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RESUMO DAS NORMAS TÉCNICAS

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RESUMO DAS NORMAS TÉCNICAS DA ABNT
A padronização ou normalização do desenho técnico tem como objetivo uniformizar o desenho por meio de um conjunto de regras ou recomendações que regulamentam a execução e a leitura de um desenho técnico, permitindo reproduzir varias vezes um determinado procedimento em diferentes áreas, com poucas possibilidades de erros.
Assim, têm-se como benefícios da normalização:
- a melhoria na comunicação entre fabricante e cliente;
- a redução no tempo de projeto, no custo da produção e do produto final;
- a melhoria da qualidade do produto;
- a utilização adequada dos recursos (equipamentos, materiais e mão de obra);
- a uniformização da produção;
- a facilitação do treinamento da mão de obra, melhorando seu nível técnico;
- a possibilidade de registro do conhecimento tecnológico;
- melhorar o processo de contratação e venda de tecnologia;
- redução do consumo de materiais e do desperdício;
- padronização de equipamentos e componentes;
- redução da variedade de produtos;
- fornecimento de procedimentos para cálculos e projetos;
- aumento de produtividade;
- melhoria da qualidade;
- controle de processos;
Ha varias instituições, nacionais e internacionais, que definem e produzem normas sobre diversos assuntos.
Como exemplo tem-se a organização européia ISO (International Organization for Standardization), a americana ANSI (American National Standards Institute) e a brasileira ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
A ABNT e responsável pela normalização técnica no pais, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro e é a representante oficial no Brasil das seguintes entidades internacionais: ISO, IEC (International Eletrotechnical Comission); e das entidades de normalização regional COPANT (Comissão Pan-americana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de Normalização).
O conjunto de normas brasileiras que regem o desenho técnico abrange questões referentes a representação de desenho, tais como: formatos de papel, representação de desenho, linhas e suas espessuras, escala, caligrafia técnica, cotas, legendas, dobramento de folhas, dentre outros.
Para cada um destes temas há uma NBR especifica que fixa as regras referentes a cada assunto.
NBR 8196/1999 - Desenho Técnico – Emprego de Escalas
Esta Norma fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos.
A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA” ou a abreviatura ESC, seguida da indicação da relação:
a) ESCALA 1:1, para escala natural, dimensão do objeto representado e igual a dimensão real, 1:1;
b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1), quando a dimensão do objeto no desenho e maior que sua dimensão real, X:1, Ex.: 2:1, 5:1, 10:1;
c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1), quando a dimensão do objeto representado no papel e menor que sua dimensão real, Ex.: 1:2, 1:5, 1:10.
A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho.
Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, alem da escala geral, estas devem estar indicadas junto a identificação do detalhe ou vista a que se referem; na legenda, deve constar a escala geral.
A escolha da escala e feita em função da complexidade e da finalidade do objeto a ser representado. Devendo permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de desenho.
NBR 10068/1987 - Folha de Desenho, Leiaute e Dimensões.
Esta norma padroniza as características dimensionais das folhas em branco e preimpressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos. Alem de apresentar o layout da folha do desenho técnico.
O formato básico para desenhos técnicos e o retângulo de área igual a 1 m² e de lados medindo 841 mm x 1189 mm, isto e, guardando entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal x/y = 1/21/2. A partir deste formato, denominado A0, derivam-se os demais formatos.
A escolha do formato deve ser feita de forma a não prejudicar a representação (clareza) do desenho, devendo-se escolher formatos menores sempre que possível.
As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o espaço para o desenho. A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento, por isso tem dimensão maior que as margens restantes.
Tabela 1 – Formatos da serie “A”
	
Formatos
	
Dimensões
	
Margem 
	
(mm)
	Largura linha
do quadro
	Comprimento
da legenda
	
	(mm)
	Esquerda
	Outras
	(mm)
	(mm)
	A0
	841 x 1189
	25
	10
	1,4
	175
	A1
	594 x 841
	25
	10
	1,0
	175
	A2
	420 x 594
	25
	7
	0,7
	178
	A3
	297 x 420
	25
	7
	0,5
	178
	A4
	210 x 297
	25
	7
	0,5
	178
A legenda e representada dentro da margem no canto inferior direito da folha. A direção da leitura da legenda deve corresponder a do desenho. A legenda contem informações sobre o desenho (titulo, escala, unidade dimensional utilizada, data de realização do desenho, numero de registro, etc.), nome da empresa proprietária, nome do desenhista ou projetista, numero da folha e total de folhas. A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm nos formatos A1 e A0.
NBR 8402/1994 - Execução de Caractere para Escrita em Desenho Técnico
Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes.
As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são:
a) legibilidade;
b) uniformidade;
c) reprodução de desenhos sem perda da qualidade.
As dimensões dos caracteres (largura, espaçamento entre caracteres, linhas e palavras, espessura da linha) são definidas com base na altura da letra maiúscula.
A razão entre estas alturas é 21/2, mesma razão usada nos formatos de papel da serie A.
Deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas e minúsculas.
E os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem, aproximadamente, em angulo reto.
A norma NBR 8402 apresenta ainda uma tabela com as proporções e dimensões dos caracteres.
Figura 1 – Características da forma de escrita
Tabela 2 – Proporções e dimensões de símbolos gráficos
Características Relação Dimensões (mm)
Altura das Letras
Maiúsculas - h
(10/10)h 2,5 3,5 5 7 10 14 20
Altura das Letras
Minúsculas - c
(7/10)h - 2,5 3,5 5 7 10 14
Distancia Mínima entre
Caracteres - a
(2/10)h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4
Distancia Mínima entre
Linhas de Base - b
(14/10)h 3,5 5 7 10 14 20 28
Distancia Mínima entre
Palavras - e
(6/10)h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12
Largura da Linha – d (1/10)h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2
NBR 8403/1984 - Aplicação de Linhas em Desenho, Tipos de Linhas e Larguras das linhas
Esta norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes.
As espessuras das linhas correspondem ao mesmo escalonamento (21/2) que os formatos de papel. Desta forma, ao se reduzir ou ampliar um desenho sao mantidas as larguras originais das linhas.
As espessuras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão e escala do desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13 - 0,18 - 0,25 - 0,35 - 0,50 - 0,70 - 1,00 - 1,40 e 2,00 mm. As espessuras devem ser mantidas para todos os desenhos na mesma escala.
A NBR 8403 define 10 tipos de linhas e respectivas espessuras que devem ser utilizadas de modo a facilitar a interpretação e compreensão dos desenhos. São elas:

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