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OAB XVII PREIMEIRA FASE 03

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 OAB PRIMEIRA FASE – XVII 
 Processo Do Trabalho 
 Aryanna Manfredini 
1 
PARTES E PROCURADORES 
 
“JUS POSTULANDI” 
É a capacidade de postular pessoalmente em 
Juízo, sem a necessidade de representação 
por advogado. Na Justiça do Trabalho, 
diversamente do que ocorre no processo civil, 
a capacidade postulatória é facultada 
diretamente aos empregados e aos 
empregadores. 
Art. 791, CLT. Os empregados e os 
empregadores poderão reclamar 
pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e 
acompanhar as suas reclamações até o final. 
 É importante observar que o referido 
artigo trata apenas de empregados e 
empregadores, portanto, para as novas ações 
acrescidas à competência da Justiça do 
Trabalho pela EC 45/2004, a representação 
das partes por advogado será obrigatória. 
O TST firmou posicionamento no sentido de 
não ser conferida capacidade postulatória aos 
trabalhadores não empregados, como se 
extrai do art. 5º, da IN 27/2005, que trata das 
normas procedimentais aplicáveis ao 
Processo do Trabalho em decorrência da 
ampliação da competência da Justiça do 
Trabalho. 
 Ressalte-se, entretanto, que o jus 
postulandi sofreu limitação no entendimento 
do TST, conforme se observa pela redação da 
recentemente editada súmula 425. 
Súmula 425, TST. O jus postulandi das partes, 
estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às 
Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais 
do Trabalho, não alcançando a ação 
rescisória, a ação cautelar, o mandado de 
segurança e os recursos de competência do 
Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Ressalte-se que, por força do art. 652, a, III, da 
CLT, aos dissídios resultantes de contratos de 
empreitadas em que o empreiteiro seja 
operário ou artífice, aplica-se a CLT, inclusive 
o art. 791, que trata do jus postulandi. O 
mesmo ocorre com o trabalhador avulso, nos 
termos do art. 643, da CLT: 
 Art. 643. Os dissídios, oriundos das relações 
entre empregados e empregadores bem como 
de trabalhadores avulsos e seus tomadores de 
serviços, em atividades reguladas na 
legislação social, serão dirimidos pela Justiça 
do Trabalho, de acordo com o presente Título 
e na forma estabelecida pelo processo 
judiciário do trabalho. 
 
REPRESENTAÇÃO POR ADVOGADO 
 Na Justiça do Trabalho faculta-se a 
representação do empregado e do 
empregador por advogado, porém, caso seja 
esta a opção da parte, o advogado deverá 
fazer constar nos autos a devida procuração. 
Sem esse instrumento de mandato, não 
poderá ingressar nos autos. 
 O artigo 37, do CPC, aplicável ao 
Processo do Trabalho (segundo o artigo 5º da 
IN 25/2005 do Tribunal Pleno do TST), ensina 
que, sem instrumento de mandato, o advogado 
não poderá ingressar em juízo. Poderá, 
todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim 
de evitar decadência ou prescrição, bem como 
intervir no processo para praticar atos 
reputados urgentes. 
Nesses casos, o advogado obrigar-se-á, 
independentemente de caução, a exibir o 
instrumento de mandato no prazo de 15 
(quinze) dias, prorrogáveis até outros 15 
(quinze), por despacho do juiz. 
Art. 37. Sem instrumento de mandato, o 
advogado não será admitido a procurar em 
juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, 
intentar ação, a fim de evitar decadência ou 
prescrição (sem grifo no original), bem como 
intervir, no processo, para praticar atos 
reputados urgentes (sem grifo no original). 
Nestes casos, o advogado se obrigará, 
independentemente de caução, a exibir o 
instrumento de mandato no prazo de 15 
(quinze) dias, prorrogável até outros 15 
(quinze), por despacho do juiz. 
Parágrafo único. Os atos, não ratificados no 
prazo, serão havidos por inexistentes (sem 
grifo no original), respondendo o advogado por 
despesas e perdas e danos. 
 
Entretanto, mesmo sem a juntada da 
procuração, a representação estará 
regularizada se evidenciada a procuração 
apud acta, também denominada, para muitos, 
de mandato tácito. A Lei 12437, de 06 de julho 
de 2011, inseriu o parágrafo terceiro ao art. 
791, passando a prever, expressamente, a tal 
procuração. Observe-se: 
Art. 791,§ 3º, CLT. A constituição de 
procurador com poderes para o foro em geral 
poderá ser efetivada, mediante simples 
 
 
 
 
 
 
 
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 OAB PRIMEIRA FASE – XVII 
 Processo Do Trabalho 
 Aryanna Manfredini 
2 
registro em ata de audiência, a requerimento 
verbal do advogado interessado, com 
anuência da parte representada. 
Atenção! O detentor de procuração apud acta 
(mandato tácito) não tem poderes para 
substabelecer (OJ 200, SDI-1, TST). 
OJ 200, SDI-1, TST. MANDATO TÁCITO. 
SUBSTABELECIMENTO INVÁLIDO. Inserida 
em 08.11.00 (inserido dispositivo, DJ 
20/04/2005). 
É inválido o substabelecimento de advogado 
investido de mandato tácito. 
 As Súmulas 395, 383 e 456 do TST 
tratam das condições de validade do mandato. 
Observe-se: 
Súmula 395, TST. MANDATO E 
SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE 
VALIDADE (conversão das Orientações 
Jurisprudenciais nºs 108, 312, 313 e 330 da 
SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 
25/04/2005. 
I - Válido é o instrumento de mandato com 
prazo determinado que contém cláusula 
estabelecendo a prevalência dos poderes para 
atuar até o final da demanda. (ex-OJ nº 312 da 
SBDI-1 - DJ 11/08/2003). 
II - Diante da existência de previsão, no 
mandato, fixando termo para sua juntada, o 
instrumento de mandato só tem validade se 
anexado ao processo dentro do aludido prazo. 
(ex-OJ nº 313 da SBDI-1 - DJ 11/08/2003). 
III - São válidos os atos praticados pelo 
substabelecido, ainda que não haja, no 
mandato, poderes expressos para 
substabelecer (art. 667, e parágrafos, do 
Código Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-
1 - inserida em 01/10/1997). 
IV - Configura-se a irregularidade de 
representação se o substabelecimento é 
anterior à outorga passada ao 
substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - DJ 
09/12/2003). 
 
Súmula 383, TST. MANDATO. ARTS. 13 E 37 
DO CPC. FASE RECURSAL. 
INAPLICABILIDADE (conversão das 
Orientações Jurisprudenciais nºs 149 e 311 da 
SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 
25.04.2005 
I - É inadmissível, em instância recursal, o 
oferecimento tardio de procuração, nos termos 
do art. 37 do CPC, ainda que mediante 
protesto por posterior juntada, já que a 
interposição de recurso não pode ser reputada 
ato urgente. 
II - Inadmissível na fase recursal a 
regularização da representação processual, na 
forma do art. 13 do CPC, cuja aplicação se 
restringe ao Juízo de 1º grau. 
 
Súmula 456, TST. REPRESENTAÇÃO. 
PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALI- 
DADE. IDENTIFICAÇÃO DO OUTORGANTE 
E DE SEU REPRESENTANTE. (conversão da 
Orientação Jurisprudencial no 373 da SBDI-1 
com nova redação) - Res. 194/2014, DEJT 
divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 
É inválido o instrumento de mandato firmado 
em nome de pessoa jurídica que não 
contenha, pelo menos, o nome do outorgante 
e do signatário da procuração, pois estes 
dados constituem elementos que os 
individualizam. 
 
Segundo a Súmula 436, do TST, a União, os 
Estados, os Municípios e o DF, suas 
autarquias e fundações públicas, quando 
representadas em juízo, ativa e passivamente, 
por seus procuradores, estão dispensadas da 
juntada de procuração e da comprovação do 
ato de nomeação desses procuradores. É 
necessário, entretanto, que o signatário 
declare-se exercente do cargo de procurador, 
não bastando a indicação do seu número de 
inscrição na OAB. 
 
 Súmula 436, TST. REPRESENTAÇÃO 
PROCESSUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, 
ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO 
FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE 
INSTRUMENTO DE MANDATO (conversão 
da Orientação Jurisprudencial nº 52 da SBDI-I 
e inserção do item II à redação) - Res. 
185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 
27.09.2012 
I - A União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal,suas autarquias e fundações 
públicas, quando representadas em juízo, 
ativa e passivamente, por seus procuradores, 
estão dispensadas da juntada de instrumento 
de mandato e de comprovação do ato de 
nomeação. 
II - Para os efeitos do item anterior, é essencial 
que o signatário ao menos declare-se 
exercente do cargo de procurador, não 
 
 
 
 
 
 
 
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 OAB PRIMEIRA FASE – XVII 
 Processo Do Trabalho 
 Aryanna Manfredini 
3 
bastando a indicação do número de inscrição 
na Ordem dos Advogados do Brasil.. 
 
 Não é preciso juntar os atos 
constitutivos da sociedade para regularizar a 
representação de pessoas jurídicas, salvo se 
essa regularidade de representação for 
impugnada, caso em que será necessária a 
juntada. 
OJ 255 SDI-1, TST. MANDATO. CONTRATO 
SOCIAL. DESNECESSÁRIA A JUNTADA. 
Inserida em 13/03/2002. 
O art. 12, VI, do CPC, não determina a exibição 
dos estatutos da empresa em juízo como 
condição de validade do instrumento de 
mandato outorgado ao seu procurador, salvo 
se houver impugnação da parte contrária. 
 
JUSTIÇA GRATUITA E ASSISTÊNCIA 
JUDICIÁRIA GRATUITA 
Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária 
será prestada pelo sindicato da categoria 
profissional a que pertencer o trabalhador. 
Desta feita, todo aquele que receber salário 
igual ou inferior ao dobro do mínimo legal terá 
direito a assistência judiciária prestada pelo 
sindicato. O benefício também é garantido ao 
trabalhador que receber maior salário, uma 
vez provado que sua situação econômica não 
lhe permite demandar sem prejuízo do 
sustento próprio ou de sua família (art. 14, § 1º, 
Lei 5584/70). 
Importante destacar que, na assistência 
judiciária, são cabíveis os honorários 
advocatícios reversíveis ao sindicato 
assistente. [Art. 16, Lei 5584/70] 
Art. 14, Lei 5584/70. Na Justiça do Trabalho, a 
assistência judiciária a que se refere a Lei 
1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada 
pelo Sindicato da categoria profissional a que 
pertencer o trabalhador. 
§ 1º. A assistência é devida a todo aquele que 
perceber salário igual ou inferior ao dobro do 
mínimo legal, ficando assegurado igual 
benefício ao trabalhador de maior salário, uma 
vez provado que sua situação econômica não 
lhe permite demandar, sem prejuízo do 
sustento próprio ou da família. 
Art 16, Lei 5584/70. Os honorários do 
advogado pagos pelo vencido reverterão em 
favor do Sindicato assistente. 
 
Os §2º e §3º, do artigo 14, perderam sua 
eficácia, tendo em vista que a OJ 304, SDI – 1, 
do TST, dispensa as exigências realizadas por 
esses dispositivos, firmando a posição de que, 
atendidos os requisitos da Lei 5584/70 para a 
concessão da assistência judiciária, basta 
simples afirmação do declarante ou de seu 
advogado, na petição inicial, para se 
considerar configurada a sua situação 
econômica. 
OJ 304, SDI – 1, TST. HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS. ASSISTÊNCIA 
JUDICIÁRIA. DECLARAÇÃO DE POBREZA. 
COMPROVAÇÃO ( DJ 11.08.2003) Atendidos 
os requisitos da Lei 5584/70 (art. 14, § 2), para 
a concessão da assistência judiciária, basta a 
simples afirmação do declarante ou de seu 
advogado, na petição inicial, para se 
considerar configurada a sua situação 
econômica. 
Portanto, “na assistência judiciária”, temos o 
assistente (sindicato) e o assistido 
(trabalhador), cabendo ao primeiro oferecer 
serviços jurídicos, em juízo, ao segundo. A 
assistência judiciária gratuita abrange o 
benefício da justiça gratuita. 
 Ressalte-se que, no Processo do 
Trabalho, a assistência judiciária gratuita é 
regida pela Lei 5584/70, de modo que a Lei 
1060/50, juntamente com o art. 790, § 3º da 
CLT, regulamenta a justiça gratuita. 
A justiça gratuita está prevista no artigo 790, 
§3 da CLT, que faculta aos juízes de qualquer 
instância conceder este benefício àqueles que 
receberem salário igual ou inferior ao dobro do 
mínimo legal, ou declararem, sob as penas da 
lei, que não estão em condições de pagar as 
custas do processo sem prejuízo do sustento 
próprio ou de sua família. 
 
Art. 790, CLT. Nas Varas do Trabalho, nos 
Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal 
Superior do Trabalho (sem grifo no original), a 
forma de pagamento das custas e 
emolumentos obedecerá às instruções que 
serão expedidas pelo Tribunal Superior do 
Trabalho. 
(...) 
§ 3º. É facultado aos juízes, órgãos julgadores 
e presidentes dos tribunais do trabalho de 
qualquer instância conceder, a requerimento 
ou de ofício (sem grifo no original), o benefício 
da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados 
 
 
 
 
 
 
 
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 OAB PRIMEIRA FASE – XVII 
 Processo Do Trabalho 
 Aryanna Manfredini 
4 
e instrumentos, àqueles que perceberem 
salário igual ou inferior ao dobro do mínimo 
legal, ou declararem, sob as penas da lei, que 
não estão em condições de pagar as custas do 
processo sem prejuízo do sustento próprio ou 
de sua família. 
 
OJ 305, SDI – 1, TST. HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS. REQUISITOS. JUSTIÇA DO 
TRABALHO ( DJ 11.08.2003) 
Na Justiça do Trabalho, o deferimento de 
honorários advocatícios sujeita-se à 
constatação da ocorrência concomitante de 
dois requisitos: o benefício da justiça gratuita e 
a assistência por sindicato. 
 
Nos termos do art. 18, da Lei 5584/70, o 
empregado não precisa estar associado para 
ter direito à assistência judiciária gratuita. In 
verbis: 
Art 18, 5584/70. A assistência judiciária, nos 
termos da presente lei, será prestada ao 
trabalhador ainda que não seja associado do 
respectivo Sindicato. 
 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Relação de trabalho é diferente de relação de 
emprego: 
Art. 5º, IN 27/2005, TST. Exceto nas lides 
decorrentes da relação de emprego, os 
honorários advocatícios são devidos pela mera 
sucumbência. 
O TST adota corrente restritiva quanto aos 
honorários advocatícios sucumbenciais, 
estabelecendo, nas súmulas 219 e 329 e na 
OJ 305 da SDI-1, que, em regra, nas relações 
de emprego, não cabem honorários 
sucumbenciais no processo do trabalho, 
exceto em um caso, quando presentes dois 
requisitos cumulativos: reclamante beneficiário 
da justiça gratuita + assistido por advogado de 
sindicato da categoria. Nesse caso, os 
honorários serão de até 15%, reversíveis ao 
sindicato da categoria. 
Súmula 219, TST. HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS. HIPÓTESE DE 
CABIMENTO (nova redação do item II e 
inserido o item III à redação) - Res. 174/2011, 
DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
I. Na Justiça do Trabalho, a condenação ao 
pagamento de honorários advocatícios, nunca 
superiores a 15%, não decorre pura e 
simplesmente da sucumbência, devendo a 
parte estar assistida por sindicato de categoria 
profissional e comprovar a percepção de 
salário inferior ao dobro do salário mínimo ou 
encontrar-se em situação econômica que não 
lhe permita demandar sem prejuízo do próprio 
sustento ou da respectiva família. 
II - É cabível a condenação ao pagamento de 
honorários advocatícios em ação rescisória no 
processo trabalhista. 
III - São devidos os honorários advocatícios 
nas causas em que o ente sindical figure como 
substituto processual e nas lides que não 
derivem da relação de emprego. 
 
Súmula 329, TST. HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS. ART. 133 DA CF/1988 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003. Mesmo após a promulgação da 
CF/88, permanece válido o entendimento 
consubstanciado naSúmula nº 219 do TST. 
 
OJ 305, SDI-I do TST. HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS. REQUISITOS. JUSTIÇA DO 
TRABALHO ( DJ 11.08.2003) 
Na Justiça do Trabalho, o deferimento de 
honorários advocatícios se sujeita à 
constatação da ocorrência concomitante de 
dois requisitos: o benefício da justiça gratuita e 
a assistência por sindicato (sem grifo no 
original). 
 
Ressalte-se que, na Súmula 219, o item II foi 
modificado e o III foi inserido pela Resolução174 de maio de 2011 do Pleno do TST. 
Nos termos do art. 5°, da IN 27/2005, do TST, 
cabem honorários em decorrência da mera 
sucumbência na Justiça do Trabalho quando 
se tratar de ações relativas à nova 
competência da Justiça do Trabalho, nos 
termos do art. 20, do CPC, a razão de até 20% 
(vinte por cento). 
Art. 5º, IN 27/2005, TST. Exceto nas lides 
decorrentes da relação de emprego, os 
honorários advocatícios são devidos pela mera 
sucumbência. 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS NO PROCESSO DO 
TRABALHO 
 
O procedimento comum se divide em: 
 
 
 
 
 
 
 
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 OAB PRIMEIRA FASE – XVII 
 Processo Do Trabalho 
 Aryanna Manfredini 
5 
• SUMÁRIO: até 2 salários mínimos – 
[Lei 5584/70]; 
• SUMARÍSSIMO: acima de 2 e abaixo 
de 40 salários mínimos – [Art. 852-A e ss, 
CLT]; 
• ORDINÁRIO: mais de 40 salários 
mínimos; 
 
O que define o procedimento é o valor da 
causa. Para a fixação do procedimento é 
constitucional o uso do salário mínimo (súmula 
356, TST). 
 
PROCEDIMENTO SUMÁRIO 
 O procedimento sumário, instituído 
pela Lei 5.584/70, não está previsto na CLT. 
Tem por finalidade garantir maior celeridade 
aos processos trabalhistas cujo valor da causa 
não ultrapasse dois salários mínimos. Essas 
causas trabalhistas, também chamadas de 
“dissídios de alçada”, possuem características 
relevantes, previstas nos parágrafos 3º e 4º do 
artigo 2º da referida lei: 
• Quando o valor da causa for inferior a 
dois salários mínimos, será dispensável o 
resumo dos depoimentos, devendo constar, na 
ata, a conclusão do juiz quanto à matéria de 
fato. 
• Não caberá nenhum recurso das 
sentenças proferidas nas ações sujeitas a 
esse procedimento, considerando o salário 
mínimo vigente na data de ajuizamento da 
ação, EXCETO se versar sobre matéria 
constitucional, caso em que caberá a 
interposição de recurso extraordinário, que 
será apreciado pelo STF. 
Art. 2º, § 4º, Lei 5.584/70. Salvo se versarem 
sobre matéria constitucional, nenhum recurso 
caberá das 0sentenças proferidas nos 
dissídios da alçada a que se refere o parágrafo 
anterior, considerado, para esse fim, o valor do 
salário mínimo à data do ajuizamento da ação. 
 No mesmo sentido, tem-se a súmula 
640, do STF: 
Súmula 640, STF. É cabível recurso 
extraordinário contra decisão proferida por juiz 
de primeiro grau nas causas de alçada, ou por 
turma recursal de juizado especial cível e 
criminal. 
 Alguns doutrinadores, a exemplo do 
prof. Renato Saraiva, defendem que a lei 
9957/2000, que instituiu o procedimento 
sumaríssimo, absorveu o procedimento 
sumário, previsto na Lei 5584/70. 
 
 
 
PROCEDIMENTO SUMaRíssimO 
 
A Lei 9.957/00 trouxe uma série de alterações 
no texto da CLT, entre elas a inserção dos 
artigos 852-A a 852-I, instituindo o 
procedimento sumaríssimo. Seu intuito é 
privilegiar a celeridade e a economia 
processual. 
 
O procedimento sumaríssimo aplica-se aos 
dissídios individuais, cujo valor não exceda a 
40 vezes o salário mínimo vigente na data do 
ajuizamento da ação. 
 
Art. 852-A, CLT. Os dissídios individuais cujo 
valor não exceda a quarenta vezes o salário 
mínimo vigente na data do ajuizamento da 
reclamação ficam submetidos ao 
procedimento sumaríssimo. 
Parágrafo único. Estão excluídas do 
procedimento sumaríssimo as demandas em 
que é parte a Administração Pública direta, 
autárquica e fundacional. 
 
Esse procedimento não se aplica à 
administração direta, autárquica e fundacional. 
Às empresas públicas e sociedades de 
economia mista não se garante a mesma 
prerrogativa. Isto ocorre porque estas 
entidades exploram a atividade econômica, de 
modo que não seria lógico gozarem dos 
benefícios concedidos à administração pública 
no exercício de funções públicas. Isso 
ocasionaria uma desigualdade de mercado em 
relação aos particulares. 
 
O procedimento sumaríssimo não se aplica 
aos dissídios coletivos. 
 
O artigo 852-B da CLT apresenta os requisitos 
da petição inicial no procedimento 
sumaríssimo. Observe-se: 
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no 
procedimento sumaríssimo: 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e 
indicará o valor correspondente; 
 
 
 
 
 
 
 
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 OAB PRIMEIRA FASE – XVII 
 Processo Do Trabalho 
 Aryanna Manfredini 
6 
II - não se fará citação por edital, incumbindo 
ao autor a correta indicação do nome e 
endereço do reclamado; 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer 
no prazo máximo de quinze dias do seu 
ajuizamento, podendo constar de pauta 
especial, se necessário, de acordo com o 
movimento judiciário da Junta de Conciliação 
e Julgamento. (sem grifo no original) 
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do 
disposto nos incisos I e II deste artigo 
importará no arquivamento da reclamação e 
condenação ao pagamento de custas sobre o 
valor da causa. 
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao 
juízo as mudanças de endereço ocorridas no 
curso do processo, reputando-se eficazes as 
intimações enviadas ao local anteriormente 
indicado, na ausência de comunicação. 
 
 No procedimento sumaríssimo é 
fundamental que os pedidos formulados sejam 
líquidos. Em relação a cada pedido o 
reclamante deverá especificar qual é o valor 
requerido, sob pena de arquivamento da 
reclamatória trabalhista. Também ocorrerá o 
arquivamento do processo, se o reclamante 
não fornecer o endereço correto do reclamado, 
tendo em vista que é vedada a citação por 
edital neste procedimento. 
 
 O procedimento, em regra, é definido 
com base no valor da causa. Entretanto, caso 
o reclamante desconheça o endereço do 
reclamado, ainda que o valor da causa seja 
superior a dois e inferior a quarenta salários 
mínimos, o procedimento será ordinário. Isso 
acontece porque no procedimento 
sumaríssimo não há citação por edital e, em 
nosso ordenamento jurídico, aplica-se o 
princípio constitucional da inafastabilidade da 
jurisdição. 
 
 No procedimento sumaríssimo a 
audiência é una (art. 852-C, CLT). 
 
 Segundo o art. 852-B, III, da CLT, a 
audiência na qual deverá se proferida a 
sentença deve ser designada para o prazo 
máximo de 15 dias, podendo, entretanto, ser 
interrompida. Neste caso, o seu 
prosseguimento e a solução da lide devem 
ocorrer no máximo em mais 30 dias, 
totalizando no máximo 45 dias para o 
julgamento da lide. 
 
 Segundo o artigo 852-H, todas as 
provas deverão ser produzidas na audiência, 
ainda que não requeridas previamente. 
 
A audiência una obriga a parte a impugnar 
todos os documentos apresentados pela parte 
contrária oralmente naquela sessão, salvo 
caso de absoluta impossibilidade, a ser 
apontada pelo juiz (art. 852-H, § 1º, CLT). 
 
 As partes devem observar o limite 
máximo de duas testemunhas, as quais 
deverão comparecer espontaneamente na 
audiência (art. 852-H, § 2º, CLT) 
 
 Caso a testemunha não se apresente, 
o juiz só determinará a intimação da mesma, 
diante da comprovação do convite. Após a 
intimação, se a testemunha não comparecer à 
audiência, será ordenada a sua condução 
coercitiva (art. 852-H, § 3º, CLT) 
 
É possível produzir prova pericial no 
procedimento sumaríssimo, quando depender 
dela a prova do fato ou por imposição de lei. 
De imediato o juiz fixará o prazo, o objeto da 
perícia e nomeará o perito (art. 852-H, § 4º, 
CLT) 
 
As partes TERÃO O PRAZO COMUM de 5 
dias para manifestação em relação ao laudo 
pericial (Art. 852-H, § 6º, CLT). 
 
Caso a audiência precise ser interrompida, o 
juiz deve providenciar que o seu 
prosseguimento e a solução do processo 
ocorram no prazo máximo de trinta dias, salvo 
motivo relevante, justificado nos autos (art. 
852-H, § 7º, CLT). 
 
 No procedimento sumaríssimo, 
conforme o artigo 852-G, da CLT, todos os 
incidentes e exceções que possam interferir no 
prosseguimento daaudiência e do processo 
deverão ser decididos de plano. O restante das 
questões será decidido na sentença. 
 
 EM SÍNTESE: 
• Aplica-se aos dissídios individuais cujo 
valor não exceda a quarenta vezes o salário 
 
 
 
 
 
 
 
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 Processo Do Trabalho 
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mínimo vigente na data do ajuizamento da 
reclamação; 
• Não se aplica à administração direta 
autárquica e fundacional; 
• O procedimento sumaríssimo não se 
aplica aos dissídios coletivos. 
• A audiência é una. A causa deve ser 
apreciada no prazo máximo de 15 dias. 
Entretanto, se for interrompida a audiência, o 
seu prosseguimento e a solução do litígio 
poderão demorar no máximo mais 30 dias. 
• As provas deverão ser produzidas na 
audiência, ainda que não requeridas 
previamente. 
• O número máximo de testemunhas é 
de duas. Elas devem comparecer em 
audiência independentemente de intimação ou 
de notificação. Caso não compareçam, o juiz 
só as intimará se comprovado o convite. E, se 
intimadas, ainda assim não comparecerem, o 
juiz determinará sua condução coercitiva. 
• É possível produzir prova pericial no 
procedimento sumaríssimo, quando depender 
dela a prova do fato ou por imposição de lei. 
• Em audiência, o juiz fixará o perito, o 
objeto e o prazo. 
• Apresentado o laudo pelo perito, as 
partes terão o prazo COMUM de 5 dias para se 
manifestarem. 
• 
• 
• RECLAMATÓRIA TRABALHISTA 
VERBAL 
 
• CONSIDERAÇÕES GERAIS 
A Reclamatória Trabalhista verbal será 
distribuída antes de sua redução a termo e 
observará os mesmos requisitos da 
Reclamatória escrita. 
 
Art. 840, CLT. A reclamação poderá ser escrita 
ou verbal. 
(...) 
§ 2º. Se verbal, a reclamação será reduzida a 
termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas 
pelo escrivão ou chefe de secretaria, 
observado, no que couber, o disposto no 
parágrafo anterior. 
 
Uma vez distribuída, o reclamante deverá, 
salvo motivo de força maior, apresentar-se, no 
prazo máximo de 5 dias ao cartório ou 
secretaria, para reduzi-la a termo, sob pena de 
não poder ajuizar nova RT pelo prazo de 6 
meses. 
 
Art. 731, CLT. Aquele que, tendo apresentado 
ao distribuidor reclamação verbal, não se 
apresentar, no prazo estabelecido no 
parágrafo único do art. 786, ao Juízo para fazê-
lo tomar por termo, incorrerá na perda pelo 
prazo de 6 meses, do direito de reclamar 
perante a Justiça do Trabalho. 
 
 
Art. 732, CLT - Na mesma pena do artigo 
anterior incorrerá o reclamante que, por 2 
(duas) vezes seguidas, der causa ao 
arquivamento de que trata o art. 844. 
 
Art. 844, CLT - O não-comparecimento do 
reclamante à audiência importa o 
arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, 
além de confissão quanto à matéria de fato. 
Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, 
motivo relevante, poderá o presidente 
suspender o julgamento, designando nova 
audiência. 
 
 
Ao final, a redução a termo será assinada pelo 
escrivão ou chefe de secretaria e pelo 
reclamante. 
 
 
 
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA ESCRITA 
 Os requisitos da reclamação trabalhista 
estão descritos no parágrafo primeiro do art. 
840 da CLT. 
 
Art. 840, CLT. A reclamação poderá ser escrita 
ou verbal. 
 § 1º. Sendo escrita, a reclamação deverá 
conter a designação do Presidente da Junta, 
ou do juiz de direito a quem for dirigida, a 
qualificação do reclamante e do reclamado, 
uma breve exposição dos fatos de que resulte 
o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do 
reclamante ou de seu representante. 
 
São eles, os requisitos: 
• Endereçamento 
• Qualificação 
• Breve relato dos fatos 
 
 
 
 
 
 
 
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• Pedido 
• Data 
• Assinatura 
 
Não é obrigatório: 
• Pedido de produção de provas 
• Intimação da parte 
• Valor da causa (no procedimento 
sumaríssimo é obrigatório) 
 
Se na Petição Inicial não houver valor da 
causa, o juiz o fixará em audiência após a 
primeira tentativa conciliatória( após a 
apresentação da defesa e antes da instrução). 
Caso a outra parte não concorde, irá se 
manifestar e reiterar nas razões finais. 
 
Se o juiz mantiver o valor inicialmente fixado 
para a causa será possível interpor um recurso 
chamado PEDIDO DE REVISÃO prazo de 
48hrs, a ser julgado pelo presidente do TRT 
(essa é uma exceção à regra da 
irrecorribilidade imediata das decisões 
interlocutórias). 
 
No Inquérito judicial para apuração de falta 
grave e no Dissídio coletivo a petição inicial 
DEVERÁ SER ESCRITA. 
 
 
 
Art. 842 - Sendo várias as reclamações e 
havendo identidade de matéria, poderão ser 
acumuladas num só processo, se se tratar de 
empregados da mesma empresa ou 
estabelecimento. 
•

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