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Administração Macroeconomia Agregados econômicos Introdução Profº José Carlos Valle Estácio Produto Nacional Computa toda a produção cuja renda é apropriada por residentes no país. Assim, a renda (aluguéis, lucros, juros e salários) dos fatores de produção (terra, trabalho e capital) pertencentes a pessoas físicas e jurídicas do país no Exterior é descontada do Produto. Produto Interno Já o Produto Interno informa toda a produção realizada no território do país em questão, sendo indiferente se a apropriação da renda é feita por nacionais ou estrangeiros. Da mesma forma, ele desconta a renda de fatores externos (em outros países) recebida por nacionais (residentes no país). PRODUTO INTERNO BRUTO A PREÇOS DE MERCADO ( PIBpm) É o valor monetário de venda dos produtos produzidos dentro do país em determinado período de tempo, tomando-se o cuidado de não incidir em dupla contagem. Contabilidade Social Agregados Econômicos Principais Agregados Macroeconômicos • Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital • Economia a Dois Setores Com Formação de Capital • Economia a Três Setores: O Setor Público • Economia a Quatro Setores: O Setor Externo Contas Básicas: • Produto Interno Bruto • Renda Nacional Disponível • Transações Correntes com o Resto do Mundo • Capital Conta Complementar: • Conta Corrente das Administrações Públicas Contabilidade Social: Sistema de Contas Nacionais Definição: o objetivo do sistema de contas nacionais é permitir a mensuração e a agregação em uma única conta, onde a agregação é feita através dos preços. Característica: não considera os chamados bens e serviços intermediários (que são absorvidos na produção de outros produtos), ou seja, esse sistema considera apenas os bens e serviços finais. Pressupostos: 1. As contas procuram medir a produção corrente. Não são considerados bens produzidos em período anterior, apenas a remuneração do vendedor (que é remuneração a um serviço corrente); 2. As contas referem-se a um fluxo (normalmente 1 ano. Os agregados correspondem a variáveis fluxo (são consideradas ao longo de um período – dimensão temporal). 3. A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas como unidade de medida e instrumento de trocas. Contabilidade Social Sistema de Contas Nacionais Três óticas de mensuração: Produto = Despesa = Renda Produto Nacional (PN): é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo. PN = ΣΣΣΣ pi qi Despesa Nacional (DN): é o valor de todas as despesas realizadas pelos agentes: consumidores, empresas, governo e estrangeiros na compra de bens e serviços finais. DN = Despesas de Consumo (C) Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos pagos às famílias, que são proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços, em um período de tempo. RN = salários (s) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l) Fluxo Circular de Renda Economia fechada, sem governo e sem formação de capital Como não existem estoques, tudo que se produz, se vende. PN = DN Como no agregado, são excluídas as compras de bens intermediários. A empresa gasta com pagamentos a fatores de produção tudo o que recebe pela venda de bens e serviços (PN=DN). Na prática (mede-se o PN) pelo conceito de Valor Adicionado Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo. V. Adicionado = V. Bruto de Produção – Cons.de Prod. Intermed. (Receita de vendas) Economia fechada, sem governo e sem formação de capital Existem 04 formas diferentes de medir o resultado econômico de um país, todas conduzindo a um mesmo valor numérico: Soma dos produtos finais das empresas produtoras (PN) Soma das despesas dos agentes com o Produto Nacional (DN) Soma de rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros (RN) Soma de valores adicionados dos setores de atividade (RN) Orgão Responsável no Brasil: IBGE Contabilidade Social Principais Agregados Macroeconômicos Hipóteses: • As Famílias além de consumir podem poupar; • As Empresas além de produzir bens de consumo, produzem e investem em bens de capital. POUPANÇA (S): parcela da RN não consumida no período. Sendo assim: S = RN – C INVESTIMENTO (I): gasto com bens que aumentam a capacidade produtiva da economia (Capacidade de gerar Rendas Futuras = Taxa de Acumulação de Capital). I = PN – C onde: PN = Bens de Consumo + Bens de Investimento I = Ibk + ∆∆∆∆E Economia fechada, sem governo e com formação de capital DEPRECIAÇÃO (d): é o consumo de estoque (desgaste) de capital físico, em dado período. Conseqüência: sucata ou obsolescência. Investimento Bruto (IB) e Investimento Líquido (IL) IL = IB - d IL = Acumulação Líquida de Capital = Diferença entre novos inv. (IB) e depreciação PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) E LÍQUIDO (PNL) PNL = PNB - d Economia fechada, sem governo e com formação de capital A identidade S = I “ex-post” Como: e e S = RN – C I = PN – C PN = RN Logo: S = I Contabilidade Social Principais Agregados Macroeconômicos Ex.: PN = RN = 100. Com a venda do produto (PN) as empresas remuneram as famílias (RN). Se as famílias decidem consumir apenas 80 (C = 80): S = RN – C = 20 Parte de PN = 100 não foi comprada, pois as famílias não gastaram tudo. Assim: S = I = 20 Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos Ex.: PN = 100. Sendo: Bens de Consumo = 70 RN = 100 (As famílias receberam 100) Sobraram para as famílias 30 (corresponde à Poupança) S = I = 30 Contabilidade Social Principais Agregados Macroeconômicos Ex.: Fluxo Circular da Renda Economia a três setores: agregados relacionados ao setor público: União, Estados e Municípios. 1. Receita fiscal do governo: • impostos indiretos: incidem sobre bens e serviços; • impostos diretos: incidem sobre pessoas físicas e jurídicas; • contribuições à previdência social; • outras receitas: taxas, multas, pedágios, aluguéis. Economia a três setores O Setor Público Gastos do governo: • gastos dos ministérios e autarquias, cujas receitas provêm de dotações orçamentárias. O produto gerado pelo governo é médio por suas despesas correntes e despesas de capital. • gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista: receita advêm da venda de bens e serviços no mercado, são consideradas dentro do setor de produção com empresas privados e não como governo. • gastos com transferências e subsídios: considerados como transferências, não são computados como parte da renda nacional, pois representam apenas uma transferência financeira do setor público ao setor privado. Economia a três setores O Setor Público Se : Gastos > Receita Fiscal Gastos < Receita Fiscal Déficit Primário (Fiscal) Superávit Primário (Fiscal) Economia a três setores O Setor Público) Receita Fiscal: IMPOSTOS INDIRETOS (Ti): incidem sobre bens e serviços. Ex.: ICMS, IPI. IMPOSTOS DIRETOS (Td): incidem sobre as pessoas (físicas e jurídicas). Ex.: IR, IPTU. CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL: encargos trabalhistas recolhidos de empregados e empregadores. OUTRAS RECEITAS: taxas (Ex.: Multas, aluguéis, ...) Economia a três setores O Setor Público PRODUTO NACIONAL A PREÇOS DE MERCADO (PNpm): é medido a partir dos valores pagos pelo consumidor. PRODUTO NACIONAL A CUSTO DE FATORES (PNcf): é medido a partir dos valores pagos que refletem os custos de produção, a remuneração dos fatores (w + j + a + l). Como é medido pela ótica dos rendimentos, é a própria RNcf. PNpm = RNcf + Ti - Sub Associa-se, normalmente, Renda Nacional à RNcf e Produto Nacional à PNpm Economia a três setores: O Setor PúblicoEXPORTAÇÕES (X): são as compras dos estrangeiros de nossos bens e serviços. São os gastos do setor externo com nossas empresas. IMPORTAÇÃO (M): são as aquisições de bens do exterior. Parte da renda gerada no país que “vaza” para fora. RENDA ENVIADA AO EXTERIOR (RE): parte do que foi produzido internamente não pertence aos nacionais (Ex.: capital e tecnologia). A remuneração desses fatores vai para fora do país, na forma de remessa de lucro, royalties, juros. RENDA RECEBIDA DO EXTERIOR (RR): recebemos renda devido à produção de nossas empresas operando no exterior. RLEE = RE – RR (No Brasil, RLEE > 0) Economia a quatro setores O setor externo PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB): é a renda devida à produção dentro dos limites territoriais do país. PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB): renda que pertence efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil. Principais Agregados Macroeconômicos O Setor Externo PIB = PNB + RLEE RE > RR RLEE > 0 PIB > PNBSe : RE < RR RLEE < 0 PIB < PNB DN = C + I + G + X – M As importações (M) aparece devido ao fato de que elas estão embutidas nas demais despesas agregadas (C, I, G, X). A Despesa Agregada é apresentada a preços de mercado, já que são valores finais. No Brasil, utiliza-se mais o conceito de Despesa Interna que Nacional. Não é calculada a depreciação pois, são utilizados os conceitos agregados em termos brutos. DIBpm = C + I + G + X – M Principais Agregados Macroeconômicos (Despesa Nacional - DN)
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