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Escola de Frankfurt Escola de Frankfurt - Contextualização - O Instituto de Pesquisa Social foi fundado no auditório da Universidade de Frankfurt em 22/06/1924 em resultado da Primeira Semana de Trabalho Marxista, ocorrida em Ilmenau. Escola de Frankfurt - Contextualização - Felix Weil - jovem marxista convence seu pai, rico negociante judeu, a amparar a instituição que idealizou. O Instituto receberia uma doação anual de 120 mil marcos de Herman Weil. Escola de Frankfurt - Contextualização - Nos anos 1930, graças ao trabalho intenso de Max Horkheimer (1895-1973), filho de um industrial judeu, o Instituto se desenvolveu. Escola de Frankfurt - Contextualização - Entre 1930 e 1950, os frankfurtianos entraram em todos os campos das ciências humanas, procurando adaptar o marxismo a cada uma delas, criando novas formas - politicamente corretas - para expressar as mesmas ideias de Marx. Escola de Frankfurt - Contextualização - Os frankfurtianos trataram de assuntos que compreendiam desde o destino do ser humano na era da técnica até a política, a arte, a música, a literatura e a vida cotidiana. Escola de Frankfurt - Contextualização - Com a tomada de poder por Hitler, Max é destituído do cargo de diretor do Instituto. A partir de 1933, os membros judeus da instituição são exilados em outros países (principalmente EUA). Escola de Frankfurt - Contextualização - Estabeleceu-se como sede de estudos do Instituto a Universidade de Columbia/EUA. Max Horkheimer, Leo Löwenthal e Theodor Adorno trabalharam ali. Escola de Frankfurt - Contextualização - Lazarsfeld buscando “desenvolver uma convergência entre a teoria européia e o empirismo americano” Adorno recusa dobrar-se à lista de questões propostas pelo financiador da pesquisa (A Fundação Rockefeller), que prima pela pesquisa da rádio comercial; Escola de Frankfurt - Contextualização - Adorno “quando fui submetido à exigência de medir a cultura, vi que a cultura deveria precisamente ser essa condição que exclui uma mentalidade capaz de medi-la” Escola de Frankfurt - Contextualização - Horkheimer compartilha dessa incompatibilidade de pesquisa entre as correntes européia e americana “com excessiva frequência, a pesquisa se vê impondo seus objetos pelos métodos de que dispõe, quando seria preciso adaptar os métodos ao objeto” DIALÉTICA DO ILUMINISMO Adorno e Horkheimer (1944) O desenvolvimento de um ser humano esclarecido e autônomo (ILUMINISMO) traz consigo uma organização econômica e política cujos interesses sistêmicos acabam sendo mais fortes. O PROGRESSO CIENTÍFICO, ECONÔMICO E TECNOLÓGICO TROUXE OUTRAS PATOLOGIAS CULTURAIS. SARAMAGO: O instinto serve mais ao animal, que a razão ao homem. Nós, humanos, estamos todos cegos. (Ensaio sobre a Cegueira) O conceito de Indústria Cultural • Na década de 40, Adorno e Horkheimer criam o conceito de indústria cultural • O conceito de Indústria Cultural trata da produção da cultura como mercadoria O conceito de Indústria Cultural Entende-se que o mercado das massas impõe o mesmo esquema de organização e planejamento administrativo das fabricações em série aos produtos simbólicos. O conceito de Indústria Cultural Os produtos culturais são entendidos como produtos feitos para impedir a atividade mental do espectador, portanto são vistos como produtos alienantes – cultura da alienação. MÚSICA ERUDITA X MÚSICA POPULAR O conceito de Indústria Cultural Serialização e padronização da cultura Racionalidade técnica como racionalidade da dominação Os produtos da Indústria Cultural prescrevem reações. A mídia é rejeitada por reproduzir a dominação através de mensagens ideológicas. O conceito de Indústria Cultural • Através desse entendimento dos produtos culturais, a Indústria Cultural anula toda a individualidade e qualquer ideia de resistência por parte da audiência. • DEPENDÊNCIA DO PÚBLICO COM A INDÚSTRIA Indústria Cultural x Meios de Comunicação Os autores de Frankfurt consideraram, como nunca antes, a crescente importância dos fenômenos de mídia e da cultura de mercado na formação do modo de vida contemporâneo Os meios de comunicação de massa contribuem na disseminação dos produtos da I.C e, em vez de serem emancipatórias em relação à audiência, AS COMUNICAÇÕES SE VÊEM ACORRENTADAS À ORDEM DOMINANTE – CAPITALISMO E CONSUMO. Indústria Cultural x Meios de Comunicação VÍDEO INDÚSTRIA CULTURA POP ART Tipo de arte relacionado ao universo urbano e à indústria cultural que começa a ganhar espaço na década de 1950. Conceito baseado no consumo de produtos culturais fabricados em série, na cultura de massa e na satisfação do gosto médio da população - telenovelas, propaganda, cinema etc. De maneira irônica e humorada, a Pop Art foi um movimento crítico, capaz de denunciar o processo de massificação de uma sociedade que se encantava pelo consumo desenfreado e pelo imediatismo descartável (Revista Bravo!) POP ART x MÍDIA • A Pop Art está hoje nas ruas, nos outdoors, na televisão, em revistas, na arte digital … • Torna-se mais acessível a arte que é feita com a estética do cotidiano – as marcas que estão postas nos anúncios de TV e nas prateleiras de supermercados. • Arte e consumo se confundem nesse entendimento de Pop Art. POP ART x CONSUMO DE MASSA • Ao mesmo tempo em que a arte fala de consumo se oferece como consumo. VÍDEO POP ART Outras pesquisas da Escola de Frankfurt Embora o conceito de Indústria Cultural seja ícone da Teoria Crítica, outros autores são igualmente importantes na Escola de Frankfurt: Walter BENJAMIN Herbert MARCUSE Jurgen HABERMAS (herdeiro). WALTER BENJAMIN • Nunca saiu da Europa • Dizem que foi mais inspirador do que membro da Escola de Frankfurt, porque sua pesquisa tinha tensões com a pesquisa de outros autores – pensava que era próprio do progresso técnico revolucionar a arte. WALTER BENJAMIN Entendia a arte em diferentes termos: não diferenciava a arte erudita como boa e a popular como ruim, mas percebia as diferentes possibilidades que a reprodução técnica trazia à arte – dentre elas o acesso às massas. WALTER BENJAMIN Sua obra mais expressiva é ENSAIO SOBRE 'A OBRA DE ARTE NA ERA DA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA' (1935) WALTER BENJAMIN A ideia principal é a de que com a reprodutibilidade a obra de arte perde sua AURA, seu caráter único, seu ar de raridade. HERBERT MARCUSE • Marcuse permaneceu nos EUA após a Guerra, e desenvolveu estudos diferentes; • Foi inserido no Instituto de Pesquisa Social, em 1934. HERBERT MARCUSE Preocupava-se com: • desenvolvimento descontrolado da tecnologia; • racionalismo dominante nas sociedades modernas; HERBERT MARCUSE Critica o racionalismo das sociedades modernas (irracional, pois não fundado na verdadeira Razão). RAZÃO = faculdade humana que se manifesta no uso completo feito pelo homem de suas possibilidades.JURGEN HABERMAS • Habermas, por sua vez, destaca-se com estudos sobre a opinião pública e cria um conceito muito utilizado em Comunicação: AGIR COMUNICATIVO. JURGEN HABERMAS Falava sobre o diagnóstico de: colonização do mundo da vida (reprodução simbólica) pelo sistema (reprodução material) e crescente instrumentalização desencadeada pela modernidade. JURGEN HABERMAS • Desenvolve a ideia de: RAZÃO COMUNICATIVA = ação comunicativa (comunicação livre, racional e crítica) como alternativa à razão instrumental, "aprisionada" pela lógica instrumental, que encobre a dominação. JURGEN HABERMAS • VÍNCULO ENTRE DEMOCRACIA E SOCIALISMO AGIR COMUNICATIVO: participação mais ativa e igualitária de todos os cidadãos nas instâncias que os envolvem, para obtenção da justiça. JURGEN HABERMAS JURGEN HABERMAS ESFERA PÚBLICA = representa uma dimensão do social que atua como mediadora entre o Estado e a sociedade, na qual o público se organiza como portador da opinião pública. Escola de Frankfurt Síntese da Teoria Crítica Escola de pensamento que critica um mundo onde a instrumentalização das coisas torna-se a dos indivíduos. Escola de Frankfurt Influências da Teoria aos MCM • Concepção negativa da mídia (que manipula, aliena e engana); • Os meios de comunicação de massa são apenas instrumentos de controle e manipulação do pensamento coletivo. Escola de Frankfurt Críticas a Escola • A mídia não representa apenas uma ideologia dominante (ainda mais em tempos de grande difusão dos MCM); • Espectadores não são massa ignorante que absorve a mensagem de forma passiva. VÍDEO ESCOLA DE FRANKFURT Referências Bibliográficas MATTELART & MATTELART. História das Teorias da Comunicação. São Paulo: Loyola, 2006. (p. 73-85). RÜDIGER, F. A Escola de Frankfurt. IN: HOHLFELDT, MARTINO & FRANÇA. Teorias da Comunicação. Petrópolis: Vozes, 2001. (p.131-150). Vídeos disponíveis no Youtube Imagens do Banco de Imagens do Google
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