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COISAS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS

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Coisas fungíveis: São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Veja art. 85, do Código Civil (Lei 10.406/2002).
Coisas Infungíveis:
		
	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	 
 
 
 
	
		
	 
	COMODATO E MÚTUO – DIFERENÇAS
 
Autor: Ricardo Canguçu Barroso de Queiroz
	
O Código Civil trata no capítulo VIII “Do Empréstimo” . Segundo Coelho da Rocha  , “o empréstimo é contrato pelo qual uma pessoa entrega a outra , gratuitamente , uma coisa , para que dela se sirva com a obrigação de restituir”. Neste capítulo estão presentes duas modalidade de contratos : o Comodato e o Mútuo .
A palavra Comodato tem origem no latim , “commodatum”, empréstimo e do verbo “commodare”: emprestar. Nos dizeres de Washington de Barros , comodato  “é contrato unilateral , gratuito , pelo qual alguém entrega a outrem coisa infungível , para ser usada temporariamente e depois restituída”. Trata-se , portanto de um contrato , unilateral porque obriga tão-somente o comodatário ; gratuito ( “Gratuitum debet esse commodatum” ) porque somente este é favorecido ; real porque se realiza pela tradição, ou seja, entrega da coisa. E não-solene , pois a lei não exige forma especial para sua validade , podendo ser utilizada até a forma verbal . Quem entrega a coisa infungível é o comodante , quem a usa é o comodatário . 
Já sobre o Mútuo , Washington de Barros diz ser o “contrato pelo qual alguém transfere a propriedade de coisa fungível a outrem , que se obriga a lhe pagar coisa do mesmo gênero , qualidade e quantidade” . Trata-se , portanto de um contrato também , unilateral , já que obriga tão-somente o comodatário ;gratuito , porque somente este é favorecido ; real porque se realiza pela tradição, ou seja, entrega da coisa. e não-solene , pois a lei não exige forma especial para sua validade , salvo se for oneroso , caso em que se aplicará os preceitos do art. 1262 , CC – “é permitido , mas só por cláusula expressa , fixar juros ao empréstimo de dinheiro ou de outras coisas fungíveis”) . quem empresta é o mutuante , que a toma emprestada é o mutuário  
Ambos dependem da temporiariedade , pois caso contrário se , se o caráter perpétuo vigorasse , configurar-se-ia uma doação .
Segundo as lições de Washington de Barros , Maria Helena Diniz e Carlos Roberto Gonçalves , o mútuo se difere do comodato porque :
a)              é empréstimo de consumo ( “prêt à consommation” ) , enquanto o último é de uso ( “prêt a usage” );
b)              tem por objeto bens fungíveis ( podem ser substituídos por outros de mesmo gênero , qualidade e quantidade ) , enquanto aquele , bens infungíveis ( são encarados de acordo com as suas qualidades individuais , em espécie ) ;
c)              acarreta transferência de domínio , o que não ocorre naquele; em que se tem apenas uma transferência da posse;
d)              o mutuário desobriga-se restituindo coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade, enquanto o depositário só se exonera restituindo a própria coisa emprestada ;
e)              o mutuário assume os riscos pelo extravio , danificação ou perda da coisa emprestada ( “res perit domino” ) , o que não ocorre com o comandatário , de modo que , se o bem se perder por força maior ou caso fortuito , o comodante é quem sofrerá com isso .
f)               permite a alienação da coisa emprestada , ao passo que o comodatário é proibido de transferir a coisa a terceiro, pois poderá incorrer nas penas do crime de estelionato ( art. 171 , CP – “disposição de coisa alheia como própria” .
Tais modalidades contratuais são bastante utilizadas em nosso cotidiano , afinal , quem não já emprestou um CD , uma fita de vídeo etc. ( exemplos de comodato ) , ou ainda , uma caneta , uma folha de caderno etc. ( exemplo de mútuo ) para alguém , para que este lhe devolvesse posteriormente . Daí a importância de sabermos diferenciá-los , sendo isto a proposta este artigo .
BIBLIOGRAFIA : 
1 – MONTEIRO , Washington de Barros , Curso de Direito Civil – 5 volume – São Paulo : Saraiva , 1999 .
 
2 - RODRIGUES, Silvio – Direito Civil - vol. 3 - São Paulo: Saraiva , 1999.
 
3 – DINIZ , Maria Helena , Curso de Direito Civil Brasileiro – 3 volume – São Paulo : Saraiva , 1998 .
 
4 – GONÇALVES , Carlos Roberto , Direito das Obrigações ( Parte Especial ) – São Paulo : Saraiva , 1999 .
 
5 - AQUAVIVA , Marcus Cláudio , Dicionário Jurídico Brasileiro , São Paulo : Jurídica Brasileira , 1995 .
Autor: Ricardo Canguçu Barroso de Queiroz

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