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1 UNI V E RSID A D E EST A DU A L D O N O R T E F L U M I- N E NSE D A R C Y RIB E IR O ± U E N F L icenciatura em Química Laboratório de F ísica 3 Propagação de Ondas em uma Cuba de Ondas. Q U E I T I L A N E D E SO U Z A SA L ES Campos dos Goytacazes ± RJ 11/2010 Prestar atenção na maneira que se coloca a referência no texto! ...texto texto texto [1]. e não .... texto texto. [1] Nota 8,5 2 1. INTRODUÇÃO Ondas mecânicas são ondas que encontramos praticamente a todo o momento em nosso dia-a-dia. Tais ondas possuem certas características centrais e elas são gover- nadas pelas leis de Newton e só podem existir dentro de um meio material, como o ar, a água e as rochas. Temos como exemplo comuns ondas na água, ondas sonoras e ondas sísmicas. [1] Quando observamos as ondas na água utilizando a parede lateral de um aquário, podemos perceber que a parte superior da onda (denominada crista) e a parte inferior (depressão ou vale) (fig.1). [2] F igura 1 - Representação de ondas na água. Podem ser produzidas na água ondas do tipo planas e circulares. Se tocarmos le- vemente a superfície da água com uma régua por exemplo obtém-se ondas retas (pla- nas). Uma onda de pequena duração é denominada pulso, no caso de ondas retas (pla- nas), um pulso reto. O movimento do pulso reto é tal que se mantém paralelo à linha que indica a sua posição original. Quando uma pedra ou uma gota de água cai na água, aparece uma configuração circular que se estende a partir do ponto de impacto da pedra ou da gota. Uma perturbação desse tipo se denomina onda circular, que movimenta-se apenas na superfície da água. [2] Ondas estacionárias também estão presentes em meio líquido, essas ondas con- sistem em duas ondas de mesma amplitude e mesmo comprimento de onda se propa- gando em sentidos opostos ao longo de uma superfície que possua um obstáculo que é colocaGR�IRUPDQGR�XP�kQJXOR�ș� a interferência de uma onda com a outra produz uma onda estacionária. [1] Nas ondas ocorre o princípio da superposição que essas ondas se somam alge- bricamente para produzirem uma onda resultante, se vários efeitos ocorrem simultane- amente, o efeito resultante é a soma dos efeitos individuais. [1] A onda resultante depende do quanto as ondas estejam em fase uma em relação à outra, ou seja, do quanto o formato de uma onda esteja deslocado do formato da outra onda. Se as ondas estiverem exatamente em fase (estando os picos e os vales exatamen- te alinhados), elas se combinam duplicando o deslocamento de qualquer uma das ondas atuando isoladamente. Se elas estiverem exatamente fora de fase, elas se combinam para 3 se cancelarem em todos os pontos. Esse fenômeno é denominado combinação de ondas de interferência. [1] - interferência construtiva ± ocorre quando duas ondas chegam a um ponto em comum exatamente em fase. [1] - interferência destrutiva - ocorre quando duas ondas em um ponto em comum com uma diferença de fase de exatamente meio comprimento de onda. [1] Reflexão consiste na mudança da direção de propagação da energia, ou seja, consiste no retorno da energia incidente em direção à região de onde ela se originou, após entrar em contato com uma superfície refletora. A energia pode tanto estar mani- festada na forma de ondas como transmitida através de partículas. Por isso, a reflexão é um fenômeno que pode se dar por um caráter eletromagnético ou mecânico. [2] Lei da reflexão- o raio refletido está no plano de incidência e tem um ângulo de reflexão igual ao ângulo de incidência. [3] A difração ocorre quando uma onda encontra um obstáculo que possui uma a- bertura de dimensões comparáveis ao comprimento de onda, parte da onda que passa pela abertura é difratada do outro lado do obstáculo. Quanto mais estrito for o tamanho da fenda, maior será a difração ocorrida na onda. [3] O estudo de ondas em duas dimensões pode ser realizado usando uma cuba de ondas. Uma cuba de ondas é um recipiente de vidro com pés niveladores. Utilizando vibradores adequados, são produzidos na cuba ondas, ondas planas e ondas circulares (fig.2). [2] F igura 2 ± Cuba de ondas. 2. OBJETIVOS x Identificar ondas em duas dimensões (reflexão, difração, interferência de duas fontes). 3. PARTE EXPERIMENTAL 3.1 MATERIAIS x Cubas de ondas para retroprojetor CIDEPE 4 x Anteparos de metal x Gerador de abalos x Água 4. PROCEDIMENTO Deixou-se cair uma gota de água, sobre a superfície da água da cuba, e depois deixou-se cair mais gotas. Em seguida observou-se e anotou-se o tipo de onda observa- da. Depois ligou-se o gerador de abalos e fez-se um esboço do tipo de ondas obser- vadas. Colocou-se um anteparo na cuba de ondas, observou o que acontecia com as on- das ao encostar-se no anteparo e fez-se um esboço do que ocorria com as ondas. Em seguida colocou-se o obstáculo de forma que forma-VH�XP�kQJXOR�ș, observou-se e fez- se um esboço do que ocorria com as ondas novamente. Retirou-se o anteparo e colocou-se um refletor curvado, observou-se e fez-se um esboço do que foi observado. Em seguida ajustou-se a freqüência para seu valor máximo. Colocou-se dois an- teparo separados a uma distância maior que 5 cm, observou-se e fez-se um esboço do que ocorria com as ondas ao passarem por esses anteparos. Depois colocou-se os ante- paros separados a uma distância menor que 0.5 cm, novamente observou-se e desenhou- se o que ocorria com as ondas ao passarem pelos anteparos. Em seguida colocou-se as anteparos separados a um distância de aproximadamente 3 cm e variou-se a freqüência das ondas incidentes, anotou-se o que foi observado. Ao final da prática, ajustou-se novamente a freqüência ao seu valor máximo e colocou-se duas fontes pontuais. Fez-se um esboço de como as ondas se comportavam e anotaram-se observações ao gráfico. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES. Primei ra parte: Ao cair uma gota de água na cuba e depois compassadamente, outras gotas caí- ram. Observou-se a formação de ondas na superfície da água e essas ondas se relacio- nam a música e ao som porque são ondas mecânicas também, que necessitam de um meio para se propagarem, transportando energia e quantidade de movimento. Para calcular a velocidade da onda neste meio, basta identificar uma frente de onda e marcar a posição inicial desta frente com um marcador. À medida que a onda for deslocando sempre marcar sua posição. Medir o deslocamento desta frente da onda com uma régua. E com um cronometro marcar o tempo. E por fim, calcular a velocidade da onda (V = S/ t), considerando o deslocamento medido e o tempo decorrido. Essas gotas que caíram na superfície da água possuem uma configuração cir- cular na água que se estende a partir do ponto de impacto. Esse tipo de perturbação é denominado onda circular e essa onda do tipo circular movimentam-se apenas na super- fície da água, ou seja, são formadas em um sistema bidimensional pois, se propagam em 5 um plano.Observa-se que a direção de propagação é radial e o sentido é de dentro para fora do círculo (fig.3). F igura 3- Esboço que representa a formação de ondas circulares, onde mostra a direção e o sentido que estão representados pela seta. Segunda parte: Ao ligar uma fonte vibratória a uma determinada freqüência e amplitude ob- servam-se ondas retas, ou seja, ondas planas ou também pode ser chamada de um pulso reto, sendo uma onda de pequena duração. O movimento do pulso reto é tal que se man- tém paralela à linha que indica a sua posição original (fig.4). As regiões claras da super- fície da água são caracterizadas comocristas que atuam com lentes convergentes e ten- dem a focalizar a luz e as regiões escuras como vales que atuam como lentes divergen- tes e tendem a dispersar a luz. Observa-se que nesta situação onde não possui obstáculos ocorre a formação de um ângulo de 00. F igura 4-Esboço que representa a formação de ondas planas, onde mostra a direção e o sentido que estão representados pela seta. Quando se coloca um anteparo na cuba de ondas, analisa-se que a onda sai de sua origem e ao encostar-se ao anteparo ela volta no sentido contrário, ou seja, ela vai e volta para sua origem (fig.5). 6 F igura 5- Esboço que representa o que ocorre com as ondas quando elas encontram um obstáculo, a direção e o sentido estão indicados pelas setas. $JRUD�TXDQGR�HVVH�DQWHSDUR�p�FRORFDGR�IRUPDQGR�XP�kQJXOR�ș��REVHUYD-se que quando as ondas chegam ao obstáculo, elas passam a ir ao sentido contrário formando um ângulo de 900 entre elas, com isso a interferência de uma onda com a outra produz uma região que é constituída por ondas estacionárias (fig.6). Isso ocorre porque existe o encontro de ondas idênticas com mesma frequência, mesma amplitude, mesmo com- primento de onda, mesma direção só que com sentidos opostos. Essas ondas estacioná- rias possuem linhas claras que seriam os nós, interferências construtivas e as escuras interferências destrutivas. F igura 6- Esboço que representa o que ocorre com as ondas quando elas encon- tram um obstáculo que é colocado formando um kQJXOR�ș� Tercei ra parte: Quando coloca-se um refletor curvado na cuba de ondas. Observa-se que ondas planas se direcionam ao refletor curvado e ao chegarem a esse refletor a onda é refleti- da. Após a reflexão, a frente de onda é refletida e a energia transportada converge para um ponto, que é denominado foco (fig. 7). 900 7 F igura 7 ± Desenho de como se comporta a onda ao ser refletida. Quarta parte: Ajustando a freqüência para seu valor máximo e colocando dois anteparos com uma distância maior que 5 centímetros, observamos que quando uma onda encontra o anteparo com uma fenda maior que seu comprimento de onda �Ȝ�, parte da onda passa direto não ocorrendo o fenômeno da difração, nesta caso a fenda se comporta como uma fonte de ondas planas, e a outra parte que não passa pela fenda volta para seu sentido original (fig.8). Ȝ F igura 8- Esboço que representa o que ocorre com as ondas quando elas encontram um obstáculo com uma fenda maior que 5 cm, a direção e o sentido estão indicados pelas setas. Agora colocando os dois anteparos a uma distância menor que 0,5 centímetros, observamos que as ondas são difratadas ao passarem pelo obstáculo, possuindo a forma de semicírculos. Isso se deve porque quando a onda encontra um anteparo que possui uma fenda com dimensões próximas ao comprimento da onda ou menor, a parte da onda que passa pela fenda é difratada. Observa-se também que quanto menor a fenda, maior será a difração ocorrida, nesta situação a fenda se comporta como uma fonte pontual (fig.9). 8 Ȝ F igura 9 - Esboço que representa a onda difratada ao passar pela fenda menor que 0,5 cm, a direção e o sentido estão indicados pelas setas. Quando foi colocado dois anteparos novamente só que com distância entre si de 3 centímetros e variando-se a freqüência. Observou-se que com a freqüência alta as on- das espalhavam mais ao passar pela fenda, isso ocorreu porque com a freqüência alta o comprimento de onda fica menor, tendo com conseqüência uma onda mais espalhada ao passar pela fenda. Um fator importante para se ressaltar é que ao GL]HUPRV�³ODUJR´�H�³HVWUHLWR´�SDUD� diferenciar as duas situações anteriores estamos nos referindo ao comprimento de onda. Quinta parte. Por fim, usaram-se duas fontes pontuais e ajustou-se a freqüência para seu valor máximo. Observa-se que ocorreu interferência destrutiva e construtiva, a interferência que possui a maior amplitude é a construtiva e quando não observa-se nenhum movi- mento é a interferência destrutiva (fig.10). F igura 10- Esboço que representa as interferências que ocorrem nas ondas. C C C C C C C C C C C C C C C C C C D D D D D D D D D em relação ao tamanho da fenda! 9 6. CONCLUSÃO Com as observações feitas, podemos concluir que através deste experimento identificamos diferentes tipos de ondas que podem existir em meios líquidos (ondas planas e circulares) e como elas se comportam, analisamos a capacidade da onda de contornar os obstáculos e por fim os tipos de interferências que uma onda pode sofrer como reflexão, difração e o comportamento das ondas geradas por duas fontes pontuais. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] HALLIDAY. David, 5��5HVQLFN��-��:DONHU��³Fundamentos da Física 2 Gravitação, Ondas 7HUPRGLQkPLFD´���HG�9��� Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.: Rio de Janeiro, 2002. p. 93, 102 e 103,106. [2] www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_sem2_2004/01 1863Marcosp-RichardLanders_RF.pdf acessado em 14/11/2010 às 14:25. [3] HALLIDAY. David, 5��5HVQLFN��-��:DONHU��³Fundamentos da Física 4 ³ÓPTICA E Física Moderna 6ª ed. V.4 Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.: Rio de Janeiro, 2003. p.14, 55 e 54.
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