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CAUSAS IMPEDITIVAS E SUSPENSIVAS DA PRESCRIÇÃO

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1.3: CAUSAS IMPEDITIVAS E SUSPENSIVAS DA PRESCRIÇÃO
As causas de impedimento e suspensão são as mesmas, sendo o momento em que cada uma ocorre, o fator que as diferem. A causa impeditiva dificulta o decorrer do prazo desde o seu princípio; já a causa suspensiva ocorre após o prazo ter sido iniciado, o interrompendo, e somente depois do desaparecimento das hipóteses legais, o recomeça pelo prazo restante. 
Segundo Maria Helena Diniz (Curso de Direito Civil, 2003. P. 341) “As causas impeditivas da prescrição são as circunstâncias que impedem que seu curso inicie e, as suspensivas, as que paralisam temporariamente o seu curso; superado o fato suspensivo, a prescrição continua a correr, computado o tempo decorrido antes dele”.
CAUSAS IMPEDITIVAS DA PRESCRIÇÃO 
De acordo com Maria Helena Diniz (Curso de Direito Civil, 2003, p. 341) as causas impeditivas da prescrição se fundam no: “[...] status da pessoa, individual ou familiar, atendendo razões de confiança, amizade e motivos de ordem moral”.
As causas impeditivas da prescrição estão previstas nos artigos 197 a 199 do Código Civil Brasileiro. A prescrição não ocorre entre cônjuges durante o matrimônio; entre ascendentes e descendentes, enquanto um exerce poder familiar sobre outro; entre tutelados e curatelados, durante o período de dependência; contra os considerados incapazes pelo art. 3º; contra ausentes do País, Estado ou Município em serviço pública da União; contra os servidores das Forças Armadas durante o período de guerra. A prescrição também não é efetuada podendo ter condição de suspensão; sem ter vencido o prazo, ou estando pendente da ação de evicção (reivindicação).
CAUSAS SUSPENSIVAS DA PRESCRIÇÃO
Segundo Maria Helena Diniz (Curso de Direito Civil, 2003, p. 339) as causas que interrompem a prescrição são: “[...] as que inutilizam a prescrição iniciada, de modo que o seu prazo recomeça a correr da data do ato que a interrompeu ou do último ato do processo que a interromper”.
As causas interruptivas estão previstas no artigo 202 do Código Civil Brasileiro. A interrupção da prescrição só pode ser feita uma vez, e pode ser dada: em mandato do juiz que ordena a citação, caso seja efetuada no prazo e na lei processual; através do protesto nas condições do primeiro inciso; por processo cambial; pela apresentação do título de crédito; por qualquer ato judicial que constitua o devedor em mora; por qualquer ato evidente que tenha reconhecimento do direito pelo devedor. 
A prescrição interrompida é reiniciada ao decorrer da data do ato que a paralisou, ou do último ato do processo para interrompê-la.
OS PRAZOS PRESCRICIONAIS
Segundo Maria Helena Diniz (Curso de Direito Civil, 2003, p. 347): “O prazo da prescrição é o espaço de tempo que decorre entre seu termo inicial e final”.
Os prazos prescricionais encontram se estabelecidos nos artigos 205 e 206 do Código Civil Brasileiro. No art. 205, a prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não chega a fixar um prazo menor, se tornando este o prazo máximo da prescrição, o prazo mencionado vale para todos os casos de prescrição quando o CCB não prevê outro prazo, se a lei não impõe um prazo menor, a ação acontece no tempo já prescrito. Já no art. 206, as ações contempladas são fixadas em diferentes prazos de prescrição, que variam de um até cinco anos. Em um ano, é estabelecida a pretensão dos fornecedores de gêneros alimentícios destinados ao consumo do próprio estabelecimento, para o pagamento dos alimentos; prescreve em dois anos que ocorram as prestações alimentares desde o momento em que se venceram; em três anos, há a pretensão relativa a aluguéis de prédios, sejam eles urbanos ou rústicos; em quatro anos, prescreve-se a pretensão da tutela, contando a partir da data de aprovação das contas; por fim, em cinco anos é prescrita a solicitação de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou privado. 
Referência Bibliográfica:
BARROS MONTEIRO, Washington de. Curso de Direito Civil. 38.ed. SP: Saraiva, 2001.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil. 20. ed. rev. aum. SP: Saraiva 2003.
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil.34. ed. SP: Saraiva, 2003.
SAID CAHALI, Yussef. Código Civil. 6.ed. SP: RT, 2004.

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