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Infecções Bacterianas de Trato Respiratório Superior e Inferior Prof. Beatriz Meurer Moreira Departamento de Microbiologia Médica UFRJ Estrutura e função dos sistema respiratório • Sistema respiratório superior: nariz, faringe (garganta), ouvido médio e as tubas auditivas (Eustáquio), seios da face e ductos nasolacrimais. Pelos no nariz Membrana mucosa no nariz (muco e cílios) Garganta – mucosa ciliada Tecido linfóide: tonsilas e adenóides Sistema respiratório inferior •Laringe, traqueia, tubos brônquicos e dos alvéolos •Sacos de ar (tecido pulmonar – O2 e CO2): troca gasosa com o sangue e pulmões. •300 milhões (90 m2 de área absortiva). •Pleura e membrana mucosa ciliada Para onde vão as partículas aprisionadas ? • Laringe, traquéia e os brônquios garganta (“escada rolante ciliar”) • Pulmões: macrófagos alveolares; anticorpos IgAs Microbiota do Trato Respiratório Tipo de residente Microrganismo • Residentes comuns (> 50% dos indivíduos imunocompetentes) estreptococos orais Neisseria spp., Branhamella corinebacterias Bacteroides cocos anaeróbios (Veillonella) bactérias fusiformes Candida albicans • Residentes ocasionais (< 10% dos indivíduos imunocompetentes) Streptococcus pyogenes Streptococcus pneumoniae Neisseria meningitidis • Residentes incomuns (< 1% dos indivíduos imunocompetentes) Corynebacterium diphteriae Klebsiella pneumoniae Pseudomonas Escherichia coli • Residentes em estado latente nos tecidos: pulmão, linfonodos e outros Mycobacterium tuberculosis Fonte: Mims et al., Microbiologia médica, 2005 Fonte: Mims et al., Microbiologia médica, 2005 Colonização • A presença permanente ou transitória de qualquer microrganismo aderido à pele ou às membranas mucosas do hospedeiro, dissociada de sinais ou sintomas de doença infecciosa; • Não tem expressão patológica. Microrganismos – considerações importantes Habitat - Microbiota anfibiôntica: vias aéreas superiores - Meio ambiente - Patógenos clássicos e oportunistas Diferenciação das espécies 1- Propriedades sorológicas (Grupo A a H de Lancefield, K a V) 2- Padrões de hemólise (alfa, beta, alfa-prima e gama) 3- Provas ou testes bioquímicos (Fisiológicas) e moleculares Padrão de hemólise em agar sangue beta-hemolíticos e não beta-hemolíticos composição antigênica da parede celular reações bioquímicas Padrões de hemólise • β: ruptura completa dos eritrócitos e perda da coloração vermelha. Ex.: Streptococcus pyogenes • α: ruptura parcial das hemácias com halo esverdeado. Ex.: S. pneumoniae; • : ausência de hemólise Infecções Bacterianas do Trato Respiratório Quadros Clínicos FARINGITES E AMIGDALITES • Faringite Aguda (patógenos bacterianos): Streptococcus pyogenes, Corynebacterium diphtheriae, Haemophilus influenzae, Neisseria gonorrhoeae • Cerca de 90% - causadas por Streptococcus pyogenes; • Complicações – otites, mastoidites e bacteremia/ sepse • Transmissão – gotículas infectadas provenientes de pacientes com o mesmo tipo de processo ou portador • Aglomerações humanas facilitam a transmissão • Faringite - podem se acompanhar de escarlatina Infecções Bacterianas do Trato Respiratório Superior Streptococcus Streptococcus beta-hemolíticos (produzem hemólise total) 19 grupos sorológicos: Grupos de Lancefield (1933) Grupos Sorológicos: A até H, K, L e M, O até V CARBOIDRATO C (parede celular) dímero de N-acetilglicosamina e ramnose Streptococcus do grupo A Infecção pelo S. pyogenes (10-20%) - Forma cadeias longas quando cultivada em caldo; - Cresce em: ágar sangue - Alto poder de adaptação ao hospedeiro humano; - Doenças supurativas e não supurativas (natureza imunológica); - Fator de virulência: Proteína M, Estreptoquinase (dissolve coágulos), desoxirribonuclease (degrada o DNA), hialuronidade (dissolve a substância fundamental do tec. conj.), estreptolisinas S e O, exotoxinas pirogênicas – SPEs (superantígenos) Transmissão • Nas vias aéreas superiores (faringe) ou na pele. • Faringe – transmitido por meio de gotículas e a primeira etapa da infecção consiste em sua adesão ao epitálio da mucosa: - Atuação de várias adesinas (proteínas F e M); • Infecções cutâneas – contato com os pacientes – traumas, picadas de insetos, cirurgias, e outros meios não evidentes. Patogênese • Infecção – se vencer os mecanismos de defesa do organismo (fagocitose e anticorpos contra toxinas) e por fatores de virulência; • Inativar o complemento e ter presença mascarada pela cápsula e fibrinogênio fixado pela proteína M Doenças • Causam abscesso periamigdaliano, que é uma complicação incomum da dor de garganta estreptocócica não tratada; • Otite média, sinusite, mastoidite, causadas por disseminação local do patógeno; • Escarlatina – toxina eritrogênica se dissemina através do corpo e se localiza na pele; • Febre reumática; • Cardiopatia reumática; • Glomerulonefrite aguda. Tratamento Penicilina G e Eritromicina (para alérgicos) Febre reumática: • Caracteriza-se por lesões inflamatórias não supurativas – coração, articulações, tecido celular subcutâneo e SNC; • Indivíduos que sofrem um episódio de febre reumática são particularmente predispostos a outros episódios em conseqüência das infecções estreptocócicas, subseqüente das vias aéreas superiores; • 2-4 semanas após a dor de garganta – pcte desenvolve miocardite e pericardite e poliartrite • Anticorpos formados para os antígenos de parede celular dos estreptococos reagem cruzadamente com o sarcolema do coração humano e outros tecidos - formam-se granulomas (nódulos de Aschoff); Atenção !! Coleta de material – isolamento e identificação do patógeno Patogenia Infecções primárias faringo-amigdalites (portador: 15-20%) 5 – 15 anos (faixa etária) Streptococcus pyogenes a partir destes focos primários atinge a corrente sangüínea 90% das faringo-amigdalites: reação inflamatória (fixação do S. pyogenes na mucosa através das ptns M e F e ác. teicóico; depois produção de enzimas e toxinas e invasão da mucosa) piodermites Patogenia Escarlatina (Síndrome) . Cepas lisogênicas que produzem toxinas eritrogênicas; 1 a 2 dias após a faringite . Rash cutâneo no tórax e depois nas extremidades Streptococcus pyogenes Erisipela e Celulite Síndrome do choque tóxico estreptocócico (fasciite necrosante) . Infecções de tecido mole extensivas e invasivas . Sorotipos responsáveis: M1 e M3; produzem toxinas dos tipos SpeA e SpeC . Elevado índice de mortalidade (40%) Patogenia Sequelas não supurativas .Febre reumática: - lesão em musculatura e válvulas cardíacas produção de auto-anticorpos (anti - M3 e M18) - após faringite .Glomerulonefrite: Após faringite ou piodermite Streptococcus pyogenes Tratamento PENICILINA (casos alérgicos - AZITROMICINA ou CEFALOSPORINA) Portador (terapia inadequada ou persistência ou nova cepa) Profilaxia da febre reumática – antibioticoterapia prolongada para evitar recorrência Infecções Bacterianas do Trato Respiratório Superior • Otite média • Inflamação que leva a otalgia (pressão pela produção de pus – tímpano) • Streptococcuspneumoniae (35%), Haemophilus influenzae (20-30%), Moraxella catarrhalis (10-15%) e S. pyogenes (8-10%) – comuns em bebes e crianças que apresentam tuba auditiva mais aberta. • Bactérias residentes da nasofaringe • Otite externa • Staphylococcus aureus, canal externo tem microbiota similar a da pele. • Local quente e úmido que favorece BGN • Sinusite (seios paranasais) - patogênese similar a da otite média OTITES E SINUSITES Difteria • Até 1935 – principal causa mortis nos EUA (crianças); • Difteria –Corynebacterium diphtheriae (cepa toxigênica ); • Bacilo pleomórfico de coloração irregular (baquetas) • Difteria nasofaringea (forma grave); toxina-miocardite/neurite LARINGITES E/OU FARINGITE Patogencidade • Exotoxina secretada (foco infeccioso); - Região de ligação (células cardíacas e nervosas – haprina), região de translocação e região catalítica; - Toxina do tipo A-B Difteria: memb. Cinza e resistente) c/ fibrina, tecido morto, linfócitos, plasmócitos e células bacterianas Ação da toxina diftérica 1- Fixação na células do hosp; 2- Endocitose 3- Liberação da subunidade A no citossol (mediação de B); 4- A ADP- ribosilação do EF-2 (fator de alongamento da cadeia protéica) - inativação; 5- parada da síntese protéica e morte celular; Epidemiologia • Doença de distribuição mundial • Áreas urbanas pobres (superpopulação) e proteção baixa; • Transmissão: gotículas • Único Reservatório: homem • Doença: infância Cultura e teste de toxidade • Coleta: nasofaringe e garganta • Inóculo: ágar-cisteína-telurito ou meio de Löffler + testes bioquímicos • Teste da toxidade: produção da toxina (imunodifusão in vitro) – Teste de Elek Tratamento - Penicilina ou eritromicina - Prevenção: vacina (toxóide) Infecções Bacterianas do Trato Respiratório Inferior • 2ª infecção mais freqüente em Unidades de Tratamento Intensivo (CDC) • 25% de todas as infecções em UTI - idosos • custo elevado: hospitalização prolongada; uso de equipamentos, medicamentos, etc • infecções graves com alta mortalidade (20 a 60%) PNEUMONIAS BRONQUITES • Aguda – vírus (freqüente) e Micoplasma pneumoniae (fixação na mucosa brônquica) • Crônica –condições específicas (tabagismo) + patógeno (S. pneumoniae, H. influenzae) TRAQUEÍTE - COQUELUCHE Bordetella pertussis – forte ligação à mucosa ciliada; toxina pertússica e citotoxina traqueal danificam o epitélio ciliar Fatores de risco • ventilação mecânica, entubação traqueal, depressão no nível de consciência, • uso de bloqueadores de H2 na mucosa gástrica, doença subjacente grave (DPOC), • estado clínico crítico, idade avançada, uso de antimicrobianos. PNEUMONIAS • Grupos específicos de pacientes (Respiratory Care, 50, 2005): • Pacientes sob ventilação (PAVM) -Pneumonia associada a ventilação mecânica 90% dos casos de Pneumonia PNEUMONIAS - Patogenia • Aspiração do conteúdo do orofaringe • Inalação de aerossóis • Via hematogênica 1 - Aspiração do conteúdo do orofaringe • principal via de infecção; • fonte: mãos, equipamentos, soluções contaminadas Processo colonização inicial da orofaringe e/ou tubo digestivo pelo microrganismo (pili, cápsula, mucinase, elastase) Obs.: colonização facilitada pelo hospedeiro – proteases que degradam fibronectina na mucosa Invasão do TRI Mayhall, 2004 Sonda nasogástrica e/ou TOT comprometimento do sistema mucociliar de defesa local aspiração facilitada Pneumonia PNEUMONIAS - Patogenia PNEUMONIAS - Patogenia 2 - Inalação de aerossóis - nebulizadores e umidificadores contaminados - aparelho de assistência ventilatória; tubos corrugados contaminados com a microbiota 3 - Via hematogênica raro: focos a partir de endocardites ou flebites PNEUMONIAS - Etiologia - bactérias : patógenos mais isolados - predominância: BGN e S.aureus pneumonias tardias (hospitalares): Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus (~50% de isolamento), Acinetobacter spp, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter sp, Escherichia coli, Serratia marcescens e Stenotrophomonas maltophilia pneumonias precoces (até 48 h de internação) : Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis e Legionella Geralmente comunitárias e pós-resfriado –aspiração do conteúdo da orofaringe pneumonias virais (6 semanas - 6 meses de idade): vírus sincicial respiratório PNEUMONIAS - Diagnóstico Difícil: outras comorbidades podem mascarar o diagnóstico - baseado em critérios clínicos; - espécimes clínicos são inespecíficos (escarro e aspirado traqueal). Proposta do CDC: combinação de critérios clínico, radiológico e laboratorial ausculta positiva de tórax ou radiografia mostrando infiltrado + escarro purulento ou cultura positiva de material clínico ou hemocultura positiva Importância do diagnóstico clínico correto !! Não mascarar os exames laboratoriais com uso de antibióticos !! PNEUMONIAS - Diagnóstico Análise laboratorial 1) Coleta de material - técnicas broncoscópicas: Lavado Brônquico Alveolar (BAL), Escovado Protegido (EP) 2) Análise microscópica (após centrifugação) - coloração de Giemsa - coloração de Gram 3) Cultura quantitativa EP, BAL e biópsia (diluições e cultivo) Escarro - agente mucolítico e diluições/cultivo Streptococcus pneumoniae Componentes de Superfície CÁPSULA polissacarídica e antifagocitária presente em amostras virulentas ~ 90 sorotipos – imunogênica – vacina polivalente ADESINA de superfície - CbpA (ligação à nasofaringe) AUTOLISINA- LytA - rompe as células bacterianas inflamação Fatores de Virulência Streptococcus pneumoniae Produtos Extracelulares PNEUMOLISINA (Ply) Citotoxina que cria poros na membrana das céls epiteliais ciliadas PROTEASE anti-IgA secretora Fatores de Virulência 5 - 75% de portadores em nasofaringe (crianças e idosos) pneumonia ocorre após infecções respiratórias virais 90% das pneumonias, otite média, meningite, endocardite, sinusite CÁPSULA ANTIFAGOCITÁRIA mortalidade alta: S.pneumoniae tipo capsular 3 Streptococcus pneumoniae Patogenia Tratamento -Penicilina G; pacientes alérgicos ou amostras resistentes: eritromicina, cloranfenicol, vancomicina ou cefalosporinas. - Vacina de Ags capsulares d) Detecção de anticorpos 3 a 4 semanas após o início da faringite pesquisa de anti-estreptolisina O (teste do ASO) Estreptococcias Diagnóstico a) Microscopia secreções cutâneas (bactérias + leucócitos) b) Detecção de antígeno direto no espécime clínico: carboidrato grupo-específico + anticorpo ligado a partículas de látex aglutinação c) Cultura e identificação agar-sangue: tipos de hemólise; teste da bacitracina; teste da optoquina; sorologia Bordetella pertussis • B. pertussis (sec. passado – Bordet e Gengou – França); • Termo: pertussis (Sydenham – 1679): tosse violenta; • Gênero Bordetella: - B. pertussis , B. parapertussis; B. bronchisptica, B. avium e B. hinzzi. Patógenos respiratóriosem humanos Patógenos animais, raramente causa infecção em humanos Coqueluche • Manifestações clínicas muito mais graves quando por Bordetella pertussis: cocobacilo Gram negativo • Produz toxina pertussica; • Aaróbio estrito; • Meio especial para cultivo (amido e carvão): Absorver ou neutralizar substancias que inibem o crescimento de Bordetella pertussis; Meio clássico de Bordet Gengou – 3/4 dias de incubação - 37 C Fatores de virulência • Adesinas e toxinas - Adesinas Hemaglutinina filamentosa (Fha, filamentous hemmaglutinin): - Altamente imunogênica; - Medeia a adesão entre o patógeno e o epitélio resp./macrófagos; - Aglutinar hemácias; - Células-alvo: ciliadas – ricas em receptor para adesinas - Glicopeptídeos sulfatados presente na membrana da célula ciliada; - No macrófago – receptor parece ser CR3 Fatores de virulência • Fha: A)Mutaçções no fhaB – tornam a bacteria incapaz de colonizar o epitélio respiratório de camundongos; B)Anticorpos anti-Fha – protegem contra a infecção. - Contribuem no processo de adesão: Duas fimbrias (Fim 2 e Fim 3); Uma proteína de membrana externa (pertactina); Toxina pertússica. Fatores de virulência • Fha: A)Mutaçções no fhaB – tornam a bacteria incapaz de colonizar o epitélio respiratório de camundongos; B)Anticorpos anti-Fha – protegem contra a infecção. - Contribuem no processo de adesão: Duas fimbrias (Fim 2 e Fim 3); Uma proteína de membrana externa (pertactina); Toxina pertússica. Toxinas Toxinas: pertússica, adenilciclase e traqueal Outras toxinas não participam da coqueluche; Toxina pertussica • Induz leucocitose e linfocitose • Inibe quimiotaxia - Ptn do tipo AB - ao ser secretada parte de sua molécula é retida na superfície da célula bacteriana e parte é lançada no local de ação - Toxina – fixa a bacteria à superfície das células do hospedeiro Toxinas Toxina adenilciclase invasiva Forma poros na membrana celular Envolvida nas fases mais tardias da coqueluche Toxina traquel Fragmento de peptídeoglicano que é liberado quando a célula sofre lise ou durante seu crescimento anormal Responsável pela perda das células ciliadas observada durante a coqueluche Sintomas • Período de incubação varia entre 7 e 17 dias. • Sintomas duram cerca de 6 semanas. • Crianças: fraturas, infecção secundária • Podem ser divididos em três estágios consecutivos; a) estágio catarral (uma ou duas semanas) - febre baixa, coriza, espirros, lacrimejamento, falta de apetite, mal-estar, tosse noturna, sintomas que, nessa fase, podem ser confundidos com os da gripe e resfriados comuns Sintomas b) estágio paroxístico (duas semanas) - acessos de tosse , ou espasmódica. - início repentino, esses episódios são breves, mas ocorrem um atrás do outro, sucessivamente. - são seguidos por uma inspiração profunda que provoca um som agudo parecido com um guincho. - Os períodos de falta de ar e o esforço para tossir deixam a face azulada (cianose) e podem provocar vômitos; c) estágio de convalescença - em geral, a partir da quarta semana, os sintomas vão regredindo até desaparecerem completamente. Diagnóstico • Clínico • Cultura - é o método mais utilizados – meios especiais e resultados em mais de uma semana. • Cultivo: raspado de garganta (swab pelo nariz c/episódios de tosse) • Imunofluorescencia direta, PCR. • Testes sorológicos; • Combinação de métodos Curva de casos na Inglaterra 49 Casos por ano, 1980-2011 –OMS, vacina inativada/componentes 50 Vacinas de componentes – Células inteiras inativadas – 1940 – Componentes: 1990s 51 Coqueluche Desenvolvimento da vacina de componentes • Menor eficácia • Intensa vigilância – Melhor conhecimento da epidemiologia da doença – Diagnóstico mais preciso – PCR – “Ressurgimento” global da doença 52 Curva da coqueluche nos EU, 1920-2006 53 Incidência por faixa etária 1990-2011, EU 54 Curva de casos na Califórnia 1950-2010 55 Vacina •Pode não oferecer proteção permanente, mas é indispensável vacinar as crianças. •A vacina tríplice clássica (DPT) contra difteria, coqueluche (pertussis) e tétano faz parte do Calendário Oficial de Vacinação do Ministério da Saúde; (Tetra – atual); ou DPaT •Deve ser ministrada aos dois, quatro e seis meses de idade, com doses de reforço aos 15 meses e aos 5 anos. •Imunização dura cerca de dez anos, essa vacina não deve ser aplicada depois dos seis anos de idade. (Acelular) Tratamento • Paciente com coqueluche deve permanecer em isolamento respiratório enquanto durar o período de transmissão da doença. • Tratamento pode ser ambulatorial e realizado em casa, mas com acompanhamento médico. A hospitalização só se torna necessária, quando ocorrem complicações e pode ser preciso oferecer suporte de oxigênio e alimentação parenteral. Tratamento • Azitromicina na fase catarral pode ser útil para encurtar a duração da doença e acalmar as crises de tosse. • Xaropes expectorantes e inibidores da tosse não trazem benefícios terapêuticos. Recomendações • Manter o paciente em ambientes arejados • Oferecer líquidos com frequência para evitar a desidratação e refeições leves, em pequenas porções, mas várias vezes ao dia • Não se iludir com as receitas caseiras • Lavar cuidadosamente as mãos ou higienizar com álcool 70% antes e depois de entrar em contato com o paciente e seus objetos • Procurar parecer médico em casos de tosse por mais de 15 dias
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