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AS DOUTRINAS SOCIALISTAS

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AS DOUTRINAS SOCIALISTAS: a teoria econômica de Marx
HUNT, E.K; SHERMAN, H. J. história do pensamento econômico. 5. ed. Petropolis/RJ: Vozes, 1986. p. 53-69.
Karl Marx (1818-1883) foi o mais influente de todos os socialistas.
Materialismo Histórico
Segundo Hunt e Sherman (1986) Marx encarava a maioria dos socialistas do fim do século XVIII e início do século XIX como filantropos indignados com a exploração desumana do começo do desenvolvimento do capitalismo.
Denominou-os ironicamente de “socialistas utópicos”;
Achava ingênua a convicção de que a sociedade
	se transformaria a partir da sensibilidade racional da classe educada (ricos);
Para Marx os homens educados fariam de tudo para perpetuar o sistema.
A fé inabalável de Marx no advento do socialismo não vinha da bondade/racionalidade dos homens de cultura (visão socialista utópica), mas da análise profunda das leis do funcionamento do capitalismo.
Para Marx as próprias contradições e antagonismos do sistema capitalista ocasionariam, inevitavelmente, a sua destruição. 
Será???
O que o capitalismo faz com suas contradições internas?
Para tais afirmações Marx leva em consideração os estudos da sociedade capitalista numa abordagem histórica, econômica, social e política – materialismo histórico.
Marx ao procurar simplificar as complexas relações de causa e efeito dos sistemas sociais, afirmava que a base econômica da sociedade ou do modo de produção exercia influência sobre essas instituições sociais (até sobre o pensamento religioso).
O modo de produção compunha-se de dois elementos: as forças produtivas e as relações de produção.
1 - As forças produtivas – englobam as ferramentas, fábricas, equipamentos, 
	propriedades, habilidades e conhecimentos adquiridos pela Força de Trabalho, as riquezas (recursos) naturais e o nível tecnológico (meios e instrumentos de produção).
2 – As relações de produção – são as relações sociais mantidas pelos homens entre si. A relação de propriedade ou não dos meios de produção implica na repartição dos frutos da atividade produtiva.
Exemplo: os proprietários dos instrumentos de produção tem mais lucros di que os proprietários da força de trabalho.
O conjunto do sistema econômico (modo de produção) foi denominado por Marx de base ou
	infraestrutura.
O que compõe a infraestrutura? As forças produtivas e as relações de produção.
A superestrutura é composta pelas religiões, costumes, tradições, crenças, leis, ética, instituições sociais ...
Desse modo, o modo de produção (infraestrutura) e a superestrutura interagem em uma relação de causa e efeito, ou seja, o modo de produção constitui o alicerce sobre a qual se erguia a superestrutura.
Assim, o conjunto de sistemas econômicos (base ou infraestrutura) age/exerce influência sobre a superestrutura, porém, essa relação causal deve
	ser melhor analisada.
Primeiro – o modo de produção não pode ser tomado isoladamente como determinante da superestrutura e nem de todas as mudanças sociais.
Porque há uma relação dialética em que de um lado, o modo de produção determina o desenvolvimento da vida social, econômica, política e intelectual, mas por outro, os sistemas sociais/superestrutura também influencia o modo de produção.
A frase histórica de Marx no Manifesto Comunista “A história de toda a sociedade existente até hoje tem sido a história das lutas de classes” deve ser analisada com algumas considerações, apesar de trazer grandes verdades.
Qual o entendimento de classes sociais e lutas sociais na perspectiva marxista?
É preciso reconhecer que a sociedade em seu processo evolutivo – desde a sua divisão em classes sociais, quando ocorre a divisão social do trabalho por volta 8.000 a. C. com a produção de excedentes - apresenta um antagonismo de classes e de interesses entre elas histórico.
Exemplo: guerreiros x não guerreiros; homem x mulher; camponês/servos x senhor feudal; capitalista x trabalhador/não capitalista.
Esse antagonismo no atual modo de produção - capitalista - pauta-se basicamente duas classes sociais principais: capitalistas (proprietários dos meios de produção ou forças produtivas) e
	 trabalhadores (donos da força de trabalho); ambas classes são essenciais a manutenção do sistema vigente, apesar de possuir interesses diferentes e almejar resultados diferentes., pois em geral há exploração do trabalhador pelos capitalistas – não tem como o trabalhador fugir da venda de sua força de trabalho.
É a partir da infraestrutura que é constituída a superestrutura, dessa maneira, não é a consciência que determina o ser, mas o seu ser social (condição e situação de vida) que determina sua consciência.
Marx aponta a existência de 4 sistemas econômicos/modos de produção distintos que marcou a evolução da civilização europeia:
Comunismo primitivismo; escravismo; feudalismo e capitalismo.
Cada sistema econômico era determinado por forças produtivas e relações produtivas específicas.
Nos modos de produção anteriores as forças produtivas são alteradas para atender as demandas do mercado, mas as relações de produção (as relações de classes), a condição de trabalhador permanecem sem alterações.
Tal situação gera conflitos e contradições entre as forças produtivas em transformação e as relações sociais de produção que se mantinham inalteradas.
Para Marx esses conflitos e contradições se intensificariam até que houvesse a sucessão de
	erupções/revoltas sociais que punha abaixo o antigo sistema, dando origem a um novo.
Em todo o modos de produção (atual e anteriores) as contradições entre as forças produtivas e as relações de produção manifestavam-se sob a forma de luta de classes.
A luta incessante entre as classes que detinha os meios de produção (exemplo: proprietários dos escravos romanos) e a classe majoritária (quantidade), controlada e explorada (escravos romanos) por ela.
Com base no histórico de luta de classes mantida pela sociedade nos sistemas econômicos anteriores, Marx afirma que o capitalismo seria o
	último modo de produção baseado na existência de antagonismo de classe.
No capitalismo a classe proprietária dos meios de produção (classe dominante) seria derrubada pelo proletariado (classe operária), que instauraria uma sociedade sem classes, no qual os meios de produção seriam convertido para todos.
Esta é uma realidade que ainda não se concretizou, apenas casos pontuais:
Coréia do Norte; Cuba, China, Vietnã e Laos e a ex-URSS.

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