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Inovação Tecnológica Resumo

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INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
Aula 01:
Conhecimento se apresenta em duas principais formas na sociedade - tácito e explícito – e vai sofrendo processos de conversão.
A partir da conversão, o conhecimento é difundido na sociedade, em seus diferentes segmentos e, quando é desenvolvido/aplicado nas áreas de ciência, tecnologia e indústria, pode gerar inovação tecnológica e cultura empreendedora.
Valor do conhecimento
Uma questão recorrente na sociedade contemporânea é o grande valor do conhecimento e como transformá-lo em ativo ou riqueza, considerado um desafio estratégico para países, corporações e empresas na economia global em que vivemos.
Figura 1 - O valor do Conhecimento
Após entender o valor do conhecimento como principal bem de nossa sociedade, você pode perceber que, para o crescimento e desenvolvimento virtuoso de países e corporações, é necessário um fluxo de criação, difusão e utilização do conhecimento.
Conceitos, como capacidade de aprendizado, criatividade, flexibilidade e sustentabilidade, surgem como princípios orientadores para conduta de indivíduos e organizações.
Criação e conversão do conhecimento:
Para compreender o processo de criação do conhecimento é importante a utilização de categorias para os diferentes tipos de conhecimento. Vamos trabalhar inicialmente com as categorias de conhecimento tácito e conhecimento explícito.
“O conhecimento tácito é aquele disponível com pessoas e que não se encontra formalizado em meios concretos”.
“O conhecimento explícito é aquele que pode ser armazenado, por exemplo, em documentos, manuais, bancos de dados ou em outras mídias”.
Conhecimento tácito:
O grande desafio das empresas é transformar o conhecimento tácito de seus colaboradores em conhecimento explícito, identificado onde e como está armazenado o conhecimento, com todos os seus atributos, e como recuperá-lo.
Conhecimento explícito:
A criação de um novo conhecimento numa organização está relacionada a um processo de interação dinâmica e cooperativa entre seus colaboradores, que implica em aprendizado, constituindo-se num processo coletivo e não meramente individual, podendo levar a uma formação organizacional, regional, nacional ou global.
Conversão de conhecimento:
Nonaka & Takeuchi identificaram quatro modos de conversão entre conhecimento tácito e explícito: externalização, internalização, combinação e socialização.
Socialização
 Processo de compartilhamento de experiências, permitindo a interação entre conhecimentos tácitos. Dessa forma, o conhecimento pode ser adquirido de outra pessoa através da observação, imitação ou prática, mesmo sem usar alguma linguagem. Os aprendizes trabalham com seus mestres e aprendem sua arte não através da linguagem, mas sim através da observação, imitação e prática. 
Exemplo: Aprendizado de um estagiário na interação com seu orientador numa empresa.
Externalização
 Transformação ou articulação do conhecimento tácito em explícito, com migração do cérebro humano para documentos e mídias diversas, por meio de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. A metáfora é uma forma de perceber ou entender intuitivamente uma coisa imaginando outra coisa simbolicamente. A externalização é considerada a chave para a criação do conhecimento, pois cria conceitos novos e explícitos a partir do conhecimento tácito. Esse modo é visto no processo de criação de um conceito e, normalmente, é provocado pelo diálogo ou pela reflexão coletiva. 
Exemplo: Quando ouvimos ou lemos uma metáfora percebemos ou entendemos intuitivamente algo, imaginando outra coisa simbolicamente.
Internalização 
Processo inverso ao da externalização, de migração do conhecimento explícito para o cérebro humano, através de diversas metodologias e atividades de aprendizagem. É a incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento tácito e está intimamente relacionada ao “aprender fazendo”.
Exemplo: A leitura de manuais e documentação auxilia o indivíduo a internalizar conhecimento explícito, transformando-o em tácito.
Combinação
Processo de interação entre conhecimentos explícitos para geração de novos conhecimentos. É a sistematização de conceitos por meio da combinação de conjuntos diferentes de conhecimentos explícitos. Os indivíduos trocam e combinam conhecimentos através de meios como documentos, reuniões, conversas ao telefone ou redes de comunicação computadorizadas. A reconfiguração das informações existentes através da classificação, do acréscimo, da combinação e da categorização do conhecimento explícito (como realizado em bancos de dados de computadores) pode levar a novos conhecimentos.
Exemplo: A criação de conhecimento através da educação (escola, universidade) ou do treinamento formal.
Aula 02:
A Espiral do Conhecimento
Agora que você já conhece a diferença entre conhecimento tácito e explícito e seus modos de conversão, pode compreender melhor o processo de criação do conhecimento, composto por fases e promovido em determinadas condições num tempo definido, como se fosse uma espiral – a espiral do conhecimento.
O conceito de espiral do conhecimento foi amplamente divulgado no início da década de 90, pois explicava e demonstrava de forma prática como as empresas podem desenvolver o fluxo do conhecimento entre as pessoas, parceiros e o mercado.
Uma espiral cresce contínua e evolutivamente, assim também acontece com o conhecimento que vai se desenvolvendo em espiral quando se acrescenta mais um passo a cada ciclo.
Assim, “o conhecimento vai sendo construído passo a passo, garantindo a coerência com o que já se sabe, organizando os conceitos apreendidos, relacionando com fatos e situações reais. (CARVALHO, A. S. L. de. Transferindo Conhecimento Tácito: uma abordagem construtivista).
Abordagem Oriental x Ocidental
Segundo Nonaka e Takeuchi, existem diferenças básicas entre o pensamento japonês e o ocidental sobre o conhecimento. Essas diferenças residiriam no fato do pensamento ocidental ter uma compreensão estreita do que seja conhecimento, consequentemente, também dos meios para a sua exploração, e de não ter se desvencilhado do dualismo cartesiano impregnado no pensamento ocidental.
 Para os japoneses, o conhecimento vai além dos dados quantificáveis e das informações codificadas, e o dualismo estaria presente em separações, tais como tácito e explícito, corpo e mente, individual e organizacional, burocracia e força-tarefa, racionalismo e empirismo, planejamento e implementação, entre outros.
 A proposta principal do trabalho desses autores foi formular uma nova teoria sobre a criação de conhecimento no âmbito organizacional. Para isso, eles investigaram três dimensões do tema: ontológica, epistemológica e temporal. Investigaram também as condições necessárias para a sua criação e exploração.
Dimensão ontológica
Está fundamentada no ser e na construção do conhecimento pelo indivíduo, independente do modo pelo qual se manifesta.
Dimensão epistemológica
Está fundamentada no conhecimento, na distinção entre o conhecimento tácito e o explícito. Essa teoria estudou a interação entre o conhecimento tácito e o explícito, identificando quatro modos de conversão.
Dimensão temporal
Quando as interações na dimensão ontológica e epistemológica se sobrepõem ao longo do tempo (terceira dimensão desta teoria), é formada a espiral do conhecimento, que representa a dinâmica do processo de criação do conhecimento.
No contexto organizacional, o relevante é que o conhecimento seja difundido, ultrapassando o nível individual para o grupal, do grupal para o organizacional e, de acordo com o caso, do organizacional para o interorganizacional.
Uma empresa ou organização, para desenvolvimento do processo de criação do conhecimento, precisa estabelecer condições básicas para desenvolvimento da espiral, oportunizando situações e ferramentas que facilitem as atividades cooperativas para criação e acúmulo de conhecimento em nível também individual. 
São elas: Intenção, autonomia, flutuação, Caos criativo, Redundância, Variedadede 
Requisitos
Condições para o desenvolvimento da espiral do conhecimento:
Intenção organizacional
Estabelecida pelas estratégias da organização
Em lugar de confiar somente no pensamento e no comportamento do próprio indivíduo, a organização pode reorientá-lo e promovê-lo por meio do compromisso coletivo
Autonomia
A promoção da espiral do conhecimento depende, de forma significativa, da autonomia dos indivíduos uma vez que a autonomia, aumenta a possibilidade de os indivíduos se automotivarem para criar novos conhecimentos
 Ao permitir essa autonomia, a organização amplia a chance de introduzir oportunidades de inovação.
Flutuação
A flutuação e o caos criativo estimulam a interação entre a organização e o ambiente externo.
 Quando a flutuação é introduzida em uma organização, seus membros enfrentam um “colapso” de rotinas, hábitos ou estruturas cognitivas. Um colapso refere-se a uma interrupção de nosso estado de ser habitual e confortável.
Redundância
O compartilhamento de informações redundantes promove a conversão de conhecimentos tácitos, pois os indivíduos conseguem sentir o que os outros estão tentando expressar com mais facilidade e rapidez
Variedade de Requisitos
(ou variedade de conhecimentos)
Os membros da organização podem enfrentar muitas situações se possuírem uma variedade de requisitos, que pode ser aprimorada por meio do acesso e combinação de informações de forma flexível e rápida e do acesso às informações em todos os níveis da organização.
Todos os funcionários devem acessar a maior quantidade possível de informações.
Quando o conhecimento se torna tangível ou assume a forma de arquétipo (modelo ou protótipo), inicia-se um novo ciclo de criação do conhecimento que se expande horizontal e verticalmente na organização, num ciclo virtuoso de difusão do conhecimento, que pode estabelecer-se somente na organização ou ser difundido para outras empresas por meio da interação dinâmica, como empresas associadas ou afiliadas, clientes, fornecedores, concorrentes e outras organizações externas. Então, pode ser iniciado um processo de transferência de conhecimento e busca da inovação.
A transferência de conhecimento
Para que o conhecimento esteja em constante processo de difusão, é necessário que seja transferido do local onde foi criado para outras organizações que continuem a desenvolvê-lo continuamente e o apliquem de forma a gerar inovação. Existem alguns fatores que inibem esse processo de transferência, denominados atritos.  
O processo de transferência do conhecimento, segundo Bonaccorsi e Piccaluga (1994), possui quatro dimensões:
Na atual sociedade do conhecimento, é fundamental a troca e produção deste conhecimento para que as organizações permaneçam competitivas em seus segmentos. Para facilitar esta produção de conhecimento, torna-se fundamental as parcerias e cooperações entre estas organizações e as Universidades que, com seus centros de pesquisas, geram conhecimento científico e tecnológico assimilável pelo setor empresarial.
Universidade: 
• Estímulo e melhoria de ensino, pesquisa e extensão.
• Novos problemas e desafios.
• Atualização dos currículos.
• Novas experiências para os alunos.
• Oportunidades de financiamento: bolsas, insumos, equipamentos, infraestrutura etc.
• Disseminação e avanço do conhecimento.
Empresa:
• Acesso à tecnologia de ponta.
• Estímulo à inovação.
• Identificação e desenvolvimento de talentos.
• Redução de risco e custo em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
• Maior competitividade e sustentação financeira.
Aula 03:
Conceitos sobre inovação tecnológica
Quando dizemos que a inovação é compreendida como a criação de um produto ou processo novo, podemos estar nos referindo apenas à substituição de um material já existente em um produto ou um melhor meio de comercializar, distribuir ou fornecer um produto ou serviço. Além desta classificação de inovação quanto ao objeto (produto ou processo), podemos classificar a inovação levando em conta o impacto que esta inovação provoca: 
• Incremental: Quando se incorpora alguma característica nova.
• Radical: Quando se muda drasticamente o produto/serviço, provocando sua substituição
Personas importantes no processo de inovação tecnológica
Quando agrupamos pessoas inovadoras de acordo com suas características específicas podemos utilizar o termo “personas”, que representa certas personagens que devem fazer parte da estrutura de cada um dos inovadores.
O desenvolvimento de uma inovação tecnológica não implica diretamente na obtenção de produtos ou processos radicalmente novos. Geralmente se dá através de um processo incremental, interativo ou de aprimoramento sobre outros bens, produtos ou processos já existentes. Em um mercado competitivo a tecnologia e as inovações se traduzem na contínua invenção e reinvenção de bens, produtos e serviços.
O conhecimento e inovação tecnológica
Podemos afirmar que a economia da atual sociedade do conhecimento demanda um trabalhador capaz de pensar, raciocinar, decidir e, principalmente, compartilhar conhecimento. Conhecimento este que é uma condição imprescindível para que a inovação tecnológica ocorra. Para que o processo de inovação aconteça é essencial a participação de diversos agentes, de modo interativo, que contribuem com seus conhecimentos na busca por soluções para problemas tecnológicos. Na aula 2 discutimos os processos de criação e transferência do conhecimento, essencias para o processo de inovação, pois colaboram para a aprendizagem e o desenvolvimento desta capacitação científica e tecnológica.
Através da espiral do conhecimento, uma organização pode fomentar a inovação em seu ambiente organizacional e expandir esse conhecimento com geração de inovações tecnológicas e mais conhecimento. Ressalta-se o valor das instituições de pesquisa e universidades, que fornecem a base do desenvolvimento científico e tecnológico para a geração de conhecimentos e capacitação de pessoas, bem como os projetos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) realizados por diversas empresas, algumas vezes em parceria com universidades.
A difusão do conhecimento e da tecnologia é parte central da inovação. Sem a difusão uma inovação não teria impacto no sistema econômico e, isoladamente, não provocaria mudanças no ambiente e não geraria novos conhecimentos.
Inovação x Inovação Tecnológica
A inovação é compreendida como a criação de um produto ou processo novo. 
Inovação Tecnológica é a introdução, no mercado, de um produto tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado ou, ainda, a introdução, na empresa, de um processo produtivo tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado
Importância da Inovação
É mais do que apenas um avanço tecnológico.
É o trabalho criativo realizado numa base sistemática a fim de aumentar o conhecimento para desenvolver novas aplicações, o que nos remete à criação do conhecimento nas organizações
A inovação é alimentada pela criação de conhecimento, que gera novos produtos e serviços, através dos quais as empresas podem enfrentar as mudanças do ambiente empresarial e ainda obter a necessária vantagem competitiva
Inovação Tecnológica e Conhecimento
Então, o desenvolvimento de uma inovação tecnológica não implica diretamente na obtenção de produtos ou processos radicalmente novos. Geralmente se dá através de um processo incremental, iterativo ou de aprimoramento sobre outros bens, produtos ou processos já existentes
Uma condição imprescindível para que ocorra a inovação tecnológica é o CONHECIMENTO
A inovação expressa a criação de conhecimento organizacional e deve ser entendida como um processo no qual a organização concebe os problemas e desenvolve meios para resolvê-los, para a seguir tomar as decisões. 
A inovação, entendida como o uso do conhecimento e das competências organizacionais com o objetivo de criar valor, pode ser aplicada nos processos para melhorar a qualidade dos bens/serviços, reduzir tempo e custos,entre outros objetivos organizacionais
Interação universidade – empresa
A interação entre universidades e empresas é um fator importante no processo da inovação, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico dos países, tendo a universidade como geradora do conhecimento e a empresa desempenhando o papel de tradutora das ideias geradas em algo novo e lançar no mercado esses novos produtos e processos.
Do lado das universidades:
1- Possibilidade de captar recursos públicos e privados para a pesquisa universitária e para a capacitação dos laboratórios, além da expectativa de que os produtos e processos desenvolvidos sejam utilizados pelo setor privado, em função do maior potencial de aplicação de seus resultados na produção;
2- Interesse da comunidade acadêmica em legitimar seu trabalho junto à sociedade que é, em grande medida, a responsável pela manutenção das instituições universitárias;
3- Interesse de desenvolver pesquisas em novas áreas, que resultem em produtos e processos de alto valor tecnológico.
Do lado das empresas:
1- Base de conhecimento e infraestrutura de laboratórios disponível nas universidades e institutos de pesquisa;
2- Custo crescente da pesquisa relacionada ao desenvolvimento de produtos e serviços necessários para assegurar posições vantajosas num mercado cada vez mais competitivo;
3- Necessidade de compartilhar o risco e o custo das pesquisas pré-competitivas com outras instituições que dispõem de suporte financeiro governamental;
4- Necessidade de acelerar o processo de pesquisa, em decorrência do elevado ritmo de introdução de inovações no setor produtivo e da redução do intervalo de tempo que decorre entre a obtenção dos resultados de pesquisa e sua aplicação.
Aula 04:
Introdução
A Sociedade do Conhecimento traz como uma de suas características a rapidez com que as mudanças ocorrem. Neste cenário, para permanecerem competitivas, as empresas buscam continuamente o aprimoramento de seus produtos e processos. Assim, a busca por maior qualidade, eficiência e um maior retorno do capital investido se tornam prioridades, intensificando a dinâmica de difusão e absorção da inovação tecnológica. Verificamos então que as premissas e condições a serem observadas no processo de inovação tecnológica são: necessidade, capacidade de converter o conhecimento científico em prática, recursos financeiros, iniciativa e prática empreendedora. Para estimular a inovação em uma organização é imprescindível que a cultura e o clima organizacional sejam favoráveis à busca pela inovação e à manifestação criativa. É preciso criar nas organizações um ambiente propício à criação de ideias e estimular a inovação. Nesta aula vamos compreender os aspectos que envolvem a criação de um ambiente inovador.
Criatividade: Refere-se a habilidade de combinar ideias de uma forma única ou de fazer associação pouco usuais entre ideias.							
Inovação: É a criação, combinação ou síntese do conhecimento em novos produtos, processos ou serviços que proporcionam valor de forma original e relevante. (Katz)
Qual a relação entre inovação e criatividade? Para que a inovação aconteça, é necessário que as pessoas sejam criativas na abordagem dos problemas. Dessa forma, serão capazes de encontrar novas maneiras de fazer as coisas.
Então, inovação e criatividade estão ligadas de maneira muito forte. Para a inovação acontecer, é necessário que existam pessoas criativas e um ambiente que estimule a criatividade
INVENÇÃO É: 
- Gerar uma ideia, um conceito ou uma solução onde não existe nada. É descobrir algo novo. 
- Ser 100% original.
INOVAÇÃO É: 
- Tornar novo. Mudar ou alterar as coisas, introduzindo novidades que gere diferencial. 
- Pode ser no produto, no processo, nos serviços ou até mesmo no negócio.
Invenção x Inovação
A invenção surge de um processo criativo, sem objetivo comercial definido.
No momento em que chega à sociedade e produz algum resultado torna-se inovação.
O Processo de Inovação Tecnológica
A necessidade de inovação na atual economia é entendida e compreendida por todos, tornando o comportamento inovador um de seus principais diferenciais. Os avanços tecnológicos, a crescente competição e a globalização resultam em novas oportunidades e ameaças e exigem que as empresas desenvolvam cada vez mais sua capacidade de inovação. Para falar de inovação é necessário entender o processo em que ela ocorre desde sua origem até sua aceitação pela sociedade. A inovação começa como uma invenção, e uma invenção tem início na criatividade que se originou de uma ideia, da imaginação.
Uma das dificuldades neste processo está exatamente no processamento das ideias que, muitas vezes, são partes de outras ideias que precisam ser lapidadas, agrupadas e transformadas em resultado. Para entendermos melhor este aspecto precisamos compreender alguns processos contínuos do desenvolvimento humano, diferentes entre si, mas muito importantes na cadeia de construção do conhecimento:
Quando a inovação é fortemente expandida para uso comercial acontece o processo de difusão. Um exemplo do processo de difusão é o telefone celular, que é uma inovação do telefone fixo (invenção) e que foi fortemente difundido na sociedade, gerando um valor comercial muito grande e movimentando cifras muito elevadas nessa indústria.
Modelos de Mudanças Tecnológicas
A inovação é fundamental para o crescimento das organizações e para seu diferencial competitivo.
Por esta razão, vários têm sido os modelos propostos para desenvolvê-la ou criar um ambiente organizacional inovador. 
Existem dois tipos principais de modelos de inovação: o modelo linear e o modelo interativo
O modelo linear
Como único caminho para a inovação, foi superado por ter como base muito forte a pesquisa científica para geração de novas tecnologias, partindo da descoberta científica para a invenção e, finalmente, para a industrialização e mercado. Nem sempre a inovação acontece nessa ordem, de forma tão linear, baseada somente em construção de artefatos e de desenvolvimento de conhecimentos específicos relacionados com produtos e processos.
 A inovação é um processo social e pode ser gerada em diferentes ambientes e com diferentes metodologias.
No modelo linear o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias são vistos como uma sequencia de tempo bem definida, que se origina nas atividades de pesquisa, envolvidas na fase de desenvolvimento do produto e leva à produção e, eventualmente, à comercialização.
	
Modelos interativos
Neste modelo o centro da inovação é a empresa.
Este modelo combina interações no interior das empresas e interações entre as empresas individuais e o sistema de Ciência e Tecnologia mais abrangente em que elas operam. A inovação é atividade da empresa.
Da empresa derivam as iniciativas que vão possibilitar a inovação, partindo-se de necessidades do mercado, apoiando-se no conhecimento científico já existente ou buscando um novo conhecimento científico.
As abordagens não-lineares ou interativas surgiram, então, trazendo novos modelos para o desenvolvimento da inovação, baseados na premissa de que a inovação se desenvolve a partir de um processo social, com a participação de diferentes atores, com várias retroações. Nos modelos interativos a identificação de necessidades de mercado ou de nichos específicos tem papel muito importante, além do papel do design (projetista) e de outros atores no processo de desenvolvimento da inovação.
As abordagens não-lineares ou interativas surgiram, então, trazendo novos modelos para o desenvolvimento da inovação, baseados na premissa de que a inovação se desenvolve a partir de um processo social, com a participação de diferentes atores, com várias retroações. Nos modelos interativos a identificação de necessidades de mercado ou de nichos específicos tem papel muito importante, além do papel do design (projetista) e de outros atores no processo de desenvolvimento da inovação.
Estratégias de inovação tecnológicadas empresas e as formas de acesso à tecnologia
Para que uma empresa seja efetivamente produtora de inovação tecnológica é necessário que sejam criados um ambiente e uma cultura de inovação tecnológica. 
Quanto mais uma organização tem domínio e experiência no processo de inovação tecnológica maior é sua capacidade tecnológica. 
Essa capacidade tecnológica é construída através de um processo que envolve obtenção de capacidades tecnológicas: materiais e imateriais.
Material - Licenças de patentes, manuais de procedimentos, tecnologia e ferramentas de apoio ao desenvolvimento de novos produtos.
Imaterial - Conhecimento dos funcionários sobre áreas tecnológicas, processos, procedimentos e produtos da organização, bem como sobre o mercado
Para desenvolver as capacidades tecnológicas materiais e imateriais, a organização necessita definir estratégias tecnológicas apropriadas. As estratégias tecnológicas mais conhecidas são:
Ofensiva
Defensiva
Imitadora
Dependente
Tradicional 
Oportunista
Como já vimos até aqui, para ser competitiva no cenário globalizado da sociedade do conhecimento é necessário que a organização desenvolva capacidades tecnológicas, defina estratégias para a inovação e formas de acesso à tecnologia. Nesse momento, a organização poderá construir com segurança seu ambiente de inovação.
Processo de construção das capacidades tecnológicas
Podemos definir a capacidade tecnológica de uma organização pelo seu grau de domínio e de experiência no processo de inovação tecnológica. Esta capacidade tecnológica pode ser diferenciada por níveis de
Progresso, de natureza cumulativa:
Primeiro nível: empresas capazes de apenas de identificar, selecionar e comprar tecnologia materializada;
Segundo nível: empresas que podem modificar e adaptar tecnologias, utilizando, para isso, tecnologia documentada aliada à alguns conhecimentos próprios e a apoio externo
Terceiro nível: empresas que conseguem introduzir novos produtos,processos e/ou serviços com um forte componente de tecnologia imaterial
Aula 05:
Introdução
As pessoas que empreendem são aquelas que fazem as coisas acontecerem, movidas pelos seus sonhos e pela sua visão de como as coisas podem ser. Um empreendedor é um indivíduo caracterizado pelo comportamento inovador e que utiliza práticas estratégicas de gerenciamento no negócio. Nesta aula vamos compreender as origens e conceitos associados ao termo “Empreendedorismo” e os fatores que motivam os chamados empreendedores.
Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “empreender” significa a ação de praticar, de por em execução, e tem sua origem no latim “imprehendere”.
A palavra empreendedor (entrepreneur) foi utilizada pela primeira vez no início do século XVI, na França, para designar homens envolvidos na coordenação de operações militares. Já o termo empreendedorismo (entrepreneurship) surgiu entre os séculos XVII e XVIII com o objetivo de designar aquelas pessoas ousadas que estimulavam o progresso econômico, mediante novas e melhores formas de agir.
Quem empreende está utilizando todas as suas capacidades para realizar alguma coisa que tenha valor para a sociedade.
Uma sociedade que possui muitos empreendedores está em um movimento de geração de riqueza.
Por outro lado, uma nação com poucos empreendedores tem uma capacidade muito limitada de produzir bens e serviços para atender às suas necessidades. 
Há cerca de uma década, o termo empreendedorismo vem sendo amplamente utilizado no Brasil, com várias definições e aplicações nos negócios, na educação e em diversos setores e atividades da sociedade.
O termo empreendedor é dinâmico e vem evoluindo ao longo do tempo, acompanhando as mudanças no contexto social e tecnológico e está diretamente relacionado a um conjunto de comportamentos que possibilitam ao ser humano atuar e agir em suas interações como catalisador de mudanças na sociedade.
As pesquisadoras Aurora Zen e Madalena Fracasso abordam as contribuições para a formação e as
modificações no termo empreendedor à luz das mudança ocorridas por meio de três paradigmas tecnológicos.
• O primeiro é o da revolução industrial britânica, que dominou a economia mundial durante todo o século XIX e foi a base de observação para as primeiras teorias sobre o empreendedor.
• O segundo paradigma é o fordista, que surgiu nos Estados Unidos e difundiu o modelo de organização da produção dominante na maior parte do século XX – período marcado pelo desenvolvimento das primeiras teorias da administração.
• O terceiro é o paradigma da tecnologia da informação, centrado nos avanços tecnológicos nas áreas de eletrônica e informática e no impacto destes nas organizações.
Segundo Schumpeter, é possível identificar cinco tipos básicos de inovação que são propostos por mentes
empreendedoras:
1 – Introdução de novos produtos 
Introdução de um bem com que os consumidores ainda não estejam familiarizados, ou de uma nova qualidade de um bem Exemplo: internet, telefone celular
2 - Introdução de novos métodos de produção
A introdução de um novo método que ainda não tenha sido testado pela experiência no ramo próprio da industria de transformação e que, de algum modo, precisa estar baseado numa descoberta científica nova, que pode constituir uma nova maneira de comercializar uma mercadoria Exemplo: a produção de automóveis utilizando uma linha de produção que se move, enquanto os trabalhadores permanecem parados em seus postos de trabalho
3 - Abertura de novos mercados
Abertura de mercado em que um ramo particular da indústria de transformação do país em questão não tenha entrado; quer esse mercado tenha existido anteriormente ou não. Exemplo: implantação das primeiras fábricas de automóveis no Brasil nos anos 50, exploraram pela primeira vez o mercado brasileiro
4 - Desenvolvimento de novas fontes provedoras de matérias-primas e outros insumos. 
Conquista de uma nova fonte de oferta de matérias-primas ou de bens semimanufaturados, independentemente do fato de essa fonte já existir ou ter que ser criada; Exemplo: atualmente a cerâmica é um material utilizado pela industria de eletricidade, depois que se descobriu a sua elevada capacidade de conduzir impulsos elétricos. 
Anteriormente este material era utilizado somente na produção de objetos
5 - Criação de novas estruturas de mercado em uma indústria.
Estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria, como a criação de uma posição de monopólio ou a fragmentação de uma posição de monopólio
Conceito de Empreendedorismo
Podemos deduzir então, que empreender nos leva à expressão “fazer acontecer”: quem empreende utiliza suas capacidades para realizar alguma coisa que tenha valor para a sociedade. Segundo a Revista Científica Eletrônica de Administração, “Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades, e a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso“.
 Século XVII: Muitos estudos foram realizados para conceituar e ampliar o conhecimento sobre o termo empreendedorismo. Até a Idade Média, o empreendedorismo estava ligado apenas à criatividade e inovação, porém no século XVII os primeiros indícios de relação entre riscos e empreendedorismo começaram a surgir.
Século XIX: No início do século XIX surge o conceito do empreendedor como o indivíduo capaz de mover recursos econômicos de uma área de baixa para outra de maior produtividade e retorno.
Século XX: Mais tarde, o austríaco Joseph Schumpeter, um dos mais importantes economistas do século XX, definiria esse indivíduo como o que reforma ou revoluciona o processo “criativo-destrutivo” do capitalismo, por meio do desenvolvimento de nova tecnologia ou do aprimoramento de uma antiga – o real papel da inovação.
O empreendedor e suas interações
Estes estudos na área do empreendedorismo mostram que as características do empreendedor ou do espírito empreendedor, da indústria ou da instituição,não é um traço de personalidade. “Empreendedores são pessoas que têm a habilidade de ver e avaliar oportunidades de negócios; prover recursos necessários para pô-los em vantagens; e iniciar ação apropriada para assegurar o sucesso. São orientadas para a ação, altamente motivados; assumem riscos para atingirem seus objetivos”
O empreendedor e suas interações
O significado do termo empreendedor está diretamente relacionado a um conjunto de comportamentos que possibilitam ao ser humano atuar e agir em suas interações como um catalisador de mudanças na sociedade.
Atualmente, podemos identificar alguns exemplos de empreendedores de sucesso e famosos, como:
Bill Gates, fundador da Microsoft
Abílio Diniz, fundador do Grupo Pão de Açúcar
Silvio Santos, fundador do grupo Silvio Santos
Ser um empreendedor independe de classe social, nacionalidade, formação acadêmica e outros fatores sócio-econômico-culturais.  Para se tornar um empreendedor é importante desenvolver os comportamentos necessários para atuar dessa forma em suas interações na sociedade e com o mundo. Desta forma, o empreendedorismo pode ser aprendido e desenvolvido em diversas situações de nosso cotidiano e não necessariamente nascer com a pessoa, como se fosse um componente genético ou um comportamento exclusivamente nato. Muitos empreendedores também se desenvolvem através do exemplo de familiares ou amigos, com os quais convive. Existem definições e variados tipos de empreendedor, suas características vem sendo analisadas e estudadas há décadas, tornando o empreendedorismo uma área de estudos e pesquisas.
Motivações para empreender
Resultados de pesquisas apontam um grande número de pessoas que trabalham como autônomas no setor informal da economia, principalmente nos países em desenvolvimento. Outras, abrem um negócio porque veem uma oportunidade de explorar uma atividade com sucesso. Neste caso, o indivíduo escolhe trilhar o caminho do empreendedorismo, abrindo seu próprio negócio.
Para identificar estes dois tipos de motivação, as pesquisas categorizaram os empreendimentos segundo as orientações:
Oportunidades percebidas;
Necessidades produzidas pela falta de uma alternativa satisfatória de trabalho e renda;
Oportunidades - Aqueles que abrem um negócio porque vêem uma oportunidade de explorar uma atividade com sucesso são os chamados empreendedores por oportunidade. 
Neste caso, o indivíduo escolhe trilhar o caminho do empreendedorismo, abrindo o seu próprio negócio, mesmo que informal.
Necessidades - Empreendedorismo por não ter outra opção de trabalho. 
Pessoas que trabalham como autônomas no setor informal da economia: camelôs, ambulantes e outros que cuidam do seu próprio negócio, mas o fazem por não conseguirem um emprego com carteira assinada. 
Comportamento do Empreendedor:
O empreendedor possui um conjunto de características próprias e, não necessariamente, necessita ter um negócio próprio ou ser um empresário para atuar usando o empreendedorismo.
Para fins de análise e estudos vamos organizar as principais características do comportamento empreendedor da seguinte forma:

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