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Resumo: Princípios da Administração Pública - Flávio Wolff

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PRINCÍPIOS	DA	ADMINISTRAÇÃO	PÚBLICA	
	
Metaprincípios	(dos	quais	derivam	os	demais):	
	
à	Supremacia	do	Interesse	Público	sobre	o	Privado:	o	interesse	público	prepondera	sobre	
os	interesses	particulares;	daí	surgem	as	prerrogativas	próprias	da	Administração	Pública.	Por	
isso,	a	relação	Administração-administrado	é	tipicamente	vertical.	
	
à	Indisponibilidade	do	Interesse	Público:	O	administrador	não	pode	dispor	livremente	do	
interesse	público	(lembrar	do	direito	real	de	dispor,	próprio	de	quem	é	proprietário),	devendo,	
então,	agir	segundo	os	estritos	limites	impostos	pela	lei.	É	um	freio	ao	princípio	da	supremacia	
do	interesse	público.	
	
	
Princípios	do	Art	37,	caput	da	CRFB	(princípios	constitucionais	da	Administração	Pública)	
	
à	Legalidade:	decorre	da	Indisponibilidade	do	Interesse	Público.	Vinculação	positiva	da	Adm.	
Pública:	a	Administração	Pública	só	atua	ou	cria	normas	quando	há	lei	que	autorize,	pois,	em	
uma	democracia,	a	 lei	 exprime	o	 interesse	 público.	 Por	 outro	 lado,	 um	 administrador	 de	
empresa	privada	pratica	tudo	aquilo	que	a	Lei	não	proíba	(vinculação	negativa).	Nos	regimes	
absolutistas,	a	lei	era	submissa	ao	Estado.	Atualmente,	no	Estado	Democrático	de	Direito,	o	
Estado	se	submete	à	Lei.	
	
à	Publicidade:	procedimentos	e	atos	da	Administração	Pública	em	geral	devem	ter	ampla	
publicidade,	exceto	quando	necessário	o	sigilo	(em	casos	de	segurança	nacional,	investigações	
policiais	 ou	 interesse	 superior	 da	 Administração	 Pública.	 Nesse	 caso,	 será	 previamente	
declarado	o	sigilo	do	procedimento).	A	atividade	administrativa	é	de	interesse	público,	então	
não	pode	ser	silenciosa.	Ver:	LC	131/2009	(Lei	da	Transparência)	
	
à	Moralidade/Probidade:	a	administração	pública	deve	se	pautar	por	seguir	padrões	morais	
e	éticos	condizentes	com	a	sociedade	que	administra.	Ideia	de	honradez	e	retidão.	Mais	rigida	
que	a	etica	privada,	visto	que	envolve	o	interesse	público.	
	
à	Eficiência	–	Positivado	pela	EC	19/98	–	Administração	GERENCIAL	–	As	escolhas	devem	ser	
pautadas	na	eficácia	e	na	eonomicidade.	 Inspirou	a	LC	101/2000	(Lei	de	Responsabilidade	
Fiscal),	 Lei	 de	 Processo	 Administrativo	 Federal	 (9.784/1999)	 e	 diversas	 parcerias	 público-
privadas	e	contratos	de	gestão.	
	
à	 Impessoalidade:	 interesse	público,	e	não	pessoal	do	administrador	ou	de	outra	pessoa.	
Dele	decorre	o	Princípio	da	Finalidade,	segundo	o	qual	os	atos	administrativos	devem	atingir	
finalidades	públicas	
	
	
Outros	princípios	não	expressos	no	caput	do	37,	mas	referenciados	em	outras	leis	ou	em	
outros	artigos	constitucionais	(chamado	também	de	infraconstitucionais,	em	terminologia	
incorreta):	
	
à	Isonomia/Equidade	(tratamento	isonômico	dos	administrados)	
	
à	Segurança	Jurídica	(preservação	de	direitos	adquiridos)	
	
à	Motivação	(exposição	de	motivos	do	ato	que	serve	para	aferir	se	o	MOTIVO	FÁTICO	que	o	
ensejou	se	vincula	à	FINALIDADE	PÚBLICA	prevista	em	lei)	
	
à	Devido	processo	legal	(nos	procedimentos/processos	administrativos,	aplicam-se	a	
ampla	defesa	e	o	contraditório).

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