Teoria da Comunicação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NORTE-RS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO 
DISCIPLINA: TEORIAS DA COMUNICAÇÃO 
 
 TEORIAS DA COMUNICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos da Disciplina 
 
 
 Analisar e pesquisar os fundamentos da comunicação 
social e modelos comunicacionais correntes; 
 
 
 Analisar os fenômenos da comunicação social; 
 
 
 Relacionar a teoria da comunicação social com os 
aspectos vivenciais práticos da comunicação humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliações da Disciplina 
 
A disciplina será avaliada em três momentos 
 
1 – Prova que compreende o conteúdo da disciplina. 
(Valor 10,0) 
 
2 – Seminários dos livros que serão trabalhados durante 
o semestre. (Valor 9,0). 
 
3- Participação com perguntas ou contribuições na 
apresentação dos colegas (Valor 1,0). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Informações sobre a disciplina 
 
 
 Trabalhos não serão aceitos fora do prazo 
combinado de entrega; 
 
 Trabalhos entregues fora do prazo não serão 
avaliados; 
 
 Trabalhos não serão aceitos via e-mail; 
 
Dúvidas não serão sanadas via e-mail. Pergunte e 
questione em aula; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
O que é uma Teoria? 
 --Definições Possíveis-- 
 
 
 Wikipédia 
 Origem da palavra: Grego 
THEA = espectador + HORAN = olhar algo 
 Significado: ação de contemplar, olhar, examinar, 
especular... 
 Também pode ser entendido como forma de pensar e 
entender algum fenômeno a partir da observação ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
O que é uma Teoria? 
 --Definições Possíveis-- 
 
 
 Wikipédia: 
 Mas acima de tudo ela tem diferentes significados EM 
DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO, 
dependendo de suas METODOLOGIAS e do 
CONTEXTO DE DISCUSSÃO 
 
ÁREA e CONTEXTO 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
Teoria - Científica 
 
 
 
 Teoria em ciência 
 
 Um modelo lógico e autossuficiente ou uma estrutura 
de análise capaz de descrever um comportamento ou 
relatar um objeto de pesquisa oriundo do mundo 
natural ou um fenômeno social 
 Originalmente é comprovada com evidências 
experimentais que podem ser testados e repetidos 
(Método Cientifico – Francis Bacon - Renné 
Descartes...) 
 
Possui um critério e uma hipótese: 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
Teoria - Científica 
 
 
 
 Critério Essencial de uma Teoria Científica: 
Corpo de descrição do conhecimento quando este 
possui base empírica (que se apoia exclusivamente na 
experiência e na observação) 
 Possui uma teoria pré-existente que foi 
experimentada e verificada 
 Suportem diferentes evidências com base na 
realidade e numa única fundamentação que seja 
aproximada para explicar os fatos 
 Possui uma hipótese: 
Um “estranhamento” sobre a realidade 
Onde a verdade ou falsidade de uma proposição 
depende do método e da estrutura de observação 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
Qual a importância de uma Teoria? 
 
 
 
 Motivações da Ciência ao longo do tempo... 
 Velho (1987) 
Século XVII, a justificativa era a glória de Deus ou o 
bem-estar social 
 Forte relação entre ciência e religião, ou ciência e 
utilidade social 
Século XIX: idealismo da ciência pura, da atividade 
científica sem nenhuma intenção de aplicação. 
 Essa visão foi possível diante dos avanços 
tecnológicos alcançados pela ciência. O cientista se 
considerava independente da sociedade, vendo a 
ciência como um empreendimento válido por si 
mesmo e que, levado a efeito dentro da sociedade, 
não fazia parte dela. 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
Qual a importância de uma Teoria? 
 
 
 
No século XX, com a desilusão causada pelas consequências 
da Primeira Guerra Mundial, o exercício da atividade 
científica precisou novamente de justificação social 
 Apesar de ter progredido imensamente a ciência não foi 
capaz de solucionar os grandes problemas sociais, como 
distribuição de renda, subnutrição, doenças e ainda 
aparelhar a humanidade para a guerra, com um poder 
destrutivo cada vez maior. 
 A sociedade viu o potencial da ciência e passou a esperar 
tais soluções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
Qual a importância de uma Teoria? 
 
 
 
Ciência em nossos dias: O desafio atual está, portanto, em 
como incorporar os resultados da pesquisa no processo de 
inovação tecnológica. 
 Forte ligação entre atividade científica e responsabilidade 
social 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
O que é Comunicação? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
O que é Comunicação? 
 
 
 
 É uma questão eminentemente social 
 Possibilita a convivência em grupos, antigamente para 
garantir a sobrevivência, atualmente para participar dos 
mesmos elementos culturais 
 A Comunicação Humana pressupõe dar expressão a 
qualquer pensamento, sentimentos de forma verbal ou 
não-verbal 
 Hábitos de sociabilização complementam, portanto, a 
convivência social junto com a linguagem verbal e escrita. 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
Conceitos Básicos de Comunicação 
 
 
 
 Comunicação: processo de entender, compartilhar 
mensagens 
 
 Através do modo de comunicar-se ocorrem mudanças de 
comportamento a curto, médio ou longo prazo no 
ambiente de comunicação ou através de outras formas de 
interação. 
 
 Interação: compartilhar significados de ideias, pensamentos 
e propósitos. Entender o contexto permite alcançar 
objetivos de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
 Elementos do processo comunicacional clássico 
 
 
 E MENSAGEM R 
CANAL 
• A base dos modelos produzidos na teoria da comunicação 
sobre os processos comunicacionais é inspirada nas antigas 
descrições sobre a retórica, a dialética e a argumentação da 
antiguidade clássica: Platão, Aristóteles, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
 Elementos do processo comunicacional clássico 
 
 
 
•Nos interessa estudar profundamente todo esse processo: 
conhecer o canal para transmitir a mensagem a um receptor 
que consiga atingir a significação desejada por nossos clientes 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
 Elementos do processo comunicacional 
 
 Mensagem – Ato de Comunicar 
 
 
 
 Deve conter Informação: instrução codificada adequada para 
a captação e decodificação do receptor 
 Linguagem: pressupõe um vocabulário e a maneira de usá-lo 
convencionado socialmente 
 Código: corpo de leis, coleção sistemática de estatutos, 
conjunto de regras 
 Símbolo: consenso geral capaz de remeter naturalmente a um 
significado, por ter qualidades análogas ou por associação 
efetiva 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
 Ato de Comunicar 
 
 Pressupõe Entendimento Convencionado (combinado) 
 
 
 
 Comunicação de bens e provisões (representações estimativas de perda 
de ativos ou de obrigações para com terceiros) 
 Que bens permutamos (transposição recíproca de duas coisas; troca) 
quando enviamos mensagens? 
 Transmitimos sinais ou signos (audíveis, visuais, táteis) 
 Mas o componente fundamental do processo é o conteúdo 
de informações para o estabelecimento do vínculo 
informativo 
 Ou seja, estabelecer um processo comunicativo étransmitir 
informações que possam estimular respostas no receptor 
através de vínculos na comunicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
 Linguagens e Códigos 
 
 
 
 
 
 A experiência humana não é uma questão momentânea: é 
uma continuidade 
 Contínuo estado de mudanças: história e tradição 
 A linguagem correlaciona (estabelece relação entre) os interesses e 
necessidades de cada época 
 A linguagem é um aspecto de cultura comum a todas as 
sociedades humanas 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
 Vínculos da Comunicação 
 
 
 
 
 
 Vínculos Não-cooperativos: 
 Leitura de um jornal (exceto cartas ao redator). 
 Locutor em um estúdio de rádiodifusão 
 Arqueologista: decifra sozinho os signos de uma cultura que 
desconhece. Pode fazer suposições, mas ninguém vai ajudá-
lo a corrigir 
 
 Vínculos Cooperativos: 
 A conversação bidirecional de comunicação: ação cíclica de 
estímulo e resposta 
 Palestra: apesar de não abrir espaço para uma interlocução 
contínua, vê o efeitos dos estímulos por ele emitidos 
 
Teoria Hipodérmica 
 
 
 
 
Teoria Hipodérmica 
 É um modelo de Teoria da Comunicação; 
 Também conhecido como Teoria da Bala Mágica; 
 Segundo o modelo, uma mensagem lançada pela mídia é 
imediatamente aceita e espalhada entre todos os receptores, 
em igual proporção; 
 
 Esses conceitos foram elaborados pela Escola Norte-
Americana, nos anos 30. 
 
 O principal objetivo foi fornecer bases empíricas e 
científicas para a elaboração de sistemas de comunicação, 
com ênfase nos efeitos de comunicação sobre o 
comportamento da população; 
 
 
 
Teoria Hipodérmica 
 A cada concepção de comunicação que embasa este modelo 
parte do princípio da sociedade organizada em massa, ou 
seja, “cada elemento do público é pessoal e diretamente 
atingido pela mensagem” e, cada indivíduo é um átomo 
isolado que reage isoladamente às ordens e às sugestões dos 
meios de comunicação de massa. 
 
 Deste modo, então, o modelo foi considerado, 
posteriormente, excessivamente simplista, pois em seu 
modelo não se considerava o papel das diferenças de ordem 
social, como a pertença a grupos de identificação e, o papel 
de lideranças de opinião. 
 
 
Contexto 
 
 Em 1914-18, a propaganda de massa começa a ser utilizada 
como estratégia de guerra e as pessoas despertam para os 
seus efeitos no totalitarismo. Populações heterogêneas das 
sociedades industriais não estavam unidas em torno de um 
sentimento que mantém o cidadão como membro de uma 
totalidade. 
 
Contexto 
 
 Na medida em que os países se comprometiam 
politicamente, tornava-se indispensável despertar nos 
cidadãos o sentimento de ódio contra o inimigo e de ânimo 
diante de tantas privações; surgia a necessidade mais do que 
urgente de se forjar elos entre o cidadão e a pátria. A Teoria 
Hipodérmica surge nesse período, entre as duas Guerras, 
como paradigma científico e empirista dos estudos dos 
efeitos da comunicação. 
 
 
A Teoria 
 Como consequência do que se viu no período, quando 
a propaganda de guerra conseguiu unir nações inteiras 
em torno de um ideal comum, passou-se a acreditar na 
mídia como capaz de direcionar as pessoas para 
praticamente qualquer direção desejada pelo 
comunicador. As mensagens midiáticas ganharam o 
status de "balas mágicas" com o poder de atingir toda 
uma população de maneira uniforme. 
 
A Teoria 
 Segundo um dos estudiosos que ajudaram a formular a 
teoria, o norte-americano Harold Lasswell "um 
instrumento mais novo e sutil tem de caldear milhares e 
até milhões de seres humanos em uma massa 
amalgamada de ódio, vontade e esperança. (…) O 
nome deste novo malho e bigorna de solidariedade 
social é propaganda." 
 
A Teoria 
 
 As suposições psicológicas em que se baseou a Teoria 
da Bala Mágica eram, de certa forma, menos 
sofisticadas do que as que conhecemos hoje em dia. 
"Por exemplo, durante a Primeira Guerra Mundial, e 
sob a influência de Darwin, a psicologia do instinto 
esteve no auge. 
 
A Teoria 
 Não foi senão ao término da década de 1920 que os 
fatos da mutabilidade e variabilidade individual humana 
começaram a tornar-se demonstráveis com o emprego 
de novos testes mentais e outras técnicas de pesquisa", 
explica DeFleur.[ Ou seja, a ideia da bala mágica era 
perfeitamente coerente com as teorias sociais e 
psicológicas vigentes até então, que acreditavam em 
uma natureza humana relativamente uniforme. 
 
 
Aspectos importantes 
 
 A palavra-chave para esta teoria é " Manipulação da massa“; 
 Todo membro do público de massa é pessoal e diretamente 
"atacado" pela mensagem. 
 Se uma pessoa é apanhada pela propaganda, pode ser 
controlada, manipulada, levada a agir. 
 A massa engloba indivíduos isolados, anônimos, separados 
e atomizados. Isso os faz indefesos e passivos diante da 
comunicação. As pessoas são altamente influenciadas (do 
contrário do senso comum, os meios de comunicação não 
manipulam, mas sim influenciam os membros da sociedade 
em que atuam). 
 
 
 
 
Aspectos importantes 
 
 Em 1948, Lasweel cria um modelo que representa, 
simultaneamente, uma herança, uma evolução e uma superação 
da teoria hipodérmica: o Modelo dos cinco "Q"s 
 
 
 Quem → Diz o quê → Em que canal → A quem → Com que 
efeito.