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1 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro CCT - Centro de Ciência e Tecnologia. Relatório de Física Geral III Campos dos Goytacazes, 19 de Novembro de 2010. Laboratório de Física Geral III – Experimentos 5 e 6 Professor: Juraci Aparecido Sampaio Nome: João Rangel Ribeiro Junior Juraci Aparecido Sampaio Nota 7,5 Juraci Aparecido Sampaio 2 RELATÓRIO PARTE A 1.Introdução Considere um sistema que é capaz de oscilar sempre que for levemente afastado de seu estado de equilíbrio estável. Esse sistema executa, então, movimento harmônico simples (MHS) com uma freqüência que depende de suas características, tais como, massa, comprimento, momento de inércia, valor local da gravidade, etc, chamada de freqüência natural de oscilação do sistema. Quando atuar sobre esse sistema, uma série de pulsos periódicos (onda), cuja freqüência seja igual ou quase igual a uma de suas freqüências naturais, o sistema passará a oscilar com amplitude relativamente grande. Esse fenômeno ondulatório é denominado ressonância. Em outras palavras, quando uma fonte periódica fornece energia a um oscilador, com a mesma periodicidade com que ele é capaz de absorver energia, essa transferência é maximizada e praticamente toda a energia fornecida pela fonte é transferida ao sistema oscilante que, então, oscila com grande amplitude. Em alguns casos, essa amplitude aumenta tanto que chega a romper o sistema. 2.Embasamento Teórico Quando ondas sonoras se propagam através do ar num tubo, são refletidas em ambas as suas extremidades. Esta reflexão ocorre mesmo que uma extremidade esteja aberta, embora não tão completa quanto a que ocorre quando a extremidade esta fechada. Se existe a relação apropriada entre o comprimento de onda das ondas sonoras e o comprimento do tubo, a superposição das ondas, se propagando em direções opostas dentro do tubo, irá causar o aparecimento de um padrão de onda estacionaria. Para que isso aconteça, o comprimento de onda das ondas sonoras deve corresponder a uma freqüência de ressonância do tubo. 3 Os padrões de onda sonora estacionários são semelhantes, em muitos aspectos, aqueles produzidos em corda: a extremidade fechada de um tubo é análoga a ponta fixa de uma corda, pois em ambos os pontos, deve haver um nó. E a extremidade aberta de um tubo é análoga ao extremo de uma corda presa a um anel que pode movimentar-se livremente, devendo haver, em ambos os casos, um ventre (ou anti-nó). Haverá ressonância quando ocorrer um antinodo na extremidade aberta do tubo. Em outras palavras, quando o comprimento do tubo for tal que, para uma dada onda estacionária de comprimento de onda , ocorre um antinodo em sua extremidade aberta, há ressonância. 2.1 – Tubo Aberto No caso do tubo aberto a situação é semelhante a o de uma corda presa nas extremidades. Em cada extremidade do tubo deve haver a formação de um ventre. Os possíveis números de harmônicos da onda estacionária gerados são tais que: n = (2L) / Onde: L é o comprimento do tubo. n são os harmônicos, que são números naturais (1, 2, 3,...). é o comprimento de onda. 4 2.2 – Tubo Fechado Se o tubo for fechado em uma extremidade, as partículas próximas à extremidade fechada são impedidas de se deslocar impondo-se a condição de um nó nesse ponto. Os harmônicos correspondem, portanto a uma onda estacionária com a formação de um ventre na extremidade aberta do tubo e de um nó na outra extremidade fechada. Para esta situação o numero de harmônicos se relaciona ao comprimento de onda e ao comprimento do tubo pela expressão: n = (4L) / L é o comprimento do tubo. n são os harmônicos, que são números naturais impares (1, 3, 5,...). é o comprimento de onda. 3.Procedimento Experimental 3.1.Materiais Utilizados • Tubo ressonante de acrílico com um pistão para a regulagem da distancia. • Um gerador de função • Um osciloscópio. • Amplificador. • Microfone. 5 3.2.Procedimentos 3.2.1.Tubo Aberto Foi conectado o tubo ressonante, o osciloscópio e o gerador de função. Logo após foi ligado o osciloscópio e ajustado para 5 ms/div( sweep speed) e 5 mV/div (gain on channel). Ligou-se o amplificador e o gerador de função e fechou-se uma das extremidades do tubo com o pistão a 0,7m de distancia. Foi ajustada a freqüência em um valor baixo para achar o primeiro harmônico para o qual ocorreu um máximo relativo e no qual foi encontrado o valor mais baixo de freqüência de ressonância (fo). Foi-se aumentando vagarosamente a freqüência encontrando-se assim mais seis freqüências de ressonância como são apresentados na tabela 1. 3.2.2.Tubo Fechado Foi conectado o tubo ressonante, o osciloscópio e o gerador de função. Logo após foi ligado o osciloscópio e ajustado para 5 ms/div( sweep speed) e 5 mV/div (gain on channel). Ligou-se o amplificador e o gerador de função e fechou-se uma das extremidades do tubo com o pistão a 0,7m de distancia. Foi ajustada a freqüência em um valor baixo para achar o primeiro harmônico para o qual ocorreu um máximo relativo e no qual foi encontrado o valor mais baixo de freqüência de ressonância (fo). Foi-se aumentando vagarosamente a freqüência encontrando-se assim mais seis freqüências de ressonância como são apresentados na tabela 2. 6 4.Resultados e discussões Com as oito freqüências de ressonâncias encontradas, foi montada uma tabela na qual são apresentadas as freqüências de ressonância e a divisão entre as freqüências de ressonância e a freqüência inicial. O resultado dessa divisão resulta no numero de harmônicos apresentados tanto com o tubo aberto quanto com o tubo fechado. As tabelas com os dados estão mostradas logo abaixo: Freqüência(f) (Hz) f/fo 175 1,00 366 2,09 532 3,04 694 3,97 870 4,97 1067 6,09 1221 6,98 Tabela 1 – TUBO ABERTO A teoria demonstra que os valores dos harmônicos para um tubo aberto deve ser uma seqüência de números inteiros positivos e isso é o que o experimento apresentou, com um erro absoluto experimental máximo de 4,5%. Juraci Aparecido Sampaio posição da legenda errada! Juraci Aparecido Sampaio 7 Freqüência(f) (Hz) f/fo 103 1,00 289 2,80 483 4,60 798 7,60 1022 9,73 1255 11,95 1377 13,11 Tabela 2 – TUBO FECHADO A teoria demonstra que os valores dos harmônicos para um tubo aberto deve ser uma seqüência de números inteiros impares positivos e isso é o que o experimento apresentou, com um erro absoluto experimental máximo de 8,6%. 5.Conclusão Concluiu-se que as series de números inteiros apresentados no tubo aberto e no tubo fechado não são iguais visto que o tubo aberto apresenta uma seqüência de números naturais inteiros consecutivos, já os resultados apresentados no tubo fechado foram números inteiros impares e consecutivos, assim como demonstra a teoria. Concluiu-se também que na extremidade fechada do tubo apresenta-se um nó e na extremidade aberta do tubo apresenta-se um anti-nó como mostra a figura 1 abaixo: Juraci Aparecido Sampaio legenda errada! 8 Figura 1: Ondas em um tubo com extremidades fechadas e abertas 6.Referencias Bibliográficas[1] D. Halliday.; R. Resnick, Gravitação, Ondas eTermodinâmica. 4a ed.. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, Vol. 4, Cap. 18. (1992); [2] http://www.cefetba.br/fisica/NFL/fge2/praticas/ressonanciaEmTubosFechados.h tml acessado em 19/11/2010 9 RELATÓRIO PARTE B 1.Introdução Usando uma definição geral, ondas sonoras são ondas mecânicas que podem se propagar através de gases, líquidos ou sólidos. As equipes de prospecção sísmica usam ondas para procurar petróleo, enviando-as através da crosta terrestre. Navios e submarinos possuem equipamentos sonoros (ou sonares) para detectar obstáculos submersos, outros submarinos, principalmente ouvindo os sinais sonoros característicos dos motores. Pode haver dois tipos de ondas no sólido, transversais e longitudinais. Já os gases e líquidos podem transmitir apenas ondas longitudinais. Para transmitir ondas transversais o meio deve se comportar de maneira elástica, quando sofrer tensões de cisalhamento, originando assim uma força restauradora. As ondas sonoras são longitudinais. Neste experimento trataremos das ondas sonoras no sentido usual, isto é, ondas mecânicas propagando-se no ar e calcularemos a sua velocidade de propagação. 2.Embasamento Teórico A velocidade com a qual uma onda sonora percorre um meio, quando a variação da pressão não é muito grande, é dada por: onde, é a densidade e , o módulo volumétrico de elasticidade do meio, que se define como a razão entre a variação de pressão e a variação relativa de volume, ou seja: Juraci Aparecido Sampaio cuidado com a numeração de equações! 10 A Eq.(2.12) é válida para qualquer meio, seja ele um gás, um líquido ou um sólido, entretanto, para sua dedução, é assumido que o meio esteja confinado em um tubo, de modo que a onda se mova em uma só direção. Esta condição é geralmente satisfeita para um gás ou um líquido. Para um sólido, é necessário substituir por Y -- módulo longitudinal de Young. A velocidade do som em um gás não é constante, e sim que depende da temperatura. Da equação de um gás ideal pV=nRT ou então, A fórmula da velocidade do som é expressa em função da temperatura t do gás em graus centígrados. Para obter esta expressão aproximada, tomamos os dois primeiros termos do desenvolvimento de (1+t/T0)1/2 do binômio de Newton Sabendo que T0=273.15 K, =1.4, R=8.314 J/(K·mol) e M=28.95·10-3 kg/mol, temos que vs331.5+0.61·t onde 331.5 m/s é a velocidade do som no ar a 0ºC. Para temperaturas próximas a ambiente, a velocidade do som no ar varia aproximadamente de forma linear com a temperatura. Juraci Aparecido Sampaio Não há numeração da equação! Você deve seguir sempre o mesmo formato!! 11 3.Procedimento Experimental 3.1.Materiais Utilizados • Tubo ressonante de acrílico com um pistão para a regulagem da distancia. • Um gerador de função • Um osciloscópio. • Régua. • Amplificador. • Microfone. 3.2.Procedimentos 3.2.1.Tubo Aberto Foi conectado o tubo ressonante, o osciloscópio e o gerador de função. Logo após foi ligado o osciloscópio e ajustado para 5 ms/div( sweep speed) e 5 mV/div (gain on channel). Ligou-se o amplificador e o gerador de função e fechou-se uma das extremidades do tubo com o pistão. Foi ajustada a freqüência no valor máximo obtido na Parte A do experimento e foi-se ajustando a freqüência até localizar a freqüência de ressonância apresentada na tabela 1. Em seguida colocou-se o pistão a uma distancia de coluna de ar zero no tubo de acrílico e foi afastando o pistão encontrado posições onde o sinal era máximo e onde o sinal era mínimo e com o auxilio da régua era medida a distancia do pistão até o microfone, foram encontradas 5 distancias e elas são mostradas na tabela 1. 12 Freqüência de ressonância: 1055,3 Hz Posição do microfone Máximo Mínimo 0,055 m 0,100 m 0,215 m 0,263 m 0,371 m 0,426 m 0,518 m 0,590 m 0,690 m 0,749 m Tabela 1: Dados experimentais da distancia e freqüência de ressonância do tubo aberto. 3.2.2.Tubo Fechado Foi conectado o tubo ressonante, o osciloscópio e o gerador de função. Logo após foi ligado o osciloscópio e ajustado para 5 ms/div( sweep speed) e 5 mV/div (gain on channel). Ligou-se o amplificador e o gerador de função e fechou-se as duas extremidades do tubo com o pistão. Foi ajustada a freqüência no valor máximo obtido na Parte A do experimento e foi-se ajustando a freqüência até localizar a freqüência de ressonância apresentada na tabela 2. Em seguida colocou-se o pistão a uma distancia de coluna de ar zero no tubo de acrílico e foi afastando o pistão encontrado posições onde o sinal era máximo e onde o sinal era mínimo e com o auxilio da régua era medida a distancia do pistão até o microfone, foram encontradas 5 distancias e elas são mostradas na tabela 2. Juraci Aparecido Sampaio posição errada da legenda! Juraci Aparecido Sampaio (Unidades aqui) Juraci Aparecido Sampaio Juraci Aparecido Sampaio Juraci Aparecido Sampaio 13 Freqüência de ressonância: 1284,1 Hz Posição do microfone Máximo Mínimo 0,019 m 0,082 m 0,153 m 0,217 m 0,287 m 0,347 m 0,423 m 0,484 m 0,555 m 0,620 m Tabela 2: Dados experimentais da distancia e freqüência de ressonância do tubo fechado. 4.Cálculos e Resultados 4.1.Tubo Aberto A partir dos dados coletados acima chegamos a tabela 3 de n e L(m) com a qual construímos o gráfico mostrado nas figuras 1 subseqüente. n L(m) 1 0,055 2 0,215 3 0,371 4 0,518 5 0,690 Tabela 3: Dados experimentais dos números de harmônicos e distancias L máximas para o tubo aberto. 14 Com o auxilio do Excel temos o gráfico mostrado na figura 1: y = 0,1573x - 0,1021 R2 = 0,9995 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0 1 2 3 4 5 6 n L( m ) B Regressão Linear (B) Figura 1: L x n Com o gráfico obtivemos através da regressão linear os coeficientes da equação da reta que melhor define essa curva, o coeficiente angular vale 0,1573 e o coeficiente linear, quando a curva toca o eixo y, vale – 0,1021, com esses resultados, foram permitidos realizar uma comparação entre os valores teóricos e experimentais. Sabemos que o coeficiente linear da reta é a tangente da reta e nesse caso é: tg() = L/n = 0,1573 De acordo com a equação abaixo temos a seguinte igualdade: /2 = L/n =0,1573 Logo: = 0,3146. Com isso podemos achar a velocidade do som no tubo aberto com a equação: Juraci Aparecido Sampaio Não colocar borda! Juraci Aparecido Sampaio explicar cada termo! Juraci Aparecido Sampaio Figura 1: Posição versus número de harmônicos (L x n). Juraci Aparecido Sampaio 15 V = * f = 0,3146 * 1055,3 = 331,997 m/s 4.1.Tubo Fechado A partir dos dados coletados acima chegamos a tabela 4 de n e L(m) com a qual construímos o gráfico mostrado nas figuras 2 subseqüente. n L(m) 1 0,082 2 0,217 3 0,347 4 0,484 5 0,620 Tabela 4: Dados experimentais dos números de harmônicos e distancias L mínimas para o tubo fechado. Com o auxilio do Excel temos o gráfico mostrado na figura 2: y = 0,1343x - 0,0529 R2 = 0,9999 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0 1 2 3 4 5 6 n L(m ) B Regressão Linear (B) Figura 2: L x n Juraci Aparecido Sampaio Legenda errada! Juraci AparecidoSampaio 16 Com o gráfico obtivemos através da regressão linear os coeficientes da equação da reta que melhor define essa curva, o coeficiente angular vale 0,1343 e o coeficiente linear, quando a curva toca o eixo y, vale -0,0529, com esses resultados, foram permitidos realizar uma comparação entre os valores teóricos e experimentais. Sabemos que o coeficiente linear da reta é a tangente da reta e nesse caso é: tg() = L/n = 0,1343 De acordo com a equação abaixo temos a seguinte igualdade: /2 = L/n = 0,1343 Logo: = 0,2686. Com isso podemos achar a velocidade do som no tubo aberto com a equação: V = * f = 0,2686 * 1284,1 = 344,91 m/s 4.3.Resultado Teórico Adotando-se a temperatura ambiente de 24° e utilizando-se da equação: V = 331,5 + 0.6078* t = 346,087 m/s , que seria a velocidade do som teórica. 17 5.Conclusão Os resultados obtidos neste estudo quantificaram a velocidade de propagação do som em 331,997 m/s para o tubo aberto e em 344,91 m/s para o tubo fechado. Estes resultados estão próximos ao valor encontrado na literatura de 346,087 m/s, tendo um erro absoluto de 4,1% para o tubo aberto e 0,34% para o tubo fechado . O método se provou eficaz, porém melhorias podem ser realizadas. 6. Referencias Bibliográficas [1] W. R. Weinand, E. A. Mateus e I. Hibler, Óticas e Ondas, UEM, DFI, (2006); [2] D. Halliday.; R. Resnick, Gravitação, Ondas eTermodinâmica. 4a ed.. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, Vol. 4, Cap. 18. (1992); [3] http://www.fisica.ufs.br/CorpoDocente/egsantana/ondas/acustica/sonido/sonido. htm acessado em 19/11/2010.
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