Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTUDOS TOPOGRÁFICOS INTRODUÇÃO, CONCEITOS, APLICAÇÕES INSTITUTO IDD CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA DISCIPLINA: ESTUDOS TOPOGRÁFICOS EM ESTRADAS Prof. Amaro Furtado Neto ESTUDOS x PROJETOS PLANTA DE CURVAS DE NÍVEL FILOSOFIA GERAL DE PROJETO ESQUEMA OROGRÁFICO 1. Montanha principal 2. Contraforte (2ª ordem) 3. Espigão (3ª ordem) 4. Encosta (vertente) 5. Rio principal (talvegue) 6. Vale 7. Linha de cumeada (divisória de águas) 8. Garganta rio rio GARGANTA REPRESENTAÇÃO TOPOGRÁFICA vale secundário tributário TIPOS DE PLANTAS PARA ESTUDOS DE TRAÇADO - Planta aérea com curvas de nível TIPOS CLÁSSICOS GERAIS DE TRAÇADO DESENVOLVIMENTO EM SERPENTINA LAÇO DUPLO – PLANTA LAÇO MÚLTIPLO - PLANTA TRAÇADO ACOMPANHANDO AS CURVAS DE NÍVEL TRAÇADO ACOMPANHANDO O TALVEGUE DIRETRIZ CRUZANDO MORRO PELA GARGANTA DESENVOLVIMENTO DE TRAÇADO EM ZIGUEZAGUE PROJETO GEOMÉTRICO Apóia-se no ESTUDO DE TRAÇADO e ANTEPROJETO GEOMÉTRICO COM ESTUDO TOPOGRÁFICO - Compreende (3 dimensões): 1- Traçado em planta - Eixo do projeto; - Estaqueamento; - Tangentes e curvas (concordância horizontal); - Representação de bordos e “off-sets”; - Faixa de domínio; - Obras de arte (correntes e especiais). 2- Traçado em perfil - Terreno natural; longitudinal - Greide (de terraplenagem e do pavimento); - Rampas, contra-rampas e curvas (concordância vertical); - Obras de arte (correntes e especiais); - Sondagens. 3- Seções transversais (perfil transversal) Obs.: 1) As características técnicas são função da classe da estrada (classificação técnica); 2) Na fase de projeto, novo estudo topográfico é realizado, para a locação da alternativa de traçado adotada. PROJETO GEOMÉTRICO - Fases de execução do projeto: - Estudo preliminar: - Estudo de traçado. - Anteprojeto: - Estudo topográfico; - Anteprojeto geométrico. - Projeto - Abrangendo a locação com novo estudo topográfico. ESTUDO DE TRAÇADO - Base cartográfica: existente ou específica; - Estudo de traçado: - Base cartográfica: - Fotos aéreas (1:20000, 1:10000, ...); - Cartas topográficas (1:50000 ou 1:100000); - Plantas de restituição (1:20000, 1:10000). - Estudo de alternativas julgadas viáveis; - Aspectos a considerar além da conformação topográfica: - Tráfego: dados existentes ou específicos; - Geologia e geotécnica: - Identificar pontos críticos (zonas de solos moles, encostas instáveis; possibilidade de escavação em rocha); - Identificar potencialidade da região quanto a materiais de construção; - Fotointerpretação e/ou inspeção de campo. - Hidrologia: - Principais bacias hidrográficas; - Pré-dimensionamento da seção de vazão de obras de arte especiais. FASE DE ANTEPROJETO - Estimativa de quantidade e custos: - Terraplenagem, obras de arte correntes, pavimentação, drenagem, OAE, sinalização, obras complementares; - Análise técnica-econômica e ambiental das alternativas de traçado; - Considerar: dificuldades técnicas, custos iniciais de construção e operação, tempo de viagem; - Seleção de no máximo duas alternativas para a fase de anteprojeto. 1- ESTUDO TOPOGRÁFICO: 1.1- Processo aerofotogramétrico: - Plano de vôo sobre carta existente; - Execução do vôo (em geral à escala de 1:20000); - Estudo estereoscópico dos traçados; - Apoio terrestre por topografia convencional ou rastreio GPS; - Aerotriangulação; - Restituição em meio digital das faixas selecionadas (em geral à escala 1:5000); - Curvas de nível de 5 em 5m. 1.2- Processo convencional: - Topografia terrestre; - Lançamento de poligonal básica de exploração; - Nivelamento de pontos da poligonal; - Seccionamento transversal; - Cadastro de elementos de interesse; - Cálculos e desenho de planta à escala 1:5000; curvas de nível de 5 em 5m. 2- ANTEPROJETO GEOMÉTRICO - Definição do traçado sobre as plantas 1:5000 do Estudo Topográfico; - Planta: lançamento de tangentes, definição das curvas horizontais, cálculo do estaqueamento; - Perfil: levantamento do perfil do terreno sobre a planta do anteprojeto, lançamento do greide, definição das curvas verticais, escalas de desenho horizontal 1:5000, vertical 1:500; - Seções transversais: análise de pontos críticos, desenhos à escala 1:200; - Seleção da melhor alternativa. FASE DE PROJETO 1- ESTUDO TOPOGRÁFICO: (CAMPO) 1.1 Locação em campo, por processo de topografia terrestre, do anteprojeto geométrico da anternativa selecionada; 1.2 Registro de todas as informações em cadernetas de campo convencionais ou eletrônicas, no caso de emprego de estação total: - Alinhamento horizontal: estaqueamento implantado, dados de locação das curvas horizontais, cadastro de interferências interceptadas pelo traçado; - Nívelamento e contra do eixo; - Seções transversais; - Amarrações de pontos notáveis; - Levantamentos complementares: locais de interseções a serem projetadas, áreas de empréstimo, jazidas e pedreiras, locais previstos para implantação de OAE e OAC; 1.3 Pequenos ajustes em relação ao Anteprojeto Geométrico são esperados. 2- PROJETO GEOMÉTRICO (ESCRITÓRIO) 2.1 Cálculo em escritório de todas as cadernetas (informações) de campo; 2.2 Desenho do projeto em planta, com base na locação efetuada (escala 1:2000); 2.3 Desenho do perfil longitudinal e estudo definitivo do greide (escala 1:2000(h), 1:200(v)); 2.4 Desenho das seções transversais e gabaritagem da plataforma de projeto, escala 1:200; 2.5 Cálculo de superelevação e superlargura; 2.6 Acabamento da planta: desenho de “off-sets”, obras de arte correntes e especiais, interseções, retornos e acessos, delimitação da faixa de domínio. CURVA HORIZONTAL SIMPLES (CCS) PC - ponto de curva PT - ponto de tangente PI - ponto de interseção das tangentes D - desenvolvimento da curva ∆ - ângulo de deflexão AC - ângulo central da curva R - raio da curva circular T - tangente externa O - centro da curva E – afastamento G – grau da curva c - corda d – deflexão sobre a tangente CURVA HORIZONTAL COM TRANSIÇÃO (CT) TS – ponto inicial da curva (tangente/espiral) ST - ponto final da curva (espiral / tangente) PI - ponto de interseção das tangentes SC e CS – pontos osculadores D - desenvolvimento do “miolo” circular d - ângulo de deflexão AC - ângulo central total da curva R - raio do “miolo” circular TS - tangente externa total E – afastamento lc – comprimento da espiral Xc,Yc – coordenadas dos pontos osculadores p, q – coordenadas de recuo ᶿ - ângulo central do “miolo” circular Sc – ângulo central que subentende os tramos de espiral CURVAS UTILIZADAS NA TRANSIÇÃO Clotóides com valores diferentes de “k” TIPOS DE CURVAS VERTICAIS (PARÁBOLA) PARÁBOLAS DE 2º GRAU: (a) SIMPLES; (b) COMPOSTA CÁLCULO DOS ELEMENTOS DAS CURVAS VERTICAIS: • Cálculo sequencial dos parâmetros: j, K, L, R, emáx (flecha), constante “z”, greide reto e greide final (de projeto). Valores anotados em quadros próprios na prancha; • Representação gráfica preliminar do greide: trechos retos (rampas, contra-rampas) e trechos curvos (parábolas) CÁLCULO DAS COTAS DO GREIDE DE PROJETO: • Determinadas estaca por estaca, com base nas rampas estabelecidas (trechos retos) e nas curvas projetadas (trechos curvos). Anotadas juntamente com as cotas do terreno no quadro: “Quadro Geral de Áreas de SeçõesTransversais”. LANÇAMENTO DO GREIDE: • Em formato de uma poligonal aberta vertical, lançam-se uma sucessão de trechos retilíneos, compostos por rampas e contra-rampas, mediante compensação visual dos volumes de terra, obedecida à máxima rampa admissível,função da classificação técnica da estrada; • Nos pontos inicial (O=PP) e final (PF), as cotas devem ser tomadas iguais às cotas do terreno; • A cada interseção de dois trechos retos, deve-se projetar uma curva de concordância vertical (parábola do 2º grau); • Deve-se fazer com que os PIV´s, PCV´s e PTV´s recaiam em estacas inteiras para facilidade dos cálculos; • Cálculo da percentagem das rampas e contra-rampas, obtida pelo quociente entre as diferenças de alturas dos PIV´s, pelas distâncias entre PIV´s. Resultados anotados em quadro próprio: “Extensão e inclinação”. PERFIL A PARTIR DA PLANTA COM CURVAS DE NÍVEL ESTACA COTA ESTACA COTA ESTACA COTA 00 26 52 01 27 53 02 28 54 03 29 55 04 30 56 05 31 57 06 32 58 07 33 59 PERFIL LONGITUDINAL PERFIL TRANSVERSAL Em projetos de estradas o conhecimento dos desníveis e declividades ao longo do eixo longitudinal é insuficiente. É necessário também compreender o comportamento do relevo numa faixa próxima à do alinhamento principal, mediante os levantamentos transversais, os quais permitem gerar as seções transversais do terreno. EIXO LONGITUDINAL E TRANSVERSAIS LEVANTAMENTO DAS SEÇÕES: Após o projeto do greide, da superelevação e da superlargura, temos a definição da Plataforma da estrada. Plataforma, terreno e taludes formam o polígono chamado de seção transversal. Em cada estaca temos uma seção transversal, cujo conjunto definirá os volumes dos cortes e dos aterros. Seção transversal SEÇÃO TRANSVERSAL DE CORTE SEÇÃO TRANSVERSAL DE ATERRO SEÇÃO TRANSVERSAL DE UMA ESTRADA SEÇÃO TRANSVERSAL - PISTA SIMPLES SEÇÃO TRANSVERSAL - PISTA DUPLA SUPERELEVAÇÃO MODOS DE APRESENTAÇÃO DE PROJETOS GEOMÉTRICOS EXEMPLO DE CONFORMAÇÃO BÁSICA (PRELIMINAR) DA DIRETRIZ DE PROJETO (PLANTA) ESCALA: 1:2000 TOPO GRAFIA A Topografia se encarrega de representar as pequenas áreas da superfície terrestre considerando-a plana (projeções sobre um plano horizontal tangente). OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA TOPOGRAFIA LEVANTAMENTO: Obtenção de pontos de uma área em estudo para definição da planta topográfica. LOCAÇÃO: Materialização no terreno de estudos / projetos desenvolvidos sobre a planta ou mapa. É INDISCUTÍVEL A IMPORTÂNCIA DA TOPOGRAFIA PARA A ENGENHARIA. A PLANTA TOPOGRÁFICA É A PRIMEIRA E FUNDAMENTAL FERRAMENTA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS DE ENGENHARIA. AINDA EM ETAPA POSTERIOR, PERMITE A MATERIALIZAÇÃO NO CAMPO, DO PROJETO ELABORADO (LOCAÇÃO). ÁREAS DA ENGENHARIA QUE UTILIZAM A TOPOGRAFIA TRANSPORTES (RODOVIA, FERROVIA, HIDROVIA, DUTOVIA); URBANISMO; HIDRÁULICA, SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE; GEOLOGIA, GEOTECNIA E MINERAÇÃO; CIÊNCIAS FLORESTAIS E AGRÁRIAS; ÁREAS INDUSTRIAIS. PROCESSO TOPOGRÁFICO NORMA NBR 13133/94: EXECUÇÃO DE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO - PROCEDIMENTO (ABNT) QUADRANTES TOPOGRÁFICOS REPRESENTAÇÃO DO TERRENO NO PLANO TOPOGRÁFICO SISTEMA DE COORDENADAS TOPOGRÁFICAS (x,y,z) AZIMUTES DE VANTE E DE RÉ RELAÇÃO RUMO / AZIMUTE SISTEMAS DE COORDENADAS RETANGULARES E POLARES MÉTODOS BÁSICOS GERAIS DE LEVANTAMENTO - MÉTODO DAS COORDENADAS RETANGULARES MÉTODOS BÁSICOS GERAIS DE LEVANTAMENTO - MÉTODO DAS COORDENADAS POLARES αB EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DIRETA 1- BALIZAS 2- FICHAS 3- TRENAS 4- PRUMOS 1 2 3 4 1 3 2 4 EQUIPAMENTOS BÁSICOS PARA MEDIÇÃO DIRETA DE DISTÂNCIAS: 1.PEDÔMETRO (PASSO), 2.TRENA DE AÇO E 3.TRENA DE RODA. 1 2 3 1.BASTÃO DE BIPÉ, 2.TRIPÉ, 3.PRISMA, 4.NÍVEL DE CANTONEIRA, 5.MIRA, 6.BALIZA 1 2 3 4 5 6 LEVANTAMENTO USANDO TRENA E BALIZA EQUIPE: • 1 CHEFE DE EQUIPE – ANOTAÇÕES NA CADERNETA E CROQUIS; • 1 BALIZA VANTE – MEDIÇÕES NA TRENA; • 1 BALIZA RÉ – SEGURA A TRENA NA EXTREMIDADE ZERO, CARREGA A BOLSA DE PIQUETES. MATERIAL: • 1 PRANCHETA, 1 CADERNETA DE CAMPO, 1 TRENA, 3 BALIZAS, 1 MARRETA, PIQUETES E PREGOS. PIQUETE E ESTACA TESTEMUNHA SISTEMA DE LEITURA DE MIRA POLIGONAIS TOPOGRÁFICAS ABERTA FECHADA - O QUE NOS INTERESSA EM ESTRADAS, É A POLIGONAL ABERTA. CONTROLE DE TERRAPLENAGEM MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DO METRO SISTEMA SEXAGESIMAL: GRAU, MINUTO (1/60 grau), SEGUNDO (1/3600 grau): CÍRCULO DIVIDIDO EM 360 PARTES IGUAIS; SISTEMA DECIMAL: GRADO, CENTIGRADO (1/100 grado), MILIGRADO (1/1000 grado): CÍRCULO DIVIDIDO EM 400 PARTES IGUAIS; USA-SE TAMBÉM O RADIANO: ÂNGULO CENTRAL QUE SUBENTENDE UM ARCO DE COMPRIMENTO IGUAL AO RAIO DO CÍRCULO; 1 RADIANO É IGUAL A 180/πº (57º17’45’’). UNIDADES DE MEDIDA ANGULARES INSTRUMENTOS PARA MEDIÇÃO INDIRETA DE DISTÂNCIAS ÓPTICOS E MECÂNICOS (TAQUEÔMETROS): TEODOLITOS COM LUNETA PORTADORA DE RETÍCULOS (3 FIOS HORIZONTAIS E UM VERTICAL). ASSOCIADO À MIRAS, OBTÊM-SE DISTÂNCIA HORIZONTAL E DIFERENÇA DE NÍVEL ENTRE DOIS PONTOS DO TERRENO; MEDIDORES ELETRÔNICOS DE DISTÂNCIAS (MED’S): TRENA DIGITAL (LASER) E ESTAÇÕES TOTAIS. TEM POR PRINCÍPIO A EMISSÃO/RECEPÇÃO DE SINAIS PELO EQUIPAMENTO, REBATIDOS POR UM ANTEPARO (PRISMA REFLETOR). A DISTÂNCIA É OBTIDA PELA FUNÇÃO DO TEMPO GASTO NO PERCURSO (IDA E VOLTA). MEDIÇÕES COM INSTRUMENTOS ÓTICO-MECÂNICOS ESTRUTURA BÁSICA DE UM TEODOLITO TEODOLITOS: ELETRÔNICO E ÓTICO-MECÂNICO DISTANCIÔMETRO DE USO ISOLADO MED ACOPLADO A UM TEODOLITO TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO DE SINAL ELETROMAGNÉTICO NOMENCLATURA E FUNÇÕES DE PARAFUSOS EM UMA ESTAÇÃO TOTAL OBS.: O que diferencia a estação total da combinação simples de teodolito e distanciômetro (MED), é que ela é capaz de receber um software, que permite fazer em campo parte dos cálculos, que em outras épocas só eram feitos em escritório. A estação total possibilita a transferência digital dos dados levantados, para um programa computacional onde serão feitos os cálculos e desenhos. ESTAÇÃO TOTAL MODERNO TRANSFERÊNCIA DE DADOS DA ESTAÇÃO PARA O MICRO MODELOS DE NÍVEIS ELETRÔNICOS (DIGITAIS) NÍVEL DE MANGUEIRA NIVELAMENTO DE SEÇÃO TRANSVERSAL À RÉGUA Um modo de levantamento das seções transversais do terreno, bastante usual em trabalhos de estradas, é com o uso de um jogo de 3 réguas graduadas: 1- Uma régua horizontal de até 3m, munido de um nível de bolha de ar, geralmente graduada de 10 em 10cm; 2- Na primeira ponta colocada sobre o ponto de cota conhecida, a régua horizontal é encaixada numa régua mais curta (VERTICAL), com 1m de altura, chamada de CAVALETE ou CAVALO (R’); 3- Na outra extremidade posicionada no ponto de cota a determinar, a primeira régua (R) é justaposta com uma outra régua vertical de até 3m (R’’), cuja graduação normalmente começa em -1 metro, para compensar o 1m do cavalo (R); 4- A leitura das diferenças de cotas (conhecida e à determinar) é feita diretamente em R’’; 5- Operação executada no campo com 3 operadores: um para segurar o cavalo, outro para manter R’’ justaposta a R e o encarregado que orienta o controle do nível de bolha que deve ficar “centrado”, anotando a distância horizontal e a diferença das cotas lidas em R’’ 6- Dados estes anotados na “Caderneta de Seccionamento”. NIVELAMENTO À RÉGUA NÍVEL DE LUNETA NÍVEIS LASER MODELOS DE NÍVEIS AUTOMÁTICOS NÍVEIS DE ALTA PRECISÃO NIVELAMENTO GEOMÉTRICO NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO TIPOS DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO: COM EQUIPAMENTOS CONVENCIONAIS; TRIGONOMÉTRICO: ATUALMENTE COM ESTAÇÃO TOTAL; BAROMÉTRICO: ALTITUDES FUNÇÃO DAS PRESSÕES ATMOSFÉRICAS; TAQUEOMÉTRICOS: IDÊNTICO AO NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO,PORÉM COM EMPREGO DE EQUIPAMENTOS CONVENCIONAIS; POR RECEPTORES DE SATÉLITES (GPS). OUTRAS CIÊNCIAS LIGADAS AO LEVANTAMENTO E REPRESENTAÇÃO DE SUPERFÍCIE CARTOGRAFIA: Estudos e observações visando a obtenção de cartas e mapas do relevo terrestre; GEODÉSIA: Consiste nas operações, medições e cálculos para determinação da forma e dimensões da Terra, para grandes áreas e distâncias. Leva em conta a curvatura da Terra. Por exemplo: municípios, estados e países; FOTOGRAMETRIA: Consiste na obtenção de informações à partir de imagens fotográficas, especialmente as obtidas por meio de vôos aéreos. GEODÉSIA objetiva representar as grandes parcelas territoriais, considerando a curvatura da Terra. Projeta as medidas (angulares, lineares) da superfície física terrestre na superfície curvilínea de um ELIPSÓIDE. Para a necessária planificação dessas informações curvas, utiliza-se as projeções cartográficas, como por exemplo as coordenadas UTM (Universal Transversa Mercator). Desse modo, as informações planificadas (planas) resultam inevitavelmente deformadas. COORDENADAS GEODÉSICAS LATITUDE LONGITUDE A TERRA COMO UMA ESFERA Fonte: NASA PONTO MAIS ALTO DO PLANETA: Monte Everest no Himalaia - quase 9km de altitude. PONTO MAIS BAIXO: Fossa abissal das Ilhas Marianas (Oceano Pacífico) - com 11km. Forma do planeta: GEÓIDE – suas irregularidades tornam complexa sua modelagem matemática. Daí a adoção como sistema de referência para a forma física da Terra do ELIPSÓIDE DE REVOLUÇÃO, figura que mais se aproxima do Geóide. É formado pela rotação da elipse em torno do eixo que passa pelos pólos Norte e Sul geográficos. GEÓIDE MUNDIAL DA NASA Fonte: NASA PROJEÇÃO UTM UTM: UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR SISTEMA UTM – SISTEMA GLOBAL (NÃO LOCAL OU REGIONAL) TOTAL 60 FUSOS, DECOMPOSTOS EM FUSOS MENORES DE 6 GRAUS DE AMPLITUDE. TEM ORIGEM NO ANTIMERIDIANO DE GREENWICH. ELIPSÓIDE DE REVOLUÇÃO Antimeridiano de Greenwich FUSOS UTM NO MUNDO 0 60 FUSOS UTM NO BRASIL 18 26 GPS (GLOBAL POSITIONING SYSTEM) SISTEMA NORTE-AMERICANO, TEM POR PRINCÍPIO BÁSICO A DETERMINAÇÃO DAS COORDENADAS DE PONTOS DA SUPERFÍCIE TERRESTRE (POSICIONAMENTO), A PARTIR DE OBSERVAÇÕES DE RECEPTORES DE SATÉLITES (O GPS). MEDEM-SE AS DISTÂNCIAS ENTRE A ESTAÇÃO E NO MÍNIMO 4 SATÉLITES ARTIFICIAIS (DE COORDENADAS CONHECIDAS). CALCULA-SE APÓS AS COORDENADAS DA ESTAÇÃO (X,Y e Z). OBS:. Na atualidade já dispõe-se do GNSS (Global Navigation Satellite System), receptores capazes de rastreio de satélites dos sistemas GPS (americano), GLONASS (soviético), GALILEO (europeu) e BEIDOU/COMPASS (chinês), além de outros sistemas. RECEPTORES GPS FORMAS DE REPRESENTAÇÃO PLANIALTIMÉTRICA - MODELOS EM PERSPECTIVA (SOFTWARE WINSURFER) FORMAS DE REPRESENTAÇÃO PLANIALTIMÉTRICA - PLANTA DE PONTOS COTADOS: FORMAS DE REPRESENTAÇÃO PLANIALTIMÉTRICA - PLANTA COM TRIANGULAÇÃO (SOFTWARE TOPOGRAPH) FORMAS DE REPRESENTAÇÃO PLANIALTIMÉTRICA - PLANTA COM CURVAS DE NÍVEL (SOFTWARE TOPOGRAPH) FORMAS DE REPRESENTAÇÃO PLANIALTIMÉTRICA - PLANTA COM CURVAS DE NÍVEL (SOFTWARE WINSURFER) EXEMPLOS DE APLICAÇÃO INSTITUTO IDD CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA DISCIPLINA: ESTUDOS TOPOGRÁFICOS EM PROJETOS DE ESTRADAS Prof. Amaro Furtado Neto EXEMPLO – COORDENADAS DOS VÉRTICES Considere um trecho de uma Caderneta de Alinhamento, obtida de um levantamento topográfico realizado na fase de exploração do projeto de uma estrada. Com base nos dados constantes da planilha (planta), pede-se determinar as coordenadas retangulares dos vértices da poligonal. As coordenadas iniciais são x=30.180m e y=22.560m (ponto A). Considerar o Norte na posição vertical. CÁLCULO DE COORDENADAS RETANGULARES PLANILHA (INICIAL) PONTO A: (30.180; 22.560) – ORIGEM DO SISTEMA DE COORDENADAS ÂNGULOS COM VALORES NOMINAIS E DECIMALIZADOS ESBOÇO APROXIMADO DA POLIGONAL (sem escala) 1° QUADRANTE x = d . sen Az y = d . cos Az FORMULÁRIO: 2° QUADRANTE x = d . sen (180°- Az) y = d . cos (180°- Az) 3° QUADRANTE x = d . sen (Az -180°) y = d . cos (Az -180°) 4° QUADRANTE x = d . sen (360°- Az) y = d . cos (360°- Az) W W W W AZIMUTE DE BC AzAB = 43º18’20’’ (fornecido) +∆BC = 57º32’20’’ AzBC = (100º50’40’’) a) A partir das Deflexões e Azimute Inicial, determinação dos Azimutes dos demais vértices: Para tanto, basear-se no esquema da poligonal (esboço aproximado) constante na página anterior. Então: AZIMUTE DE CD AzCD = 100º50’40’’ +∆CD = 19º11’40’’ AzCD = 119º61’80’’ 119º62’20” (120º02’20”) AZIMUTE DE DE AzDE = 120º02’20’’ - ∆DE = 32º23’10’’ AzDE = 88º-21’10’’ (87º39’10”) Da figura (Vértice E): 95º23’10’’ - 87º39’10’’ 8º-16’00’’ (7º44’00”) ^ AZIMUTE DE EF AzEF = 360º - = 360º - (7º44’00”) 359º60’00” - ∆EF = 7º44’00’’ AzEF = (352º16’00’’) AZIMUTE DE FG AzFG = 352º16’00” - ∆FG = 87º20’30’’ AzFG = 265º-4’-30’’ 264º56’-30” (264º55’30”) Logo: AzBC = 100º50’40” AzCD = 120º02’20” AzDE = 87º39’10” AzEF = 352º16’00” AzFG = 264º55’30” - Esses valores serão então transportados para a COLUNA: “AZIMUTES” da “PLANILHA INICIAL” 1° QUADRANTE (AB) 43°18’20” = 43,305555° (AZIMUTE) (AB) dAB = 2.143,50m xAB = dAB . sen AzAB = yAB = dAB . cosAzAB = nominal decimalizado b) CÁLCULO DAS PROJEÇÕES DOS ALINHAMENTOS SOBRE OS EIXOS: 1° QUADRANTE (AB) 43°18’20” = 43,305555° (AZIMUTE) (AB) dAB = 2.143,50m xAB = dAB . sen AzAB = 2.143,50 x sen (43,305555) = 1.470,20m yAB = dAB . cosAzAB = 2.143,50 x cos (43,305555) = 1.559,84m nominal decimalizado 2° QUADRANTE (BC) 100°50’40” = 100,844444° (AZIMUTE) (BC) dBC = 762,85m xBC = dBC . sen (180°- Az) = yBC = dBC . cos (180° - Az) = 2° QUADRANTE (BC) 100°50’40” = 100,844444° (AZIMUTE) (BC) dBC = 762,85m xBC = dBC . sen (180°- Az) = 762,85 . sen (180° - 100,844444) = 749,22m yBC = dBC . cos (180° - Az) = 762.85 . cos (180°- 100,844444) = 143,52m 2° QUADRANTE (CD) 120°02’20” = 120,038888° (AZIMUTE) (CD) dCD = 689,51m xCD = dCD . sen (180°- Az) = yCD = dCD . cos (180°- Az) = 2° QUADRANTE (CD) 120°02’20” = 120,038888° (AZIMUTE) (CD) dCD = 689,51m xCD = dCD . sen (180°- Az) = 689,51 . sen (180° - 120,038888) = 596,90m yCD = dCD . cos (180°- Az) = 689,51 . cos (180°- 120,038888) = 345,16m 1° QUADRANTE (DE) 87°39’10” = 87,652777° (AZIMUTE) (DE) dDE = 1786,34m xDE = dDE . sen Az = yDE = dDE . cos Az = 1° QUADRANTE (DE) 87°39’10” = 87,652777° (AZIMUTE) (DE) dDE = 1786,34m xDE = dDE . sen Az = 1786,34 . sen (87,652777) = 1784,84m yDE = dDE . cos Az = 1786,34 . cos (87,652777) = 73,16m 4° QUADRANTE (EF) 352°16’00” = 352,266666° (AZIMUTE) (EF) dEF = 800,40m xEF = dEF . sen (360°- Az) = yEF = dEF . cos (360°- Az) = 4° QUADRANTE (EF) 352°16’00” = 352,266666° (AZIMUTE) (EF) dEF = 800,40m xEF = dEF . sen (360°- Az) = 800,40 . sen (360°- 352,266666) = 107,70m yEF = dEF . cos (360°- Az) = 800,40 . cos (360° - 352,266666) = 793,12m 3° QUADRANTE (FG) 264°55’30” = 264,925000° (AZIMUTE) (FG) dFG = 170,38m xFG = dFG . sen (Az – 180º) = yFG = dFG . cos (Az – 180º) = 3° QUADRANTE (FG) 264°55’30” = 264,925000° (AZIMUTE) (FG) dFG = 170,38m xFG = dFG . sen (Az – 180º) = 170,38 . sen(264,925 – 180º) = 169,71m yFG = dFG . cos (Az - 180°) = 170,38 . cos (264,295 – 180º) = 15,07m Xa = 30.180me Ya = 22.560m (dados do problema) XAB = _________ + _________ = 31.650,2; YAB = _________ + _________ = 24.119,84; XBC = _________ + ________ = 32.399,42; YBC = _________ - ________ = 23.976,32; XCD = _________ + ________ = 32.996,32; YCD = _________ - ________ = 23.631,16; XDE = _________ + ________ = 34.781,16; YDE = _________ + ________ = 23.704,32; XEF = _________ -_________ = 34,673,46; YEF = _________ + ________ = 24.497,44; XFG = ________ - _________ = 34.503,75; YFG = ________ - ________ = 24.482,37; c) Cálculo das Coordenadas dos Vértices: CÁLCULO DE COORDENADAS RETANGULARES PLANILHA (COMPLETA) PONTO A: (30.180; 22.560) – ORIGEM DO SISTEMA DE COORDENADAS ÂNGULOS COM VALORES NOMINAIS E DECIMALIZADOS EXEMPLO 02 – NIVELAMENTO GEOMÉTRICO No trecho de Caderneta de Nivelamento apresentado, alguns valores são fornecidos e outros necessitam ser calculados. Os valores entre parênteses são cotas dos pontos. Os valores sobre as linhas horizontais são as alturas do instrumento. Já os demais números representam as leituras de mira: visadas à RÉ e visadas à VANTE (vide figura). Isto posto, pede-se completar a tabela de nivelamento com os elementos faltantes. ESTACAS VISADA ALT. INST. COTAS RÉ VANTE INTERM. MUD. 1 - - - - (104,272) - - - 106,504 - 2 - - - 109,784 - 3,188 - - 109,784 - 3 - - - 109,784 (108,850) 4 - - - 109,784 (105,916) - - - 106,634 - 5 - 0,811 - 106,634 - 6 - 2,809 - 106,634 - 7 - - - 106,634 (102,457) CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO (INICIAL) RESOLUÇÃO: Entre 1 e 2 VRÉ = AI – COTA = 2 COTA = AI –VRÉ = 2 VVANTE = AI – COTA = 3 VVANTE = AI – COTA = 4 VVANTE = AI – COTA = Entre 4 e 5 VRÉ = AI – COTA = 5 COTA = AI –VVANTE = 6 COTA = AI –VVANTE = 7 VVANTE = AI – COTA = RESOLUÇÃO VRÉ = AI – COTA = 106,504 – 104,272 = 2,232 COTA = AI –VRÉ = 109,784 – 3,988 = 105,796 VVANTE = AI – COTA = 106,504 – 105,796 = 0,708 VVANTE = AI – COTA = 109,784 – 108,850 = 0,934 VVANTE = AI – COTA = 109,784 – 105,916 = 3,868 VRÉ = AI – COTA = 106,634 – 105,916 = 0,718 COTA = AI –VVANTE = 106,634 – 0,971 = 105,663 COTA = AI –VVANTE = 106,634 – 3,969 = 102,665 VVANTE = AI – COTA = 106,634 – 102,457 = 4,177 CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO (COMPLETA) ESTACAS VISADA ALT. INST. COTAS RÉ VANTE INTERM. MUD. 1 - - - - (104,272) 2,232 - - 106,504 - 2 - - 0,708 109,784 (105,796) 3,988 - - 109,784 - 3 - 0,934 - 109,784 (108,850) 4 - - 3,868 109,784 (105,916) 0,718 - - 106,634 - 5 - 0,971 - 106,634 (105,663) 6 - 3,969 - 106,634 (102,665) 7 - - 4,177 106,634 (102,457) CURVA HORIZONTAL SIMPLES (CCS) LOCAÇÃO DA CURVA CIRCULAR (CCS)EXEMPLO 03 – CURVA HORIZONTAL COM TRANSIÇÃO (CT) LOCAÇÃO DA ESPIRAL DE TRANSIÇÃOEXEMPLO 04 – x = LOCAÇÃO DA ESPIRAL DE TRANSIÇÃO (CLOTÓIDE) LOCAÇÃO DA ESPIRAL DE TRANSIÇÃO (CLOTÓIDE) PONTOS ARCO ACUMULADO (m) S (rad) 1 5,00 0,005 089 2 10,00 0,020 355 3 15,00 0,045 799 4 20,00 0,021 420 5 25,00 0,127 219 6 30,00 0,183 195 7 35,00 0,249 349 8 (SC ou CS) 40,00 0,325 680 PLANILHAS DE LOCAÇÃO DA ESPIRAL PONTOS COORDENADAS CALCULADAS COORDENADAS ARREDONDADAS x(m) y(m) x(m) y(m) 1 0,008 481 4,999 987 0,01 5,00 2 0,067 847 9,999 585 0,07 10,00 3 0,228 960 14,996 853 0,23 15,00 4 0,542 543 19,986 745 0,54 19,99 5 1,058 933 24,959 568 1,06 24,96 6 1,827 563 29,951 482 1,83 29,95 7 2,896 177 34,783 014 2,90 34,78 8 (SC ou CS) 4,309 611 39,577 813 4,31 39,58 PLANILHAS DE LOCAÇÃO DA ESPIRAL x = PONTOS x y DEFLEXÕES ACUMULADAS CALCULADAS ARREDONDADAS 1 0,001 696 0,097 173º 0º05’49,8’’ 0º05’50’’ 2 0,006 784 0,388 688º 0º23’19,2’’ 0º23’20’’ 3 0,015 267 0,874 666º 0º52’28,7’’ 0º52’29’’ 4 0,027 145 1,554 912º 1º33’17,6’’ 1º33’18’’ 5 0,042 425 2,429 316º 2º25’45,5’’ 2º25’46’’ 6 0,061 017 3,491 713º 3º29’30’’ 3º29’30’’ 7 0,083 264 4,759 696º 4º45’34,9’’ 4º45’35’’ 8 (SC ou CS) 0,108 889 6,214 396º 6º12’51,8’’ 6º12’52’’ PLANILHAS DE LOCAÇÃO DA ESPIRAL ( ) MATERIAL DIDÁTICO COMPLEMENTAR ANEXO I FORMULÁRIO (CCS) EXEMPLO 01 - CURVA CIRCULAR SIMPLES (CCS) EXEMPLO 01 - CURVA CIRCULAR SIMPLES (CCS) EXEMPLO 02 – CURVA CIRCULAR SIMPLES (CCS) FORMULÁRIO (CT) EXEMPLO 03 – CURVA CIRCULAR COM TRANSIÇÃO EM ESPIRAL – (CT) FORMULÁRIO (CONCORDÂNCIA VERTICAL) EXEMPLO 04 – CONCORDÂNCIA VERTICAL * greide reto –y; greide final = greide de projeto. * 8) REPRESENTAÇÃO GRÁFICA APROXIMADA ANEXO II UNIDADES ANTIGAS DE MEDIDA DE COMPRIMENTO OUTROS SISTEMAS LINEARES DE MEDIDA UNIDADES DE MEDIDA DE SUPERFÍCIE UNIDADES ANTIGAS DE MEDIDA DE SUPERFÍCIE ANEXO III GEOMÁTICA Com os avanços científicos e tecnológicos das últimas décadas as atividades de levantamentos tem englobado ciências, técnicas e métodos que vão muito além da Topografia. Daí a razão de se criar um termo mais genérico que englobe as ciências, as técnicas e os métodos que tratam da medição, da modelagem matemática, do georreferenciamento, da representação cartográfica na superfície terrestre, de moda a agrupá-los numa única matéria de estudo Daí o advento da Geomática GEOMÁTICA O estudo da Geomática compreende: ◦ Geodésia; ◦ Topografia; ◦ Cartografia; ◦ Fotogrametria; ◦ Sensoriamento remoto ◦ Desenho assistido por computador (CAD); ◦ Gerenciamento Cadastral; ◦ Sistema de Informação Geográfica (SIG); ◦ Sistema de Posicionamento Global por Satélites (GNSS) ◦ GEODÉSIA: Tem por finalidade a determinação das formas, das dimensões e do campo gravitacional da Terra. Compreende: Os levantamentos geodésicos e o Datum Geodésico de um país ou de uma região ◦ TOPOGRAFIA: É ciência que estuda a representação e a descrição e as irregularidades da superfície terrestre, a partir de técnicas e métodos topográficos. ◦ CARTOGRAFIA: Conjunto de estudos e observações científicas, artísticas e técnicas que, elabora plantas, cartas, mapas, planos e outros modos de expressão, assim como sua utilização. ◦ FOTOGRAMETRIA: Baseia-se em medições obtidas a partir de fotografias ou imagens digitais. Divide-se em: Fotogrametria Terrestre e Fotogrametria Aérea (Aerofotogrametria). ◦ SENSORIAMENTO REMOTO: Técnica de observação a distância com o objetivo de obter informações concernentes ao tratamento do raio eletromagnético. Tem sido usado na geração de mapas temáticos. ◦ DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR (CAD): Sistema de edição gráfica composto por um computador, um programa operacional CAD, um monitor gráfico, um mouse e um plotter. Substitui as antigas técnicas de desenho que utilizavam papel, canetas a nanquim, normógrafos, réguas e escalas. Realiza todas as tarefas de um desenho técnico na tela de um computador, para posterior plotagem em papel. No caso da Geomática existem vários programas aplicativos que permitem automatizar desde a coleta de dados até a edição gráfica final. ◦ GERENCIAMENTO CADASTRAL: As informações de interesse contidas em um cadastro incluem a posição geográfica, limites e coordenadas das parcelas, possessão (direitos de propriedade e aluguéis) e valores dos terrenos entre outras finalidades. ◦ SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG): Conjunto de equipamentos e programas de computador integrados de maneira a permitir a coleta, manipulação, análises e disponibilização de qualquer tipo de informação geográfica georreferenciada. ◦ SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL POR SATÉLITES (GNSS): Possibilita o usuário determinar sua posição tridimensionalem qualquer lugar, em relação a um sistema de coordenadas predefinidas. Atualmente ele é integrado por três sistemas individuais: O Norte americano NAVSTAR/GPS, o Russo GLONASS e o europeu GALILEO. Em desenvolvimento encontra-se o sistema chinês BEIDU ◦ REDE ALTIMÉTRICA DE ALTA PRECISÃO (RAAP): grande quantidade de Referências de Nível (RN) espalhadas pelo país que tem como marco zero o nível do mar. Sistema gerenciado pelo IBGE. ◦ REDE MAREGRÁFICA PERMANENTE PARA A GEODÉSIA (RMPG): fornece informações sobre o comportamento do mar ao longo do tempo. Principais marégrafos dos sistemas instalados nos portos de Imbituba, Macaé, Fortaleza, Salvador e Santana, todos eles interligados, monitorando continuamente, a cada cinco minutos o nível dos mares brasileiros, gerenciados pelo IBGE. ◦ Antigo DATUM brasileiro utilizado até 1979: Córrego Alegre (próximo a Uberaba – MG) ◦ Após 1979 o South American Datum (SAD69) GEOMÁTICA – PRINCIPAIS APLICAÇÕES ◦ Obtenção de coordenadas planimétricas de pontos de apoio; ◦ Determinação de diferenças de nível; ◦ Levantamento topográfico; ◦ Levantamento cadastral; ◦ Levantamento de perfis de terrenos; ◦ Locação de obras; ◦ Auscultação de obras de engenharia; ◦ Levantamento subterrâneo; ◦ Levantamento hidrográfico; ◦ Levantamento as built; ◦ Mensuração técnico-industrial. SISTEMA GEODÉSICO BRASILEIRO Até o ano de 2015 o Brasil teve dois sistemas geodésicos oficiais: Sistema SAD69 (South American Datum) e o SIRGAS (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas). O SIRGAS 2000 é um sistema geodésico de referência que permite a localização geográfica de precisão de pontos na América do Sul, Central e Norte. O prazo definido para implantação do SIRGAS 2000 no Brasil foi o ano de 2014. Depois desta data, todos os trabalhos georreferenciados só terão validade legal se implementados utilizando este sistema. DATUM VERTICAL OFICIAL DO BRASIL Em ambos os sistemas adota-se para zero (0), o sistema de monitoramento do nível médio dos mares, realizado pelo marégrafo existente no Porto de Imbituba, SC. PROJEÇÃO UTM (UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR) ◦ A projeção UTM pode ser visualizada com um cilindro secante à superfície de referência, de forma que o seu eixo esteja no plano do Equador REFERÊNCIAS ANTAS, PAULO MENDES et all, Estradas: Projeto Geométrico e de Terraplenagem, RJ, Ed Interciência, 2010; McCORMAC, JACK C., Topografia, RJ, Ed LTC, 5ª Edição, 2013 (tradução); SILVA, IRINEU DA, SEGANTINE LIMA, PAULO CESAR, Topografia para Engenharia –Teoria e Prática de Geomática, RJ, Ed. Elsevier, 2015; TULLER, MARCELO, SARAIVA SÉRGIO, Fundamentos de Topografia, Porto Alegre, Ed. Bookman, 2014; BORGES, ALBERTO DE CAMPOS, Topografia, vols ½, SP, Ed. Edgard Blücher, 1977/1992; MENZORI, MAURO , PASCINI, ANTONIO DE PADUA GOUVEIA, Topografia , Juiz de Fora, Ed. UFJF, 2013; ALFONSO ERBA, DIEGO et all, Topografia, RS, Ed. Unisinos, 2005; ESPARTEL LÉLIS, Curso de Topografia, Ed. Globo, Porto Alegre, 1965; DOMINGUES, FELIPPE AUGUSTO ARANHA, Topografia – Estudo da Planta Topográfica, Fac. De Arquitetura e Urbanismo, USP, São Paulo, 1978; GEMAEL, CAMIL, Geodésia Física. Ed. UFPR, Curitiba, 2002; LEE, SHU HAN, Introdução ao Projeto Geométrico de Rodovias, Florianópolis, Ed. da UFSC, 3ª edição, 2008; PAULA, HAROLDO GONTIJO, Características Geométricas das Estradas , Belo Horizonte, UFMG, 1989; FIGUEIRA FERNANDO M.M, Estudo e Concepção de Estradas , Coimbra, Portugal, 1984; A. DE. A. FONTES, LUIZ CARLOS, Engenharia de Estradas – Projeto Geométrico, Salvador, UFBA, 1995; PONTES FILHO, GLAUCO, Estradas de Rodagem, Projeto Geométrico, São Carlos, USP, 1998; PEREIRA DJALMA M., RATTON EDUARDO, BLASI GILZA F., KUSTER FILHO, WILSON, Apostilas da disciplina Transportes “A”, Curitiba, UFPR, 2008; PAIVA DE LIMA, MILTON LUIZ, Projeto de Estradas – notas de aula, RS, FURG, 2003; PIMENTA, CARLOS RT., OLIVEIRA MÁRCIO P., Projeto Geométrico de Estradas, Ed. Rima, São Carlos, 2ª Edição, 2005; FURTADO NETO, AMARO, Projeto Geométrico de Estradas, Curitiba, Curso de Esp. em Inf. de Transporte Rodoviário, UTP/SICEPOT-PR, 2003; FURTADO NETO, AMARO, Elementos Básicos de Projeto Geométrico – Exercícios Dirigidos, notas de aula para a disciplina Projeto de Infraestrutura de Transportes, Curitiba, UTP, 2004; SCHOON J. G., Geometric Design Projects for Highways, Virginia, USA, American Society of Civil Engineers (ASCE), 2000; AASHTO, A Policy on Geometric Design of Highways and Streets, Washington, USA, 5ª edição, 2004; AUSTROADS, Rural Road Design: A Guide to the Geometric Design of Rural Roads, Austroads National Office, Sidney, Australia, 1989; HICKERSON, T. F., Route Location and Design, Ed. McGraw-Hill, New York, USA, 1967.
Compartilhar