Buscar

Resumo Conformação Mecânica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Conformação Mecânica
 Conformabilidade: capacidade de um material metálico ser deformado plasticamente sem trincar.
Depende:
 Rede cristalina do material: como os átomos se organizam nos materiais. CFC (4 átomos), CCC (2 átomos), HC (4 átomos). O material quando se solidifica nunca forma as estruturas cristalinas exatas, sempre forma defeitos.
	- Defeitos Cristalinos:
0 dimensional (ponto) – lacunas (vazio), intersticiais (em locais que não deveria estar, carbono), substitucionais (outros elementos de liga)
1 dimensional (linha) – discordâncias (aresta, cunha, espiral)
2 dimensional (superfície) – contorno de grão, maclas
3 dimensional (volume) – poros, inclusões (metálicas, não metálicas, carbonetos)
 Movimento de discordâncias (rompe-se uma ligação e forma outra)
- Material: 105 disc/cm2
- O afloramento de uma discordância para a superfície às vezes não acontece porque o contorno de grão pode ser uma barreira
- Átomo intersticial também dificulta a passagem da discordância
- Intersecção de discordância (discordâncias em todos os planos do espaço) também pode ser uma barreira
- Discordâncias formam campos de tensões (tração e compressão). Interação de campos de tensões: podem interagir entre si e privar o movimento das discordâncias.
- Átomos substitucionais maiores: provocam uma distorção da rede cristalina
- Grãos grandes: grande movimento de discordâncias
- Inclusões: forma um anel de discordância em volta do precipitado
- Encruamento: grande aumento de discordâncias
 Fratura: intergranular (+ frágil), intragranular (+ dúctil)
 Planos preferenciais + Direções compactas = Sistema de deslizamento
 Maclação: deformação plástica com movimento de átomos menor que um parâmetro atômico, e uma parte possui imagem especular da outra. Muito comum no CFC.
 
CFC
 – apresenta plano compacto, melhor condição de deformação plástica.
CCC- não possui plano compacto apenas direção, tensão para iniciar deslizamento é maior e deformidade menor que CFC.
HC – planos basais são os planos compactos, ductilidade baixa.Microestrutura do material propriedades mecânicas
- Composição química: influencia a adição de elementos de liga
- Tratamentos térmicos: amolecer material, dureza, etc.
- Tamanho de grão: temperatura de austenização
	 volume (tamanho de grão) = energia (de contorno de grão) (tudo tende ao mais baixo nível de energia)
	 tamanho de grão = resistência mecânica
Principal elemento substitucional do aço: carbono
 Tensões iguais se repelem, tensões diferentes se atraem
 Cementita é ortorrômbica, ferrita é CCC estruturas totalmente diferente do Fe
 Além do C intersticial, os contornos de grão também atrapalham na conformabilidade
 Na conformação nunca se ultrapassa o limite de escoamento, 15/20/25% é o máximo que se pode ter de def. plástica.
 Átomos intersticiais: H, N, B, O, C
 H: causa fragilidade
	- 2 átomos de H (H2) exige um espaço muito maior, que gera um campo de tensão grande.
	- material dúctil absorve essas tensões, em outros materiais pode trincar
	- tendência a ir para o contorno de grão onde ocorre trinca intercristalina
 Aços ferramenta: elevado teor de elementos de liga e de C. Na temperatura de austenização aumenta a solubilidade, no resfriamento rápido não permite a difusão, o que causa as trincas.
 Usinabilidade
	- bom cavaco é curto e quebradiço, um cavaco encruado é quebradiço
	- enxofre: 0,2% em aço, melhora a usinabilidade se combinado com Mn, forma sulfeto de manganês
 Tratamentos térmicos
	- recozimento
	- de alivio de tensões
	- de recristalização acabar com encruamento
	- recozimento pleno para tirar a têmpera
	- normalização diminuir tamanho de grão
	- têmpera revenimento precipitação solubilização
	T austenização PP dissolve martensita tetragonal gera tensões revenimento
	- esferoidização melhora a conformabilidade
 Esferoidização da cementita: diminuir a energia livre por difusão (próximo a temperatura eutetóide ~ 700°C). Deve ocorrer na temperatura mais alta possível para evitar o crescimento de grão.
	-Ex. Cu TF = 1081°C velocidade que os átomos se movimentam 1027x/s, no processo de esferoidização é bastante demorado ~ 30 horas.
	- Esferoidização não fica boa, então pode fazer a conformação a quente, porém fica sem encruamento, então faz uma têmpera para deixar com melhores propriedades mecânicas.
 Tensão cisalhante a 45° tensão normal = tensão máxima.
 Tamanho de grão austenítico: austenita a altas temperaturas = energia elevada, crescimento de grão = energia
	- partículas e átomos que se difundem com dificuldade, dificultam o crescimento de grão, estabilidade em temperaturas elevadas.
	- pequeno tamanho de grão = limite elástico elevado
	- escoamento do material aumenta com tamanho de grão
 Efeito da taxa de deformação
	- escoamento do material aumenta com taxa de deformação
	- temperatura do material aumenta devido ao aquecimento adiabático
	- melhor lubrificação na interface metal-ferramenta, se filme do lubrificante for mantido
	- Taxa de deformação
 Equação de Hall-Petch
 Temperatura na Conformação Mecânica
 Conformação a Frio (30% Tf)
- para ter elevada conformabilidade esferoidização grãos de cementita
- maior desordem das discordâncias = encruamento. Quando aquecer acaba com o encruamento (estado de tensão interna elevado, ex. cerca de arame farpado)
- menos energia, mais resistente, porém mais frágil 
- apresenta instabilidade, pois se aquecido pode mudar as propriedades e alterar o material
 - com a composição definida representa a redução ao movimento das discordâncias
- pode-se usar lubrificantes de extrema pressão. Lubrificação com pressão precária pode gerar atrito entre 2 partes e aumentar demais a temperatura e até gerar solda, com lubrificação adequada isso não acontece
 Conformação a Morno (30% - 50% Tf)
- recuperação: anulação das discordâncias + e – que se encontram e acabam com o encruamento, porém não ocorre à recristalização, há certa relaxação
- parâmetros atômicos ficam maiores nessa faixa de temperatura
- temperatura interna que permite certa mobilidade dos átomos, que gera certo rearranjo nas discordâncias
- nível de tensões internas é consideravelmente mais baixo, mas não ocorre a recristalização, grãos continuam largos = recuperação do material
 efeito da conformação a morno nas propriedades mecânicas:
 temperatura de deformação deformação e taxa de deformação resistência ductilidade do produto 
 Vantagem a morno com relação a frio: aumentos similares de resistência melhor tenacidade e ductilidade do material
 Evolução microestrutural na conformação a morno:
	- estudos de laminação entre 500 e 750°C mecanismo de amolecimento dinâmico dos aços ferríticos é recuperação (subestrutura de discordância é produzida na ferrita). Nesta faixa de temperaturas não ocorre recristalização aço 0,07% a 840°C com redução na laminação de 40% certa de 10% recristalizou estaticamente.
 Conformação a Quente (50% Tf)
- recuperação e recristalização
 Recristalização = surgimento de um novo grupo de grãos a partir da estrutura existente, redução do tamanho de grão. Ocorre nos pontos de maior concentração de tensões, como contornos e intersecção de grãos
FIGURA
- nucleação depende da temperatura de conformação e da taxa de deformação (energia interna do material), que quanto maior a deformação maior é o refino de grão
- recristalização termicamente ativa
- Ex. jamais de consegue laminar de 5mm para 1mm, pois haverá muito encruamento e pode estragar o material. Faz-se então um tratamento (intermediário) para haver a recristalização, acima da temperatura de conformação a quente processo de forma contínua
 Vantagem: força menor
 Desvantagens: energia alta, dimensionamento da peça, descarbonetação, lubrificação (difícil de encontrar um eficiente) causa desgaste na ferramenta (custo alto) = problemas de acabamento na superfície.
- Lingotamento contínuo: fundidos e vão para a laminação continua e se chega a 5mm (não da menos, porquehá muito gasto de energético para manter a chapa, que é muito grande, na temperatura quente).
 Influência da temperatura na deformação: difusibilidade do C, que difunde para onde a energia é menor, C esta num local de grande compressão e migra para a discordância e a segura = aumento de resistência = altera escoamento movimento de átomos intersticiais para as discordâncias prendendo-as. Menos de 300°C ainda não há energia interna suficiente para ocorrer a mobilidade esses átomos.
- revenido a 300°C pode fragilizar o material = fragilidade do revenido
- acima de 700°C o material fica austenítico: CFC e apresenta comportamento diferente.
Em eixos temperados e 
revenidos
 e depois usinados para acabamento – pode quebrar o balanceamento e deformar Atrito em Processos de Conformação: mecanismo pelo qual se desenvolvem forças na superfície de 2 corpos em contato produzindo resistência ao deslizamento de um corpo sobre o outro.
- alteração dos estados de tensão necessários a conformação
- produção de fluxos irregulares de metal durante a conformação
- aparecimento de tensões residuais no produto
- necessária mais força para vencer atrito = problemas no acabamento superficial
Shot
 
spinning
: 
jateamento
 com granalhas de aço para aumentar a tensão de compressão- atrito de deslizamento, tensão de atrito (tensão cisalhante na interface), atrito de aderência, desgaste de ferramentas
 Tensões residuais: influencia muito significativa. Sistema de tensões que pode existir em um corpo quando ele está livre de forças externas
- tensões elásticas plásticas rompem o material
- balanceada: estão em equilíbrio (Ex. na usinagem quando se faz um furo quebra esse equilíbrio e pode gerar trincas deformações plásticas, permanente)
- tridimensional
- embora haja tensões cisalhantes, é comum só considerar tração e compressão compressão melhora resistência a fadiga.
	 Fatores de induzem:
- deformações heterogêneas (mecânicas), aquecimento heterogêneo e restrições térmicas
-metalúrgicas: variação de volume da transformação de fase (ex. martensita)
- químicos: ataque químico ou corrosão preferencial pode romper equilíbrio das tensões residuais distorção
- Eliminação de tensões residuais: aquecimento, deformação a frio.
 Lubrificação na Conformação Mecânica: reduzir atrito através da introdução de camada de fácil cisalhamento entre ferramenta e peça
 Função dos lubrificantes
- reduzir carga necessária para deformação
- aumentar deformação possível antes da fratura
- controlar acabamento superficial do produto
-minimizar o desgaste da ferramenta
-minimizar a absorção do metal da peça pelas ferramentas
-proporcionar isolamento térmico para peça e ferramenta
- resfriar a peça e/ou ferramenta
- possuir condutividade elétrica para assegurar o desaparecimento de cargas elétricas estáticas
 Requisitos para um bom lubrificante
- trabalhar numa larga faixa de temperaturas, pressões e velocidades de deslizamento
-boas propriedades de espalhamento e molhabilidade
- ser compatível com material da peça e das ferramentas com relação ao ataque químico e molhabilidade
- boa estabilidade térmica e resistência ao ataque bacteriológico e outros contaminantes
- produzir resíduos inofensivos e facilmente removíveis (não manchar as peças em tratamentos térmicos e soldagens posteriores)
- ser atóxico, não inflamável e barato
Laminação: perfis 
 cilindros curtos e estreitos
Trefilação: arame (fieira). Puxa-se o material
Extrusão: tubos, perfis de Al. Empurra-se o material
Conformação de chapas: só a frio. Corte e dobramento
 Ferramentas:
- menor desgaste da ferramenta = vida útil
- ferramentas x conformabilidade
 Requisitos para Ferramenta
Resistência mecânica: suportar elevadas tensões que o material esta sendo submetido. Também para segurar partículas duras. Relacionada a elevada dureza.
Resistência ao desgaste: endurecendo a peça. A dureza (conseqüência da composição química) é necessária, porem não é suficiente. O mais importante é ter um material com partículas duras (carbonetos e nitretos)
Dureza
Resistência a temperatura ambiente e altas temperaturas
Resistência a fadiga: evitar fazer ferramentas com cantos vivos que leva a pontos de nucleação de trincas. Conseqüência de projetos mal feitos.
Bom acabamento superficial
Temperabilidade
Além dessas características:
- Tenacidade: antagônica a dureza, tentar conciliar dureza com tenacidade.
- Estabilidade Dimensional: qualquer variação na dimensão causa grandes prejuízos
- Estabilidade química: relação com corrosão, Cr (óxido) principal elemento anti-corrosivo do aço, pode formar carbonetos de Cr (resistência ao desgaste), porém assim não sobram óxidos para Cr ser usado contra corrosão, compensa mais usar um lubrificante para isso.
- Resistência a fluência: não é tão sério em ferramentas, porque fluência é conseqüência a longo tempo (ensaios conclusivos podem levar 11 anos) e não há um tempo longo aplicando a ferramenta. Importante em turbinas de avião (uso continuo por longo tempo) não há aplicação de força continua na maioria dos casos, há na laminação à quente.
- Baixo custo: tentar relacionar essas variáveis com baixos custos.
 Melhorar essas variáveis:
	 Resistência ao desgaste:
- formar carbonetos elementos formadores de carbonetos:
Mn, Cr, Mo, W, V, Nb, Ti, Ta
Si é desestabilizador, jamais usar, ex. fofo é grafitizante e forma cementita
Mn é fraco porque se junta com O e forma óxido de manganês
Cr é pouco estável e se dissolve na ferrita (só vai se dissolver se não estiver na forma de carboneto)
Ta mais forte formador de carboneto
Nb, Ti, Ta pouco usados porque são estáveis demais
Cr e V é usado para aços de ferramentas de trabalho a frio
Mo, W para aços de ferramentas de trabalho a quente, V também para ter carbonetos estáveis e ter refino de grão. (Mo+V = endurecimento secundário)
Ex. Fundir aço para ferramentas com determinada composição química e ao solidificar fica com determinada forma:
Fundição Solidificação Carbonetos primários
- Carbonetos primários: frágeis, fácil de trincar, devem ser dissolvidos
- Não é uma estrutura desejada
	Esse aço deve ser adquirido para usinar e assim fabricar a ferramenta (usinagem pode ser eletroerosão, bem automatizado)
	Após a ferramenta estar pronta faz o tratamento térmico:
 Tratamento térmico: têmpera (aquece até a temperatura de austenita 1280°C) com tempo necessário para dissolver os carbonetos primários (por isso não se usa Nb,Ti, Ta pois são muito estáveis e seria difícil dissolver, teria que usar uma temperatura muito alta e causaria crescimento de grão, que seria um problema). 
Transforma-se em martensita (CFC para tetragonal). Nem sempre os elementos adicionados na austenita terão lugar nessa nova estrutura = austenita retida (metaestável) que é mole. Após o resfriamento da martensita faz o revenido.
Revenido aliviar estados de tensões da martensita (tetragonal para CCC), martensita metaestável se transforma em martensita, se aquecido novamente pode voltar à tetragonal, faz-se outro revenimento para isso não acontecer.
	- Tetragonal para CCC: tendência a expulsar elementos de liga, mas eles levam o C junto e forma carbonetos muito pequenos e finamente dispersos na matriz (não há mais energia/temperatura para ter movimentos longos = carbonetos pequenos = secundários)
	-Se não dissolver todos os carbonetos primários haverá poucos secundários = fragilidade = pode trincar (acontece quando não há equipamentos adequados)
 Aços para trabalho a frio indeformáveis: austenita retida, por ser mole absorve as tensões da martensita transformada = não há variações volumétricas.
- necessários fornos que possam manter constante a temperatura de austenitização (1280°C), qualquer variação produz grandes problemas
	- boa estrutura: captação de gás
	- tratamento térmico: complexo
- Dureza martensita: dura que pode ‘segurar’ partículas de carboneto
-Usinagem: pastilhas de cerâmica
- Conformação: cerâmicas de alto desempenhoem fieiras (trefilação) pode usar diamante.
- Metal duro: carboneto de W com Ta misturado com Co. Usa-se em pequenas quantidades (alto custo)
- Cilindros de laminadores: extremamente pesados, muito gasto de material
	- Ferro fundido branco: porte externa, resfria mais rapidamente, não há tempo para precipitação da grafita
	- Ferro fundido cinzento: porte interna, resfria lentamente, há tempo para precipitação da grafita. Porém são feitos ou aço com cobertura de Cr duro ou carbonetos de Cr que dão resistência ao desgaste.
 Forjamento: operações efetuadas com esforços de compressão em material dúctil, de modo que tende a assumir o contorno ou perfil da ferramenta de trabalho.
- matriz aberta entre 2 superfícies livres
- matriz fechada com rebarba
- matriz fechada sem rebarba
 Equipamentos empregados
	- Martelos de forjamento: queda livre, aceleração mecânica ou hidráulica e martelo contra golpe (matrizes superior e inferior se movem)
	- Prensas Mecânica: dependendo da aplicação atualmente 600-800 golpes/min
		 Hidráulicas: grandes, velocidade baixa, somente para componentes grandes (ex. núcleo de reator nuclear)
 Forjamento livre: conformar por pressão com ferramentas que se movimentam umas contra as outras e que não contém a forma da peça ou somente contem em parte. Conformado entre matrizes planas ou de formato simples, que normalmente não se tocam.
 Operações unitárias: dar pré forma para a peça e depois em outra conformação dar formato final. Finalidades: produzir peças acabadas de feito simples; redistribuir a massa de uma peça bruta para facilitar a obtenção de uma peça complexa por posterior forjamento em matriz.
	- Recalque ou recalcamento: compressão direta do material entre um par de ferramentas de face plana ou côncava, visando reduzir a altura da peça e aumentar sua seção transversal.
	- Estiramento: visa diminuir o comprimento de uma peça a custa de sua espessura.
	- Encalcamento: variedade de estiramento em que se reduz a seção de uma porção intermediaria da peça por meio de uma ferramenta ou impressão adequada.
	- Rolamento: operação de distribuição de massa ao longo do comprimento da peça, mantendo-se a seção transversal redonda enquanto a peça é girada em torno do próprio eixo.
	- Alargamento: aumenta a largura de uma peça reduzindo sua espessura.
	- Furação: abertura de um furo na peça, geralmente por meio de um punção de formato apropriado, nem sempre é possível fazer até o final.
 Operações unitárias mais comuns:
	- Extrusão (direta ou inversa): material é forçado a passar através de um orifício de seção transversal menor que a peça.
	- Laminação de forja: reduz e modifica a seção transversal de uma barra passando-a entre 2 rolos que giram em sentidos opostos, tendo nada rolo um ou mais sulcos de perfil adequado, que se combina com o sulco correspondente ao outro rolo.
	- Caldeamento: produzir soldagem de 2 superfícies metálicas limpas postas em contato, aquecidas e submetidas a pressão.
	- Cunhagem: produzir impressão bem definida na superfície de uma peça, geralmente para peças pequenas como moedas. Grandes detalhes de diversos tipos em peças maiores.
	- Fendilhamento: separar o material, geralmente, aquecido por meio de um mandril de furação provida de gume, depois de a ferramenta ser introduzida até metade da peça, é virada e fendilhada do lado oposto.
	- Expansão: alargar uma fenda ou fura, fazendo passar através do mesmo uma ferramenta de maiores dimensões.
 Nas operações de forjamento de corte: regiões com diferentes estados de tensões diferentes graus de deformação plástica. Na conformação a quente pode usar com rebarba. Na conformação a frio as propriedades mecânicas são diferentes devido a diferença nos tamanhos de grão (recristalização), não pode usar rebarba.
 Fazer a peça com várias formas intermediarias para que a deformação final tenha o mesmo fluxo.
 Efeito do atrito: no núcleo há estado de tensões muito maior. 
Distribuição de tensões: pode variar quando tamanho é maior.
 Flambagem de peças: peça dobrada de modo a adquirir um determinado contorno que pode variar de ’V’ até seções muito complexas
 Aspectos tecnológicos do Forjamento Livre:
 Aplicações:
	- peças grandes para produção em matriz fechada
	- conferir propriedades mecânicas que não podem ser obtidas na usinagem
	- quantidade de peças pequena para justificar custo em matrizes fechadas
	- prazo de entrega pequeno para confeccionar matrizes
 Tamanho dos forjados: limitado pela capacidade dos equipamentos, produz desde hélices de navios até poucos cm.
	Equipamentos:
	- martelos mecânicos: peças pequenas
	- martelos hidráulicos: peças maiores
	- calda de andorinha: facilitar retirada
 Forjamento em matriz: peças complexas ou de precisão, alta produção. Matriz tem alto custo; pré-forma + forma final. Exige matrizes especialmente preparadas que contenham o negativo (ou contorno) da peça a ser produzida. A obtenção de um formato complexo normalmente exige uma ou mais etapas de pré-forjamento (redistribuir o metal para posições mais adequadas para forjamento subsequente).
- Locais de maior desgaste da matriz faz-se um recobrimento com nitreto (também ajuda a diminuir atrito) ou nitretação total.
	Através da vaporização deposita-se nitreto de tântano na superfície. Nitretação: deposita-se nitrogênio na superfície, deixa no forno (não introduz nem deposita nitreto, apenas nitrogênio), material vai para nitretação com tratamento e revenido, temperatura = 540°C bem abaixo da austenita (não interfere no tratamento térmico)
 Funções da Rebarba: garantir preenchimento da matriz; melhorar distribuição de fluxo no material; atuar como ‘válvula de segurança’; regular escapamento do metal.
 Diversas etapas de trabalho e ferramentas: economizar energia e trabalho, reduzir desgaste das ferramentas e aumentar precisão.
	- Conformação intermediaria: distribuição de massas, dobramento (se for o caso, formação de seção transversal).
 Movimento na conformação final objetivo: reduzir ascensão do material
 Processos básicos de movimentação de material no forjamento em matriz:
Do ponto de vista de forças é melhor ter recalque do que ascensão.	- Recalque: redução da altura inicial com escoamento de metal perpendicularmente a direção do movimento das matrizes.
	- Alargamento: grande movimentação transversal de material sob atrito.
	- Extrusão: escoamento de material numa direção paralela ao do movimento das matrizes.
	- Ascensão ou Extrusão inversa: sentido do movimento do material é contrário ao do trabalho. Geralmente aumenta a altura da peça e envolve grande deslocamento de material sob atrito.
 Características tecnológicas: reduzir carga do forjamento, o tempo, o nº de etapas e acessórios, simplificar fabricação de matrizes e ferramentas, garantir sanidade.
 Princípios observados no projeto de pré-formas:
	-área da seção transversal ao longo do comprimento da peça deve ser = a área de seção final com rebarba
	- raios das concavidades da pré-forma devem ser maiores do que os correspondentes na peça final
	- seção transversal da pré-forma deve ser mais alta e mais estreita que a seção final
 Regras a serem satisfeitas no projeto de peças:
	- paredes laterais das peças recalcadas devem ter sempre que possível a forma de barril
	- evitar cantos vivos
	- seções transversais perpendiculares á direção de forjamento devem ser arredondadas, ou pelo menos ter cantos arredondados
	- superfícies paralelas à direção de forjamento devem ser inclinadas
	- evitar fundos finos
	- espessuras das paredes, ressaltos e nervuras, obtidos por elevação do material, matem relação direta com a altura dos mesmos
	- evitar peças com grande assimétrica de forma e volume
	- evitar encaixes (reentrâncias laterais)
	- comum não forjar furos pequenos
	- rebarba deve ser posicionada no local mais adequado a sua remoção posterior e ao preenchimento total da cavidade da matriz
	- sempre que possível convém subdividir peças complicadas em partes simples a serem forjadas individualmentee depois unidas (soldagem)
	- quando necessário, sobre medida para usinagem
	- a precisão do forjamento leva em conta o efeito da contração térmica das peças (trabalho a quente) e certo grau de desgaste das matrizes
	- matriz deve estar perfeitamente alinhada. Se não estiver na posição ideal não há distribuição homogênea de forças.
 Grandes vantagens da Conformação: há condições de simultaneamente alterar a forma da peça e as propriedades mecânicas.
 Termomecânica: conciliar conformação com tratamentos térmicos
 Forjamento: para grande produção, normalmente peças pequenas
	- Livre: ferradura, espadas
	- Matriz: com rebarba (mais força necessária para conformação); sem rebarba. (a frio não se usa rebarba)
 Operações posteriores ao forjamento:
	- rebarbação
	- furação, usinagem
	- desempeno
	- calibração: não pode ser feito com forjamento secundário. Peça de metalurgia do pó pode forjar (reduz porosidade e calibra a peça)
 Recalque: zona de atrito que não há escoamento de material, por isso não se pode fazer furo no forjamento.
 Operações de limpeza superficial: tamboreamento; jateamento; decapagem química; neutralização.
 Melhoria de propriedades mecânicas: tratamentos térmicos
 Defeitos de forjados:
	- penetração incompleta do forjamento (deformação insuficiente)
	- trincamento superficial
	- trincamento na rebarba: raio de arredondamento da rebarba
	-dobra (prega, fenda de superposição): em cantos vivos
	- falha de enchimento: rebarba mal dimensionada, temperatura, falta de material
	- trincamento interno: grande diferença de velocidade de uma matriz para outra, há espalhamento interno, não há caldeamento dessas superfícies.
 Material exigido:
Mi = massa do bloco inicial
Mf = massa da peça forjada
Mr = massa da rebarba
Mo = massa de material perdido na forma de óxidos

Outros materiais