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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO E SUA ANÁLISE PELA CF/88

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CURSO DIREITO – DR2/2015 
ANNA KIARA DE FREITAS FURLAN
BRENDA CAROLINA GOES CARVALHO
EVANDRO MAXIMO DE ARAUJO
JORGE LUIZ FELIPE MAIA
LUIS ANTONIO FERREIRA
RAFAEL VINICIUS MONTAI MESSIAS
 
ASSIS
2015
ANNA KIARA DE FREITAS FURLAN
BRENDA CAROLINA GOES CARVALHO
EVANDRO MAXIMO DE ARAUJO
JORGE LUIZ FELIPE MAIA
LUIS ANTONIO FERREIRA
RAFAEL VINICIUS MONTAI MESSIAS
DIREITO DO TRABALHO, 
UM DIREITO A SER CONSTANTEMENTE TRABALHADO!
ARTIGO 5º, XIII DA CF/1988.
 
Disciplina: Direitos Fundamentais
Curso: Direito – DR2/2015
RAs: C4406G0; C417297; C494DE9; C7375F8; C561371; C4679B7
Docente: Professora Marina Perine Antunes Ribeiro
ASSIS
2015
SUMÁRIO 
	1 INTRODUÇÃO...............................................................................
	04
	1.1 OBJETIVO.....................................................................................................
	04
	2 TRABALHO: CONCEITO E HISTÓRIA......................................... 
	05
	2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA MUNDIAL.............................................................
	06
	2.2 LIBERALISMO, REVOLUÇÕES LIBERAIS E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS................................................................................................
	07
	2.3 A SEGUNDA GERAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .....................
	08
	3 DIREITOS TRABALHISTAS NO BRASIL.....................................
	09
	3.1 AS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS E OS DIREITOS SOCIAIS DO TRABALHADOR..................................................................................................
	09
	3.2 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS..........................................................................................................
	11
	3.3 CONSTITUIÇÃO DE 1967 - ATOS INSTITUCIONAIS..................................
	11
	3.4 CONSTITUIÇÃO DE 1988 - TRABALHO COMO DIREITO FUNDAMENTAL..................................................................................................
	12
	4 O DIREITO DO TRABALHO NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988.............................................................................................
	13
	4.1 DIREITO DO TRABALHO, UM DIREITO SOCIAL........................................
	13
	4.2 SALÁRIO MÍNIMO E A CONDIÇÃO SOCIAL...............................................
	14
	4.3 DIMINUIÇÃO DAS DESIGUALDADES.........................................................
	15
	4.4 DIREITO CONSTITUCIONAL DE GREVE....................................................
	15
	4.5 A MAIOR LIBERDADE SINDICAL NA CONSTITUIÇÃO DE 1988................
	16
	5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................
	17
	6 DECISÕES PROFERIDAS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL..........................................................................................
	18
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................
	19
	APÊNDICES......................................................................................
	21
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INTRODUÇÃO 
É inevitável não considerarmos o trabalho como inerente ao ser humano, podendo afirmar que é uma necessidade natural sem a qual o homem não pode existir. Tendo o homem por sua virtude, um ser racional, que se adapta ao meio, obtendo todos os recursos para sua existência por meio do seu trabalho. Portanto, traz como resultado uma atividade que engrandece o homem e que o torna digno, sendo o meio mais preciso para alcançarmos uma progressão na vida. Para Ribeiro, Apud León XIII (2004, p.16), “Trabalhar é esforçar-se a fim de se buscar o necessário para a própria vida e, especialmente para própria preservação”. O trabalho é, portanto, gratificante! 
Colaborando com esse entendimento Ribeiro, Apud Hoffner (2004, p.16), atribuiu sete sentidos ao trabalho:
O trabalho como necessidade, o trabalho como atividade para o desenvolvimento do homem, o trabalho como configuração e dominação do mundo, o trabalho e a profissão como serviços, o trabalho como penitência, o trabalho como expiação e o trabalho como glorificação de Deus.
Objetivo
Objetivo central deste estudo é demonstrar que o direito ao trabalho assume caráter fundamental no texto constitucional de 1988. Para alcançar este objetivo, consideramos importante uma contextualização histórica do trabalho e uma análise conceitual enquanto direito fundamental. Abordamos ainda o momento da promulgação da Carta de 1988 e os principais avanços democráticos que trouxe o sistema justrabalhista. O fundamento jurídico do tema proposto, quanto a questão do trabalho, encontra-se no art 5º, XIII, da Carta Magna, no capítulo dos direitos e deveres individuais e coletivos, na seguinte disposição: “é livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. 
2. TRABALHO: CONCEITO E HISTÓRIA
O conceito de trabalho nem sempre foi o mesmo, na história da humanidade, o trabalho nem sempre foi visto como sinônimo gratificante, satisfatório ou até mesmo digno. Na Bíblia o trabalho foi considerado como castigo, o livro do Gênesis, no capitulo 3, relata que Adão teve de trabalhar para comer em razão de ter comido o fruto proibido. No entanto, até mesmo nos dias de hoje, com todas as suas competências e características estabelecidas por princípios, normas e leis, ainda encontramos formas degradantes de exploração e até mesmo modelos de escravidão em sua suma realidade.
Segundo Ribeiro, Apud Puelles (2004, p.15),
[...I a palavra trabalho, na mais ampla de suas acepções, significa o exercício de uma força (...). E, a palavra trabalho tem um sentido amplo e outro restrito. No primeiro se dá o nome de trabalho a toda operação ou atividade realizada conscientemente por um homem para lograr algum fim.
[...I a idéia primordial ou básica é a de um exercício de uma força, e a idéia acessória é a de um certo esforço que acompanha e qualifica esse exercício.
Todo conceito sempre se inicia pela análise de suas origens etimológicas. A palavra trabalho vem do latim tripalium, que era uma espécie de instrumento de tortura, formada por três paus ou uma canga que pesava sobre os animais, ao qual eram atados os condenados. Na Idade Média servia de tronco para castigar. Nesse contexto, trabalhar significava estar submetido à tortura. 
Vários pensadores em diferentes épocas abordaram assuntos sobre o trabalho: Platão, em "A República" colocou o trabalho como algo de menos importância; Aristóteles, em "A Política", define como vil todo trabalho; Cicero e Sêneca, por sua vez, exaltam o ócio como sendo superior ao trabalho; Os sofistas, e entre eles Protágoras, mostram o valor social e religioso do trabalho, que agradaria aos deuses. 
O pensamento cristão também contribuiu para evolução do conceito do trabalho: 
[...] na época patrística e escolástica, atribui-se ao trabalho um valor soteriológico: ele é visto como instrumento de purificação e de salvação; todavia continua-se a considerá-lo como uma atividade servil. Os teólogos protestantes conservam também esta concepção: Lutero e Calvino exaltam o trabalho como expressão de pertencer ao reino dos eleitos. (ALMEIDA, APUD MONDIN, 2007, p. 75).
2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA MUNDIAL
A primeira forma de trabalho foi a escravidão, em Roma, no ano de 284 a.C. onde o trabalho era exercido pelos escravos. A Lex Aquilia considerava o escravo como coisa, "res", não tendo portanto direito algum, muito menos trabalhista.
O direito considerava o escravo como propriedade do dominus, e o trabalho físico eram concebidos como martírio.
Não há duvidas quanto a sua concepção, o trabalho surgiu desde a existência da comunidade primitiva, onde a humanidade já tinha de trabalhar por meio de elementos rudimentares para caça e colheita, garantindoassim, os recursos básicos para sua existência.
Devido à evolução de meios materiais desenvolvidos pelo homem, houve uma expansão das terras de plantações, dando origem as propriedades privadas, o proprietário das terras era o senhor, e a base do trabalho era a escravidão. Momento esse reconhecido pela era da sociedade pré-industrial, onde não havia normas jurídicas de direito do trabalho e o trabalhador passava a ser visto como um mero objeto do senhor. Neste regime, o escravo sofria de tremendas calamidades por exploração e impetuosidades contra sua integridade física e moral.
Mais adiante pós-revoluções sociais surgiu outro sistema econômico, político e social, baseado na propriedade sobre a terra denominada como "feudalismo", estabelecido por uma relação de senhores e servos. Embora o trabalhador recebesse proteção política e militar pelos donos das terras, não diferia muito da escravidão, já que eles não possuíam uma condição livre. Pesava aos servos à entrega da produção rural em troca de moradia e alguns outros auxílios necessários para a sua sobrevivência. Não tinham direitos a salário ou a outros benefícios.
Com a chegada da primeira Revolução Industrial em meados do século XVIII na Inglaterra, houve um forte início no processo de industrialização nas décadas posteriores. O principal fundamento que a revolução trouxe foi a inserção do trabalho assalariado, todavia, predominava um baixo salário e com jornadas extensivas de trabalho, mulheres e crianças eram obrigadas a trabalhar para sustentar suas famílias. Diante dessa exploração, era esperada uma manifestação dos trabalhadores, foi o que houve, iniciando-se uma série de revoltas em defesa do trabalhador.
2.2 LIBERALISMO, REVOLUÇÕES LIBERAIS E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
É importante salientar que a primeira revolução industrial é decorrida e vivenciada na Europa de uma política liberalista, na qual tinha por particularidade a mínima intervenção do Estado sob o sistema econômico e social dos indivíduos, ou seja, essa organização política tinha por base as decisões econômicas dadas pelas próprias pessoas. Em âmbito político, o liberalismo se deu fortemente pela Revolução Americana e Francesa, revoluções na qual promoveram um ponto de partida para a queda do absolutismo e para as primeiras dimensões dos direitos fundamentais.
O liberalismo era visto como um sistema que dignificaria a maior liberdade do homem, pelo fato de que a sociedade já não teria mais que se submeter as restrições da monarquia. Porém, em seu aspecto econômico-social, a não intervenção do Estado ocasionou uma imensa desigualdade social resultando em uma contínua exploração do homem pelo homem em suas relações de trabalho.
Devido a este sistema econômico liberal e a essas características desvantajosas que ele disseminava, não havia, portanto, uma intervenção na economia, onde ainda não se falava em direitos do trabalho, logo, havia uma grande exploração por parte do empregador ao seu empregado, o que se alastrou a uma grande insatisfação, gerando assim, uma união destes trabalhadores para corromperem os impiedosos abusos praticados pelos seus patrões com objetivos de regulamentar as condições mínimas de trabalho. Por decorrência desses fatos, nasce o direito do trabalho.
As primeiras leis de trabalho começaram a ser implementadas, surge normas contra a exploração dos menores, em seguida a lei Chapelier na qual se dava a criação do Ministério do trabalho. Outro passo do direito do trabalho foi com a publicação da Encíclica Católica Rerum Novarum 1891, publicada pelo Papa Leão XIII, que assim como assegura a Advogada Bruna Rafaely Lotife:
Essa Encíclica destaca a necessidade de uma nova postura das classes dirigentes perante a chamada “Questão Social”, que trazia em seu texto as obrigações de patrões e empregados, fixando o salário mínimo, a jornada máxima, enfatizando o respeito e a dignidade da classe trabalhadora, tanto espiritual quanto fisicamente, por outro lado, o operário deveria cumprir fielmente o que havia contratado, nunca usar de violência nas suas reivindicações, ou usar de meios artificiosos para o alcance de seus objetivos, neste momento, busca-se também uma intervenção estatal nas relações de trabalho.
2.3 A SEGUNDA GERAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
O modelo econômico do liberalismo conquistado em seu âmbito político pela primeira geração dos direitos fundamentais, já se encontrava em franca decadência, ainda mais com o advento da primeira guerra mundial nessa mesma época, na qual combaliu graves crises econômicas no mundo. Houve-se portanto a necessidade de uma prestação positiva do Estado para que atuasse a favor do cidadão para garantir melhores condições de vida, originando em um novo modelo econômico, surgindo então, os direitos fundamentais de segunda geração.
Os direitos de segunda geração visava a intervenção do Estado para proporcionar à uma igualdade perante as relações dos indivíduos compostos em uma determinada sociedade, buscava-se uma proteção aos hipossuficientes, ou seja, para os mais fracos e prejudicados diante de outrem. Neste aspecto, se estabelecia os direitos econômicos, culturais e sociais, consequentemente, instaurava-se pela primeira vez em âmbito fundamental, os direitos do trabalho, objetivando uma maior igualdade entre empregador e empregado.
3 DIREITOS TRABALHISTAS NO BRASIL
Os direitos trabalhistas no Brasil teve como princípio solucionar problemas entre patrões e empregados em 1888, após o fim da escravidão. O fim da mão de obra gratuita e as consequentes contratações de serviços assalariados impulsionaram os debates sobre os direitos e deveres do trabalho remunerado. Na Europa que vivia efeitos da Revolução Industrial já eram assuntos em voga, foi justamente o processo de mecanização dos sistemas de produção implantado na Inglaterra no século XVIII, quando desencadeou os movimentos em defesa dos direitos dos trabalhadores. Na medida em que a máquina substituía o homem uma onda de desempregados se formava. 
No Brasil, desde a abolição da escravatura, a fase embrionária da consolidação dos direitos trabalhistas perdurou por quatro décadas, as primeiras normas de proteção ao trabalhador surge na década do século XIX, em 1891 o Decreto n 1.313 regulamentou o trabalho de menores. Em 1903 é a lei de sindicalização rural, em 1907 a lei que regulou a sindicalização de todas as profissões, em 1917, Maurício Lacerda foi o precursor na tentativa de um Código do Trabalho. 
Em contexto mundial, em 1917, se origina no mundo a primeira Constituição da qual se declara com a proteção dos direitos dos trabalhadores, é a Constituição do México, que serviu de grande influência para outros países que trataram dos direitos trabalhistas em anos posteriores. Em 1919 com a concretização do Tratado de Versalhes após a primeira guerra mundial, temos a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que foi apenas vigorado e aprovado 1946. Esses fatores serviram de influência ao Brasil, que em 1923 criou o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, o Conselho Nacional do Trabalho. 
Porém somente em 1930 quando Getúlio Vargas assume o poder é que a Justiça do Trabalho e a proteção dos direitos dos trabalhadores realmente ganham força, em 26 de novembro do mesmo ano por meio do Decreto n 19.433 cria-se o Ministério do Trabalho.
3.1 AS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS E OS DIREITOS SOCIAIS DO TRABALHADOR
O grande passo decisivo para criação da justiça trabalhista no Brasil que passou a aplicar a consolidação das Leis do trabalho, veio com a Constituição Federal de 1934, onde foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte criando um Pluralismo Sindical, houve-se uma intervenção do Estado usando o poder do órgão de coordenação e direção nos setores da atividade econômica e social, podendo ser usado em defesa dos interesses da coletividade sobre direitos individuais defendendo o bem comum. A Constituição de 1934 deixou de ser liberal-democrática, porém sendo socialdemocrática,incluiu a Justiça do Trabalho no capítulo “Da Ordem Econômica e Social”, tendo como objetivo a resolução de conflitos entre empregadores e empregados, passando para o Poder Judiciário a responsabilidade de conduzir debates sobre questões normativas.
Os grandes avanços sociais para os trabalhadores, deve-se a carta constitucional de 1934, onde em sua redação assegura aos trabalhadores garantias como: instituição do salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas, o repouso semanal, as férias anuais remuneradas, e a indenização sem justa causa. Os sindicatos e as associações profissionais passaram a ser reconhecidos, e com direito de funcionar autonomamente. Contudo a Constituição de 1937 outorgada pelo presidente Getúlio Vargas  em 10 de novembro vem para consagrar os direitos dos trabalhadores expressando a concepção política do Estado Novo e as restrições que impôs ao movimento sindical, segundo uma ideia de organização da economia do Estado, com um Conselho Nacional de economia, o enquadramento dos sindicatos em categorias declaradas pelo Estado. Foi instituído o sindicato único, vinculado ao Estado, proibia a greve, vista como recurso antissocial e nocivo à economia.
Ao fim da ditadura de Getúlio Vargas, em 1946, é convocada uma Assembleia Constituinte, adotam-se princípios liberais na ordem política acrescentando à legislação, direitos antes ignorados, como: restabelecimento do direito de greve, repouso remunerado de domingos e feriados, extensão do direito de antiguidade e a estabilidade do trabalhador rural. Uma das maiores conquista da época, ao arcabouço do direito do trabalho, foi o seguro contra acidentes no trabalho no sistema da Previdência Social. Destaque-se, na mesma Constituição, a transformação da Justiça de Trabalho, até então de natureza administrativa, em órgão do Poder Judiciário. As liberdades que Getúlio Vargas havia acrescentado à Constituição de 1934 e que foram retiradas por ele em 1937 voltaram a integrar na carta de 1946.
3.2 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Projetada e elaborada mais precisamente por John Peters humphrey e René Cassin, temos em 1948 a composição de uma nova declaração, a declaração universal dos direitos humanos, na qual tinha por escopo a maior dignificação do humano. Visto como um documento indispensável para atribuir maiores valores devido as bárbaras atrocidades ocorridas durante a segunda guerra mundial, tendo por propósito a repercussão em âmbito universal para promover a paz, a democracia, incluindo o fortalecimento dos direitos fundamentais. Nela se inclui diversos direitos trabalhistas como a livre escolha do trabalho, proteção contra o desemprego, direito a repouso e lazeres, férias periódicas pagas, remuneração satisfatória em proporcionalidade de uma existência digna, e outros.
3.3 CONSTITUIÇÃO DE 1967 - ATOS INSTITUCIONAIS
No Brasil, mais mudanças são realizadas na Constituição Federal de 1967, na qual exprimiu os objetivos dos governos militares. A chegada dos militares ao poder no ano de 1964 promoveu uma série de mudanças no cenário político brasileiro. Em um primeiro momento, os novos representantes instalados no governo priorizavam a contenção das oposições políticas por meio de Atos Institucionais que ignoravam completamente as diretrizes estabelecidas pela Constituição de 1946. Dessa forma, os novos elementos que chegavam ao poder buscaram empreender ações que dessem uma feição oficial ao governo militar. Em 1966, um novo projeto criou uma constituição que incorporava todas as decisões arbitrariamente impostas pelos Atos Institucionais e decretos criados desde o governo de Castelo Branco. 
A nova Constituição foi adotada a partir de 15 de março de 1967, mesma data em que o presidente Castello Branco passava a faixa presidencial para o general Arthur Costa e Silva. A Constituição de 1967 ampliou as atribuições do Poder Executivo e enfraqueceu o princípio federativo ao reduzir a autonomia política dos Estados e municípios. Apesar dos visíveis traços centralizadores, o novo presidente declarou que a carta era “moderna, viva e adequada". Vigorando durante todo o restante do regime, a constituição de 1967 era o dispositivo máximo responsável por trazer ao campo da legalidade todos os atos de natureza antidemocrática.
Entra em vigor em 1967, a aplicação da legislação trabalhista aos empregados temporários, a valorização do trabalho como condição da dignidade humana, a proibição da greve nos serviços públicos e atividades essenciais, direitos à participação nos lucros empresariais. A partir de agora limita-se a idade mínima para o trabalho do menor em 12 anos, com proibição de trabalho noturno, inclui em seu texto o direito ao seguro desemprego, todavia este só entra em vigor em 1986, e a aposentadoria para mulheres após 30 anos de trabalho com salário integral. Fez previsão do fundo de Garantia do tempo de Serviço (FGTS), da contribuição sindical e do voto sindical obrigatório.
3.4 CONSTITUIÇÃO DE 1988 - TRABALHO COMO DIREITO FUNDAMENTAL
Uma nova era na vida dos trabalhadores brasileiros advém no dia 5 de outubro de 1988 pela Assembleia Nacional Constitucional existente no País, alterando-a segundos o princípios políticos, econômicos e sociais da Nova República, se propôs a modificar a ordem Constituinte com o fim do regime militar, esta é promulgada, dá-se inicio a mais democrática de todas as constituições, a nova carta legítima do poder normativo da Justiça do Trabalho. Valorizou o direito coletivo com a proibição da interferência do Poder Público na organização sindical, embora mantendo o sistema do sindicato único, se deu início a ampliação dos espaços de movimento sindical e enumerou uma série de direitos individuais dos trabalhadores.
Houve um método de desenvolvimento do trabalho, precedidos de um texto genérico elaborado por uma Comissão Provisória de estudos constitucionais, todavia, o texto não chegou a ser remetido na Assembleia Constituinte. Esses textos foram reunidos por oito Comissões Temáticas, cada uma composta de três Subcomissões. Os termos trabalhistas foram confiados á Subcomissões dos Direitos dos Trabalhadores e Servidores Públicos, que apesar de pecar pela inobservância de um critério técnico-jurídico, foi amplo em direitos sociais, incluindo: a jornada semanal de 40 horas; a estabilidade no emprego após um contrato de experiência de 90 dias; a igualdade de direitos dos trabalhadores em geral, urbanos, rurais, domésticos, servidores públicos federais, estaduais e municipais; o pagamento em dobro das férias; a greve ampla, geral e irrestrita; piso salarial proporcional; a licença à gestante sem prejuízo do emprego e do salário, licença paternidade sem irredutibilidade salarial; e diversos direitos de trabalhadores domésticos e outros pugnados pelo relator, Deputado Mário Lima.
4 O DIREITO DO TRABALHO NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988
Com a evolução do ordenamento jurídico na sua perspectiva escrita e temporal, presente na história do desenvolvimento já citadas nas Constituições brasileiras anteriores e as leis trabalhistas que visavam atender os direitos envolvidos dos trabalhadores e seus contratantes, resultou na adequação e na sua atualização do Direito do Trabalho para o tempo presente, nos textos da Constituição Brasileira de 1988, que seria a lei maior vigente do País.
4.1 DIREITO DO TRABALHO, UM DIREITO SOCIAL
Os Direitos do Trabalho são estendidos pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 como Direitos Sociais. Direitos estes que visão a melhora da condição social dos cidadãos, que são insubstituíveis para acrescentá-lo na igualdade nas relações de convivências entre os homens.
Art. 6º São Direitos Sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição. (ART. 6º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, TEXTO CONSOLIDADO ATÉ A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 64, 2010)Ao caracterizar o trabalho como um Direito Social, podemos refletir na questão, e colocar o trabalho como um dos pilares realizadores da função de ser social, os homens trabalham para que a sociedade exista. O Trabalho é um Direito Social desde sua existência, embora tardiamente classificado como tal. 
O Direito do trabalho vem a ser um Direito essencial para a formação social devido estar relacionado de maneira enraizada com a contribuição que o cidadão entrega para formação de uma Nação. Podemos definir como trabalho sendo a contribuição social que o homem entrega de seu esforço e dedicação a determinado feito ou fim, que pode ser com intenção particular ou plural, mas que sempre reflete ao coletivo e ao meio social em que ele está inserido. 
A consolidação da Democracia foi o fator número um para criação da Assembleia Nacional Constituinte, se a democracia está relacionada com a participação do povo ao Estado, esta participação na ação do trabalho deveria ser observada, já que o trabalho havia evoluído para uma contribuição democrática nesta relação entre Estado e Cidadão como já citada em relação aos Direitos Fundamentais de Segunda Geração, a igualdade.
A Assembleia Nacional Constituinte. Como consequência do processo de consolidação da democracia foi constituída a Assembleia Nacional Constituinte, que se propôs a modificar a ordem constitucional existente no País, alterando-a segundo os princípios políticos, econômicos e sociais da Nova República. (NASCIMENTO, 2009)
Conforme visto na história da relação do trabalho com a formação da organização social em que vivemos, esteve no passado e estará até o fim da existência do homem. Foi pensando nessa essencialidade que os legisladores na criação da Constituição de 1988, visaram na melhora da condição do trabalhador, por isso a Constituição nos entrega uma lista de direitos coletivos e individuais do trabalhador e também a ampliação do espaço da movimentação Sindical. 
A Constituição de 1988 valorizou o direito coletivo com a proibição da interferência do Poder Público na organização sindical, embora mantendo o sistema do sindicato único, iniciou desse modo, uma tentativa de ampliação dos espaços do movimento sindical e enumerou uma série de direitos individuais dos trabalhadores (art 7º). (NASCIMENTO, 2009)
Na constituição de 1988 os Direitos do Trabalho são assegurados a melhoria da condição social, como a segurança do exercício do trabalho, o seu pagamento com respaldo em lei, a relação de compromisso de empregado e empregador delimitado em lei para que não haja ações arbitrárias, entre outros direitos que acompanham o trabalhador desde o início do seu exercício até após o fim de seu exercício.
São Direitos sociais dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
I – Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos. (CAP II ART 7º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, TEXTO CONSOLIDADO ATÉ A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 64, 2010.)
4.2 SALÁRIO MÍNIMO E A CONDIÇÃO SOCIAL
O Trabalho é fonte da qual se recebe o básico para o nosso próprio sustento e permiti a ação de uma melhora na condição social presente de quem o pratica. Na sociedade que vivemos, a função do trabalho se tornou o próprio “ganha-pão” (sobrevivência). O salário mínimo é um compensação monetária e social pelo trabalho realizado.
IV – Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim. (CAP II ART 7º CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, TEXTO CONSOLIDADO ATÉ A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 64, 2010)
A constituição de 1988 defende que o salário mínimo atenda as necessidades básicas: alimentação, moradia, saúde, educação entre outros bens. 
O salário mínimo para a família brasileira em maio deveria ter sido de R$ 3.079,31, ou seja, 4,25 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O cálculo é feito com base no custo apurado para a cesta básica da cidade de São Paulo e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e revidência. (UOL NOTICIAS, 2014)
4.3 DIMINUIÇÃO DAS DESIGUALDADES
O Direito do Trabalho por ser um Direito Social busca limitar as desigualdades que envolvam seus relacionados, como exemplo, o da mulher no mercado de trabalho, que se encontra na condição de também ser gestante, a Constituição assegura a licença gestante sem que haja diminuição no seu salário, artigos constituintes buscam tratar de forma desigual a mulher, na medida das suas desigualdades.
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; (Constituição da República Federativa do Brasil, texto consolidado até a Emenda Constitucional nº 64, 2010.)
Esses direitos são essenciais para nivelar as diferenças sociais que decorrem de conceitos antigos e preceituosos como superioridades de gênero, raças e religiões. O trabalho deve ser visto pela sua realização e não pelas diferenças, sejam elas físicas, sexuais, ou preferenciais.
4.4 DIREITO CONSTITUCIONAL DE GREVE
O defender dos interesses trabalhistas pelos próprios trabalhadores é resguardado com a contemplação do direito a greve, aonde a lei também coloca quais são as funções que são insubstituíveis e inadiáveis a favor da comunidade, como exemplo os serviços médicos, limita que os responsáveis que cometer abusos serão os responsáveis às penas de lei.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, TEXTO CONSOLIDADO ATÉ A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 64, 2010). 
4.5 A LIBERDADE SINDICAL NA CONSTITUIÇÃO DE 1988
É acrescentada pela constituição de 1988 uma maior liberdade nas relações entre o Estado e os Sindicatos, excluído o vínculo de subordinação dos empregadores, como também limitando o poder de intervir do Estado, principalmente na criação sindical, incumbindo a participação dos sindicatos nas relações de interesse dos trabalhadores, como em negociações coletivas por exemplo. Para assegurar esta relação entre o representante sindical e a empresa ao qual este trabalha, é colocado que só será despedido por motivo grave, após verificação de inquérito.
I – A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público, interferência e a intervenção na organização sindical;
III – Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; (Artigo 8º da Constituição Federal de 1988)
A constituição de 1988 evolui na movimentação sindical, propondo que os interesses dos trabalhadores sejam atendidos, sem que exista prioridade aos interesses do Estado, na proporção estabelecida em lei.
5 CONSIDERAÇÕESFINAIS
Ao estudar os conteúdos da matéria jurídica aprendemos que o Direito evolui de forma posterior ao desenvolvimento da sociedade, e que suas direções estão diretamente ligadas a este processo evolutivo social. Classificar o Direito ao trabalho como sendo um Direito trabalhado é de efetiva característica, já que o suprir das melhores condições de trabalho estão sendo detectadas no tempo, como por exemplo, podemos elencar a insalubridade, que é uma preocupação com o estado físico do trabalhador, que antigamente não era observado.
O Direito do trabalho, na fase atual, é uma obra inacabada. Sua finalidade básica, como desde o seu início, é a proteção jurídica do trabalhador e a tentativa da diminuição das desigualdades sociais. Porém, está enfrentando novos dilemas (…). Os Direitos fundamentais e de personalidade do trabalhador são, cada vez mais, protegidos. A defesa a vida, da saúde, da integridade física e da dignidade do trabalhador tornam-se tão ou mais importantes do que a dos direito do trabalho. (NASCIMENTO, 2009)
A Nossa Constituição de 1988 emprega direitos promissores na saúde e no respeito moral e físico na área do trabalho, com determinações de horários, mínimo salário, horas extras, forma de reivindicações trabalhistas, relações entre empregados com base em lei escrita, no qual podemos definir essa Constituição como uma forma de buscar não só a observação da forma financeira e econômica do trabalho, mas dar segurança jurídica na ocupação humana no ato do trabalhar. 
A Constituição consegue atingir de forma firme os padrões de direitos a serem seguidos no Direito do Trabalho, e coopera para a liberdade democrática do exercício ao trabalho. Direito do Trabalho, um direito a ser constantemente trabalhado.
6 DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
STF confirma que não é discriminatório o direito da mulher ao intervalo de quinze minutos antes do início de jornada extraordinária.
Assegurado pela CLT em seu artigo 384, temos declarado quanto ao intervalo de 15 minutos antes do início de jornada extraordinária para as mulheres. A posição dos fatos que gera debate e que enfatizou sua chegada ao STF, é a qual concerne em relação da constitucionalidade ou inconstitucionalidade desta norma devido a ocorrência de que muitas empresas que empregam mulheres e que estabelecem jornadas de horas extras não tenham sido tão efetivas quanto à realização dessa medida. Garantido na própria Constituição em nosso art. 5, I dispõe que, homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, porém em caráter da dimensão material da igualdade temos a defesa em relação ao tratamento dos desiguais de maneira desigual, na medida de suas desigualdades, tendo como proteção também ao princípio da proporcionalidade na compensação das diferenças. Portanto deve-se levar em consideração a exclusão da mulher no mercado de trabalho durante anos e também pela menor resistência física da mulher, o que é comprovado em âmbito biológico, necessitando esse tratamento diferenciado diante do homem, além disso, podemos salientar que o descanso de 15 minutos contribui para a mulher uma melhor condição de trabalho durante o período de jornada extra. Devido a todas essas e outras características que disseminam em mesma espécie para a consolidação desse tratamento, reconhecemos quanto à constitucionalidade desta norma, qual teve como resultado um direito garantido da mulher, decidida pela STF como constitucional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CASTRO, Brunna Rafaely Lotife. A Evolução histórica do Direito do Trabalho no Mundo e no Brasil. Publicado em out/2013. Disponível em <http://brunnalotife.jusbrasil.com.br/artigos/111925458/a-evolucao-historica-do-direito-do-trabalho-no-mundo-e-no-brasil> Acesso em 13/102015.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Edição administrativa do Senado Federal, Brasília, 2015.
FERREIRA, Ângelo Márcio. O Trabalho, a Habilitação e a Reabilitação Profissional no âmbito da Previdência Social. Disponível em < http://www.ieprev.com.br/conteudo/id/12899/t/parceiros.aspx> Acesso em 23/10/2015.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho – 4ª Ed. São Paulo – LTR Editora, 2006. 
MARTINS, Sérgio Pinto, Direito Processual do Trabalho: doutrina e prática forense – 26ª Ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho LTr. 35ª Ed. São Paulo, 2015.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. NASCIMENTO, Sônia Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho LTr. 40ª Ed. São Paulo, 2015.
Notícias do site Granadeiro Guimarães, A criação da CLT. Disponível em <http://www.granadeiro.adv.br/arquivos_pdf/70_anos_clt.pdf> Acesso em 08/10/2015.
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Notícias do site soHistória. Revolução Industrial. Disponível em <http://www.sohistoria.com.br/resumos/revolucaoindustrial.php> Acesso em 15/10/2015.
Notícias do site do TST, Declaração Universal dos Direitos do Homem. Disponível em <http://www.tst.jus.br/web/70-anos-clt/historia> Acessado em 08/10/2015.
Notícias do site do Tecnolegis, Decreto-Lei n.º 5.452, de 1.º de maio de 1943. Disponível em <http://www.tecnolegis.com/lei/clt-consolidacao-das-leis-do-trabalho/index.html> Acesso em 08/10/2015.
Noticias do site UOL. Salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 3.240,27, segundo Dieese. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2015/10/14/ salario-minimo-no-brasil-deveria-ser-de-r-324027-segundo-dieese.htm> Acesso em 20/10/2015.
Noticias do site Unidos pelos Direitos Humanos. Declaração Universal dos Direitos Humano. Disponível em <http://www.humanrights.com/pt/what-are-human-rights/universal-declaration-of-human-rights/articles-21-30.html>. Acesso em 16/10/2015
RIBEIRO, Miriam Rodrigues. O trabalho como direito fundamental. Análise de Um caso específico: Atividade docente. Disponível em < http://www.unifieo.br/files/pdf/Mestrado%20Direito/00000001.pdf> Acesso em 15/10/2015.
SILVA, Nilson Nunes. Segunda dimensão dos direitos fundamentais. Disponível em <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7433> Acesso em 15/10/2015.
APÊNDICE
	STF confirma que não é discriminatório o direito da mulher ao intervalo de quinze minutos antes do início de jornada extraordinária................
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STF CONFIRMA QUE NÃO É DISCRIMINATÓRIO O DIREITO DA MULHER AO INTERVALO DE QUINZE MINUTOS ANTES DO INÍCIO DE JORNADA EXTRAORDINÁRIA
O artigo 384 da CLT assegura a mulher, em caso de prorrogação da jornada de trabalho e antes de seu início, um intervalo de quinze minutos (“Art. 384. Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de quinze (15) minutos no mínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho.”).
Esse intervalo não é respeitado pela grande maioria das empresas que utiliza a mão de obra de mulheres e possuem trabalho em jornada extraordinária. Existe questionamento quanto a constitucionalidade desse dispositivo em face dos termos da atual Constituição Federal que acabou de ser resolvido pelo STF em decisão com repercussão geral.
O Tribunal Superior do Trabalho tem posição firmada sobre a matéria entendendo: “INTERVALO DE 15 MINUTOS PREVISTO NO ART. 384 DA CLT. PARA MULHERES ANTES DO LABOR EM SOBREJORNADA. CONSTITUCIONALIDADE. O debate acerca da constitucionalidade do artigo 384 da CLT não suscita mais discussão no âmbito desta Corte,que, por intermédio do julgamento do TST-IIN-RR-1.540/2005-046-12-00.5, ocorrido na sessão do Tribunal Pleno no dia 17/11/2008, decidiu que o artigo 384 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal”.
A matéria, entretanto, questionada pela empresa ANGELONI & CIA LTDA foi levada ao Supremo Tribunal Federal e ganhou a adesão (amici curiae) da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS SUPERMERCADOS ABRAS e FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS BANCOS-FEBRABAN que também passaram a defender a inconstitucionalidade da norma.
O Supremo reconheceu a repercussão geral da matéria:
“DIREITO DO TRABALHO E CONSTITUCIONAL. RECEPÇÃO DO ARTIGO 384 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. DISCUSSÃO ACERCA DA CONSTITUCIONALIDADE DO INTERVALO DE 15 MINUTOS PARA MULHERES ANTES DA JORNADA EXTRAORDINÁRIA. MATÉRIA PASSÍVEL DE REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS, A REPERCUTIR NA ESFERA DE INTERESSE DE MILHARES DE PESSOAS. PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL.”
A decisão foi dada no final do mês de novembro tendo como relator o Ministro Dias Toffoli que entendeu que o artigo 384 da Consolidação das Leis do Trabalho foi recepcionado pela Constituição da República de 1988.
O Ministro destaca os fundamentos do recurso afirmando: “Importa esclarecer os pontos essenciais levantados no recurso extraordinário: a) os arts. 5º, inciso I, e 7º, inciso XXX, da Constituição Federal de 1988 teriam concretizado, definitivamente, a igualdade entre homens e mulheres, razão pela qual o art. 384 da Consolidação das Leis do Trabalho não teria sido recepcionado pela nossa Carta Magna; b) não se justificaria “a diferenciação apenas em razão do sexo, sob pena de se estimular a discriminação no trabalho entre iguais”, ainda mais quando “a recomposição da fadiga, no ambiente de trabalho, é igual para o homem e para a mulher”; c) além de inexistir razões suficientes para o tratamento desigual, esse não possuiria gênese constitucional. Assim, pugna a recorrente pela reforma da decisão objurgada, para que seja afastada sua condenação ao pagamento da indenização referente ao intervalo de 15 minutos, com adicional de 50%, previsto na norma infraconstitucional, sob pena de ofensa ao princípio da isonomia.”
Em seu voto após discorrer sobre as várias constituições do Brasil afirma:
Não foi por outro motivo que a Constituição Federal de 1988, sobre o tema, explicitou, em três mandamentos, a necessária garantia da igualdade, sob seus diversos aspectos. Assim: i) fixou a cláusula geral de igualdade, prescrevendo, em seu art. 5º, caput, que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (…)”; ii) estabeleceu uma cláusula específica de igualdade de gênero, declarando que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações” (art. 5º, inciso I, CF); e iii) ao mesmo tempo, deixou excepcionada a possibilidade de tratamento diferenciado, por opção do constituinte, na parte final desse dispositivo, salientando que isso se dará “nos termos [da] Constituição”.
Afirma o relator que “as situações expressas de tratamento desigual, sobre as quais poderia ocorrer alguma dúvida, foram dispostas formalmente na própria Constituição, como podemos verificar, por exemplo, nos arts. 7º, inciso XX, e 40, § 1º, inciso III, letras a e b.” Pela leitura esses dispositivos podemos concluir que a Constituição Federal veio a se utilizar de alguns critérios para esse tratamento diferenciado: i) em primeiro lugar, levou em consideração a histórica exclusão da mulher do mercado regular de trabalho e impôs ao Estado a obrigação de implantar políticas públicas, administrativas ou meramente legislativas de natureza protetora no âmbito do direito do trabalho ii) considerou existir um componente orgânico, biológico, a justificar o tratamento diferenciado, inclusive pela menor resistência física da mulher; e iii) considerou haver, também, um componente social, pelo fato de ser comum o acúmulo de atividades pela mulher no lar e no ambiente de trabalho.
A decisão destaca que a validade do tratamento diferenciado em face da  proporcionalidade da compensação das diferenças, afirmando:
Esses parâmetros constitucionais são legitimadores de um tratamento diferenciado, desde que a norma instituidora amplie direitos fundamentais das mulheres e atenda ao princípio da proporcionalidade na compensação das diferenças. Essa é a tese em jogo e, ao se analisar o teor da regra atacada, podemos inferir que a norma trata de aspectos de evidente desigualdade de forma proporcional, garantindo o período de descanso de, no mínimo, quinze (15) minutos antes do início do período extraordinário de trabalho, à mulher trabalhadora.
Mais adiante cita lição do saudoso professor Celso Ribeiro Bastos: “homens e mulheres não são, em diversos sentidos, iguais, sem que com isso se queira afirmar a primazia de um sobre o outro. O que cumpre notar é que, por serem diferentes, em alguns momentos haverão forçosamente de possuir direitos adequados a estas desigualdades” (BASTOS, Celso Ribeiro e MARTINS, Ives Gandra. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1989, p. 18).
Considera o Ministro em seu voto que quando ocorrerem motivos sociais que justifiquem o legislador poderá alterar essa regra de proteção citando como exemplo a proibição do trabalho noturno feminino que existia na  CLT e veio a ser revogado  pela Lei nº 7.855, de 24/10/89, Conclui que o art. 384 da CLT foi recepcionado pela atual Constituição, visto que são legítimos os argumentos jurídicos a garantir o direito ao intervalo. O trabalho contínuo impõe à mulher o necessário período de descanso, a fim de que ela possa se recuperar e se manter apta a prosseguir com suas atividades laborais em regulares condições de segurança, ficando protegida, inclusive, contra eventuais riscos de acidentes e de doenças profissionais. Além disso, o período de descanso contribui para a melhoria do meio ambiente de trabalho,  (Recurso Extraordinário (RE) 658312)
A decisão reconheceu ser constitucional o direito da mulher de ter o intervalo de quinze minutos antes do início da prorrogação da jornada de trabalho, por não conflitar o artigo 384 da CLT com o texto da atual Constituição Federal.
Cabe destacar, entretanto, que o Supremo não decidiu, por entender que se trata de aplicação de norma infraconstitucional, o que acontece quando o empregador não concede o intervalo. Essa decisão cabe ao TST em última instância que tem condenado o empregador a remunerar o tempo do intervalo não concedido como hora extra.

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