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Resumo Prof Cassimiro NP1+Questôes Respondidas UNIP ENFERMAGEM NOTURNO 3 semestre

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Enfermagem Noturna 
UNIP SWIFT – Prof.Cassemiro Jr. 
 
1. Aula 1 – Conceitos Microbiológicos 
A microbiologia é o estudo dos seres microscópicos, seu nome tem origem 
em três palavras (Mikros=pequenos, Bios= vida, Logos= ciência), A 
Microbiologia é classicamente definida como a área da ciência que dedica-se 
ao estudo de organismos que somente podem ser visualizados ao 
microscópio. Com base neste conceito, a microbiologia aborda um vasto e 
diverso grupo de organismos unicelulares de dimensões reduzidas, que 
podem ser encontrados como células isoladas ou agrupados em diferentes 
arranjos. Assim, a microbiologia envolve o estudo de organismos 
procarióticos (bactérias, archaeas), eucarióticos (algas, protozoários, 
fungos) e também seres acelulares (vírus). 
 
Modos de transmissão 
 
 Direta: transmissão por contato direto do organismo doente com o 
organismo sadio. Com contato físico (IMEDIATA), sem contato físico; 
 Indireta: através de veículos animados ou inanimados (copos, 
talheres, agulhas, vetores, etc.). 
 
Vias de transmissão 
 
 Pele: através de ferimentos, arranhões, picadas de insetos e 
mordeduras de animais; 
 Ar: durante aglomeração de pessoas em ambientes com deficiência 
de circulação de ar; 
 Alimentos: pela ingestão de alimentos mal lavados, estragados ou 
mal cozidos; 
 Objeto: através de objetos inanimados, tais como peças de 
vestuário, calçados, toalhas, utensílios etc. 
 Relação Sexual: em consequência da higiene inadequada dos 
órgãos genitais ou através do ato sexual; 
 Vetores: o vetor pode ser apenas um simples veiculador de agentes 
patogênicos, conduzindo-os do portador para o receptor sem que, 
necessariamente, haja propagação da doenças; 
 Sangue: através de transfusões de sangue e seus derivados; 
 
 
Alguns conceitos importantíssimos 
 
 
CONTAMINAÇÃO: Presença transitória de microrganismos em superfície 
sem invasão tecidual ou relação de parasitismo. Pode ocorrer em objetos 
inanimados ou em hospedeiros. 
Ex: Flora transitória das mãos. 
 
COLONIZAÇÃO: Crescimento e multiplicação de um microrganismo em 
superfícies epiteliais do hospedeiro, sem expressão clínica ou imunológica. 
Ex: Microbiota humana normal 
 
AGENTE ETIOLÓGICO: causador ou responsável pela origem da doença. 
 
INFECCIOSIDADE(INFECTIVIDADE): capacidade do agente etiológico de 
penetrar, se instalar e multiplicar-se no hospedeiro. É fundamental na 
previsão da propagação da doença. Está relacionada com a velocidade 
de transmissão da doença. 
 
PATOGENICIDADE: capacidade do agente etiológico de produzir lesões 
específicas no hospedeiro. 
 
VIRULÊNCIA: capacidade em produzir uma doença mais grave ou menos 
grave, com alta ou baixa letalidade. 
 
INFECÇÃO: Danos decorrentes da invasão, multiplicação e ação de 
produtos tóxicos de agentes infecciosos no hospedeiro, ocorrendo interação 
imunológica. 
 
INTOXICAÇÃO: Danos decorrentes da ação de produtos tóxicos que 
também podem ser de origem microbiana. 
Ex:Toxinfecção alimentar. 
 
PORTADOR Indivíduo que alberga um microrganismo específico, sem 
apresentar quadro clínico atribuído ao agente e que serve como fonte 
 potencial de infecção. 
 
DISSEMINADOR É o indivíduo que elimina o microrganismo para o meio 
ambiente. Pode se tornar um disseminador perigoso quando passa a ser 
fonte de surtos de infecção. Sendo um profissional de saúde, deve ser 
afastado das atividades de risco até que se reverta a eliminação do agente. 
 
INFECÇÃO PREVENÍVEL É aquela em que a alteração de algum evento 
relacionado pode implicar na prevenção da infecção. 
Ex: Infecção cruzada. 
 
INFECÇÃO NÃO PREVENÍVEL É aquela que acontece a despeito de todas 
as precauções tomadas. 
 
INFECÇÃO ENDÓGENA É a infecção causada pela microbiota do paciente. 
 
INFECÇÃO EXÓGENA É a infecção que resulta da transmissão a partir de 
fontes externas ao paciente. 
 
SUPER INFECÇÃO Quando há troca do agente etiológico na mesma 
topografia. Não deve ser confundida a colonização que ocorre em pacientes 
graves hospitalizados com super-infecção. 
 
INFECÇÃO METASTÁTICA É a expansão do agente etiológico para novos 
sítios de infecção. 
 
 
IRAS (Infecções Relacionadas à Assistência de Saúde) 
 
A importância da Microbiologia no controle de IRAS 
 
 Identificação de Agentes Etiológicos (detecção imediata e 
notificação epidemiológica de importantes organismos); 
 Padrões de resistência antimicrobiana emergentes Medidas de 
Controle (avaliação da eficácia das precauções recomendadas para 
limitar a transmissão durante os surtos); 
 Tratamento de Doenças (auxiliar no tratamento das doenças 
através da identificação de microorganismos); 
 Antimicrobianos (colaborar na restrição do uso de 
antimicrobianos); 
 
 
 
2. Aula 2 – Conceitos de IRAS 
 
Conceito Vigente de Infecção Hospitalar segundo Portaria da ANVISA 
2.616/98. ”Qualquer infecção adquirida após a internação manifeste 
durante a internação ou mesmo após a alta,relacionada com a internação 
ou procedimentos hospitalares.”” 
 
 
Conceitos de Infecção Comunitária x Infecção Hospitalar 
 
A Portaria 2.616/98 traz diretrizes e normas para o controle das infecções 
hospitalares. Em seu anexo II, aborda conceitos e critérios para o 
diagnóstico das infecções, classificando-as em comunitárias ou hospitalares. 
 
Infecção comunitária 
“É a infecção constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, 
desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital”. 
São também comunitárias: 
1. As infecções associadas a complicações ou extensão da infecção já 
presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos ou 
sinais/ sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova 
infecção. 
2. Infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via placentária é 
conhecida ou foi comprovada e que se tornou evidente logo após o 
Nascimento (ex: Herpes simples, toxoplasmose, rubéola, 
citomegalovirose, sífilis e AIDS). 
Adicionalmente, são também consideradas comunitárias todas as infecções 
de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 horas. 
 
 
Infecção Hospitalar 
“É qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se 
manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser 
relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares”. Usa-se como 
critérios gerais: 
1. Quando na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção 
comunitária for isolado um germe diferente, seguido do agravamento 
das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado 
como hospitalar. 
2. Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e 
não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no 
momento da admissão, considera-se infecção hospitalar toda 
manifestação clínica de infecção que se apresentar 72 horas após a 
admissão. Também são consideradas hospitalares aquelas infecções 
manifestadas antes de se completar 72 horas da internação, quando 
associadas à procedimentos invasivos diagnósticos e/ou terapêuticos, 
realizados previamente. 
3. As infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das 
transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas à bolsa 
rota superior a 24 horas. 
Tempo ou período de incubação de uma doença infeciosa é o intervalo 
de tempo que transcorre entre a exposição a um agente infecioso e a 
aparição do primeiro sinal ou sintoma da doença de que se trata. 
Desta forma, quando se conhece o tempo de incubação de uma infecção 
específica, deve-se considerar como infecção hospitalar todos os casos de 
pacientes internados que manifestaram a referida infecção num intervalo de 
tempo, contado desde a admissão do paciente atéa primeira manifestação 
clínica, superior ao tempo de incubação da doença. 
Conclusão: “O diagnóstico diferencial entre infecção comunitária e 
IRAS está apoiado fundamentalmente no período de incubação do 
microrganismo e na infecção já presente na admissão”. 
 
Os principais problemas de identificação 
 Acompanhamento pós alta 
 Internações curtas 
 Procedimentos clínicos fora do hospital 
 Infecções ocupacionais 
 
 
Critérios de Diagnósticos por Topografias 
 ISC – Infecção de Sítio Cirúrgico 
 ITU – Infecção do Trato Urinário 
 IPCS – Infecção Primária de Corrente Sanguínea 
 PNM – Pneumonias 
 Acesso vascular 
 Cateter Vesical de Demora 
 
Quais os recursos ou fontes existentes para o diagnóstico de IRAS? 
 Evidência clínica, através de observação direta e análise de 
prontuário 
 Estudos de imagem 
 Exames laboratoriais 
 Endoscopia 
 Biópsia 
 Entre outros. 
 
Cadeia Epidemiológica das IRAS 
1. Reservatório: Pessoas (pacientes e trabalhadores)/ Animais (insetos 
e roedores)/ Água e seu sistema de distribuição/ Medicamentos 
injetáveis e soluções parenterais/ Objetos e equipamentos utilizados 
na assistência, como circuitos de ventilação assistida, ar condicionado 
etc. 
2. Fonte: Pessoas, animais, dispositivos, instrumentais, artigos, 
equipamentos médico-hospitalares. 
3. Vias de eliminação: Secreções (Genitais, Nasais, Orais e 
Faríngeas), Fezes, Urina, Sangue, Escarro, Descamação epitelial, 
Leite, entre outros. 
4. Formas de Transmissão: Direta e Indireta 
5. Vias de Penetração: Cutânea (pele)/ Mucosa (olhos, tratos 
respiratório, gastrointestinal, geniturinário)/ Percutânea (tecido sub-
epitelial)/ Veiculação injetável de substâncias/ Migração dmicrobiota 
do próprio paciente. 
 
 
 
IMPACTOS 
 
CONSEQÜÊNCIA DO PROCESSO EVOLUTIVO - (evolução das técnicas e 
recursos tecnológicos, advento farmacológico, entre outros, envelhecimento 
da população); 
IMPACTO ASSISTENCIAL - (causa importante de morbidade e 
mortalidade: disfunções físicas, estresse emocional, redução qualidade de 
vida, aumento da letalidade); 
IMPACTO ECONÔMICO - (aumento dos custos – dados dos EUA indicam 
um aumento dos custos em aproximadamente 4,5 milhões dólares/ano); 
IMPACTO JURÍDICO (IATROGENIA – responsabilidade profissional no 
desenvolvimento da assistência). 
 
 
 
 
 
3. Aula 3 – Panorama Atual das Iras 
 
 
A historia do controle de prevenção de (IRAS) 
 
No período medieval os hoje chamados hospitais eram locais ou verdadeiros 
depósitos de doentes, locais sem a mínima higienização onde pessoas das 
mais diferentes enfermidades eram depositados para se resignar, muitas 
vezes eram excluídos ou separados. No século XVII esses locais passaram a 
ser transformados em verdadeiras casas de recuperação para doentes hoje 
chamadas de HOSPITAIS, onde os pobres doentes eram tratados visando a 
cura de doenças e a medicalização. Foi-se então se desenvolvendo técnicas 
cirúrgicas e introduzidas nesses locais, já com a visão de um centro 
cirúrgico primitivo, pois já se tinha um melhor domínio a anatomia, 
fisiologia e mecânica. No século XIX surge a enfermagem moderna, como 
protagonista a jovem Florence Nightingale, modificando o ambiente 
terapêutico com seus métodos inovadores, e reorganização dos enfermos 
em alas, leitos e outros, tirando-os daquela situação de amontoados e 
melhorando as condições de prevenção de controle de Infecção. Ignaz 
Semmelweis (1847), juntamente com Florence encabeçou essa mudança 
implantando técnicas e prevenção como a lavagem de mãos, até hoje usada 
como a primeira ação feita pelo profissional ao se deparar com um 
ambiente ou paciente em risco de IRAS, no século XIX uma figura ganha 
alma, o francês Louis Pasteur contribuiu dentre varias de suas teorias, uma 
delas a quebra da teoria da Abiogene, que defendia a geração da vida era 
dada pela geração da matéria bruta, essa teoria era defendida por pessoas 
importantíssimas como por exemplo Aristóteles e Isaac Newton. O 
experimento consistia no seguinte: 
1. Pasteur pegou um caldo nutritivo e colocou em um recipiente e levou 
a fervura, curvou o pescoço do recipiente para que o mesmo não 
ficasse em contato direto com o ar. 
2. O liquido ficou em fervura por varias horas até que se tornou estéril, 
logo não se notou qualquer proliferação microbiana no mesmo. 
3. Pasteur então quebrou o pescoço do recipiente colocando-o em 
contato direto com o ar, que por sua vez é cheio de microrganismos, 
o resultado foi inevitavelmente este, logo começaram a crescer 
microrganismos no caldo nutritivo 
 
Ao quebrar o pescoço do recipiente Louis Pasteur não só provou que um ser 
vivo não pode nascer do nada e precisa de uma origem viva, más também 
quebrou a teoria da Abiogênese, que afirmava que a vida vinha de matéria 
bruta. Pasteur também deixou contras contribuições para a microbiologia 
como por exemplo a pasteurização. Ai que entra Joseph Lister que fazia 
com que cirurgiões e médicos se lavagem com uma solução de fenol e 
aplicava pomadas de ácido fênico nas feridas para reduzir a proliferação 
microbiologia, essas foram as primeiras técnicas de Joseph para assepsia. 
 
A Penicilina 
 
A descoberta da penicilina se deu de forma acidental, pelo médico e 
bacteriologista escocês Alexander Fleming, em 1928. Pesquisando 
substâncias capazes de combater bactérias em feridas, esqueceu seu 
material de estudo sobre a mesa enquanto saía de férias. Ao retornar, 
observou que suas culturas deStaphylococcus aureus estavam 
contaminadas por mofo e que, nos locais onde havia o fungo, existiam halos 
transparentes em torno deles, indicando que este poderia conter alguma 
substância bactericida. 
 
Ao estudar as propriedades deste bolor, identificado como pertencente ao 
gênero Penicillium, Fleming percebeu que ele fornecia uma substância capaz 
de eliminar diversas bactérias, como as estafilococos: responsáveis pela 
manifestação de diversas doenças, tanto comuns quanto mais graves. A 
substância recebeu o nome de “penicilina”. 
 
Tal achado, comprovadamente inofensível para as células animais, foi 
isolado, concentrado e purificado em laboratório alguns anos depois, por 
Howard Florey e Ernst Chain. Na época da Segunda Guerra Mundial, esta 
substância foi produzida em larga escala, por fermentação, salvando 
milhares de vidas. 
 
Linha do Tempo 
 
Nos anos 70 surge então o importante órgão de controle de infecção e de 
referencia o CDC e o Sistema de vigilância americano o NNIS. E o trabalho 
de prevenção e controle de IRAS em quatro temas sendo eles: 
 Paciente 
 Microrganismo 
 Meio ambiente 
 Administração 
 
Nos anos 90, surge então o desenvolvimento de sistemas de prevenção e 
controle de IRAS ( EUA/Europa) 
 ECDC – Helics (Integração do ambiente Europeu). 
 KISS – Sistema Alemão 
 PREZIES – Sistema Holandês 
 Rede NHSN – Estados Unidos 
 
No ano 2000 é fundada a Aliança mundial para a segurança do paciente que 
tinha como meta primaria o IRAS como desafio global (2005 – 2006). E na 
ultima década foram surgindo programas de melhoramento da qualidade e 
segurança no serviço de saúde certificados, selos etc. 
 
 
O controle de prevenção de IRAS no Brasil 
 
 
Vamos iniciar nossa linha do tempo partindo o século XX com as Praticas 
Sanitaristas como estratégia de campanha. 
Nos anos 60 – 70 com a expansão das cidades, industrias e da 
economia acontece com a vinda de rurais para as cidades um aumento na 
demanda do serviço de saúde, e consequentemente um aumento das 
instituições hospitalares. Surge então diante disso as primeiras Comissões 
de Controle de Infecção no ano de 1963 no Hospital Hernesto Dornelles 
(RS), surge a primeira CCIH, e em 1967 o NPS obriga todos oshospitais a 
constituírem uma CCIH. 
Nos anos 80 aconteceram o que chamamos de “década perdida”, sem 
a manutenção adequada, equipamentos e instalações do serviço de saúde 
foram sucateados, houve também um descontrole no uso de medicamentos 
e a ausência de formulação de novas legislações. Então em 1983 surge 
como primeira ação efetiva no controle de infecção a Portaria 196 (criação 
da CCIH), e consequentemente em 1988 a Portaria 232 do Ministério da 
Saúde. E o programa nacional de controle de IH. O assunto foi intensificado 
após a morte do Presidente Tancredo Neves, como medidas foram feitos 
estudos, treinamentos, campanhas e informação populacional. No final dos 
anos 80 e começo dos anos noventa surgem a Constituição Federal em 
1988 e Sistema único de saúde (SUS). 
No inicio dos anos 90 houve problemas na efetivação do controle e 
prevenção de IRAS, surge então a Portaria 930/92 que estabelece normas 
de CCIH. Em 1997/98 surgem como reforço a lei 9341 e portaria 2616 com 
a criação do PCIH e recomendação para sua operacionalização. Logo após 
em 1991 surge a portaria 1241 com ações de controle e prevenção pela 
ANVISA. E o RDC 48 também da ANVISA que visa fiscalizar o PCIH seguindo 
o roteiro definido por esta resolução. 
 
Controle e prevenção de IRAS em São Paulo 
 
Nossa revisão começa no ano de 1985 com a criação do Centro de 
Vigilância Epidemiológica (CVE) criado pela Secretaria de Saúde do Estado 
de São Paulo, que tinha como meta coordenar, normatizar e supervisionar 
ações de vigilância epidemiológicas. Um tempo depois no ano 2000 surge a 
resolução SS-152 de 14 de Novembro de 2000, que institui o Comitê de IH 
no estado. E recentemente no ano de 2014 no mês de Abril a implantação 
do Sistema de Vigilância para IH. Que tinha como meta, a divulgação anual 
de dados obtidos e planilhas de notificação pelos hospitais. Então em 2013 
surge o Manual de orientação e critérios diagnósticos. Que abrangia 
hospitais em geral e hospitais de longa permanência e psiquiatricos. 
 
 
 
 
 
 
 
4. Aula 4 – Vigilância e IRAS 
 
 
Vamos começar a revisão dessa aula conceituando as normas legislativas 
relativas ao controle de infecção (IRAS) 
 Lei 9431 - Art. 1º Os hospitais do País são obrigados a 
manter Programa de Controle de Infecções Hospitalares - 
PCIH. 
 Portaria 2616 – Operacionaliza o Programa de Controle de 
Infecções Hospitalares. 
Lei 9431 e Portaria 2616 – Aspectos gerais 
O Programa de Controle de Infecção Hospitalares (PCIH) é um conjunto de 
ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução 
máxima possível da incidência e da gravidade das IRAS. Os hospitais 
deverão constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Os 
membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores. Os 
membros consultores serão representantes, dos 
seguintes serviços: serviço médico, serviço de enfermagem, 
serviço de farmácia, laboratório de microbiologia, administração. 
 
PCIH – Programa de Controle de Infecção Hospitalar 
Deve incluir no mínimo as seguintes atividades: 
 Vigilância Epidemiológica; 
 Normas para uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais 
médicos hospitalares; 
Processos para a prevenção de transmissão demicrorganismos; 
 Normas e rotinas técnico operacionais; 
 Padronização das medidas de prevenção e controle de infecções; 
 Treinamento dos profissionais de saúde em relação à prevenção e ao 
controle de IRAS 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) 
 
 Elaborar e aprovar regimento interno; 
 Adequar e supervisionar as normas e rotinas técnicas e operacionais; 
 Cooperar com o treinamento e a educação continuada dos 
profissionais de saúde; 
 Elaborar e supervisionar a implantação de medidas para a prevenção 
de transmissão de microrganismos. 
 Criar um programa de prevenção e assistência aos funcionários que 
sofrem acidentes com material contaminado com sangue ou 
secreções; 
 Comunicar doenças de notificação compulsória; 
 Auxiliar os programas de vigilância de agravos à saúde como 
farmacovigilância, tecnovigilância e hemovigilância; 
 Notificar surtos diagnosticados ou suspeitos de infecções. 
 
Serviços de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) 
 
Os membros executores da CCIH representam o Serviço de Controle de 
Infecção hospitalar e, portanto, são encarregados da execução programada 
de controle de IRAS. Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) 
técnicos de nível superior da área de saúde para 
cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária 
diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para 
os demais profissionais. Um dos membros executores deve ser, 
preferencialmente, um enfermeiro. 
 
Estrutura Organizacional do Controle e prevenção de IRAS 
 
 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: Diagnostico continuo da 
ocorrência de IRAS e infecções ocupacionais. 
 PREVENÇÃO DE IRAS: Reduzir as ocorrências de IRAS 
 PREVENÇÃO IOS: Reduzir a ocorrência de infecções ocupacionais 
 PREVENÇÔES NAS UNIDADES DE ASSISTENCIA: Otimizar as 
tarefas associadas a prevenção de IRAS e infecções ocupacionais. 
 RACIONALIZAÇÃO ANTIMICROBIANOS: Otimizar o uso de 
antimicrobianos para melhorar o cuidado do paciente e minimizar a 
resistência microbiana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE IRAS 
 
Vigilância Epidemiológica 
 
 
Conceito: “um conjunto de ações direcionadas para o conhecimento, a 
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou 
agravos”. 
 
 
Vigilância Epidemiológica de IRAS 
 
Conceito: Vigilância Epidemiológica das IRAS é a observação ativa, 
sistemática e contínua de sua ocorrência e de sua distribuição entre 
pacientes, hospitalizados ou não, e dos eventos e condições que afetam o 
risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportuna das ações 
de prevenção e controle.(Portaria 2616) 
 
 
Funções da Vigilância Epidemiológica de Iras 
 
 Obter taxas que permitem conhecer a realidade epidemiológica e a 
determinação de parâmetros aceitáveis; 
 Identificar surtos antes de uma propagação mais prejudicial; 
 Avaliar a eficácia e a efetividade das medidas de prevenção 
aplicadas; 
 Determinar áreas, situações e serviços que merecem atuação 
especial da CCIH; 
 Avaliar fatores que possam estar associados ao aumento ou 
diminuição da ocorrência do evento estudado; 
 Divulgação de informações pertinentes. 
 
 
ASPECTOS DA VIGILÂNCIA DE IRAS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE 
Tipos de Vigilância e Métodos de Coleta 
 
 
 
Principais funções de Vigilância Epidemiológica nos Serviços de Saúde 
 Definição das infecções relacionadas à assistência à saúde; 
 Coleta de dados; 
 Consolidação e tabulação dos dados deforma inteligível; 
 Análise e interpretação dos dados; 
 Disseminação e uso dos dados – Prevenção das infecções 
 Padronização de terapia empírica – Análise das medidas 
implementadas. 
 Estimar a incidência de infecções relacionadas à assistência à 
saúde; 
 Identificar tendências na epidemiologia das IRAS; 
 Permitir a comparação de dados entre instituições; 
 Estudar um método de coleta de dados eficaz e eficiente. 
 
 
Tipos de Vigilância Epidemiológica 
 
Vigilância Global - As taxas obtidas não levam em consideração a 
gravidade dos pacientes e nem a complexidade dos procedimentos 
invasivos realizados. A mesma taxa possui significados diferentes em dois 
hospitais distintos. (Não é mais sistematicamente recomendada) 
Vigilância por Setores - realizada em serviços ou especialidades naqual as IRAS tem grande importância – seja na frequência com que 
ocorre, seja na gravidade particular das suas consequências. As áreas mais 
importantes neste aspecto são: 
 Berçários; 
 Unidades de terapia intensiva (UTI) tanto de adultos como 
pediátricas; 
 Unidades de cuidados de pacientes imunodeprimidos; 
 Unidades de diálise. 
 
Vigilância por Objetivos - visa abordar situações de risco específicas, 
independentemente do serviço ou especialidade nos quais ocorrem. Dois 
exemplos podem ser citados: 
 A vigilância da infecção de sítio cirúrgico; 
 A vigilância das infecções relacionadas a acesso vascular central e 
outros procedimentos invasivos. 
 
 
Métodos de Busca 
 
1. Busca Passiva 
 Preenchimento de fichas por médicos ou enfermeiros das unidades. 
 Taxas muito baixas de subnotificação. 
 
2. Busca Ativa 
 Detecção precoce de IRAS. 
 Maior interação com a equipe assistencial. 
 Revisão e discussão e casos suspeitos com a equipe multifuncional, 
analise de registros de SSVV e outras anotações feitas pelos 
profissionais da unidade de saúde, etc... 
 
Indicadores recomendados pela ANVISA 
 
 Infecção de sítio cirúrgico (ISC); 
 Infecção do trato urinário (ITU); 
 Associadas a cateter vesical de demora 
 Infecção do trato respiratório – pneumonias (PNM); 
 Associadas a ventilação mecânica 
 Infecção da corrente sanguínea (ICS); 
 Associadas ao uso de cateter venoso central 
 Infecções em neonatologia; 
 Resistência Microbiana. 
 
 
Validade da Vigilância epidemiológica 
 
 Coleta de Dados uniforme e contínua; 
 Análise constante dos dados; 
 Resultados divulgados; 
 Formação e orientação de medidas de controle; 
 
Para isso é necessário: Critérios padronizados e fundamentados em 
evidências científicas. 
 
 
 
 
5. Aula 5 – Funções do Enfermeiro no Controle e 
Prevenção de IRAS e Aspectos da Atuação da 
CCIH 
 
Dimensões 
 
ADMINISTRATIVA - o enfermeiro realiza o planejamento, a organização, a 
direção e o controle das atividades desenvolvidas nesta unidade. 
ASSISTENCIAL - No papel assistencial, elabora um plano de cuidados, 
utilizando metodologia científica para prestar assistência individualizada. 
ENSINO - Papel de ensino é relevante porque estimula o enfermeiro a 
buscar conhecimento para propiciar o aperfeiçoamento da equipe de 
enfermagem. 
PESQUISA - Como pesquisador, seja individualmente ou em equipe, 
poderá demonstrar a diferença que existe entre uma assistência que deriva 
da utilização de conhecimento científico comparada ao cuidado prestado, 
orientado para o cumprimento de tarefas, normas e rotinas. 
 
 
O enfermeiro na CCIH 
Inserção da Enfermagem com controle e prevenção de IRAS 
 
A ideia surge na década de 60 e foi regulamentada pela portaria 196 
no ano de 1983, com a preocupação em se conhecer os índices de IRAS, a 
principal responsabilidade era a implantação de ações de biossegurança, 
que corresponde a adoção de normas de procedimentos seguros e 
adequados a manutenção da saúde dos pacientes, dos profissionais e dos 
visitantes. Sendo assim o enfermeiro é de fato o profissional mais adequado 
e capacitado devido a sua função para lhe dar com esse tipo de situação. 
A adequação do ambiente foi um dos passos tomados, as medidas de 
saneamento básico e de organização e administração do sistema constituem 
mudanças importantes no âmbito de Educação em saúde as pessoas 
comunidade, doentes e visitantes, o treinamento de mão-de-obra da 
enfermagem bem como a educação continuada das ações protetoras do 
meio ambiente hospitalar fazem parte da função do enfermeiro. 
O planejamento e a programação de ações, estar atualizado através 
do conhecimento técnico e cientifico, e a forma de como se adequa 
mantendo o equilíbrio do ambiente de trabalho de lazer e outros são 
qualidades que o enfermeiro deve possuir. 
 
 
 
Funções e Métodos da Prevenção de IH 
 
 
Boas práticas assistenciais decorrem da integração de todos os setores e o 
controle de infecção vem assumindo um papel relevante de assessoria. Ele 
interage com a saúde ocupacional, em medidas de controle referentes a 
afastamentos de profissionais, imunizações e prevenção de patologias de 
aquisição hospitalar. Atua em conjunto com a comissão interna de 
prevenção de acidentes, principalmente na ênfase às precauções padrão; 
nas comissões de revisão de prontuários e óbitos, pois fornecem subsídios 
para detecção de casos de infecção hospitalar e seus fatores de risco. Atua 
na padronização de materiais e insumos, procurando racionalizar custo/ 
benefício das medidas de controle das infecções em relação às tecnologias 
oferecidas; farmácia e medicamentos com padronização de 
antimicrobianos; auxilia comissões de controle de qualidade, por meio de 
seus indicadores epidemiológicos. A responsabilidade de prevenir e 
controlar a IRAS são individuais e coletivos. É resultado de um trabalho de 
equipe. Todas as formas possíveis para mudar comportamento dentro de 
qualquer organização requerem a escolha de estratégia educacional 
conjugada a um programa com objetivos bem definidos. 
O controle de IRAS constitui um dos parâmetros para garantir a qualidade 
do cuidado prestado. Na elaboração de programas com este objetivo, além 
da organização hospitalar, devemos examinar as características e 
finalidades do hospital, tipo de gerenciamento, assistência e clientela, bem 
como, os aspectos relacionados à infra-estrutura. Especialmente no 
momento em que as políticas públicas de implantação do SUS e a mudança 
do modelo assistencial estão ocorrendo, a formação e a educação 
continuada representam os esforços que alavancarão o controle de infecção, 
na sua interdisciplinaridade e intersetorialidade. 
 
 
Aspectos da Atuação da CCIH 
 
Iniciaremos com a pergunta “Porque uma CCIH é importante?”. 
Na década de 70 foi realizado um estudo que comprovou que em hospitais 
com CCIH houve redução de 32% nos casos de IRAS, já nos que não 
possuíam o programa a redução era de 18%. É evidente que é preciso 
existir um programa que visa principalmente a prevenção e os cuidados 
para prevenção e profilaxia de IRAS. 
Para isso funcionar de maneira integra e correta é preciso que o programa 
tenha: 
 Apoio técnico da administração: o presidente deve fazer parte do 
conselho diretivo da instituição. 
 Estatísticas: o programa deve-se nortear baseando em dados 
epidemiológicos e no estimulo ao trabalho em equipe. 
 Mão-de-obra qualificada: com um grupo de pessoas com 
conhecimento, habilidades e apoio recíproco, estes devem conseguir 
resolver problemas de alta complexidade e crônicos, agindo em 
conjunto. 
 
 
As principais atribuições da CCIH são: 
 
 Atualizar-se teoricamente sobre as IH, sendo o respaldo científico-
legal de toda a comunidade hospitalar. 
 Avaliar todos os cuidados prestados direta ou indiretamente ao 
paciente a fim de se identificar problemas e apontar soluções 
 Medir o risco de aquisição de infecção relacionada à assistência a 
saúde, avaliando prioridades para seu controle 
 Auxiliar a comunidade hospitalar na aplicação de recursos técnicos e 
 financeiros 
 Verificar a necessidade de programas educativos e colaborar na sua 
execução 
 Intermediar as relações do hospital com as autoridades sanitárias 
 
 
DEFINIÇÕES 
CCIH: grupo de profissionais da área da saúde, nível superior, formalmente 
designado para planejar, elaborar, implementar, manter e avaliar o PCIH, 
adequado às características e necessidades da unidade hospitalar, 
constituída de membros. 
 
PCIH: conjunto de ações desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, 
para a máxima redução possível de incidência e da gravidade das infecções 
hospitalares. 
 
Objetivos da PCIH 
1. Protegero Paciente 
2. Proteger os profissionais de saúde, visitantes e outras pessoas. 
3. Cumprir os itens 1 e 2 com custo beneficio sempre que possível. 
 
O profissional deve ser atualizado, ter bom relacionamento interpessoal, 
capaz de selecionar prioridades e pró-ativo. Essas são características do 
profissional de PCIH. 
 
PCIH IMPRESCINDIVEL 
 
Para se formar uma PCIH é imprescindível ter a CCIH formada, o projeto de 
PCIH elaborado, a CCIH precisa elaborar relatórios e regulamentos 
contendo dados informativos que indiquem a necessidade do controle de IH 
(os mais recentes). Devem existir normas e rotinas, visando limitar a 
disseminação de microrganismos de doenças infecto-contagiosas em curso 
no hospital, por meio de medidas de precaução e isolamento. Todos os 
setores do hospital devem dispor de lavatórios com agua corrente, sabão e 
antisséptico bem como papel toalha, para lavagem de mãos dos 
profissionais. 
Na ausência do núcleo epidemiológico a CCIH deve notificar os órgãos de 
gestão do SUS casos diagnosticados ou suspeitos de notificação 
compulsória. A CCIH deve contar com membros executores. Deve também 
existir EPI’s para a proteção dos profissionais de saúde para a realização de 
procedimentos críticos. Utilização do coletor de urina fechado com válvula 
antirreflexo. Possuir um laboratório de microbiologia. 
 
PCIH NECESSARIO 
A CCIH estabelecer um programa de treinamento de serviços de limpeza, 
divulgar relatórios entre o corpo clinico do hospital, comunicar 
periodicamente a Direção e a Comissão Estadual/Distrital a situação do CIH. 
O hospital deve dispor de mecanismos para a detecção de casos de IH pós 
alta, Ambulatório de egressos, telegrama e busca telefônica. Deve também 
existir uma politica de utilização de antimicrobianos definida em cooperação 
com a Comissão de Farmácia e Terapêutica. 
Existir rotina de limpeza da caixa de agua que abastece o hospital, 
programa de imunização ativa de profissionais em atividade de risco, 
programa de avaliação e priorização com base nestes indicadores. 
Os membros da CCIH devem realizar periodicamente analises do Sistema 
de Vigilância Epidemiológica, que permite a identificação de surto em 
tempo hábil para medidas de controle. 
 
 
 
 
6. Aula 6 – MEDIDAS DE BARREIRAS NA PREVENÇÃO DE 
IRAS 
 
 
Constituição Federal de 1988 – Art. 196: A saúde é um direito de todos 
e dever do Estado, garantido mediante politicas sociais e econômicas que 
visem a redução do risco de doenças e outro agravos, e ao acesso 
universal e igualitário as ações e serviços para sua promoção proteção e 
recuperação. 
 
Lei 8080 Lei Orgânica da Saúde – Art. 2º: A saúde é um direito 
fundamental do ser humano, devendo o estado prover os meios necessários 
para o seu pleno exercício. 
§1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na reformulação 
e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de 
riscos de doenças e de outros agravos no estabelecimento de condições 
que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a 
sua promoção, proteção e recuperação. 
 §2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das 
empresas e da sociedade. 
 
 
 
Portaria 2616 
 
 Art. 2º As ações mínimas necessárias, a serem desenvolvidas, 
deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível 
da incidência e da gravidade das infecções dos hospitais, compõem o 
Programa de Controle de Infecções Hospitalares. 
 
Resolução DC 50 ANVISA 
 
Art. 1º - Aprovar o Regulamento Técnico destinado ao planejamento, 
programação, elaboração, avaliação e aprovação de projetos físicos 
de estabelecimentos assistenciais de saúde, em anexo a esta 
Resolução a ser observado em todo território nacional, na área pública e 
privada compreendendo: 
a) as construções novas de estabelecimentos assistenciais de saúde 
de todo o país; 
b) as áreas a serem ampliadas de estabelecimentos assistenciais de 
saúde já existentes; 
c) as reformas de estabelecimentos assistenciais de saúde já 
existentes e os anteriormente não destinados a estabelecimentos de 
saúde. 
 
 
 
NR 32 – Segurança e saúde no trabalho 
 
Estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de 
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de 
saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e 
assistência à saúde em geral. 
 
 
ISOLAMENTO E PRECAUÇÕES 
 
Prevenir a transmissão de microorganismos, inclusive quando a fonte é 
desconhecida. 
 Necessidade de instituir e manter medidas de controle durante o 
período de transmissibilidade para cada doença em particular. 
 Facilitar o planejamento de ações e controle de IRAS. 
 Isolamento: “segregação de pessoas infectadas durante o período de 
transmissibilidade da doença sob condições que permitam evitar a 
transmissão direta ou indireta do agente infeccioso” 
 Precauções: “Conjunto de medidas e recomendações que visam 
evitar ou diminuir a transmissão direta ou indireta de doenças 
infectocontagiosas ou microrganismos de importância epidemiológica 
entre pacientes, profissionais de saúde ou visitantes dentro dos 
serviços de saúde.” 
 
 
 
 
 
PONTOS IMPORTANTES 
 
 Modos de transmissão de patógenos; 
 Por que isolar e quem deve saber que o paciente está isolado? 
 Momento de contato desprotegido; 
 Comprovação da transmissão; 
 Recomendações. 
 
3 FATORES ENVOLIDOS 
 
1. FONTE - paciente, profissionais, artigos, visitantes; 
2. HOSPEDEIRO SUSCEPTÍVEL - paciente, profissionais, visitantes; 
3. VIA DE TRANSMISSÃO - contato, aérea, veículo comum, vetor. 
 TRANSMISSÃO DIRETA - contato direto do organismo doente com o 
organismo sadio, pode ser imediata (contato físico) ou mediata (sem 
contato físico); 
 TRANSMISSÃO INDIRETA - por meio de veículos animados ou 
inanimados; 
 
PRECAUÇÕES PADRÃO - Conjunto de medidas utilizadas para diminuir 
os riscos de transmissão de microorganismos nos serviços de saúde; 
Essas medidas são aplicadas a todos os pacientes independentemente, de 
suspeita ou estado infeccioso confirmado, em qualquer local onde sejam 
prestados cuidados à saúde ; 
 
Objetivo: diminuir a transmissão de microorganismos. Aplicadas ao se 
antecipar o contato com: 
 Sangue, 
 Fluidos corpóreos, 
 Secreções e excreções, 
 Pele não integra e 
 Membrana mucosa. 
 
Os EPI serão utilizados de acordo com a natureza da exposição. 
 Higienização das mãos uso de EPI: luvas, aventais, máscara, 
proteção ocular. 
 Práticas seguras de injeção 
 Etiqueta ao tossir 
 Manejo de equipamentos ou itens usados na assistência ao paciente 
 
AERSOIS X GOTICULA 
 
 Aerossóis: <5 Micra. Atinge outros quartos, ficam suspensas por 
horas no ambiente, a máscara é o melhor equipamento de proteção 
para o paciente, 
 
 Gotículas: >5 Micra. Atinge poucos metros, ficam apenas segundos 
suspensos no ambiente, usar mascara comuns para paciente e eficaz, 
contactantes usar mascara também é eficiente. 
 
 
 
Precauções para gotículas 
 
 Higienização das mão 
 Mascara cirúrgica (profissional) 
 Mascara comum ( paciente quando no transporte) 
 Quarto privativo. 
 
Informações: Indicado para pacientes com meningite bacteriana, 
coqueluche, difteria, influenza, rubéola e etc. 
Quando não houver disponível um quarto privativo o paciente poderá ser 
internado com outros infectados pelo mesmo microrganismo. A distancia 
mínima entre os leitos deve ser de 1 metro. 
O transporte deve ser evitado e quando for feito deve usar mascara. 
 
Precauções para Aerossóis 
 
 Higienização das mãos 
 Máscara PFF2 (N-95) (profissional) 
 Mascara cirúrgica (paciente durante o transporte) 
 Quarto privativo 
 
Informações:Higiene as mãos antes de entrar no ambiente, mantenha a 
porta do quarto fechada e coloque a mascara N95 antes de entrar no 
quarto, quando não houver quarto disponível o paciente pode ser internado 
com outros infectados respeitando a regra de 1 metro de distancia de leio 
para leito, e o paciente quando for transportado deve usar mascara. 
 
Ambiente Protetor 
 
Destinado a pacientes com alto risco (TMO halogênicos) com o objetivo de 
impedir a aquisição de esporos fungicos no ambiente. 
 
 
 
 
7. Aula 7 – INFECÇÃO DO TRATO URINARIO 
 
Cistite 
Infecção bacteriana aguda da bexiga; 
 Causa mais comum de ITU; 
 Sintomas muito intensos; 
 Rápida evolução 
 
Pielonefrite 
Invasão microbiana do parênquima e pelve renal levando a sintomatologia 
característica; 
 200.000 hospitalizações/ano nos EUA; 
 Mortalidade de 10 a 20%/internados; 
 Incidência 5 Mulheres:1 Homem; 
 1 a 2% das gestantes; 
 
 
SONDA VESICAL DE DEMORA (SDV) 
 
EXTRALUMINAL: Contaminação durante a introdução da sonda vesical. É 
um tralma ou excarificação da uretra por pressão do meato, a entrada de 
microrganismo entre o cateter e o meato uretral. 
É preciso checar: o calibre da sonda, se a mesma é estéril, a lubrificação da 
uretra, a técnica asséptica correta, a forma de introdução do cateter, 
insulflar o balotene, observar a real fixação da sonda, a limpeza da uretra. 
 
Medidas de prevenção de IRAS 
 
 Seleção do Paciente: 
 Evitar cateterização sempre que possível 
 Retirar o cateter assim que possível 
 
Profissional de saúde 
 Treinamento inicial da técnica 
 Treinamento periódico 
 
Seleção do cateter 
 Menor calibre, más que promova bom funcionamento. 
 Se a cateterização for longa, considere o uso de cateter de silicone 
 Utilizar balão com volume inferior a 5ml 
 
 
Sistema de Drenagem 
 Utilizar sistema fechado e estéril com válvula anti-refluxo 
 Não utilizar desinfetante ou antimicrobianos na bolsa 
 
Técnicas de sondagem 
 Higienização da região perianal com agua e sabão 
 Utilizar antisséptico tópico, luva estéril, campos estéreis, gel 
lubrificante estéril e de uso único. 
 
Conexão do cateter para o Sistema de Drenagem 
 Técnica asséptica 
 O Sistema deve estar conectado antes da introdução da sonda 
 
Fixação do Cateter 
Troca a cada 24 horas, prevenindo a formação de lesões uretrais 
Alternar o posicionamento da sonda vesical 
 HOMEM – suprapúbica, inguinal e hipogástrica 
 MULHER – face interna da coxa 
Higienização das mão. 
 
Posição da Bolsa coletora 
 Manter abaixo do nível da bexiga 
 Não pode estar em contato com o chão, parede ou outras superfícies 
 Evitar a formação de alças no tubo de drenagem 
Cuidados com o Meato urinário e região perianal 
Realizar higiene 3 vezes ao dia 
 
Coleta de Urina para exames 
 Coletar do próprio tubo coletor do sistema de drenagem 
 Desinfetar o local de punção com Alchool 70% 
 Utilizar agulha fina e seringa estéril 
 
Esvaziamento da bolsa coletora 
 Deve ser esvaziada sempre quando cheia em 2/3 ou a cada plantão. 
 Utilizar recipiente individualizado, não sendo recomendado o 
esvaziamento simultâneo de vários pacientes num mesmo recipiente 
 Não permita o contato do tubo de saída com o recipiente 
 
Quando trocar o cateter? 
 Obstrução do cateter ou do tubo coletor 
 Suspeita ou evidencia de incrustações na superfície interna do cateter 
 Violação ou contaminação do cateter 
 Mau funcionamento do cateter 
 Urina com aspecto purulento 
 Febre sem outra causa reconhecida 
 
Exemplos de uso inadequado de SDV 
 Pacientes com incontinência urinaria 
 Obtenção de amostra de urina para cultura 
 Pós operatório 
 
 
FIM NP1 
 
 
QUESTOES 
 
EXERCICIOS COMPLEMENTARES 
1. Classifique os eventos abaixo como Infecção Comunitária (IC) ou 
Infecção relacionada à Assistência à Saúde (IRAS): 
Menino com 10 anos internado por pneumonia bacteriana (mais tarde de 
etiologia estabelecida como estafilocócica) e desidratação, apresentou 
septicemia causada por este mesmo agente no 5º dia de internação. 
RESPOSTA: (IC) - A septicemia secundária é considerada extensão do foco 
primário, não sendo considerada hospitalar, exceto se a topografia original 
for o próprio acesso vascular ou se algum procedimento hospitalar puder 
ser correlacionado com a expansão do processo infeccioso. 
Paciente adulto, 30 anos, referido por pequeno hospital do interior do 
estado, deu ingresso no hospital regional com supuração de ferida cirúrgica 
de hernioplastia realizada quinze dias antes. No hospital de origem, foi 
isolado um estafilococo como agente causal. 
RESPOSTA: (IRAS) - Quando, no mesmo local em que foi diagnosticada a 
infecção ao ingresso do paciente no hospital, for isolado um germe 
diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o 
caso deverá ser considerado como IRAS, tratando-se de superinfecção. 
Entretanto, este caso é bastante complexo para o discernimento quanto à 
origem do processo infeccioso. A correlação de uma infecção a um 
procedimento invasivo depende da natureza do mesmo, sendo 
frequentemente determinado um prazo de até 48 horas da sua retirada. 
Porém, para a sondagem vesical, espera-se até sete dias e para a cirurgia, 
trinta dias e no caso do uso de próteses artificiais, o prazo estende-se para 
um ano. Além disso, habitualmente a infecção do sítio cirúrgico é 
polimicrobiana. Neste caso, efetivamente não podemos afastar com 
segurança, que este novo agente já tivesse presente à admissão, tendo 
contaminado no próprio ato operatório, realizado em outra instituição. 
Um recém nascido de parto normal, cuja bolsa rompeu espontaneamente 
no início do trabalho de parto, apresenta nas primeiras vinte e quatro horas 
de vida sinais de septicemia, sendo identificado estreptococo do grupo B na 
hemocultura. 
RESPOSTA: (IRAS) - Para a análise da possível origem das infecções em 
recém-nascidos, inicialmente identificamos se é transplacentária (congênita) 
ou perinatal. No primeiro grupo todas são classificadas como comunitárias. 
Já as perinatais são hospitalares, exceto se forem associadas à bolsa rota 
por tempo superior a 24 horas. Neste caso, a bolsa rompeu durante o 
trabalho de parto e a infecção possivelmente foi devido à contaminação 
durante a passagem do recém nascido pelo canal do parto. 
Paciente submetido a gastrectomia, tendo alta no quinto pós-operatório. 
Após 10 dias, apresenta exsudato purulento na incisão cirúrgica, sendo 
reinternado para drenagem de abcesso subcutâneo. 
RESPOSTA: (IRAS) - Segue a mesma linha de raciocínio do ítem do 
segundo enunciado, a correlação de uma infecção a um procedimento 
invasivo depende da natureza do mesmo, espera-se para uma cirurgia até 
trinta dias e no caso do uso de próteses artificiais, o prazo estende-se para 
um ano, habitualmente a infecção do sítio cirúrgico é polimicrobiana. 
2. Como é de conhecimento do profissional de saúde, a lavagem das mãos 
é, isoladamente, uma das ações mais importantes para a prevenção e 
controle das IRAS. Julgue os itens a seguir, colocando V ou F. 
 
a) ( F ) a lavagem das mãos deve ser feita somente após a higiene 
pessoal (assoar o nariz e usar sanitários). 
b) ( V ) a lavagem das mãos deve ser feita antes e após do preparo de 
medicação. 
c) ( F ) o uso das luvas dispensa a lavagem das mãos após a realização 
de procedimentos. 
d) ( F ) o uso das luvas dispensa de maneira geral a lavagem das mãos. 
e) ( V ) a lavagem das mãos deve ser feita antes e após a realização de 
cuidados ou exames em cada paciente. 
3. Em relação à busca ativa, assinale a INCORRETA. 
a) O serviço de controle de infecção vai à unidade para leitura dos 
prontuários e discussão com aequipe para diagnóstico das IRAS. 
b) Informações verbais da equipe médica e de enfermagem, e visita aos 
pacientes com inspeção direta da infecção, são utilizados como fontes de 
dados na busca ativa, de prontuários médicos. 
c) Nas unidades de risco, a visita diária é mais indicada. 
d) Na busca ativa temos menor risco de subnotificação do que na passiva 
e) Neste tipo de coleta, apenas a atuação da enfermeira da unidade 
de internação é suficiente para notificar o caso. 
4. Vigilância Epidemiológica das IRAS é a observação ativa, sistemática e 
contínua de sua ocorrência e de sua distribuição entre pacientes, 
hospitalizados ou não, e dos eventos e condições que afetam o risco de sua 
ocorrência, com vistas à execução oportuna das ações de prevenção e 
controle. Cite três finalidades da vigilância epidemiológica de IRAS 
explicando-as. 
 
A finalidade da vigilância epidemiológica de IRAS é obter taxas que 
permitem conhecer a realidade epidemiológica e a determinação de 
parâmetros aceitáveis; 
 Identificar surtos antes de uma propagação mais prejudicial; 
 Avaliar a eficácia e a efetividade das medidas de prevenção 
aplicadas; 
 Determinar áreas, situações e serviços que merecem atuação 
especial da CCIH; 
 Avaliar fatores que possam estar associados ao aumento ou 
diminuição da ocorrência do evento estudado; 
 Divulgação de informações pertinentes. 
5. Uma criança de 8 anos dá entrada na unidade de emergência pediátrica 
com sinais e sintomas indicativos de meningite meningocócica, tais como 
febre alta, petéqueas, náuseas e vômitos e rigidez na nuca. Enquanto a 
equipe de enfermagem aguarda o resultado da punção lombar, a enfermeira 
da unidade deverá utilizar precauções padrão e isolamento do tipo: 
a) de contato; 
b) respiratório; 
c) sangüíneo; 
d) entérico; 
e) reverso. 
6. Sobre as precauções respiratórias, analise as afirmativas a seguir: 
I – Clientes com patologias transmitidas por gotículas deverão 
permanecer em quarto privativo durante o período de transmissão. 
II – O profissional cuidador de clientes portadores de patologias 
transmitidas por gotículas deverão utilizar máscaras do tipo 
cirúrgica. 
III – Tuberculose e sarampo são exemplos de patologias cuja a via de 
transmissão são as gotículas. 
Assinale: 
a) apenas a afirmativa I está correta; 
b) apenas a afirmativa II está correta; 
c) apenas as afirmativas I e II estão corretas; 
d) apenas as afirmativas I e III estão corretas; 
e) apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
 
 
7. A higienização das mãos tem como finalidade a: 
a) Remoção de suor, pelos, células da derme e microbiota da hipoderme. 
b) Redução das infecções causadas pela transmissão de patógenos 
pertencentes à microbiota medular. 
c) Remoção de sujidade e redução da microbiota transitória. 
d) Proteção do paciente, evitando a transmissão da microbiota da 
hipoderme para outras partes do corpo. 
e) Proteção do paciente e do profissional no contato com materiais 
esterilizados. 
8. A maioria das IRAS tem origem endógena, devido ao desequilíbrio da 
relação que o homem estabelece com sua microbiota, que é favorecido pela 
patologia de base, utilização de procedimentos invasivos e a pressão 
seletiva em favor dos germes resistentes, exercida pelos antibióticos. 
Diferencie infecção endógena e exógena, citando exemplos. 
RESPOSTA: Infecção endógena: é um processo infeccioso decorrente da 
ação de microrganismos já existentes, naquela região ou tecido, de um 
paciente. Medidas terapêuticas que reduzem a resistência do indivíduo 
facilitam a multiplicação de bactéria em seu interior, por isso é muito 
importante, a anti-sepsia pré-cirúrgica. 
Infecção exógena: é aquela causada por microrganismos estranhos ao 
paciente. È importante, que barreiras sejam colocadas para impedir a 
transmissão desses microorganismos nos serviços de saúde, pois não basta 
somente que um determinado instrumento tenha sido esterilizado, é 
importante que em seu manuseio até o uso ele não se contamine. A 
infecção exógena significa um rompimento da cadeia asséptica, o que é 
muito grave, pois, dependendo da natureza dos microrganismos envolvidos, 
a infecção exógena pode ser fatal, como é o caso da AIDS, Hepatite B e C. 
9. Há pouco mais de 150 anos atrás, os hospitais eram considerados 
insalubres e ficavam restritos à inválidos e excluídos, em uma assistência 
mais humanitária que científica. As conseqüências práticas da microbiologia 
comprovando a etiologia microbiana das doenças infecciosas e 
principalmente o desenvolvimento do controle de infecção hospitalar, 
reflexo infelizmente tardio dos trabalhos pioneiros de Semmelweis e 
Florence Nightingale, foram fundamentais para a gênese do hospital 
moderno, finalmente considerado seguro para o exercício profissional de 
clínicos, cirurgiões, enfermeiros entre outros, podendo finalmente congregar 
esforços para a recuperação da saúde humana. Comente a contribuição de 
Florence e Semmelweis para o controle e prevenção das IRAS. 
RESPOSTA: Semmelweiss, médico húngaro, antes da era bacteriológica e 
do reconhecimento do microorganismo, havia estabelecido a necessidade de 
lavar as mãos, nascido em Buda, famoso por descobrir a prevenção da 
aquisição de infecção (febre puerperal) e, assim, introduzindo uma 
profilaxia antisséptica na prática médica, a “higienização das mãos”. 
Estudou na Universidade de Pest e doutorou-se pela Universidade de Viena 
(1844), foi indicado para assistente da clínica obstétrica de Viena e tornou-
se professor assistente na maternidade do Hospital Geral de Viena. 
Observando a elevada mortalidade de mães jovens depois do parto, 
observou que essa taxa era mais alta nas mulheres situadas na primeira 
seção da clínica (onde internos médicos realizavam o procedimento) do que 
nas da segunda (onde parteiras realizavam o procedimento), concluiu que à 
transmissão de infecções se dava por meio dos internos do hospital, que 
procediam diretamente dos laboratórios para as salas da maternidade, sem 
a lavagem das mãos. Determinou então rigorosas medidas de assepsia, 
principalmente a lavagem das mãos dos médicos com sabão antes do 
exame das parturientes. A queda sensível da taxa de mortalidade provocou 
o despeito do chefe da clínica, que o forçou a se afastar de Viena (1850) e 
foi para a Universidade de Pest, onde trabalhou como médico obstetra na 
maternidade da cidade, aplicou seus métodos com mesmo sucesso e 
tornou-se professor de obstetrícia. Embora não tenha descoberto as causas 
das infecções, como Pasteur, escreveu uma obra importante para a 
medicina da época, Die Ätiologie, der Begriff und die Prophylaxis des 
Kindbettfiebers (1861), postumamente reeditada sob o título Offene Briefe 
an Professoren der Geburtshilfe von Semmelweis (1899). Inconformado 
com a desconsideração de suas idéias em outros hospitais, terminou seus 
dias internado em um hospital para doentes mentais em Viena, onde 
morreu vítima de uma infecção hospitalar, justamente daquilo contra o qual 
ele tinha mais combatido em vida. 
Florence Nightingale, nos hospitais militares ingleses, em meados do século 
XIX, iniciou o desenvolvimento de uma preparação formal e sistemática 
para a aquisição de um conhecimento e de um trabalho de natureza distinta 
daqueles buscados pelos médicos no hospital reorganizado, cujos 
fundamentos originavam-se das ações da Medicina Social, quais sejam, 
permitir a manutenção do organismo em condições de não adoecer ou de se 
recuperar de doenças. Essa percepção da doença como um esforço para 
restaurar a saúde mostrou-se uma idéia fecunda, dando à enfermagem uma 
dimensão original - a de favorecer esse processo reparativo mediante o uso 
do “ar puro, da luz, do calor, da limpeza, do repouso e da dieta”.NIGHTINGALE apresentava uma abordagem epidemiológica das doenças 
infecciosas e das IRAS numa era pré bacteriológica, cujos fundamentos 
repercutem até hoje para o controle dessas infecções, mesmo que estas 
apresentem novas formas de manifestações. 
10. A proteção de pacientes e também dos profissionais de saúde que 
trabalham em unidades ambulatoriais é de fundamental importância, visto 
que todos estão constantemente expostos a riscos diversos. Contudo, faz-se 
necessário adotar medidas de biossegurança relacionadas diretamente com 
o atendimento do paciente. Nesse contexto, é correto afirmar: 
a) A higienização ou lavagem rigorosa das mãos, o uso de 
equipamentos de proteção individual (EPI) e cuidados no manuseio 
de material perfurocortante garantem a biossegurança. 
b) O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) garante a 
biossegurança. 
c) O uso de álcool glicerinado a 70% garante a biossegurança. 
d) A higienização rigorosa das mãos garante a biossegurança. 
e) O uso de luvas no manuseio de material perfurocortante garante a 
biossegurança. 
11. O cuidar em enfermagem não pode ser compreendido apenas como a 
realização de uma tarefa ou atividades relacionadas apenas ao assistir 
direto. O cuidado prestado pelo enfermeiro deve ser entendido numa visão 
ampla, numa “ótica multidimensional, abrangendo ações de natureza 
administrativa, educativa, investigativa e de assistência”. Isto vai exigir do 
enfermeiro não apenas competência técnica, mas também humana e 
política (Guimarães e Bastos, 2000). Com base nesta afirmação responda: 
a) Como deve ser desenvolvida as ações de controle e prevenção de 
infecção baseada nas dimensões do cuidar? 
RESPOSTA: As ações voltadas para o controle e prevenção de infecção 
devem ser planejadas com vistas a sua multidimensão, analisando a 
dimensão da pesquisa, com busca científica atualizada e legalizada; a 
dimensão administrativa, com recursos humanos e materiais disponíveis 
para sua execução; a dimensão educativa, com preparação da equipe de 
profissionais que irão executá-la ou mesmo orientação dos indivíduos que 
irão recebe-la; e a dimensão assistencial, que remete a execução da ação 
em si com a prática assistencial (procedimentos, orientações, etc). 
b) Cite uma ação de enfermagem relacionada ao controle e prevenção de 
infecção e aponte as dimensões do cuidar referentes a esta ação. 
Citar alguma ação de enfermagem e correlacionar com as quatro dimensões 
do cuidar. Exemplo: punção venosa periférica. 
RESPOSTA: 
DIMENSÃO INVESTIGATIVA/PESQUISA – conhecimento da técnica pautado 
em literatura científica atualizada, conhecer novas pesquisas e indicações 
legais da prática. 
DIMENSÃO ADMINISTRATIVA – providenciar e prever os materiais e 
recursos necessários a sua execução e que estejam dentro de um padrão de 
qualidade. 
DIMENSÃO EDUCATIVA – capacitar os profissionais que irão executar o 
procedimento, dentro de protocolos institucionais e orientar o individuo que 
sofrerá o procedimento. 
DIMENSÃO ASSISTENCIAL – a execução da técnica de punção venosa 
periférica em si, colocando em prática o procedimento, dentro do protocolo 
institucional. 
12. Correlacione respectivamente os artigos respiratórios em críticos, semi-
críticos ou não críticos, assinalando a alternativa de acordo a sequencia: 
I. CRÍTICOS 
II. SEMI-CRÍTICOS 
III. NÃO CRÍTICOS 
(I) circuitos respiratórios 
(I) tubos endotraqueais 
(III) oxímetros de pulso 
(II) inaladores 
(II) nebulizadores 
(II) umidificadores 
(III) termômetros axilares 
(I) traqueostomias 
13. Indique o tipo de máscara que deve ser usada no paciente, durante o 
seu transporte, considerando o diagnóstico de meningococcemia ainda nas 
primeiras doze horas de tratamento: 
a) máscara comum (tipo cirúrgica) 
b) máscara tipo pff2 (n95) 
c) duas máscaras: uma comum (tipo cirúrgica) e uma tipo n95 
d) máscara comum (tipo cirúrgica), somente se o paciente estiver tossindo 
e) não há necessidade de usar máscaras nestes casos. 
14. O fator de predisposição mais comum para infecções do trato urinário 
adquiridas no hospital é: 
a) Idade. 
b) Sondagem vesical. 
c) Procedimento cirúrgico. 
d) Utilização de antibióticos. 
e) Ser do sexo feminino. 
15. A Infecção do Trato Urinário (ITU) é responsável por 35 a 45% de todas 
as IRAS, sendo essa a causa mais comum destas infecções. Entre os 
pacientes que são hospitalizados, mais de 10% são expostos 
temporariamente à cateterização vesical de demora, o fator isolado mais 
importante que predispõe esses pacientes à infecção.Em unidade de terapia 
intensiva, também é expressivo o seu uso. (Stamm, Coutinho, 1999). 
Com base nesta afirmação responda: 
a) Quais são as duas modalidades principais de ocorrência de ITU? Defina 
estas ocorrências. 
RESPOSTA: Cistite - Infecção bacteriana aguda da bexiga, causa mais 
comum de ITU, sintomas muito intensos com rápida evolução; 
Pielonefrite - Invasão microbiana do parênquima e pelve renal levando a 
sintomatologia característica; 200.000 hospitalizações/ano nos EUA; 
Mortalidade de 10 a 20%/internados; 
b) Quais são as duas vias de aquisição de infecção pela Cateterização 
Vesical? Caracterize-as citando exemplos. 
RESPOSTA: EXTRALUMINAL: Contaminação durante a introdução da 
sonda vesical, trauma ou escarificação da uretra por pressão do meato, 
entrada de microrganismos através da junção entre o cateter e o meato 
uretral 
INTRALUMINAL: Desconexão do sistema, refluxo urinário, entrada de 
microrganismos entre as junções do sistema. 
c) Enquanto enfermeiro de uma unidade assistencial cabe a este profissional 
supervisionar e implantar medidas para controlar e prevenir o risco destas 
infecção em paciente submetidos a sondagem vesical de demora (SVD). 
Cite cinco medidas de controle e prevenção relacionadas a ITU por SVD. 
 Seleção do Paciente; 
 Evitar cateterização sempre que possível; 
 Retirar o cateter assim que possível; 
 Profissional da Saúde; 
 Treinamento inicial da técnica; 
 Treinamento periódico; 
 Seleção do Cateter; 
 Menor calibre, que promova bom funcionamento; 
 Considerar cateter de silicone quando se anteveja a cateterização por 
longo período; 
 Não existe um benefício claro para uso de cateter impregnado com 
antimicrobiano; 
 Utilizar balão de tamanho menor (5ml); 
 Sistema de Drenagem; 
 Utilizar sistema fechado e estéril com válvula anti-refluxo; 
 Não utilizar desinfetantes ou antimicrobianos na bolsa; 
 Técnica de Sondagem; 
 Higienização da região perineal com água e sabão; 
 Utilizar anti-séptico tópico (clorexidina aquosa), luva estéril, campos 
estéreis, gel lubrificante estéril e de uso único; 
 Conexão do cateter para o sistema de drenagem; 
 Técnica asséptica; 
 O sistema deve ser conectado antes da introdução da sonda; 
 Fixação do Cateter; 
 Troca a cada 24 horas, prevenindo formação de lesões uretrais; 
 Alternar posicionamento da sonda vesical; 
 Local – HOMEM suprapúbica, inguinal e hipogastrica; 
 MULHER face interna da coxa; 
 Higienização das mãos e uso de luvas de procedimento; 
 Necessária antes e após contato com o paciente, cateter, tubo ou 
bolsa coletora ou urina; 
 Posição da bolsa coletora; 
 Manter sempre abaixo do nível da bexiga; 
 Não deverá estar em contato com o chão, parede ou outras 
superfícies; 
 Evitar formação de alças no tubo de drenagem; 
 Cuidados com o meato urinário e região perineal; 
 Realizar higiene da região perineal e meato urinário 3 (três) vezes ao 
dia; 
 Coleta de urina para exames; 
 Coletar no dispositivo próprio do tubo coletor do sistema de 
drenagem; 
 Desinfetar o local de punção c/ álcool 70%; 
 Utilizar agulha fina e seringa estéril; 
 Esvaziamento da bolsa coletora; Deve ser esvaziada sempre que cheia (2/3) ou a cada plantão 
 Utilizar recipiente individualizado não sendo recomendado o 
esvaziamento simultâneo de vários pacientes em um mesmo 
recipiente 
 Não permitir o contato do tubo de saída de urina com o recipiente da 
coleta e outras superfícies e deve ser montado fechado; 
16. Conceitue infectividade, patogenicidade e virulência. 
RESPOSTA: Infecciosidade (infectividade): capacidade do agente 
etiológico de penetrar, se instalar e multiplicar-se no hospedeiro. É 
fundamental na previsão da propagação da doença, está relacionada com a 
velocidade de transmissão da doença. 
Patogenicidade: capacidade do agente etiológico de produzir lesões 
específicas no hospedeiro. 
Virulência: capacidade em produzir uma doença mais grave ou menos 
grave, com alta ou baixa letalidade. 
17. Complete o quadro abaixo, identificando e descrevendo os principais 
fatores de risco das topografias infecciosas listadas, correspondestes às três 
categorias de causas tradicionalmente associadas a sua ocorrência. 
 
 
 
a) ITU – Infecção do Trato Urinário 
 
b) Pneumonias 
 
 
 
 
 
 
 
 
18. Com base na figura a seguir responda: 
 
a) O que pneumonia associada a Ventilação mecânica? 
b) Associe quatro fatores de risco com respectivas medidas de controle e 
prevenção? 
c) Como pode ser realizado o diagnóstico desta patologia? 
19. Segundo a Portaria MS 2.616/98, que regulamenta as ações de controle 
de infecção hospitalar no país, NÃO são atribuições da Comissão de 
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH): 
a) elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de 
infecção hospitalar, adequado às características e necessidades da 
instituição, contemplando ações relativas a capacitação do quadro de 
funcionários e profissionais da instituição, bem como cooperar com a ação 
do órgão de gestão do SUS, fornecendo informações solicitadas; 
b) notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do 
organismo de gestão do SUS os casos e surtos diagnosticados ou 
suspeitos de infecção associadas à utilização de insumos e/ou 
produtos industrializados; 
c) avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo 
Sistema de Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar 
as medidas de controle propostas pelos membros executores de CCIH; 
d) somente elaborar a aplicação de normas e rotinas técnico operacionais, 
visando limitar a disseminação de agentes presentes nas infecções em 
curso no hospital, por meio de medidas de precaução e de isolamento; 
e) cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo 
treinamento, com vistas a obter capacitação adequada do quadro de 
funcionários e profissionais, no que diz respeito ao controle das infecções 
hospitalares. 
20. Uma das medidas recomendadas para a prevenção de Infecção do Trato 
Urinário é o uso do Sistema Fechado de Coleta de Urina. Que recomendação 
primária é necessário o enfermeiro observar? 
a) A manutenção da integridade do cateter e do sistema coletor de 
drenagem. 
b) A padronização criteriosa do tempo de permanência do cateter de 20 
dias. 
c) A hidratação do paciente, a fim de evitar acúmulo de urina residual. 
d) Manter a altura da bolsa coletora no nível inferior à bexiga do paciente. 
e) Utilizar de bolsas coletoras impregnadas com antimicrobianos. 
21. A ocorrência de infecção do trato urinário é freqüente em Hospitais 
Gerais, correspondendo a 35-45 % do total de infecções, sendo 70 a 88 % 
delas relacionadas ao cateter vesical, sendo correto afirmar que: 
a) a prevalência de infecção aumenta proporcionalmente com o 
tempo de cateterização, tornando-se praticamente universal em 
torno do 30º dia, mesmo com uso do sistema fechado. 
b) amostras urinárias do sistema de drenagem vesical de demora, devem 
ser obtidas através da desconexão com luvas estéreis, realizando, antes, a 
desinfecção do local onde é acoplado o sistema, isto é, na parte distal da 
sonda. 
c) o cateterismo de alívio consiste na inserção do cateter estéril pelo canal 
uretral, até a bexiga, para drenagem contínua de urina por um determinado 
tempo. O sistema de drenagem deve ser fechado e com válvula anti-
refluxo. 
d) os microorganismos alcançam o trato urinário e causam infecção através 
de duas vias, a intraluminal e a extraluminal. Na via intraluminal, as 
bactérias aderem à superfície externa do cateter e migram até a bexiga. 
e) A limpeza diária do meato urinário com solução anti-séptica deve ser 
priorizada ao uso de agua e sabão, como forma de reduzir a microbiota 
transitória deste sítio. 
22. As pneumonias hospitalares são responsáveis por cerca de 10 a 15% do 
total das infecções adquiridas no hospital, ocupando o segundo lugar em 
freqüência e o primeiro em letalidade. Considera-se como um importante 
fator de risco e de mortalidade para o paciente adquirir uma pneumonia 
hospitalar: 
a) o uso de sondagens vesicais e de cateter venoso central. 
b) o uso de soluções antissépticas na limpeza de traqueostomia. 
c) pós-operatório de cirurgia torácica e abdominal. 
d) depressão do sensório, entubação e reentubação traqueal dentro do 
mesmo período de ventilação mecânica de longa duração. 
e) o uso de ventilação mecânica não invasiva.

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