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Apostila estudo da personalidade

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PERSONALIDADE
Conceituação
Personalidade é uma palavra que empregamos para designar os atributos, as características, os traços que identificam uma pessoa. ¹
Cada pessoa é caracterizada por reações observáveis, muitas das quais formam comportamentos mais ou menos consistentes. Quando nos relacionamos com alguém, nossos comportamentos são em parte determinados pelo que temos como as habituais formas de conduta desse alguém, ou seja, os seus comportamentos mais ou menos estáveis. Geralmente, pomos de lado seus traços físicos e nos relacionamos com ele de acordo com o conceito que dele formamos. O seu organismo faz parte de sua personalidade, mas esta é tomada como "padrões comportamentais duradouros que resultam em reações razoavelmente consistentes a um número diferente de situações" (McMahon, 1972, p. 263). Ou como "a organização do equipamento singular de comportamento que um indivíduo adquiriu através de condições especiais de seu desenvolvimento" (Lundin,1969/1972, p. 10).
Mas, às pessoas com as quais nos relacionamos atribuímos necessidades, desejos, interesses, atitudes, crenças, preconceitos, habilidades mentais, certo tipo de temperamento (natureza afetiva do Indivíduo), ideais, valores, etc. De maneira que, a partir dos comportamentos chamados de abertos, os observáveis, fazemos certas deduções e conferimos a essas pessoas certos traços, certas características. E mais: a cada pessoa atribuímos propriedades que as distinguem das outras. De forma que os comportamentos e os pensamentos de um indivíduo são exclusivamente dele, mesmo que outros indivíduos tenham modos de pensar, sentir e agir similares. Assim como não há dois organismos idênticos - exceção feita aos gêmeos univitelinos -, não há dois conjuntos de traços iguais em tudo. Há, evidentemente, muitos atributos semelhantes, mas não idênticos. Afinal, as pessoas de uma dada classe social numa dada cultura ou subcultura tem traços semelhantes porque receberam a mesma educação formal, aprenderam a lutar quase que pelos mesmos ideais, a desejarem coisas semelhantes, etc. Abraham Kardiner chamou de personalidade 
¹ Pessoa e personalidade são termos com a mesma origem. Os latinos usavam persona (pelo som) para designar a máscara usada pelo ator. Cícero usou essa palavra com o sentido de a pessoa, a condição, o estado, a dignidade, o cargo de cada um, o indivíduo humano, a pessoa que faz o papel no teatro. Pessoa é a criatura humana; é o homem ou a mulher pelo fato de serem humanos. Quanto a personalidade, deriva de personalitas, do Latim medieval.
básica ou modal "aquela configuração de personalidade que é partilhada pelo grosso dos membros da sociedade, em consequência da experiência inicial que têm em comum. Não corresponde à personalidade total do indivíduo, mas antes aos sistemas projetivos ou, noutras palavras, aos sistemas de atitudes de valor que são básicos para a configuração da personalidade do indivíduo" (Florence R. Kluckhohn em Kluckhohn, Murray e Schneider, 1953/1965, p. 449).
Vimos que uma pessoa revela comportamentos mais ou menos estáveis e que a partir deles lhe atribuímos traços. Mas esse indivíduo não é uma máquina que descrevemos como funciona e à qual damos certos qualificativos (forte, durável, precisa, etc.). Ele é capaz de nos dizer alguma coisa a respeito de si mesmo, porque tem uma auto-imagem e é capaz de uma auto-avaliacão. Essa imagem de si mesmo é o que em Psicologia chamamos de "self" (eu) e, segundo alguns estudiosos, esse conceito de si mesmo é o grande responsável pela forma como o indivíduo se comporta.
O "self” vai se desenvolvendo á medida que o indivíduo se relaciona com as pessoas e se comunica consigo mesmo, avaliando seus próprios ideais, valores, desejos, habilidades, etc. Em resumo, ele vai se formando de acordo com as experiências da pessoa, como ela se vê em sendo agente ("Faço alguma coisa"), em tendo certa continuidade (o tempo passa e à frente do espelho, ou na vida social, ela percebe que é mais ou menos a mesma) e como personificação de valores e objetivos (o que as coisas significam para ela e em função do que vive).
Psicologia da Personalidade
A personalidade ¹ sempre foi objeto de estudo dos sábios, como Hipócrates ( “pai” da medicina do mundo ocidental), Platão, Aristóteles, Santo Tomás de Aquino, Locke, Maquiavel, Comte e outros.
As contribuições modernas no estudo da personalidade vêm de diferentes fontes. Segundo Hall e Lindzey (1957/1976), elas vêm das clínicas, tendo como pioneiros Freud, Jung e McDougall, de tradição gestáltica (Stern), da Psicologia Experimental e da teoria da aprendizagem (teóricos E-R), da psicometria (medida de diferençais individuais! e da Antropologia Social (Mead, Ruth Benedict, Malinowski e outros).
O estudo da personalidade, segundo Alport (1961/1974), pode ser idiográfico (individual) ou nomotético (universal). No primeiro caso, trata-se de um estudo individual, da singularidade de cada pessoa: no segundo, procure-se estudar as variáveis de um grande número de indivíduos. Este assunto será melhor abordado no capítulo dedicado à personalidade (8).
A Psicologia da Personalidade tem a caracterizá-la a busca de uma teoria da personalidade, daquilo que é comum a muitos indivíduos, como, por exemplo, crenças, valores, preconceitos, sentimentos, etc. Freud, estudando casos de pessoas com reações denominadas neuróticas - sobretudo hábitos afetivos inadequados para seu meio social e inaceitáveis por elas próprias - levantou uma teoria explicativa do desenvolvimento e funcionamento da personalidade.
Os psicoterapeutas ( psicólogos clínicos, psicanalistas e psiquiatras) são os que estão mais voltados ao estudo da personalidade. Usando técnicas de investigação as mais variadas ( testes, inventários, análise de sonhos, análise da forma como a pessoa organiza seu mundo de fenômenos, etc.), eles contribuíram de modo singular para o conhecimento da natureza humana, como é o caso de C.R.Rogers, Maslow, Rollo May, Gordon Allport, Horney, Sullivan, Erikson, Erich Fromm e outros. 
¹ Personalidade, resumidamente, é o conjunto de características físicas e psicológicas de uma pessoa. 
² A Psicologia da Personalidade está voltada ao que há de comum a muitos indivíduos ( sentimentos, interesses, valores, crenças...) a diferencial, ao contrário, está interessada nas diferenças psicológicas devido a idade, forma do corpo, classe social, etc. ( a foto superior é de Giancario Giulani, do “time”.) 
Neste campo da Psicologia, estudamos o caráter ( conjunto de traços da personalidade com sentido ético, os julgados bons ou maus pela sociedade e pelo próprio individuo) , o “eu” ( “self”, em inglês, que é geralmente tomado como auto-imagem e auto avaliação)., a motivação consciente e inconsciente, a continuidade ou descontinuidade do comportamento nas várias fases do desenvolvimento, a importância das experiências infantis no pensamento e comportamento adulto, o papel da hereditariedade e o da cultura no desenvolvimento da personalidade, etc.
A Psicologia da Personalidade está indissoluvelmente ligada à Diferenciai e à Anormal, porque, a par do que buscamos de universal nos seres humanos, estamos tentando entender as variações devidas à sua cultura, ao sexo, è classe social, etc., bem como estamos desejando averiguar quais são seus traços de personalidade que estão dificultando ou impedindo sua auto--estima, sua participação social, etc.
PERSONALIDADE: UM CONCEITO CONTROVERTIDO
Como a maioria dos temas em Psicologia, o senso comum "usa e abusa" da palavra personalidade, que exerce grande fascínio sobre os leigos. Ela é usada de diferentes maneiras: ora para designar habilidades sociais (a capacidade de tomar decisões rápidas, por exemplo), ora para se referir à impressão marcante que alguém causa a partir de uma característica considerada como central (a timidez, a inteligência etc.). E todos nós já ouvimos o termo, empregado para anunciar a presença de alguém "importante" ou ilustre.
Nos doisprimeiros casos, parte-se de um comportamento observável, infere-se um conjunto de características e verifica-se uma tendência à valoração da personalidade enquanto boa ou má.
A Psicologia, enquanto abordagem científica deste tema, evita o juízo de valor, isto é, não faz a valoração da personalidade enquanto boa ou má. O processo de inferência — supor processos ou características psicológicas não observáveis, a partir de comportamento observável —, quando ocorre, é rigoroso e fundamentado num método científico. E nenhuma teoria parte de um único comportamento observável para fazerr um perfil ou diagnóstico da personalidade.
De modo geral, personalidade refere-se ao modo relativamente constante e peculiar de perceber, pensar, sentir e agir do indivíduo. A definição tende a ser ampla e acaba por incluir habilidades, atitudes, crenças, emoções, desejos, o modo de comportar-se e, inclusive, os aspectos físicos do indivíduo. A definição de personalidade engloba também o modo como todos esses aspectos se integram, se organizam, conferindo peculiaridade e singularidade ao indivíduo.
Na Psicologia da Personalidade, a unidade de análise é o indivíduo total, e não o processo de percepção, da aprendizagem em si. O que interessa é o indivíduo que percebe, que aprende e como esses processos relacionam-se entre si e com todos os outros. Nesse sentido, esta área de conhecimento da Psicologia é mais ampla que as demais e sobrepõe-se 
¹ Compreender n personalidade humana é compreender o ser na sua totalidade.
a várias áreas, que se "especializam" no estudo de um processo específico, como, por exemplo, a Psicologia da Aprendizagem.
O estudo da personalidade deve ser compreendido no seu aspecto de psicologia geral, isto é, como meio de se estabelecerem leis gerais sobre, o funcionamento da personalidade — o que existe em comum em todas as personalidades humanas —, independente de fatores culturais, grupais ou circunstanciais. Por exemplo, a postulação do id, ego e superego como sistemas constitutivos da estrutura da personalidade com caráter universal, de toda a raça humana. E o estudo da personalidade deve ser compreendido, também, no seu aspecto de psicologia diferencial, isto é, como busca do que existe de único e próprio em cada personalidade, a compreensão do caso individual. O estudo da personalidade, portanto, permite aí a descoberta da individualidade.	
ESTURUTURA E CONTEÚDO DA PERSONALIDADE 
A estrutura da personalidade é a base que organiza e une entre si as diferentes condutas e disposições do individuo, é a organização global que dá consistência e unidade à conduta. A Psicanálise afirma que esta estrutura está formada, com base por volta dos 4 ou 5 anos. Piaget coloca que a personalidade começa a se formar muito mais tarde, entre 89 a 12 anos. 
Os conteúdos desta estrutura da personalidade estão relacionados com as vivências concretas do indivíduo no seu meio cultural, religioso etc. Só é possível compreender a personalidade considerando a relação indissociada entre estrutura e conteúdo. 
Esta relação dá a dinâmica da personalidade, fornece o caminho para compreender seu desenvolvimento e as mudanças, mais ou menos radicais, que pode sofrer. A interioridade ou intimidade do individuo expressa-se de modo mais ou menos transparente, nos seus comportamentos e no seu modo de estar no mundo, bem como esta subjetividade constitui-se por este mesmo “ estar no mundo”, pela presença do outro que marca cada um de nós. 
A personalidade não é um modo de funcionamento no "vazio", não é só a possibilidade de pensar, por exemplo, mas, o conjunto estruturado de opiniões, valores, etc., que possibilita o exercício desta capacidade. Outro exemplo: a capacidade de estabelecer relações afetivas, por si só, não diz muito do individuo, é necessário compreender, também, quais são os seus objetos de afeto, como é a expressão deste afeto, o que não é expresso e por quê.
Mas, afinal que é personalidade?
Com Allport ( 1961/1974), podemos dizer que “é a organização dinâmica no individuo dos sistemas psicofísicos que determinam seu comportamento e seu pensamento característicos” ( p.50). A personalidade é o que a pessoa é. Não pode por isso ser reduzida apenas aos efeitos externos, aos comportamentos observáveis. 
Finalmente, há que se fazer uma distinção entre personalidade, caráter e temperamento.
CARÁTER, TEMPERAMENTO E TRAÇO.
Na abordagem da personalidade, alguns termos são empregados freqüentemente com vários significados, inclusive no senso comum. Alguns destes termos são: caráter. temperamento e faço de personalidade.
CARÁTER.
O termo caráter é de origem grega e significa gravação, tal como se fazia em moedas. Em Psicologia, tendemos a usá-lo para rotular o conjunto de traços de personalidade com significado moral. São as características julgadas boas ou más pela sociedade, como lealdade-deslealdade, dignidade-indignidade, bondade-maldade, honestidade-desonestidade, etc., ele engloba não só os comportamentos com sentido moral (como somos ), mas também uma consciência moral ( o próprio individuo se premia e se pune). 
É um termo que os teóricos preferem não usar devido à diversidade de usos existentes, inclusive no senso comum, para designar os aspectos morais dos indivíduos. Eventualmente, podemos encontrá-lo na referência a reações afetivas, ou, mais comumente, para designar aquilo que diferencia um individuo de outro, a marca pessoal de alguém. W. Reich, um psicanalista que no desenvolvimento de sua teoria afastou-se da teoria de Freud, usa o termo caráter como substituto de personalidade. Em vez de falar sobre teoria da personalidade, ele fala de teoria do caráter, integrando os aspectos biofísicos e psicológicos. 
TEMPERAMENTO.
É outro desses termos usados em vários sentidos. Ele deve ser entendido como uma alusão aos aspectos da hereditariedade e da constituição fisiológica que interferem no ritmo individual, no grau de vitalidade ou emotividade dos indivíduos. Neste sentido, afirma-se que os indivíduos tem uma quantidade de energia vital, maior ou menor, que dará a tonalidade de seus comportamentos. Por exemplo, há o individuo “mais calmo” e aquele “mais agitado”.
O temperamento, tem sido definido “como a tendência inicial de reação frente aos estímulos ambientais, constituindo a resultante funcional direta da constituição corporal” ( Szakely, 1972), ou como a “natureza afetiva geral de um individuo, determinada por sua herança e pela historia de sua vida” ( Warren 1934/1960). Aceitando esta segunda definição, podemos entender o temperamento como a forma pela qual se manifestam os impulsos que estabelecem as necessidades e constituem o substrato do comportamento afetivo ( emoções e sentimentos). Como o sistema neurovegetativo ( autônomo) é herdado, o tipo de temperamento ( colérico, sanguíneo, fleumático e melancólico) é determinado pela hereditariedade. Durante o transcorrer da vida, o temperamento sofrerá as influencias do processo de socialização e das alterações orgânicas em geral ( por exemplo, as decorrentes do envelhecimento ou de regime alimentar para emagrecer), mas elas não o alterarão em sua essência. 
TRAÇO DE PERSONALIDADE.
Refere-se a uma característica duradoura da personalidade do individuo. Por exemplo, ser reservado, ser bem-humorado, ser expansivo, etc. os traços são inferidos a partir do comportamento. Alguns podem ser mais “centrais” da personalidade e outros mais “periféricos”. Os centrais seriam aqueles em torno dos quais o conjunto das demais características ou traços organizam-se. C.G.Jung desenvolveu também este aspecto em sua teoria da personalidade, chegando a criar tipos psicológicos: o extrovertido e o introvertido. 
Os traços podem ser comuns a um grupo social ( por exemplo: a persistência), ou podem variar nestes mesmo grupo social ( por exemplo: a expressão da agressividade). As teorias que desenvolvem essa “tipologia” de personalidade sofrem algumas criticas no sentido de que são “artificiais”, porqueé impossível encontrar-se um tipo puro, isto é, os indivíduos normalmente localizam-se em algum ponto desta escala de opostos, por exemplo, quanto a ser passivo ou ativo.
Portanto, “eu”, caráter e temperamento são partes da personalidade.
Veja o item 16.2 do cap. V. Em Psicologia, “self” tende a ser usado como auto-imagem, como dizem Hall e Lindzey ( 1957/1976) ele pode ser definido como atitudes e sentimento pessoal em relação a si mesma ( “eu” como objeto) ou como o conjunto dos processos que formam o comportamento “eu” como processo: sentido em que se assemelha ao “ego”da Psicanálise.

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