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VETDOCS Clínica Médica de Pequenos Animais TGI

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V e t e r i n a r i a n D o c s 
www.veterinariandocs.com.br 
 
 
 
 
1 
www.veterinariandocs.com.br 
Clínica Médica de Pequenos Animais 
 
 
Distúrbios Gastrointestinais 
-Manifestações Clínicas: 
 01-Disfagia: dificuldade em deglutição. 
 Sinais Clínicos: estiramento de pescoço, esforços repetidos de deglutição 
e alimentos caem da boca. 
 Causas: 
 -Dor (periodontite, abscessos e traumas) 
-Massas, anormalidades anatômicas, tumor, granuloma 
eosinofílico, corpos estranhos, sialocele e doenças neuromusculares (Ex.: miosite 
mastigatória). 
 02-Halitose: presença de odor desagradável na cavidade bucal. 
 -Causas: 
 -Bacterianas: por retenção de alimentos na boca ou esôfago, 
cálculos dentários e periodontites. 
 -Alimentares: alimentos necrosantes, odoríficos e fezes. 
 -Outras: diabetes e pacientes nefropatas. 
 03-Sialorréia: perda de saliva pela cavidade bucal. 
 -Causas: náuseas, encefalopatia hepática, convulsão, produtos químicos 
(Ex.: organofosforados), hipertermia, hipersecreção da glândula salivar (não é 
freqüente). 
 
2 
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 04-Pseudoptialismo: ocorre quando animal não consegue deglutir e há acúmulo 
de saliva na cavidade bucal. 
 -Causas: 
 -Dor: estomatite ou glossite; 
 -Disfagia oral ou faríngea; 
 -Paralisia do nervo facial; 
 05-Regurgitação: expulsão de material (alimento, água ou saliva) da boca, 
faringe ou estômago, com ausência de ânsia (mímica do vômito), o pH é geralmente 
próximo a 7 e não tem-se atividade muscular abdominal (processo passivo) 
 -Causas: 
 -Disfunção esofágica: 
 -Obstrução: por neoplasia, corpo estranho ou persistência 
do arco aórtico; 
 -Fraqueza esofágica: congênita ou adquirida; 
 06-Êmese: expulsão de material do estômago e/ou intestino, com presença de 
ânsia (mímica do vômito), náusea prodrômica, o pH varia entre 5 e 8 dependendo do 
local de origem e tem-se atividade muscular abdominal (processo ativo). 
 -Causas: doença do movimento, substâncias eméticas, obstrução, 
inflamação e doenças de origem não gastrointestinal (uremia, doença hepática, diabetes, 
piometra, hipertireoidismo felino, superalimentação, comportamental e parvovirose). 
 07-Hematêmese: vômito com presença de sangue. 
 -Causas: gastrites, doenças esofágicas ou orais, coagulopatias, 
administração de AINEs e antiinflamatórios esteroidais e neoplasias. 
*Hemoptise: expectoração com sangue, através da tosse de origem na árvore brônquica. 
 08-Diarréia: aumento anormal do 
volume fecal, da freqüência de defecação e do conteúdo líquido nas fezes. 
 -Causas: 
 -Aguda: mudanças na dieta, parasitas, doenças infecciosas. 
 -Crônica: má absorção, parasitas e intolerância alimentar. 
 
 
 
3 
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Diarréia 
Origem Intestino Delgado Intestino Grosso 
Volume Aumentado Igual ou aumentado 
Muco Raro + 
Melena + - 
Hematoquezia - + 
Esteatorréia + - 
Alimento não digerido + - 
Perda de peso + - 
Borborigmos + - 
 
 09-Tenesmo: esforços improdutivos e repetidos de defecação, animal assume a 
postura característica para defecar e, após eliminar pequena quantidade de fezes, 
permanece nessa posição. 
 10-Disquezia: defecação dolorosa. 
 -Causas (tenesmo e disquezia): processos obstrutivos ou inflamatórios da 
porção distal (colite, constipação ou hérnia perineal); 
 11-Constipação: passagem de fezes dificultada, infreqüente ou ausente, 
caracterizada pelo esforço ao defecar e retenção de fezes secas e endurecidas no cólon e 
reto. 
 -Causas: problemas dietéticos, ambientais, obstrutivos e fraqueza de cólon. 
 12-Obstipação: constipação refratária a tratamentos. 
 13--Anorexia e Inapetência: pode ser por origem psicológica, fisiológica ou 
patológica. 
 Anorexia: refere-se à completa perda de apetite. 
 Inapetência: indica a perda parcial do apetite. 
 
 
 
 
4 
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Reposição Hidroeletrolítica: 
-Volume de reposição: é aquele que corrige o déficit de fato, ou aquilo que 
estimamos ao avaliar o grau de desidratação (com alguma pequena margem de erro 
aceitável). É calculado com base no grau de desidratação apresentado e deve ser reposto 
de forma rápida, idealmente. Deve ser reavaliado (recalculado) a cada 24 horas de 
tratamento. Calcula-se empregando a fórmula a seguir: 
 
 
 
 
 -Volume de manutenção: considera a taxa de rotatividade diária de fluidos (ou 
de água) do organismo e varia de acordo com a idade do paciente. É um volume 
calculado com base nas fórmulas apresentadas a seguir, que deve ser administrado ao 
longo das 24 horas de um tratamento. Portanto, ao contrário do volume de reposição, a 
sua administração é lenta ou parcelada ao longo do dia. 
 
 
 
 
 
 
 -Volume de perdas continuadas: considera o volume que continua sendo perdido 
ao longo do dia do tratamento iniciado. É uma simples estimativa com uma margem de 
erro relativamente grande, e somente possível nos quadros em que a perda é visível 
(diarréia e poliúria). Dificilmente mensurável. É impossível estimar nos casos de 
seqüestros de fluidos. Tais dificuldades técnicas fazem com que esse volume seja 
muitas vezes ignorado. 
 
 
 
 
Reposição de Potássio: 
 
 
 
 
Volume de reposição (L) = peso vivo (kg) x grau de desidratação 
 100 
 
Cão: 50ml/kg/dia 
Gato: 70ml/kg/dia 
K
+
: 1mEq/kg/dia 
 
Vômito: 40ml/kg/dia 
Diarréia: 50ml/kg/dia 
Ambos: 60ml/kg/dia 
K
+
: 3 mEq/100ml 
 
Indicação: abaixo de 3,5mEq/L 
Apresentação: ampola de 10ml (10%) 
 1g = 14mEq 
Velocidade de Infusão: 
 Pequenos Animais: 0,5 mEq/kg/h 
 
*Equipo macro-gotas: 20gotas = 1ml 
*Equipo micro-gotas: 60 gotas = 1ml 
 
 
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Enfermidades Gastrointestinais 
 
1-Sialocele ou Mucocele: 
 
 -Definição: é o acúmulo de saliva no subcutâneo causado por obstrução e/ou 
ruptura do ducto salivar. 
 -Anatomia e Fisiologia: as maiores glândulas salivares do cão e do gato são as 
parótidas (pares), a mandibular, a sublingual e a zigomática. A saliva do cão e do gato 
não possui atividade enzimática, a saliva apenas amolece e lubrifica o alimento para o 
estômago. A saliva também funciona no umedecimento da membrana da mucosa oral, 
que é de importância para a perda de calor no cão. 
 -Causa: traumática ou idiopática. 
 -Locais: os locais de mucoceles incluem mucoceles cervicais, mucoceles 
sublinguais (rânula) e menos comumente, regiões faríngea e orbital. 
 -Características: edema volumoso e em geral indolor, sob a mandíbula, língua 
ou laringe. 
 -Sinais Clínicos: disfagia, náusea, dispnéia, exoftalmia, estrabismo e inchaço 
indolor (mucocele zigomático); 
 -Diagnóstico: 
-Anamnese e História Clínica; 
-Exame Físico (palpação) 
-Exames Complementares: aspiração por agulha fina e radiografia 
(sialografia contratada). 
 -Tratamento: drenagem da massa ou excisão cirúrgica (com posterior colocação 
de dreno para a não formação de seromas) da glândula salivar. Ocasionalmente, a 
sialocele não recidivará após a aspiração. 
 
2-Periodontopatia (gengivite e/ou periodontite) 
 -Definição: a periodontopatia é a causa mais comum de infecções oral e perda de 
dentes em cães. A gengivite é uma inflamação reversível da gengiva e a periodontite 
envolve uma inflamação mais profunda, com perda da sustentação dentária e 
danificação permanente. 
 
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 -Etiologia: a placa dentária é o fator etiológico primário responsável pela 
gengivite. A formação da placa supragengival se inicia com a adesão de bactériasa uma 
película de ácido glicoprotéico que se precipita da saliva sobre as superfícies do 
esmalte. Os microorganismos específicos predominantes nos cães são anaeróbicos 
gram-negativos. A periodontite se desenvolve como seqüela de gengivite persistente. 
 -Agentes Comuns: Bacterioides asaccharolyticus, Fusobacterium nucleatum, 
Actinomyces viscosus e Actinomyces odontolyticus. 
 -Sinais Clínicos: mudança na coloração da gengiva (hiperemia) e pode-se ter 
hiperplasia gengival, dentes móveis, abscessos periodontais, inchaço facial, halitose, 
disfagia, sialorréia e perda de dentes. 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
-Exame Físico: exame oral e periodontal completo; 
 -Exames Complementares: radiografia; 
 -Tratamento: 
 -Cirúrgico (remoção dos cálculos dentários supragengival e subgengival); 
 -Higiene oral diária; 
 -Antibióticos: 
 
 
 
 
 
 
 
 -Profilaxia: 
 -Higiene oral diária; 
 -Lavar a boca do animal com solução de clorexidina a 0,2% (Nolvsan
®
 - 
Fort Dodge ou Periogard
®
) pós-cirurgia por 2 semanas. 
 -Recomenda-se a extração dos cálculos dentários anualmente ou 
semestralmente. 
-Espiromicina + Metronidazol (Stomorgyl
®
) 
-Stomorgyl
®
 2: 1 drágea SID a cada 2kg PV; 
-Stomorgyl
®
 10: 1 drágea SID a cada 10kg PV; 
-Stomorgyl
®
 20: 1 drágea SID a cada 20kg PV; 
-Espiromicina + Dimitridazol (Spiraphar
®
) 
 
 
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Cálculo dentário 
 
 
 
 
 
 
Cálculo dentário 
 
3-Estomatite: 
 
 -Definição: úlceras ou erosões presentes na cavidade oral. 
 -Etiologia: 
 -Lesão física (corpos estranhos); 
 -Lesão química (bases fortes, ácidos, destilados de petróleo e fenóis); 
 -Lesão induzida por drogas ou toxinas (envenenamento com metal 
pesado e ingestão de Dieffenbachia – comigo ninguém pode); 
 -Infecção (herpesvírus e calicivírus felino, estomatite necrosante 
ulcerativa e nocardiose); 
 -FIV e FeLV; 
 -Distúrbios auto-imunes (lúpus eritematoso e pênfigo); 
 
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 -Neutropenia (neutropenia cíclica e leucemia); 
 -Deficiências nutricionais (deficiência de niacina); 
 -Idiopáticas (estomatite plasmocítica felina e complexo granuloma 
eosinofílico); 
 -Insuficiência Renal Crônica (uremia); 
 -Sinais Clínicos: saliva grossa, halitose e anorexia (devido a dor); 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Biópsia; 
 -Hemograma e bioquímica sérica; 
 -Tratamento: 
 -Tratamento da causa primária; 
 -Uso de clorexidina tópico 0,2% (Nolvsan
®
 - Fort Dodge ou 
Periogard
®
); 
 
4-Gengivite/Faringite Linfocítica Plasmocitária Felina: 
 
 -Definição: inflamação com proliferação gengival acentuada e presença de 
úlceras; 
 -Causas: 
 -Idiopática; 
 -Calicivírus, herpesvírus e panleucopenia felina; 
 -Estímulo inflamatório gengival prolongado; 
 -Sinais Clínicos: 
 -Anorexia, halitose, gengivite marginal (linha vermelha na junção da 
coroa do dente com a gengiva), salivação, inapetência, desidratação, hiperemia em 
faringe, proliferação e sangramento fácil; 
 
9 
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 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Biópsia: encontra-se infiltrado linfo-plasmocitário com número 
menor de linfócitos, neutrófilos e histiócitos. 
 -Laboratorial: hiperglobulinemia (provavelmente indica base 
imunomediada para a doença); 
 -Radiografia dentária; 
 -Diagnóstico Diferencial: 
 -Neoplasias orais; 
 -Causas sistêmicas de perda de peso; 
 -FIV e FeLV; 
 -Tratamento: 
 -Limpeza oral: clorexidina tópica 0,2% (Nolvsan
®
 - Fort Dodge ou 
Periogard
®
); 
 -Antibióticos: 
 
 
 
 
 
 
 -Corticóide: por ser uma doença imunomediada 
 
 
 -Alimentação através de dieta seca ajuda na manutenção da boa sanidade 
oral dos gatos (diminuição da proliferação de bactérias nocivas); 
 
-Espiromicina + Metronidazol (Stomorgyl
®
) 
-Stomorgyl
®
 2: 1 drágea SID a cada 2kg PV; 
-Stomorgyl
®
 10: 1 drágea SID a cada 10kg PV; 
-Stomorgyl
®
 20: 1 drágea SID a cada 20kg PV; 
-Espiromicina + Dimitridazol (Spiraphar
®
) 
 
-Predinisolona: 2,2mg/kg SID; 
 
 
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5-Miosite Atrófica dos Músculos Mastigatórios: 
 
 -Definição: é o miopatia inflamatória focal que afeta seletivamente os músculos 
da mastigação. Essa distribuição seletiva pode ser atribuída à diferenças histoquímicas e 
bioquímicas entre os músculos mastigatórios e dos membros. Enfermidade 
imunomediada com produção de auto-anticorpos contra as proteínas citoplasmáticas do 
sarcolema. 
 -Sinais Clínicos: 
 -Disfunção mastigatória, disfagia, regurgitação, disfonia, dispnéia, 
músculos masseter e temporal podem estar aumentados de volume e com sensibilidade 
dolorosa e dificuldade em abrir a boca; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Tratamento: 
 -Corticóide: 
 
 
 -Imunossupressor: 
 
 
6-Acalasia ou Disfunção Cricofaringeana: 
 
 -Definição: incoordenação entre músculos cricofaringeanos e pausa do reflexo 
de deglutição. 
 -Sinais Clínicos: movimentos de mascar, tosse, movimentos aleatórios com a 
boca, espirros, regurgitação e perda de peso; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
-Predinisolona: 2,2mg/kg SID; 
 
 
-Azatioprina: 50mg/m²/dia; 
 
 
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 -Exames Complementares: 
 -Fluoroscopia com contraste (sulfato de bário) 
 -Tratamento: 
 -Cirúrgico (miotomia do músculo cricofaringeano); 
 
7-Disfagia Faríngea: 
 
 -Definição: incapacidade de formar o bolo alimentar na base da língua 
geralmente por lesão nos pares IX e X dos nervos cranianos, também pode ser resultante 
de polineuropatias e miastenia gravis. 
 -Sinais Clínicos: regurgitação, maior dificuldade em deglutir líquidos do que 
sólidos, pneumonia aspirativa e perda de peso; 
 -Diagnóstico: 
-Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Fluoroscopia com contraste (sulfato de bário); 
 -Tratamento: 
 -Tratamento da causa primária; 
 -Cirurgia; 
 
8-Megaesôfago: 
 
 -Definição: é o termo descritivo para o sintoma clínico de dilatação esofágica, 
um sintoma comum à um número de entidades nosológicas distintas de causas variadas. 
 -Causas: 
 -Congênita: 
 -Raças Predispostas: Schnauzer, Dogue Alemão, Pastor Alemão, 
Setter, Labrador e Dálmata; 
 
12 
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 -Adquirida (secundário): 
 -Neuromuscular (miastenia gravis, lesão vagal, traumatismo, 
neoplasia ou acidente vascular troncoencefálico, botulismo e cinomose); 
 -Obstrução Esofágica (neoplasia, anomalia do anel vascular, 
compreesão extraesofágica, estenose e corpos estranhos); 
 -Tóxica (chumbo); 
 -Outras (caquexia, hipocortisolismo e hipotireoidismo); 
 -Raças Predispostas: Pastor Alemão, Golden Retriever e Setter 
(geralmente acima de 7 anos); 
 -Felinos: secundária à hérnia de hiato e refluxo gastroesofágico 
freqüente. 
 -Sinais Clínicos: 
 -Regurgitação (principal sinal clínico), sialorréia, halitose, dispnéia, 
tosse, corrimento nasal, febre, pneumonia por aspiração, traqueíte, perda de peso e 
apetite normal. 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Laboratorial: para se diferenciar êmese de um paciente com 
insuficiênciarenal crônica ou de outras causas. Animal com megaesôfago apresenta 
bioquímica sérica normal. 
 -Endoscopia: apenas verificar integridade da mucosa. 
 -Radiografia: simples ou esofagograma (contrastado) – verifica 
esôfago dilatado sem obstrução. 
 -Tratamento: 
 -Tratamento para evitar o agravamento da dilatação e regurgitação, 
melhorando os sinais sistêmicos, raramente ocorre recuperação da função esofágica; 
 -Antiulcerogênico/anti-ácido: 
 
 
-Omeprazol (Petprazol - VETNIL®): 0,7 a 1,5mg/kg SID 20 a 30 dias de uso; 
 
 
 
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-Alimentação: fornecimento de comida pastosa, caldos ou dependendo da 
aceitação do animal, comida seca à vontade. Fornecer pequenas quantidades, 
várias vezes ao dia, mantendo o animal em pé (ação da gravidade) por 5 a 10 
minutos após a alimentação. 
 -Alguns casos são necessário a alimentação via sonda ou parenteral; 
 -Não é feita a correção cirúrgica; 
 -Animais com problemas congênitos, devem ser retirados da reprodução; 
 -Prognóstico: 
 -Reservado (podendo variar de favorável a desfavorável dependendo da 
resposta do animal ao tratamento e do tipo de doença base – congênita ou adquirida); 
 -Congênito: pode-se ter uma melhora parcial com tratamento, mas há 
risco de óbito devido a pneumonia aspirativa; 
9-Esofagite: 
 
 -Etiologia: refluxo gastroesofágico, vômito persistente, lesão térmica 
(superaquecimento de alimentos), corpo estranho ou ingestão de substâncias corrosivas 
(agentes cáusticos). 
 -Sinais Clínicos: 
 -Regurgitação; 
 -Depressão; 
 -Febre; 
 -Odinofagia (dor na deglutição); 
 
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 -Distensão do pescoço; 
 -Sialorréia; 
 -Disorexia; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Radiografia cervical (visualização de hérnia de hiato ou corpos 
estranhos); 
 -Esofagoscopia superior; 
 -Tratamento: 
 -Evitar a formação de cicatriz com uso de corticóides; 
 -Oferecer alimentos macios ou fazer a sondagem do animal; 
 -Tratar causa base; 
 -Antiácido: 
 
 
 
 
-Protetor de Mucosa: 
 
 
 
 
 -Agente Antiulcerogênico/anti-ácido: 
 
 
Ranitidina 
-Cães: 2mg/kg EV ou VO : TID 
-Gatos: 2,5mg/kg EV : BID ou 3,5mg/kg VO : BID 
 
 
 
Sucralfato 
-Cães: 0,5 – 1,0g VO : BID/TID 
-Gatos: 0,25g VO : BID/TID 
 
 
 
-Omeprazol (Petprazol - VETNIL®): 0,7 a 1,5mg/kg SID 20 a 30 
dias de uso; 
 
 
 
15 
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 -Antibióticos: 
 
 
 
 
 
 
-Corticóide: 
 
 
-Cirúrgico (em casos de hérnia de hiato); 
 
10-Obstrução Esofágica: 
 
 -Etiologia: anomalias do anel vascular, corpos estranhos, cicatriz esofágica ou 
neoplasias. 
 -Tipos: obstrução parcial ou completa. 
 -Localização: os locais afetados mais comumente são a entrada do tórax, base do 
coração ou na região cranial ao diafragma. 
 -Sinais Clínicos: 
 -Regurgitação (geralmente em neoplasias); 
 -Traqueíte; 
 -Pneumonia por aspiração; 
 -Perda de peso; 
 -Febre, efusão pleural e pneumotórax (em perfuração esofágica); 
 
10.1-Anomalia do Anel Vascular: 
-Amoxicilina: 
-6,6 – 20mg/kg VO : BID/TID 
-Clindamicina: 
-Cães: 11 – 33mg/kg VO : BID ou 10mg/kg EV ou IM : BID 
 -Gatos: 11 – 33mg/kg VO : SID ou 10mg/kg EV ou IM : BID 
 
 
Prednisolona: 0,5mg/kg VO : BID; 
 
 
 
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 -Definição: enfermidade congênita causada pela persistência do arco 
aórtico (4º arco aórtico direito) ou da artéria subclávia, enlaçando o esôfago em um anel 
de tecido. É mais comum a persistência do arco aórtico direito. 
 -Sinais Clínicos: geralmente ocorrem no início da alimentação com 
alimentos sólidos. 
 
10.2-Corpos Estranhos: 
 -Definição: obstrução parcial ou total por ingestão de corpos estranhos. 
Afeta geralmente caninos, pois felinos são mais seletivos. 
 -Corpos Estranhos Comuns: ossos, anzol ou corpos não radiopacos. 
 
10.3-Neoplasias: 
 -Tipos: 
 -O carcinoma de células escamosas é o tumor esofágico mais 
comumente descrito em gatos; 
-O tumor esofágico benigno mais comum é o leiomioma; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Esofagoscopia superior; 
 -Radiografia Contrastada; 
 -Tratamento: 
 -Cirúrgico: retirada por endoscopia ou toracotomia. 
 -Esofagoscopia: deve-se reavaliar a mucosa após a retirada do corpo 
estranho. 
 -Suporte nutricional (enteral ou parenteral); 
 -Dependendo da lesão residual pode-se fazer o uso de antibióticos, 
antiácidos, corticosteróides e agentes pró-cinéticos como já citados no item 9. 
 
 
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11-Hérnia de Hiato: 
 
 -Definição: protrusão do estômago para a cavidade torácica, o esfíncter perde a 
sua função. Em casos graves ela facilita a ocorrência de refluxo gastroesofágico. A 
condição pode ser congênita ou adquirida. 
 -Sinais Clínicos: 
 -Pode ser assintomático; 
 -Regurgitação é o primeiro sintoma; 
 -Cães da raça Sharpei são predispostos; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exames Complementares: 
 -Esofagograma (simples ou contrastado); 
 -Endoscopia; 
 -Tratamento: 
 -Cirúrgico (em casos congênitos e sintomáticos); 
 -Tratamento para refluxo gastroesofágico com antiulcerogênico/antiácido 
em casos de hérnia de hiato adquirida. 
 
 
 
12-Gastrite Aguda: 
 
 -Definição: inflamação da mucosa gástrica decorrente da quebra da barreira 
protetora da mucosa gástrica pelo aumento da produção de HCl, ocorre em episódios 
intensos e freqüentes. 
 -Etiologia: 
 -Dietética (mudanças na alimentação e alimentos contaminados); 
 -Doenças infecciosas (bacterianas e virais); 
Omeprazol (Petprazol - VETNIL®) 
0,7 – 1,5mg/kg VO : SID ou 20mg/animal 
 
 
 
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 -Tóxica (plantas, agentes químicos ou drogas irritantes); 
 -Antiinflamatório não-esteroidal (inibidores COX-1) e corticosteróides; 
 -Doenças metabólicas (insuficiência renal e hepática); 
 -Sinais Clínicos: 
 -Anorexia; 
 -Crise aguda de vômito (vômito amarelado, composto por alimento e 
bile); 
 -Pode ou não apresentar quadro sistêmico; 
 -Hematemese; 
 -Melena; 
 -Raramente dor abdominal na palpação e postura antiálgica; 
 -Diagnóstico Diferencial: 
 -Pancreatite; 
 -Abdômen agudo; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Terapêutico; 
 -Exames Complementares: 
 -Radiografia contrastada; 
 -Endoscopia; 
 -Ultrassonografia abdominal; 
 -Hemograma, função renal e hepática; 
 -Tratamento: 
 -Deve-se reestabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico; 
 -Jejum alimentar e hídrico por 24 horas; 
 -Antieméticos: 
 
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-Manejo alimentar após o controle do vômito; 
 -Oferecer pequena quantidade de água fria e pequena quantidade de 
alimento várias vezes ao dia (alimento pastoso); 
 -Antiácidos locais: 
 
 
 
 
 
 -Antiácido: 
 
 
 
 
13-Gastrite Crônica: 
 -Definição: doença inflamatória da mucosa gástrica de causa geralmente 
desconhecida. É caracterizada por um infiltrado inflamatório e de distribuição nem 
sempre uniforme. Pode ocasionar um aumento na produção de lípase na mucosa 
gástrica, ocasionando um aumento na lípase sérica. 
 -Etiologia: 
 -Uso crônico de AINEs; 
 -Imunomediada:linfocítica/plasmocitária; 
Metoclopramida: 
0,2 – 0,4mg/kg TID : VO, IM ou EV; 
*Apenas em cães 
 Citrato de Maropitant (Cerenia
®
): 
 1mg/kg (1ml/10kg) SID: SC; 
 
Ranitidina: 
-Cães: 2,0mg/kg VO ou EV : TID 
-Gatos: 2,5mg/kg EV ou 3,5mg/kg VO : BID 
 
Hidróxido de Alumínio 
-5 – 10ml VO : QID 
Hidróxido de Magnésio 
-Cães: 5 – 10ml VO: QID 
-Gatos: 5 – 10ml VO: BID/TID 
 
 
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 -Erro de manejo alimentar: gastrite eosinofílica (reação alérgica à 
antígenos alimentares); 
 -Insuficiência Renal ou Hepática; 
 -Neoplasias: linfoma e carcinoma; 
 -Inflamação: Helicobacter (bactéria espiroqueta que acomete 
principalmente felinos) e Physaloptera (nematóide com parte do ciclo em baratas, grilos 
e besouros); 
 -Sinais Clínicos: 
 -Êmese esporádica; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exames Complementares: 
 -Hemograma, função renal e hepática; 
 -Endoscopia; 
 -Biópsia e histopatológico; 
 -Tratamento: 
 -Neoplasias: excisão cirúrgica e quimioterapia; 
 -Linfocítica/Plasmocitária: 
 
 
 -Gastrite Eosinofílica: fornecer dieta de eliminação que consiste em uma 
alimentação com proteínas que o animal nunca ingeriu e corticóide. 
 
 
 -Helicobacter: 
-Antiulcerogênico/anti-ácido: 
 
 
Prednisolona: 2,2mg/kg VO : SID por 2/3 semanas 
 
 
Prednisolona:1,1 - 2,2mg/kg VO : SID 
 
 
Omeprazol (Petprazol – VETNIL®): 0,7 – 1,5mg/kg VO : SID ou 20mg/animal 
 
 
 
 
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-Antibióticos: associação de metronidazol e amoxicilina por 10 dias, 
eritromicina ou azitromicina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Interfere nas enzimas do citocromo P450, inibindo algumas enzimas. 
 
14-Úlcera Gástrica: 
 
 -Definição: caracterizada por lesões na mucosa gástrica que alcançam a camada 
muscular. 
 -Etiologia: 
 -Utilização de AINEs (aspirina, fenilbutazona, ibuprofeno, naproxeno e 
piroxicam); 
 -Corpos Estranhos; 
 -Choque Séptico ou Hipovolêmico; 
 -Mastocitomas (pela liberação de histamina, a qual induz a secreção 
gástrica ácida); 
 -Insuficiência Renal ou Hepática; 
 -Neoplasias Gástricas; 
 -Estresse; 
 -Sinais Clínicos: 
Metronidazol 
 -15mg/kg BID EV ou VO; 
Amoxicilina 
 -6,6 – 20mg/kg BID/TID : VO 
Eritromicina* 
 -10 – 20mg/kg BID/TID : VO 
Azitromicina* 
 -Cães: 10mg/kg 1x a cada 5 dias : VO 
 -Gatos: 10mg/kg 1x a cada 7 dias : VO 
 
 
 
 
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 -Anorexia; 
 -Vômito; 
 -Hematemese; 
 -Melena; 
 -Dor abdominal; 
 -Postura antiálgica; 
 -Pode-se ter também peritonite e abdômen agudo em caso de perfuração; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Radiografia simples e contrastada; 
 -Ultrassonografia (verifica-se espessamento da parede estomacal 
ou defeitos/irregularidades na parede) 
 -Endoscopia juntamente com biópsia; 
 -Histopatológico; 
 -Hemograma e Perfil Bioquímico Sérico; 
 -Tratamento: 
 -Remover a causa base; 
 -Manter a perfusão sanguínea da mucosa; 
 
-Antiácidos locais: 
 
 
 
 
 
Hidróxido de Alumínio 
-5 – 10ml VO : QID 
Hidróxido de Magnésio 
-Cães: 5 – 10ml VO: QID 
-Gatos: 5 – 10ml VO: BID/TID 
 
 
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 -Antiulcerogênico/antiácido: 
 
 
 
 
 
 
-Protetor de Mucosa; 
 
 
 
 -Suspensão da alimentação enteral por 24/48 horas; 
 -Reposição hídrica e eletrolítica; 
 -Nutrição parenteral; 
 
16-Diarréia aguda: 
 
 -Definição: diarréia refere-se a fezes contendo grande quantidade de água. 
 -Etiologia: 
 -Dieta (intolerância, alergia, alimentação de baixa qualidade, mudanças 
bruscas na dieta e envenenamento alimentar por bactérias); 
 -Medicamentosa (AINEs, antibióticos e quimioterápicos); 
 -Parasitas (helmintos e protozoários); 
 -Infecciosas (virais, bacterianas e riquétsias); 
 -Extra-intestinal (insuficiência renal, insuficiência hepática, pancreatite e 
hipoadrenocorticismo); 
-Omeprazol (Petprazol – VETNIL®): 0,7 a 1,5mg/kg SID 20 a 30 dias de uso; 
 
 Ranitidina 
-Cães: 2mg/kg EV ou VO : TID 
-Gatos: 2,5mg/kg EV : BID ou 3,5mg/kg VO : BID 
 
 
 
Sucralfato 
-Cães: 0,5 – 1,0g VO : BID/TID 
-Gatos: 0,25g VO : BID/TID 
 
 
 
 
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 -Outras (gastroenterite hemorrágica idiopática, intussussepção, ingestão 
de toxinas e substâncias químicas); 
 
16.1-Gastroenterite Hemorrágica: 
 16.1.1-Parvovirose: 
 
 -Etiologia: existem 2 tipos de parvovírus canino, o PVC-1 e o PVC-2. O 
PVC-2 é o vírus responsável pela clássica enterite parvoviral. 
 -Transmissão: fecal-oral e fômites contaminados. O vírus pode se manter 
viável no ambiente por vários meses. 
*Cloro diluído (1:32) é capaz de destruir o PVC; 
 -Patogenia: os cães se infectam pela ingestão ou inalação do PVC. O 
vírus é ‘capturado’ pelos linfonodos regionais (mesentéricos) onde ocorre a replicação 
primária. Então ocorre a viremia com a disseminação primária do PVC até as criptas do 
intestino delgado, onde causa destruição destas em divisão. PVC também é capaz de 
replicar em outros tecidos como: medula óssea, coração e células endoteliais. 
 -Raças Susceptíveis: Labrador, Rottweilers e Doberman. 
-Sinais Clínicos: 
-Diarréia sanguinolenta ou não, com odor fétido; 
-Vômito; 
-Sangramento intestinal; 
-Depressão; 
-Anorexia; 
-Febre; 
-Desidratação; 
-Achados Laboratoriais: 
-Hipoalbunemia; 
-Leucopenia: Linfopenia e Neutropenia transitórias; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 
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 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Hemograma; 
 -ELISA: pode ser negativo se for realizado muito cedo e 
podem ocorre falsos-negativos se feito logo após a vacinação. 
 -Tratamento: 
 -Terapia hidroeletrolítica: solução eletrolítica balanceada com 20-
30mEq de cloreto de potássio/L e acrescentar 2,5 – 5% de glicose se o cão estiver 
hipoglicêmico ou em risco. 
*Animais com hipoproteinemia, cuidado com terapia hídrica excessiva. Deve-se 
administrar plasma ou hetastarch (colóide); 
 -Antibióticos: em cães febris ou gravemente neutropênicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cefazolina: 
-20 – 35mg/kg EV ou IM : TID 
Ampicilina (Ampicilina - VETNIL®) 
 22mg/kg EV ou IM : TID/QID 
 
 
 
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-Antieméticos: 
 
 
 
 
 
 -Antiinflamatório: em caso de choque séptico 
 
 
 
 -Antiácidos: (em casos de vômito); 
 
 
 
-Protetores de Mucosa: 
 
 
 
-Dieta leve após o vômito cessar por 24 horas; 
 -Terapia nutricional enteral ou parenteral; 
 
16.1.2-Coronavirose: 
 
 -Etiologia: coronavírus canino (CVC) pertencente à família 
Coronaviridae. Relacionado com o vírus da PIF e da gastrenterite transmissível dos 
suínos. 
 -Transmissão: fecal-oral; 
Sucralfato 
-Cães: 0,5 – 1,0g VO : BID/TID 
 
 
 
Clorpromazina 
-Cães: 0,5mg/kg IM ou SC : TID/QID 
Ondansetrona 
 -0,1 – 0,2mg/kg EV lento : BID 
 
 
Flunixin-Meglumine 
 1,1mg/kg EV, IM ou SC : SID 
 
 
Ranitidina 
-Cães: 2mg/kg EV ou VO : TID 
 
 
 
 
 
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 -Patogenia: o CVC, o qual é um vírus epiteliotrófico invade o organismo 
e destrói células maduras das vilosidades intestinais. A destruição,a atrofia e fusa dos 
vilos resultantes causam diarréia de severidade variável. 
*A maioria das infecções por CVC é subclínica. É mais grave quando associada ao 
parvovírus canino. 
 -Sinais Clínicos: 
 -Geralmente os animais são assintomáticos; 
 -Anorexia; 
 -Depressão; 
 -Êmese; 
 -Desidratação e anormalidades eletrolíticas; 
 -Diarréia (mole a aquosa ou com muco e sangue); 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
*Importante: diferenciar de parvovirose, porque ao contrário da infecção pelo 
parvovírus, a infecção por CVC não causa febre, leucopenia, hematoquezia e morte. 
 -Exames Complementares: 
 -Microscopia Eletrônica; 
 -Sorologia; 
 -Tratamento: 
 -Terapia com fluido; 
 -Restabelecer equilíbrio eletrolítico; 
 -Restrição alimentar até cessar êmese por 24 horas; 
 -Antieméticos: (em casos de vômito); 
 
 
 
 
Clorpromazina 
-Cães: 0,5mg/kg IM ou SC : TID/QID 
Ondansetrona 
 -0,1 – 0,2mg/kg EV lento : BID 
 
 
 
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 -Antiácidos: (em casos de vômito); 
 
 
-Protetores de Mucosa: 
 
 
 
 -Terapia nutricional enteral ou parenteral; 
16.2-Helmintos: 
 
 16.2.1-Toxocara canis: 
-Classificação: pertencente à classe Nematoda, ordem Ascaridida e 
família Ascarididae, espécie: Toxocara canis. 
-Características: 
-Localização: intestino delgado 
-Nutrição: produtos pré-digeridos (aminoácidos, vitaminas e 
oligoelementos) 
 -Sinais Clínicos: 
-Quando a infecção pré-natal é muito grande, pode haver a morte 
do animal, pois a migração das larvas causa lesões hepáticas e focos pneumônicos; 
 -Em infecções maciças podem ocorrer obstruções no sistema 
digestório; 
-Vômitos e diarréia podem ser observadas pela ação irritante dos 
adultos na mucosa gástrica e intestinal; 
 -Adultos podem penetrar nos canais biliares ou pancreáticos, 
levando à quadros agudos e às vezes fatais; 
 -Competição alimentar ocorre devido à sua ação espoliadora de 
aminoácidos essenciais, vitaminas e sais minerais levando ao enfraquecimento; 
Sucralfato 
-Cães: 0,5 – 1,0g VO : BID/TID 
 
 
 
Ranitidina 
-Cães: 2mg/kg EV ou VO : TID 
 
 
 
 
 
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 -Sinais neurológicos vão desde irritação, até crises convulsivas, e 
estão associadas com as toxinas parasitárias de vermes vivos ou mortos, irritação das 
terminações nervosas intestinais e sensibilização do SNC pelas larvas erráticas; 
 -Fezes pastosas ou líquidas; 
 -Hematoquezia; 
 -Parorexia; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Coproparasitológico: método de flutuação (técnica de 
Willis Mollay). 
 -Presença de vermes nas fezes; 
-Tratamento: 
 
 
 
 
 
 
 
*Benzimidazóis: utilizado para cadelas prenhas, mas não utilizar em inicio de gestação. 
 
 
 
 
 
 
 
-Pirantel: 
 Cães: 20-30mg/kg V.O 
Gatos15mg/kg (gatos) V.O. 
-Piperazina: 100 – 250 mg/kg V.O. 
-Mebendazole (Mebendazole - VETNIL®): 20mg/kg V.O. : SID por 3 dias 
-Fembendazole: 50mg/kg V.O : SID por 3 dias 
-Dietilcarbamazina: 25-100mg/kg V.O. 
 
 
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-Controle: 
 -Recém nascidos: tratar os filhotes com 2/3 semanas (repetir após 
21 dias), com princípios ativos de ação menos potente como o mebendazole e 
fembendazole, tratar a cadela simultaneamente. Tratar os filhotes novamente aos 2 
meses; 
 -Cães recém adquiridos: administrar 2 doses com intervalo de 14 
dias; 
 -Fêmeas prenhes: tratar 3 semanas antes do parto; 
 
 16.2.2-Dypilidium caninum: 
 -Classificação: pertencem à classe Cestoda, ordem Cyclophyllidae, 
família Dipelididae e espécie Dypilidium caninum. 
 -Características: 
-Localização: intestino delgado 
-Sinais Clínicos: 
 -Normalmente cursa de forma assintomática; 
-Diarréia; 
-Cólica; 
-Alterações no apetite; 
-Perda de peso; 
-Alterações de comportamento; 
-Ataques epileptiformes; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
-Coproparasitológico pelo método de sedimentação; 
 -Pesquisa de proglótides nas fezes; 
 -Tratamento: 
 
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*Para Echinococcus granulosus usar 100mg/kg e repetir a dose em 48 horas. 
**Vetmax Plus - VETNIL® (febendazole, pirantel e praziquantel) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16.2.3-Ancylostoma caninum: 
-Classificação: pequeno estrongilídeo, pertencente à classe Nematoda, 
ordem Strongylida e à família Ancylostomidae, espécie Ancylostoma caninum, 
Ancylostoma braziliense e Ancylostoma duodenale. 
-Características: 
 -Localização: intestino delgado de carnívoros (A. caninum e 
braziliense) e de humanos e cães (A. duodenale). 
*Ancylostoma caninum e braziliense: larva migrans cutânea (bicho geográfico). 
-Sinais Clínicos: 
 -Prurido; 
-Eritema, principalmente no abdômen; 
-Mucosas pálidas; 
-Anorexia; 
-Diarréia escura; 
-Praziquantel: 5 a 10mg/kg 
-Fembendazole: 50mg/kg por 3 dias 
-Nitroscanato*: 50mg/kg 
 
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-Desidratação; 
-Emagrecimento; 
-Edema e ascite; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
-Coproparasitológicos, método de flutuação (técnica de 
Willis Mollay). 
 -Tratamento: 
 
 
 
*Utilizado para hematófagos e não é recomendado no final da gestação (causa aborto), e cuidado com 
animais de pelagem clara (causa manchas). 
 
*Combinação: Praziquantel (para platelmintos) + Pirantel (para nematódeos) (Drontal
®
) 
 
Princípio Ativo Toxocara Ancylostoma Trichuris Dypilidium 
Pirantel X X 
Praziquantel X 
Febantel X X X 
 
 
16.3-Protozoários: 
 16.3.1-Giardia: 
 -Classificação: pertencente ao filo Euglenozoa, ordem Diplomanadida, 
família Hexamitidae, gênero Giardia e espécie G. lamblia, muris, psittaci, canis, ardeae 
e G. agilis. 
-Nitroscanato: 50mg/kg V.O. dose única 
-Pirantel (Vetmax Plus - VETNIL®): 15mg/kg 
-Disofenol*: 7,5mg/kg : S.C. dose única 
 
 
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-Características: 
-Localização: intestino delgado; 
 -Transmissão: oral-fecal (água, alimentos contaminados). 
 -Geralmente atinge animais mais jovens, mas pode afetas adultos. 
-Sinais Clínicos: 
 -Poucos sinais em animais; 
-Diarréia aquosa; 
-Animal não apresenta febre; 
-Enterite; 
-Perda de peso; 
-Inapetência; 
-Vômitos; 
-Dor abdominal; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Laboratorial: utilizando o método direto (exame a 
fresco), para identificar trofozoítos ou cistos. Técnica de Faust e Cols. (flutuação com 
sulfato de Zn 33%), imunológico ou molecular. 
*Fezes diarréicas encontra-se o trofozoíto e em fezes normais encontra-se o cisto. 
 
-Tratamento: 
 -Quimioterápico: 
 
 
 
 
-Metronidazol: 
 -Cães: 15mg/kg VO : BID por 8 dias 
 -Gatos: 17mg/kg VO : SID por 8 dias 
 
 
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17-Doença da Má Absorção Intestinal: 
 -Causas: 
 -Doença Inflamatória imunomediada (enteropatia inflamatória); 
 -Reação de Sensibilidade alimentar; 
 -Inflamação bacteriana, parasitária, viral ou fúngica; 
 -Neoplasias; 
 -Doença inflamatória intestinal; 
 -Má digestão (insuficiência pancreática); 
 
17.1-Enteropatia Inflamatória (EPI): 
 
-Definição:refere-se a um grupo diverso de enteropatias crônicas, caracterizadas 
por infiltração idiopática da mucosa e algumas vezes da submucosa do trato 
gastrointestinal com células inflamatórias. 
 
17.1.1-Enteropatia Inflamatória Linfocítica-Plasmocítica: 
 
-Etiologia: não determinada, no entanto, sugere-se que fatores genéticos 
(Ex.: shar-pei), dietéticos, bacterianos, imunológicos e de permeabilidade da mucosa 
exerçam um papel. 
 -Patogenia: A EPI linfocítica-plasmocítica pode envolver uma reação de 
hipersensibilidade a antígenos (bacterianos, alimentares ou autoantígenos) no lúmen 
intestinal. Isso pode resultar de um distúrbio primário do sistema imune. 
 -Sinais Clínicos: 
 -Vômito intermitente (geralmente em gatos); 
 -Diarréia de intestino delgado; 
 -Perda de peso progressiva; 
 -Ascite, hidrotórax e/ou edema (por perda protéica); 
 -Diagnóstico: 
 
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 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Biópsia intestinal (mucosa com infiltração de linfócitos e 
plasmócitos maduros); 
 -Colonoscopia; 
 -Tratamento: 
 -Manipulação dietética; 
 -Antiinflamatórios-imunossupressores: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 -Quimioterápico: 
 
 
 
17.2-Infecções Bacterianas: 
 -Principais agenets: Salmonella spp, Campylobacter jejuni e Clostridium spp. 
 
17.2.1-Salmonelose: 
-Sulfassalazina: 
 -Cães: 10 – 30mg/kg VO : BID ou TID 
 -Gatos: 10 – 20mg/kg VO : SID 
-Prednisolona: 
 -Cães: 1-2mg/kg VO : SID 
 -Gatos: 2-3mg/g VO : SID 
-Azatioprina: 
 -Cães: 1-2mg/kg VO : SID 
 -Gatos: 0,3 – 0,5mg/kg VO : SID 
 
-Metronidazol: 
 -15mg/kg VO : BID ou TID 
 
 
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 -Classificação: bacilo gram-negativo pertencente ao gênero Salmonella e 
família Enterobacteriaceae. 
 -Características: 
 -Transmissão: fecal-oral (ingestão de alimentos ou água 
contaminados); 
 -Principais espécies: S. typhimurium e S. anatum; 
 -Frequentemente isolada nas fezes de cães e gatos saudáveis; 
 -Sinais Clínicos: 
 -Diarréia aquosa ou mucóide; 
 -Vômito; 
 -Tenesmo; 
 -Febre; 
 -Anorexia; 
 -Letargia; 
 -Dor abdominal; 
 -Desidratação; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Isolamento da Salmonella spp a partir de amostras fecais; 
 -Hemograma: grave leucopenia 
 -Tratamento: 
 -Não é indicado o uso de antibióticos para o tratamento de 
salmonelose. Os antibióticos somente são indicados quando a invasão pela Salmonella 
spp for severa, causando bacteremia ou endotoxemia. O antibiótico de escolha deve-se 
basear em cultura e antibiograma prévios, mas tem-se sucesso com: 
 
 
 
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 -Deve-se repetir o cultivo das fezes após 1 e 4 semanas do final 
do tratamento; 
 -Reposição hídrica e eletrolítica; 
 
17.2.2-Campilobacteriose: 
 -Classificação: Campylobacter jejuni é uma bactéria gram-negativa; 
 -Características: 
 -Transmissão: fecal-oral (alimentos e água contaminados); 
 -Pode ser encontrada em animais sadios; 
 -Geralmente é patogênico em cães e gatos jovens 
 -Sinais Clínicos: 
 -Diarréia aquosa à mucóide de duração entre 5 e 15 dias, pode ou 
não ter presença de sangue; 
 -Vômito; 
 -Tenesmo; 
 -Febre suave ou ausente; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Microscopia: presença de Campylobacter (bastonete 
gram-negativo curvo e delgado e pode ter formato de ‘W’) e leucócitos; 
 -Isolamento da Campylobacter (difícil); 
 -Tratamento: 
-Enrofloxacino: 
 -5mg/kg VO : BID por 7 a 10 dias 
-Sulfa-trimetoprim: 
 -15mg/kg VO : BID por 7 a 10 dias 
 
 
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 -Antibióticos: 
 
 
 
 
 -Reposição hídrica e eletrolítica; 
 
17.2.3-Clostridiose: 
 -Classificação: Clostridium perfringens, bactéria anaeróbica normal do 
intestino de cães e gatos. 
 -Patogenia: Clostridium perfringens é uma bactéria produtora de toxinas 
que pode se envolver em uma diarréia aguda e crônica. Associa-se a gastrenterite 
hemorrágica canina, enterocolite necrosante aguda, diarréia hospitalar aguda e diarréia 
crônica. 
 -Sinais Clínicos: 
 -Diarréia aquosa ou mole, com ou sem muco; 
 -Tenesmo; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Microscopia: presença de Clostridium perfringens 
(bastonetes gram-negativos) e leucócitos. Considera-se anormal acima de 2/3 esporos 
(identificados em coloração Diff-Quick ou Wright); 
 
 
 
 
 
-Eritromicina: 
 -10 – 15mg/kg VO : TID por 7 dias; 
-Neomicina: 
 -10mg/kg VO : TID por 7 dias 
 
 
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-Tratamento: 
 -Antibióticos: 
 
 
 
 
 
 
 
18-Insuficiência Pancreática Exócrina: 
 -Etiologia: 
 -Atrofia acinar idiopática hereditária (cães de porte grande, sendo a 
principal raça Pastor Alemão); 
 -Pancreatite crônica recidivante (cães de pequeno porte, sendo a principal 
raça Schnauzer); 
 -Sinais Clínicos: 
 -Emagrecimento progressivo; 
 -Pelame de má qualidade; 
 -Musculatura pobre; 
 -Polifagia; 
 -Parorexia; 
 -Fezes volumosas, sem forma e brilhantes; 
 -Esteatorréia; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Concentração sérica e nas fezes de lípases e amilases; 
-Amoxicilina: 
 -20mg/kg VO : TID 
-Ampicilina (Ampicilina - VETNIL®) 
 22mg/kg IM ou EV : TID/QID 
-Metronidazol: 
 -15mg/kg VO ou EV : BID 
 
 
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 -Desafio com triglicerídeos: 
 -Prova da turbidez plasmática: deve ser feito um jejum 
prévio de 12 horas e após isso oferecer 5-20ml de óleo, a amostra sérica torna-se turva 
(indicando normalidade); 
 -Perfil hepático e renal: ALT (pode estar aumentado), AST e 
GGT. 
 -Hipocolesterolemia; 
 -Ultrassonografia abdominal; 
 -Biopsia; 
 -Análise qualitativa fecal: verifica a presença de atividade de 
tripsina e presença de alimentos não digeridos nas fezes; 
 -Mensuração da imunorreatividade ao tripsinóide (exame 
específico); 
 -Tratamento: 
 -Suplementação com enzimas pancreáticas (em pó ou tecido cru); 
 -Dose: 5mg/kg 
 -Manejo dietético: 
 -Fornecer alimento em pequenas quantidades e várias vezes ao 
dia; 
 -Utilizar ração de alta digestibilidade, restrita em fibras (<2%MS) 
que diminui a atividade enzimática. Auxilia no controle do volume fecal, na excreção de 
gordura e na diminuição das flatulências; 
 -Restrição à gorduras; 
 -Adicionar complexos vitamínicos; 
 -Antibiótico: 
 
 
 
19-Complexo Dilatação-Vólvulo Gástrico: 
-Metronidazol: 
 -15mg/kg VO ou EV : BID 
 
 
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 -Definição: distensão do estômago geralmente após a ingestão de grande 
quantidade de água/ar seguido de exercício. Ocorre de forma aguda. 
 -Etiologia: 
 -Multifatorial; 
 -Cães de qualquer idade (geralmente acima de 7 anos); 
 -Cães de grande porte (Doberman, Dogue Alemão, Setter Irlandês, 
Pastores, São Bernardo e Fila), pode ocorrer ocasionalmente em cães de pequeno porte; 
 -Animais que se alimentam uma vez ao dia; 
 -Dieta fermentável; 
 -Motilidade gástrica anormal; 
 -Exercícios após alimentação; 
 -Cadelas pós-parto; 
 -Frouxidão de ligamentos (hepatoduodenais e hepatogástricos);-Patogenia: 
 Ocorre primeiramente a dilatação com posterior torção gástrica. Com a 
torção gástrica ocorre obstrução do cárdia e do piloro, pode-se ter o baço torcido 
também e assim há o comprometimento vascular da região (perfusão sanguínea 
inadequada, podendo levar ao choque, taquicardia, arritmias e óbito). A torção pode 
variar entre 90 e 360º dependendo do caso, podendo ter o aprisionamento do baço (com 
fratura ou ruptura). 
 -Sinais Clínicos: 
 -Náusea; 
 -Vômito não produtivo; 
 -Sialorréia; 
 -Dispnéia; 
 -Dor e distensão abdominal; 
 -Exame Físico: 
 -Pulso fraco; 
 -Mucosas pálidas; 
 -Distensão abdominal; 
 
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 -Percussão digital do estômago com som timpânico característico; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Radiografia abdominal; 
 -Tratamento: 
 -Reposição hídrica e eletrolítica; 
 -Antibióticos: 
 
 
 
 
 
 
 
 -Analgésicos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Amoxicilina: 
 -20mg/kg VO : TID 
-Ampicilina (Ampicilina - VETNIL®) 
 22mg/kg IM ou EV : TID/QID 
-Enrofloxacina: 
 -5mg/kg VO : BID 
 
-Dipirona (Algivet - VETNIL®) 
 -25mg/kg EV e IM : TID 
-Tramadol: 
 -6mg/kg EV e IM : TID 
 
 
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-Descompressão gástrica com passagem de sonda orogástrica; 
 -Cirúrgico (reposicionamento do estômago, remoção do tecido necrosado 
e gastropexia); 
-Antieméticos: 
 
 
 
 
 
 
 
-Antiácidos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 -Protetor de Mucosa: 
 
 
 
 
-Metoclopramida: 
 -0,2 – 0,5mg/kg EV, IM e VO : BID/TD 
-Ondansetrona: 
 -0,5-1mg/kg EV ou VO : BID 
-Citrato de Maropitant (Cerenia
®
): 
 1mg/kg (1ml/10kg) SID: SC; 
 
-Ranitidina: 
 -Cães: 2mg/kg VO, EV : TID 
 -Gatos: 2,5mg/kg EV : BID 
 3,5mg/kg VO : BID 
-Famotidina: 
 -Cães: 0,5 – 1mg/kg VO : SID 
 -Gatos: 5mg/animal a cada 48h 
-Omeprazol (Petprazol – VETNIL®) 
 -0,7 – 2mg/kg VO : SID 
 
Sucralfato 
-Cães: 0,5 – 1,0g VO : BID/TID 
-Gatos: 0,25g/animal VO : BID / TID 
 
 
 
 
44 
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-Prognóstico: 
 -15-20% de morte pós-cirúrgica devido a arritmias; 
 -Prevenção: 
 -Manejo para evitar recidivas (alimentação dividida várias vezes ao dia 
em pequenas quantidades); 
 -Evitar exercícios próximos à refeições; 
 -Gastropexia profilática em raças predispostas; 
 
20-Pancreatite Aguda: 
 -Definição: processo inflamatório agudo do pâncreas com envolvimento variável 
de outros tecidos adjacentes ou de órgãos de sistemas remotos. Devido à elaboração 
errônea de enzimas digestivas ativas as quais destroem o tecido pancreático. 
 -Fatores Predisponentes: 
 -Animais com idade acima de 5 anos; 
 -Raças: yorkshire e schauzer; 
 -Machos e fêmeas castrados; 
 -Doenças gastrointestinais ou de trato biliar; 
 -Infecção e isquemia; 
 -Epilepsia; 
 -Obesidade; 
 -Diabete mellitus; 
 -Hiperadrenocorticismo; 
 -Hipotireoidismo; 
 -Traumas; 
 -Intoxicação por organofosforados; 
 -Fármacos: furosemida, diuréticos de alça, fenobarbital com brometo de 
potássio, tetraciclinas e sulfas; 
 -Patogenia: 
 
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 Ocorre a ativação de tripsina devido a causas multifatorais, levando a 
uma injúria tecidual, causando um aumento da permeabilidade capilar, gerando um 
edema, podendo levar a uma isquemia e necrose local. 
 -Branda: edema (fácil recuperação); 
 -Grave: Abdômen agudo; 
 Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica – sepse; 
 Falência múltipla dos órgãos; 
-Causas: 
 -Indiscrição alimentar; 
 -Cirurgia; 
 -Corticóides; 
 -Quimioterápicos; 
 -Organofosforados; 
 -Traumas; 
 -Sinais Clínicos: 
 -Desidratação; 
 -Anorexia; 
 -Êmese; 
 -Letargia; 
 -Dor abdominal; 
 -Poliúria e polidipsia; 
 -Diarréia; 
 -Febre ou hipotermina; 
 -Convulsões; 
 -Distúrbios de coagulação; 
 -Icterícia; 
 -Sangramento gastrointestinal; 
 -Postura em ‘prece’ (antiálgica); 
 
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 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Hemograma e Bioquímica Sérica; 
 -Teste de Enzimas Pancreáticas; 
 -Ultrassonografia; 
 -Análise do fluído abdominal (em casos de efusão); 
 -Biópsia (histopatologia); 
 -Tratamento: 
 -Reposição hídrica e eletrolítica (ringer lactato); 
 -Repouso ‘glândular’: não oferecer alimentos e água por 1 a 2 dias. 
Deve-se fazer o suporte parenteral. 
 -Analgésicos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Buprenorfina: 
 -0,01 – 0,02mg/kg EV, SC e IM : TID/QID 
-Butorfanol: 
 -0,05 – 0,6mg/kg EV, SC e IM : TID/QID 
-Metadona: 
 -0,2 – 0,4mg/kg SC ou IM : QID 
-Tramadol: 
 -6mg/kg EV ou IM : TID 
 
 
 
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-Antieméticos: 
 
 
 
 
 
 
 
 -Antibióticos: 
 
 
 
 
 
 
 -Antiácidos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
21-Quadríade Felina: 
 -Enfermidades: 
 -Doença inflamatória intestinal; 
-Metoclopramida: 
 -0,2 – 0,5mg/kg EV, IM e VO : BID/TD 
-Ondansetrona: 
 -0,5-1mg/kg EV ou VO : BID 
-Citrato de Maropitant (Cerenia
®
): 
 1mg/kg (1ml/10kg) SID: SC; 
 
-Amoxicilina: 
 -20mg/kg VO : TID 
-Metronidazol 
 -15mg/kg EV ou VO : BID 
-Enrofloxacina: 
 -5mg/kg VO : BID 
 
-Ranitidina: 
 -Cães: 2mg/kg VO, EV : TID 
 -Gatos: 2,5mg/kg EV : BID 
 3,5mg/kg VO : BID 
-Omeprazol (Petprazol - VETNIL®) 
 -0,7 – 2mg/kg VO : SID 
 
 
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 -Nefrite; 
 -Doença hepática inflamatória; 
 -Pancreatite; 
-Característica anatômica: ducto pancreático e biliar comuns; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Amilase: 
 -Normal: <1.050 U/L 
 -Aumento: de 3 a 4 vezes (pancreatite, insuficiência renal, 
doenças gastrointestinal, hepatopatias ou neoplasias); 
 -Lipase: 
 -Normal: 250 – 1.500 U/L 
 -Aumento: de 2 a 3 vezes (pancreatite, insuficiência renal, 
doença gastrointestinal, uso de corticóides e estresse crônico); 
*Animais com pancreatite grave podem ter valores normais; 
 -Radiografia (deslocamento ou distensão gasosa do duodeno 
descendente e cólon ascendente); 
 -Ultrassonografia (pâncreas hipoecóico >2cm, presença de 
abscessos ou cistos no pâncreas e mesentério peri-pancreático hiperecóico); 
 -Laparotomia ou laparoscopia; 
 -Hemograma e bioquímica sérica: 
 -Leucocitose com desvio à esquerda; 
 -Trombocitopenia; 
 -Hiperfosfatemia; 
 -Aumento de ALT e FA; 
 -Aumento de bilirrubina; 
 -Aumento do colesterol; 
 
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 -Azotemia; 
 -Hiperglicemia; 
 -Hipocalemia e hipocalcemia (pior prognóstico); 
 -Imunorreatividade sérica da tripsina (tripsinogênio): 
 -Normal: 5 – 35μg/L (cães); 
 -Aumentado: >100μg/L (positivo); 
 -Diagnóstico Diferencial: 
 -Perfusão gastrointestinal; 
 -Intussuscepção intestinal; 
 -Peritonites; 
 -Piometra; 
 -Abscesso prostático; 
 -Trauma abdominal; 
 -Torção esplênica; 
 -Tratamento: 
-Reposição hídrica e eletrolítica (ringer lactato); 
 -Repouso ‘glândular’: não oferecer alimentos e água por 1 a 2 dias. 
Deve-se fazer o suporte parenteral ou enteral distalmente ao duodeno; 
 -Analgésicos:-Buprenorfina: 
 -0,01 – 0,02mg/kg EV, SC e IM : TID/QID 
-Butorfanol: 
 -0,05 – 0,6mg/kg EV, SC e IM : TID/QID 
-Metadona: 
 -0,2 – 0,4mg/kg SC ou IM : QID 
-Tramadol: 
 -6mg/kg EV ou IM : TID 
 
 
 
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 -Antieméticos: 
 
 
 
 
 
 
 
 -Antibióticos: 
 
 
 
 
 
 
 -Antiácidos: 
 
 
 
 
 
 
 
 -Em casos de CID: 
 
 
 
-Metoclopramida: 
 -0,2 – 0,5mg/kg EV, IM e VO : BID/TD 
-Ondansetrona: 
 -0,5-1mg/kg EV ou VO : BID 
-Citrato de Maropitant (Cerenia
®
): 
 1mg/kg (1ml/10kg) SID: SC; 
 
-Amoxicilina: 
 -20mg/kg VO : TID 
-Metronidazol 
 -15mg/kg EV ou VO : BID 
-Enrofloxacina: 
 -5mg/kg VO : BID 
 
-Ranitidina: 
 -Cães: 2mg/kg VO, EV : TID 
 -Gatos: 2,5mg/kg EV : BID 
 3,5mg/kg VO : BID 
-Omeprazol (Petprazol - VETNIL®) 
 -0,7 – 2mg/kg VO : SID 
 
-Heparina: 
 -75 – 100U/kg (profilaxia) EV : TID 
 -até 250U/kg (em CID) EV : QID 
-Transfusão de plasma; 
 
 
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22-Peritonite: 
 -Definição: processo inflamatório que envolve toda ou parte da cavidade 
abdominal. 
 -Causas: 
 -Viral: PIF 
 -Bacteriana: por perfuração gastrointestinal (bactérias anaeróbicas e 
aeróbicas gram-negativas), ruptura de útero com piometra, ruptura abscessos prostático 
ou hepático e contaminação cirúrgica; 
 -Química: ruptura do trato urinário, de vesícula biliar, de quilo ou 
pancreatite; 
 -Traumática; 
 -Iatrogênica (cirúrgica); 
 -Corpos estranhos; 
 -Sinais Clínicos: 
 -Dor; 
 -Relutância em se mover; 
 -Taquicardia e taquipnéia; 
 -Posição em prece; 
 -Vômito; 
 -Exame Físico: 
 -Febre; 
 -Desidratação; 
 -Anormalidades na palpação abdominal; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Hemograma e bioquímica sérica; 
 
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 -Radiografia simples ou contrastada; 
 -Ultrassonografia abdominal; 
 -Avaliação do líquido abdominal (paracentese ou lavado 
abdominal); 
 -Cultura microbiológica; 
 -Dosagem de creatinina pareada com soro; 
 -Laparotomia e laparoscopia; 
 -Tratamento: 
 -Reposição hídrica e eletrolítica (ringer lactato); 
 -Antibióticos; 
-Antibióticos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 -Lavagem da cavidade abdominal e drenagem do líquido; 
23-Peritonite Infecciosa Felina: 
 -Etiologia: 
 -Coronavírus (RNA e envelopado), aparentemente é uma mutação do 
vírus causador da enterite felina (FEC); 
 -Características gerais: 
 -Vírus sensível aos desinfetantes usuais; 
 -Sobrevive no ambiente até 7 semanas; 
-Ampicilina (Ampicilina - VETNIL®) 
 -22mg/kg EV ou IM : TID 
-Cefalexina: 
 -30mg/kg VO : BID / TID 
-Gentamicina: 
 -Cães: 2- 4mg/kg SC, IM ou EV : TID 
 -Gatos: 3mg/kg SC, IM ou EV : TID 
 
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-Predisposição etária (6 meses a 5 anos, mas pode atingir animais de 
qualquer idade); 
 -Raça: Persa; 
 -Fatores predisponentes: 
 -Má nutrição; 
 -Doenças infecciosas crônicas; 
 -Superpopulação; 
 -FIV e FeLV; 
-Período de incubação: é indeterminado, podendo variar de semanas à 
meses; 
 -Epidemiologia: 
 -Acomete felinos domésticos e selvagens; 
 -Transmissão: 
 -Contato direto; 
 -Eliminação: fezes, saliva e urina 
 -Porta de entrada: trato gastrointestinal ou respiratório; 
 -Transplacentária; 
 -Patogenia: 
 Doença imunomediada a qual se tem formação de imunocomplexos 
(anticorpo + vírus) que causam vasculite. A viremia é associada ás células, sendo que os 
macrófagos os quais fagocitam as partículas virais são os responsáveis por causarem a 
disseminação sistêmica, com transporte para os linfonodos. A replicação viral ocorre 
nos enterócitos. 
 -Sinais Clínicos: 
 -Febre; 
 -Apatia; 
 -Anorexia; 
 -Letargia; 
 -Dificuldade respiratória; 
 
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 -Perda de peso; 
 -Icterícia; 
 -Na forma seca há sintomatologia nervosa e uveíte; 
 -Diagnóstico: 
 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Aumento de Proteína Plasmática Total; 
 -Hiperglobulinemia; 
 -Análise do líquido abdominal: 
 -Coloração: amarelo palha/citrino; 
 -Pode ter presença de fibrina; 
 -Densidade: 1,017 – 1,047; 
 -Proteínas: 5 – 8g/dL 
 -Presença de macrófagos; 
 -Sorologia (ELISA) 
-Imunofluorescência Indireta; 
 -Tratamento: 
 -Reposição hídrica e eletrolítica; 
 -Nutrição enteral ou parenteral; 
 -Drenagem da cavidade abdominal (PIF efusiva); 
 -Corticóide: 
 
 
 -Imunossupressor: 
 
 
-Prednisolona: 
 -1 – 2mg/kg VO : SID 
-Ciclosfosfamida: 
 -2 – 4mg/kg VO : SID por 4 dias; 
 
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 -Imunomodulador: 
 
 
 
 -Antibióticos (em caso de infecção secundária); 
 -Controle: 
 -Isolamento dos filhotes da colônia; 
 -Isolar doentes e gatos recém introduzidos; 
24-Encefalopatia Hepática: 
 -Principais Causas: 
 -Insuficiência Hepática Aguda; 
 -Shunt Porto-Sistêmico; 
 -Cirrose; 
 -Patogenia: 
 -Aumento da amônia; 
 -Desequilíbrio entre aminoácidos aromáticos e aminoácidos de cadeia 
ramificada; 
 -Aumento da sensibilidade dos receptores GABA e dos receptores 
benzodiazepínicos; 
 24.1-Insuficiência Hepática Aguda: 
 -Causas: 
 -Infecciosa: 
 -Viral: adenovírus; 
 -Protozoário: toxoplasma; 
 -Bacteriana: brucelose e leptospirose; 
 -Fármacos (fenobarbital, cetoconazol, glicocorticóides, 
acetoaminofen, carprofeno, mebendazole, sulfatrimetoprim, eritromicina, halotano); 
 -Toxina (aflatoxina); 
-Interferon Recombinante Humano: 
 -30U/gato VO semana sim semana não 
 
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 -Imunomediadas; 
 -Nutricionais (acúmulo de cobre); 
 -Neoplásicas; 
 -Desvio porto-sistêmico; 
 -Sinais Clínicos: 
 -Icterícia; 
 -Anorexia; 
 -Vômito; 
 -Diarréia; 
 -Aumento de volume abdominal; 
 -Prostração; 
 -Mudança de Comportamento; 
 -Hepatomegalia; 
 -Hipertermia; 
 -Hipoalbuminemia (levando à ascite); 
 -Hipoglicemia; 
 -Diatese hemorrágica; 
 -Encefalopatia Hepática; 
 -Doenças Hepáticas Caninas: 
 -Hepatopatias Reativas: secundária a hipóxia, desnutrição, drogas, 
hipercortisolismo e hiperlipidemia; 
 -Hepatite Tóxica; 
 -Hepatite Crônica Ativa; 
 -Cirrose; 
 -Desvio Porto-Sistêmico 
 -Doença do Acúmulo de Cobre: em raças Doberman, Dalmata, 
West Highland White Terrier e Scotish Terrier; 
 -Diagnóstico: 
 
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 -Anamnese e História Clínica; 
 -Exame Físico; 
 -Exames Complementares: 
 -Hemograma e Bioquímica Sérica: lesão e função 
hepática; 
 -Lesão Hepática: 
-Alanino Aminotransferase (ALT): enzima encontrada no citossol de células, 
principalmente dos hepatócitos. A enzima é considerada hepato-específica em 
carnívoros, mas esta enzima pode estar elevada em casos de lesão muscular grave. (para 
se retirar esta duvida, dosa-se em conjunto a CK, que é uma enzima específica para 
lesão muscular). 
 *Em casos mais crônicos, a ALT não necessariamente vai estar aumentada, pois já 
houve muito dano nos hepatócitos, não havendo mais extravasamento de ALT. 
-Asparatato Aminotransferase (AST): enzima encontrada em células do fígado e 
células musculares (coração e músculo esquelético). Portanto não é uma enzima hepato-
específica. Principalmenteem mitocôndrias e é geralmente utilizada em herbívoros. 
-Fosfatase Alcalina (FA): é amplamente distribuída no corpo, incluindo os ossos 
e ductos do fígado (localizada no citossol). A fosfatase alcalina é uma enzima produzida 
em vários órgãos, incluindo ossos, fígado e intestinos. As concentrações de fosfatase 
alcalina podem aumentar sempre que aumente a atividade das células ósseas (por 
exemplo, durante o período de crescimento ou depois de uma fratura) ou como resultado 
de doenças ósseas, que incluem a osteomalacia ou o câncer ósseo e também em lesões 
de ductos hepáticos (colestase). Em casos de diarréia e de uso de medicamentos (Ex.: 
glicocorticóides), também pode-se ter a FA aumentada. 
-Gama Glutaminltrasnferase (GGT): é sintetizada por quase todos os tecidos 
corporais, com maior concentração no pâncreas e nos rins. Além disso está presente em 
baixas concentrações nos hepatócitos, no epitélio dos ductos biliares e na mucosa 
intestinal e em altas concentrações nas glândulas mamárias (vacas, cadelas e ovelhas). A 
GGT é mais específica, mas menos sensível que a FA. 
 
-Função Hepática: 
-Bilirrubina: 
-Aumento: pode ser derivada do aumento da produção de hemoglobina 
(hemólise – icterícia pré hepática), menor taxa de absorção ou conjugação pelos 
hepatócitos (icterícia hepática) ou prejuízo de fluxo biliar (icterícia pós-hepática) 
 
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-Ácidos Biliares: 
-Aumento: desvio da circulação portal (shunt porta-sistêmico), 
diminuição intrínseca da capacidade de absorção dos ácidos biliares pelos hepatócitos 
(Ex.: hepatite, necrose, hepatopatia por glicocorticóides) e menor excreção de ácidos 
biliares pelo sistema biliar e conseqüente retorno à circulação sistêmica (Ex.: colangite, 
obstrução do ducto biliar e neoplasia). 
-Proteínas Séricas Totais: α, β-globulinas e albumina são produzidas pelo 
fígado. Α e β-globulinas são proteínas pró-inflamatórias. A γ-globulina 
(imunoglobulina) é produzida pelos Linf-B. 
 -Diminuição: insuficiência hepática, hepatopatia crônica 
-Albumina: 
*Geralmente não se observa hipoalbuminemia até que ocorra perda de 60-80% da 
função hepática. 
 -Diminuição: doença hepática crônica. 
-Colesterol: a bile é a principal via de excreção do colesterol. E o fígado é o 
principal órgão de produção de colesterol. 
 -Diminuição: insuficiência hepática; 
 -Aumento: distúrbio no fluxo biliar (colestase); 
-Amônia: a amônia é produzida no trato digestivo e, após absorção intestinal, 
atinge a corrente sanguínea (circulação portal), chegando até o fígado onde é 
metabolizada. 
 -Aumento: alterações no fluxo sanguíneo ao fígado (Shunt porta-
sistêmico) ou diminuição acentuada de hepatócitos funcionais (Ex.: cirrose). 
-Uréia: é sintetizada nos hepatócitos a partir da amônia. 
 -Diminuição: insuficiência hepática. 
*Esta diminuição da concentração da uréia se dá juntamente com o aumento da 
concentração de amônia. 
-Glicose: a glicose é absorvida no intestino delgado e é transportada ao fígado 
pela circulação portal e em seguida chega aos hepatócitos para ser transformada em 
glicogênio. Os hepatócitos também sintetizam glicose por gliconeogênese. 
 -Aumento: menor absorção hepática de glicose 
 -Diminuição: devido à menor atividade de gliconeogênese e 
glicogenólise nos hepatócitos. 
 
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*Em insuficiência hepática a glicemia pode estar baixa ou elevada. 
 
-Radiografia; 
 -Biópsia Hepática; 
 -Tratamento: 
 -Manejo dietético: 
 -Estimular o apetite; 
 -Fornecer pequenas quantidades distribuídas várias vezes 
ao dia; 
 -Dieta balanceada: proteínas de elevado valor biológico e 
restrição de cloreto de sódio; 
 -Suplementar com vitaminas do complexo B e vitamina C; 
 -Drenagem do líquido ascítico somente se houver dor, 
desconforto e dificuldade respiratório por parte do paciente, pois o líquido apresenta 
grande concentração de proteínas. A drenagem pode ser realizada com diuréticos ou por 
paracentese. Na paracentese a drenagem deve ser feita em 30 a 60 minutos e deve-se 
deixar aproximadamente 20% do volume total. 
 -Diuréticos: 
 
 
 
 
*A furosemida causa perda de potássio; 
 -Restrição ao sódio e repouso forçado; 
 -Reposição hídrica e eletrolítica; 
 -Protetor hepático: (para reações hepatotóxicas) 
 
 
 
-Espironolactona: 
 1 – 2mg/kg VO : BID 
-Furosemida*: 
 2mg/kg VO : BID 
-Silimarina: 
 20 – 50mg/kg VO : SID 
 
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 -Colerético: 
 
 
 
 -Suplementação com vitaminas C, B, E e K (esta última em casos 
de coagulopatias); 
 -Suplemento nutricional: 
 
 
 -Corticóide: terapia antiinflamatória e antifibrótica; 
 
 
 
 
 
 
 -Imunossupressor: 
 
 
*Monitorar o paciente com hemograma a cada 14 dias nos primeiros 2 meses; 
 
24.2-Shunt Porto-Sistêmico: 
 -Definição: é uma comunicação vascular entre os sistemas venosos portal 
e sistêmico, que permitem o acesso do sangue portal à circulação sistêmica sem passar 
primeiro através do fígado. O desvio porto-sistêmico congênito é o mais comum. 
 -Patogenia: 
 Os sinais clínicos da encafalopatia hepática resultam da 
depuração hepática inadequada de toxinas intestinalmente derivadas, como: amônia, 
mercapitanos, ácidos graxos de cadeia curta e ácido gamaaminobutírico. A redução do 
-Ácido Ursodeoxicólico: 
 10 – 15mg/kg VO : SID (dividido em 2/3 doses) 
-S-Adenosilmetionina (SAMe): 
 -Cães: 20mg/kg VO : SID 
 -Gatos: 90mg/animal VO (para gatos acima de 5kg) 
-Prednisolona: 
 2mg/kg VO : SID por 28 dias com redução gradual até 0,5mg/kg 
em dias alternados. 
-Dexametasona: 
 0,2 – 0,4mg/kg SID por 28 dias com redução gradual até 
0,2mg/kg a cada 3 dias. 
-Azatioprina*: 
 -50mg/m
2
 VO : SID por 3 a 6 meses. 
 
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fluxo sanguíneo hepático e a ausência de fatores hepatotróficos resultando em atrofia 
hepática. 
 -Sinais Clínicos: 
 -Anorexia; 
 -Letargia; 
 -Perda de peso; 
 -Poliúria e polidipsia; 
 -Sialorréia; 
 -Sintomas hepáticos (ascite e icterícia); 
 -Sintomas nervosos (headpressing, amaurose, desorientação, 
andar em círculos, torpor, coma e convulsões); 
 -Fatores Predisponentes: 
 -Aumento da ingestão protéica; 
 -Azotemia/Uremia; 
 -Hemorragia gastrointestinal; 
 -Drogas hepatotóxicas (antifúngicos); 
 -Infecção; 
 -Constipação; 
 -Fatores Complicantes: 
 -Diuréticos; 
 -Sedativos; 
 -Tranqüilizantes; 
 -Sangue ou plasma estocado; 
 -Hipoglicemia; 
 -AINEs e esteroidais; 
 -Desidratação; 
 -Catabolismo; 
 -Supercrescimento bacteriano; 
 
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 -Desequilíbrio eletrolítico; 
 -Tratamento: 
 -Restrição alimentar; 
 -Reposição hídrica e eletrolítica (evitar ringer lactato); 
 -Enema de retenção: 
 
 
 
*Mecanismo de ação (lactulose) 
 -Diminuição do pH do cólon; 
 -Laxante (aumenta o trânsito gastrointestinal e diminui a absorção de 
amônia); 
 -Fonte de carboidratos (diminui a produção de amônia); 
 -Antibióticos: (em casos crônicos); 
 
 
 
 -Antieméticos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Lactulose: 
 -Enema: 20ml/kg (1:2 água morna) QID 
 -VO: 0,25 – 1ml/kg TID (casos crônicos) 
-Metronidazol: 
 7,5mg/kg EV ou VO : BID ou TID 
-Ondansetrona: 
 -0,5-1mg/kg EV ou VO : BID 
-Citrato de Maropitant (Cerenia
®
): 
 1mg/kg (1ml/10kg) SID: SC; 
 
 
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Referências Bibliográficas: 
FEITOSA F.L.F. Semiologia Veterinária: Aarte do diagnóstico. 2 ed. São Paulo: 
Roca, 2008. 
BICHARD, S. J., SHERDING R.G. Clínica de Pequenos Animais. 1ed. São Paulo: 
Roca, 1998. 
ETTINGER S. J. Tratado de Medicina Interna Veterinária. 3 ed. São Paulo: Manole, 
1992. 
Freqüência de Giardia lamblia em cães atendidos em clínicas veterinárias de 
Porto Alegre, RS, Brasil – ADRIANE BARTMANN, FLAVIO ANTÔNIO PACHECO DE 
ARAUJO. 
MARK P. G. Manual Saunders: Terapêutico Veterinário. 2. Ed. São Paulo: Editora 
MedVet, 2009. 
THRALL. M.A, et al. Hematologia e Bioquímica Clínica Veterinária. 1 Ed. São 
Paulo: Roca, 2007.

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