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JURISDIÇÃO:Conceito, princípios e características. DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO PROCESSO SEMESTRE LETIVO: 2016.1 PROFESSORA: LÍLIAN TATIANA B. CRISPIM JURISDIÇÃO - CONCEITO “É uma das funções do Estado,mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça.” (Ada Pellegrini) “A jurisdição, portanto, é uma das funções da soberania do Estado. Função de poder, do Poder Judiciário. Consiste no poder de atuar o direito objetivo, que o próprio Estado elaborou, compondo os conflitos de interesses e dessa forma resguardando a ordem jurídica e a autoridade da lei.” (Moacyr Amaral dos Santos) 2 Quais os escopos da Jurisdição? Jurídico – fazer valer o direito objetivo e cumprir com o dever-poder do Estado (atuação da vontade concreta do direito); Social – pacificar a sociedade (conflitos de interesse, educar a sociedade para o exercício dos próprios direitos e o respeito aos direitos alheios); Político – afirmar o poder do Estado, garantir as liberdades públicas, a participação do jurisdicionado nos destinos da sociedade, e a preservação do ordenamento jurídico e da sua própria autoridade. . Finalidades: a) composição dos litígios; b) pacificação social; c) realização da justiça; DISTINÇÃO ENTRE AS FUNÇÕES DO ESTADO – legislação, jurisdição e administração. JURISDIÇÃO – função do Poder Judiciário, consiste em atuar o direito objetivo aos casos ocorrentes. Nesta função, o Estado atua a lei dos casos concretos aos conflitos de interesses. LEGISLAÇÃO – função do Poder Legislativo, pela qual o Estado elabora as leis, normas gerais e abstratas de coexistência social. ADMINISTRAÇÃO – atividade primária ligada ao Poder Executivo, é o Estado desenvolvendo atividades no interesse da própria administração. Nos conflitos com o particular, a administração exerce autodefesa do próprio interesse, como parte, e não como estranho ao conflito. MODOS DE EXERCÍCIO DA TUTELA JURISDICIONAL A tutela jurisdicional de manifesta por três formas: - PELA DECISÃO: tutela jurisdicional de conhecimento ou de declaração - o juiz decide após conhecer a lide, servindo-se do processo de conhecimento, atua a lei aplicável ao caso concreto; - PELA EXECUÇÃO: tutela jurisdicional de execução – a ordem jurídica não estará restaurada até que a pretensão acolhida seja satisfeita, assim, o juiz exercerá atividades destinadas a transformar em realidade o comando contido na decisão; - PELAS MEDIDAS PREVENTIVAS OU CAUTELARES: tutela jurisdicional cautelar – para impedir prejuízos do direito das partes pela demora do processo, é prevenir o resultado buscado pelo processo. CARACTERÍSTICAS Substitutiva – o Estado-Juiz substitui com uma atividade sua, as atividades das partes envolvidas no conflito; Escopo jurídico de Atuação do Direito – garantia de exercício efetivo das normas de direito substancial ao resultado pretendido; Provocada – depende da iniciativa das partes; Pública – é uma prerrogativa do Estado; Indeclinável – o Estado-Juiz não pode deixar de prestar a tutela jurisdicional; Definitiva – faz coisa julgada, imutável. PRINCÍPIOS INVESTIDURA – só pode ser exercida por quem foi regularmente investido na autoridade de juiz (concurso público e nomeação por ato do chefe do Executivo) – (art. 93, I e III e 94 da CF); ADERÊNCIA – autoridade do juiz limitada ao território onde lhe é concedida a jurisdição (circunscrição territorial); INDELEGABILIDADE – o juiz não pode delegar suas funções a outro órgão estatal. (art. 5º , XXXV CF); INEVITABILIDADE – impõe-se independente da vontade das partes. (art. 213, 652 e 802 do CPC); INAFASTABILIDADE (ou acesso à Justiça) – garante a todos o acesso ao Poder Judiciário. (art. 5º , XXXV CF); JUIZ NATURAL – o julgamento garantido a todos deve ser proferido por juiz imparcial e independente; confere somente ao Poder Judiciário a competência para conhecer dos conflitos e apresentar solução, que deve ser constituído nos moldes definidos na CF. ( art. 5º , XXXVII e LIII CF); INÉRCIA – depende da provocação das partes que apresentam o conflito requerem a aplicação da lei; a jurisdição não age em início, o juiz não provoca a ação, atividade secundária. (art. 2º do CPC) EXTENSÃO DA JURISDIÇÃO: alcance dos poderes do juiz no âmbito do processo, abrangendo todas as tutelas, conhecimento e execução. PODERES INERENTES: Poder de decisão – é o poder de conhecer, prover, recolher provas e decidir mediante sentença a lide e também decidir sobre a forma e os limites da atividade jurisdicional. Poder de coerção – é o poder de exigir o cumprimento da sentença, nem que seja sob vara. Ex. execução, intimação de testemunhas, litigância de má fé; Poder de documentação – é o poder de reduzir a termo (na forma escrita), com fé pública, todos os atos processuais, para preservar o histórico do processo. (poder jurisdicional e poder de polícia)
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