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ATO ADMINISTRATIVO II

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ATOS ADMINISTRATIVOS. ELEMENTOS. DESFAZIMENTO. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
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1. DISTINÇÃO: 
atos políticos, atos de governo, atos de direito civil (privado), atos materiais (fato da administração), atos bilaterais (contrato, convênio e tratado), silêncio administrativo (omissão da Administração).
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2. CONCEITO:
“Toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”. (Meirelles).
É um ato jurídico trazido pelo Direito Administrativo.Informe as idéias principais de sua apresentação
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3. REQUISITOS: (elementos)
3.1. Competência: poder legal de praticá-lo.
3.2. Forma: exteriorização da vontade.
3.3. Finalidade: fim explícito ou implícito na norma legal (para que).
3.4. Motivo: pressuposto de fato e de direito que autoriza a prática do ato (o porquê).
3.5. Objeto: conteúdo, declaração jurídica.Detalhes sobre este tópico
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4. MOTIVAÇÃO:
Exposição de motivos, fundamentação na qual são declinados os fatos que levaram à prática do ato e a fundamentação legal.
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5. ATRIBUTOS:
5.1. Imperatividade (poder extroverso) – imposição de obrigações.
5.2. Presunção de legitimidade – conformidade á lei (presunção de veracidade).
5.3. Exigibilidade: cumprimento do ato pelo administrado mediante a utilização de meios indiretos de coerção.
5.4. Auto-executoriedade: execução material do ato pela própria administração através de meios diretos.
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6. ASPECTOS TEMPORAIS (EFEITOS)
6.1. Entrada em vigor
Teoria da assinatura
Teoria da publicidade
6.2 Irretroatividade
Respeito ao direito adquirido
Hipótese de retroatividade:
Execução de lei retroativa;
Restauração da legalidade;
Execução de decisão judicial;
Continuidade da atividade pública;
Retroatividade decorrente do reconhecimento de direitos pretéritos. Ex: licença com efeito retroativo;
Efeito inerente ao próprio ato. Ex: convalidação;
Atos benéficos.
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7. CLASSIFICAÇÃO
7.1. Quanto à liberdade: 
atos vinculados; 
atos discricionários;
7.2. Quanto à vontade: 
atos simples; 
atos complexos;
atos compostos(dependem de autorização, aprovação, homologação);
7.3. Quanto ao conteúdo: 
Autorização: ato discricionário que faculta ao particular o exercício de atividade material não reservada ao poder público, cujo exercício exige prévio consentimento da Administração, consente no uso privativo de bem público.
Licença: ato vinculado que faculta ao particular o exercício de uma atividade.
Admissão: ato vinculado que reconhece ao particular o direito à inclusão em estabelecimento público para gozo de um serviço público.
Permissão: ato discricionário que faculta ao particular a execução de serviço público ou uso especial de bem público.
7.4. Quanto à forma:
Decreto;
Resolução;
Portaria;
Circular;
Alvará;
Ordens de serviço.
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8. PODER VINCULADO (regrado)
Os pressupostos para a prática do ato estão previamente descritos na norma legal. Impossibilidade de manifestação de juízo de valor.
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9. PODER DISCRICIONÁRIO
Margem de liberdade conferida pela lei ao administrador de escolha dentre duas ou mais alternativas válidas com base em critérios administrativos próprios.
9.1. Fundamento:
Deixar ao administrador a tarefa de encontrar, no caso concreto, a solução mais adequada para atender à finalidade da lei;
impossibilidade de o legislador prever todas as situações em abstrato;
Flexibilização da atuação da administração para melhor atingir o fim legal.
9.2. Localização:
Se, quando e como / momento da prática do ato – motivo – objeto.
9.3. Discricionariedade e conceitos jurídicos indeterminados:
9.3.1. Teorias:
Teoria da univocidade (questão de interpretação que leva a apenas uma única solução válida).
Teoria da multivalência (possibilidade de opção dentre várias soluções).
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9.3.2. Distinção entre conceitos de valor, conceitos técnicos e de experiência.
Conceitos de valor – metajurídicos – justiça, oportunidade – conveniência (discricionários).
Ausência de livre apreciação.
Limites: interesse público, razoabilidade, proporcionalidade e moralidade.
Conceitos empíricos (caso fortuito, bons antecedentes, justa causa) e técnicos: ausência de discricionariedade. Solução única.
9.3.3. Há conceitos indeterminados que admitem a escolha com base em critérios administrativos (discricionários) e outros não. Exame do caso concreto.
9.3.4. Limites da discricionariedade no caso dos conceitos jurídicos indeterminados:
Princípios da moralidade administrativa (boa-fé), razoabilidade, proporcionalidade, interesse público, princípios gerais do direito.
9.4. Discricionariedade e mérito
Mérito: binômio – conveniência e oportunidade;
Escolha de meios mais adequados para a consecução dos fins legais segundo o princípio da oportunidade e conveniência, utilidade, economia, justiça e equidade.
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9.5. Limites do poder discricionário:
Desvio de poder;
Teoria dos motivos determinantes;
Princípios informativos.
9.6. Controle judicial
Compreende o exame dos motivos, do objeto, da causa (relação de adequação entre os pressupostos do ato e seu objeto), e da finalidade não abrange o mérito: conveniência e oportunidade.
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10. DESFAZIMENTO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
10.1 Revogação:
Objeto: ato válido regulamentar ou individual (desde que não tenha gerado direito);
Sujeito ativo: administração pública;
Fundamento: interesse público – discricionariedade;
Efeito: ex nunc
Inconveniência – inoportunidade – originária (anulação) e superveniente. Discussão
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Razões da revogação: A Gordillho
Modificação das circunstâncias de fato existentes no momento da edição do ato originário; fatos supervenientes.
Reavaliação das circunstâncias que originaram o ato pela autoridade administrativa.
Apreciação de circunstâncias existentes, mas desconhecidas para a administração.
Distinta valorização do interesse público afetado.
10.2 Limites:
Vedação legal;
Exaurimento de efeitos;
Preclusão;
Direitos subjetivos;
Atos de caráter geral – ausência – revogabilidade a qualquer tempo;
Atos de caráter individual.
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10.3 Prazo:
Legal;
A qualquer tempo.
10.4 Formalidade: 
Devido processo legal;
Ato motivado.
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11. ANULAÇÃO OU INVALIDAÇÃO
11.1 Classificação da invalidade
Atos nulos: competência, forma, fim, motivo e objeto – não são convalidáveis;
Atos anuláveis: incompetência relativa e vícios do consentimento – defeito de formalidade pode ser convalidado;
Atos nulos ou válidos;
Atos convalidáveis e não convalidáveis;
Convalidação: supressão da invalidade através de novo ato com efeitos retroativos; legitimação dos efeitos pretéritos.
Requisitos: lei nº 9.784/99, art. 55. faculdade.
Ausência de lesão ao interesse público;
Ausência de prejuízo a terceiro;
Defeitos sanáveis:
Vício de competência (relativa);
Vício de vontade;
Vício de formalidade.
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11.2. Objeto: ato válido
11.3. sujeito ativo: administração ou poder judiciário.
11.4. Fundamento: dever de obediência à legalidade.
11.5. Efeito: ex-tunc
Exceção: terceiros de boa-fé;
Indenização: não é devida;
Exceção: destinatário de boa-fé que não concorreu para a ilegalidade (evitar enriquecimento ilícito da administração).
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12. CASSAÇÃO:
Extinção do ato pelo descumprimento das obrigações legais
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13. PRAZO PARA INVALIDAÇÃO PELA ADMINISTRAÇÃO. 
Várias correntes: 
A qualquer tempo – restrição: estabilidade das relações constituídas (segurança jurídica e boa-fé).
Atos nulos: 20 anos
 atos anuláveis: 4 anos.
120 dias.
5 anos.
Prazo para administração pública federal: art. 54, lei nº 9.784/99 = 5 anos, salvo comprovada má-fé.
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14. PRESCRIÇÃO ADMINISTRATIVA
MP 1778-12, de 02 de
junho de 1999.
Ação punitiva forte no poder de polícia
Ilícito administrativo: 05 anos;
Ilícito penal: lei penal;
Prescrição intercorrente.
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15. PRESCRIÇÃO JUDICIAL
Decreto nº 20.910/32
Prazo: 05 anos;
Objeto: direito de qualquer natureza;
Prescrição do fundo de direito. 
Súmula 85 do STJ (quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado)
Prescrição das prestações.
Interrupção
Suspensão
Direito real
Medida provisória nº 1.901, 99, nova redação ao art. 10, parágrafo único da lei 3.365/99.
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16. PROCESSO / PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
16.1 Conceito: Distinção. Forma do exercício do poder estatal. Caminho para aplicação das normas e produção do ato administrativo.
“Passagem do poder abstrato ao ato administrativo”.
16.2. Finalidades:
Garantia jurídica dos administrados. Art. 5º, incisos XXXIII, LIV e LV, da CF.
Controle da formação da decisão da atividade administrativa;
Correção da decisão. Ponderação de todos os interesses;
Legitimação do poder;
Justiça na administração.
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16.3 Princípios:
Princípio do contraditório: informação, direito de acesso, ouvida das partes, reação;
Princípio da ampla defesa: anterioridade, direito de recorrer, autodefesa (direito de presença e direito de audiência) ou defesa técnica (profissional), cientificação, direito de produzir provas;
Princípio da oficialidade;
Princípio da formalidade moderada (informalidade);
Princípio da verdade material;
Motivação.
16.4. Fases:
Inicial (de ofício ou provocação);
Instrutória;
Decisória.
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16.5. Tipos de processos:
Sancionadores ou punitivos ou restritivos: internos – externos;
Outorga ou ampliativos;
Gestão;
Revisão;
Determinação.
16.6. Processo administrativo federal:
Lei nº 9.782/99.
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