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3º slide MODOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 11 02

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Modos de solução de conflitos de interesses
* Autonomia e Heteronomia
DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO PROCESSO
 SEMESTRE LETIVO: 2016.1
PROFESSORA: LÍLIAN TATIANA B. CRISPIM
Pacificação social
A pacificação é o escopo magno da jurisdição, e de todo o sistema processual, a solução dos conflitos sociais é o fim primordial da função de “dizer o direito” assumida pelo Estado.
O Estado, ao passo que foi se fortalecendo e ganhando força enquanto instituição, ao ponto de conseguir acolher para si a função única de impor autoritariamente os preceitos de uma ordem legal, se viu diante da incapacidade de resolver prontamente os conflitos apresentados ao juiz.
O processo, que é a forma que o Estado utiliza para resolver os conflitos apresentados ao conhecimento do poder jurisdicional, é necessariamente formal, e suas formas se obrigam como meio de garantir a legalidade e a imparcialidade no exercício da jurisdição.
O respeito às formas demanda tempo, gerando indefinição e permanência das situações litigiosas, o que leva a uma certa falta de efetividade da função pacificadora inerente ao Estado. 
A demora nas solução dos conflitos acaba impulsionando a sociedade a buscar outras formas de pacificação, gerando modos alternativos que alcancem também a pacificação social ,hoje, inclusive, regulados pela lei.
Autonomia
Autotutela – é definida como crime, seja quando praticada pelo particular ou pelo próprio Estado (art. 345 e 350 do CP). É o modo de tratamento de conflitos em que a decisão é imposta pela vontade de um dos sujeitos envolvidos no conflito. 
O critério de justiça intrínseca da decisão é sacrificado, o fator predominante é força.
Em algumas situações excepcionais, no entanto, o direito admite o exercício da autotutela – legítima defesa (art. 25 CP), estado de necessidade (art. 24 CP), desforço imediato (art. 1.210,§2º CC), penhor legal (art. 1.469 CC), etc.
Autocomposição – é modo de tratamento de conflito em que a decisão resulta das partes, a decisão é produção da vontades das partes em conflito.
Não significa ultraje ao monopólio estatal da jurisdição, é considerada legítimo meio alternativo de solução de conflitos (transação penal entre partes não é permitida)
Atividade estimulada pelo direito na forma de mediação ou conciliação (art.165/175 e 334 – CPC), pode ser endoprocessual ou extraprocessual.
Modalidades: Ren RJP T
		a) renúncia (art. 487, III, c, CPC)
		b) reconhecimento jurídico do pedido (art. 487, III, a, CPC)
		c) transação (art. 487, III, b, CPC)
* Referências do Código de Processo Civil – Lei 13.105/2015.
Heteronomia
Arbitragem – a decisão do conflito é tomada por um terceiro indicado pelas partes em conflito.
Regulamentada atualmente pela Lei 9.307/96, que modificou regulação anterior do CPC – convenção da arbitragem, a sentença arbitral desmerece homologação judicial, limita-se a direitos disponíveis, as partes podem escolher as regras de direito material (juízo de equidade), capacidade absoluta das partes, mesmo efeito das decisões judiciais, possibilidade de reconhecimento e execução das sentenças arbitrais no exterior – Decreto 4.311/2001 – Convenção de Nova York.
Jurisdição - (art. 487, I, CPC) – a decisão do conflito também é tomada por um terceiro alheio às partes, mas aqui, a designação dos “juízes” cabe ao Estado.
Algumas pretensões necessariamente estão sujeitas a exame judicial para que possam ser satisfeitas, exclui-se totalmente a exceção da autotutela e até mesmo a possibilidade de autocomposição ou arbitragem, são os direitos enumerados de indisponibilidade, gerando a regra do indispensável controle jurisdicional – nulla poena sine judicio.
Mecanismos alternativos de tratamento de conflitos
Retomada de modos de tratamento de conflitos informais, regulação de disputas sociais fora dos procedimentos judiciais, são os conflitos sendo resolvidos extraprocessualmente:
Conciliação – as partes são estimuladas a comporem uma solução para seu conflito, e a decisão parte dos próprios conflitantes.
Mediação – terceira pessoa auxilia e orienta, aproximando as partes para que cheguem a uma solução.
Arbitragem – terceiro alheio escolhido pelas partes apresenta a solução ao conflito apresentado.

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