiva, denotada de D. F ig. 7: Esboço de inter ferência constr utiva (C) e destrut iva (D). F ig. 8: I nter ferência de duas fontes. Na figura acima (Fig. 8), /¶�p�D�GLIHUHQoD�HQWUH�RV�GRLV�FDPLQKRV��(VVD�GLIHUHQoD é representada pelo comprimento de onda, se a interferência é destrutiva ou construtiva. Na interferência destrutiva,tem-se um ponto de mínimo e na construtiva um ponto de máximo. Para uma diferença de fase de 180° a interferência é destrutiva. Para pontos de interferência construtiva /¶ �QȜ L >н>͛ ͛͟ѐ� ѐ 10 Para pontos de interferência destrutiva /¶� ���Q-��Ȝ��� VI ± Conclusão Pode-se concluir com esse experimento que a propagação de ondas provocadas por uma fonte em uma cuba de água apresenta as mesmas propriedades da reflexão da luz, que se reflete ao incidir com um anteparo. O experimento permitiu a fácil visualização da difração, e foi concluído que para haver a mesma, o comprimento de onda deve ser maior em relação a fenda pela qual irá passar, e que quanto maior for essa relação maior será o fenômeno da difração. Também pode ser observado o fenômeno da interferência de duas fontes, determinando que a diferença percorrida pelas ondas até o ponto de interesse se houve uma interferência construtiva ou uma interferência destrutiva. VI I ± Referências HALLIDAY & RESNICK ± Fundamentos de Física, Vol 2 , 6ª edição, LTC. YOUNG & FREEDMAN ± Física II, 10ª edição, Pearson. SERWAY ± Física II , 3ª edição, LTC. SEARS, Francis, ZEMANSKY, Mark W. & YOUNG, Hugh D. Física 2, 2° edição, LTC. TIPLER, Paul A., MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros, Volume 1: Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica. 5ª Edição. LTC. GASPAR, ALBERTO, Física Volume único, 1ª edição. http://www.fisica.ucb.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=2040, acessado em: 20 de novembro de 2010. http://educar.sc.usp.br/otica/cuba.html, acessado em 20 de novembro de 2010. http://www.falstad.com/ripple/index.html, acessado em 20 de novembro de 2010. Falta ano de publicação, ver padrão ABNT
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