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02/08/2012 1 ATERRAMENTO ELÉTRICO Eletricidade Industrial O QUE É UM ATERRAMENTO? � Quando utiliza-se o termo aterrado, significa que pelo menos um ponto do sistema está propositalmente levado à Terra. � Em sistemas elétricos, quando nos referimos a tensões, geralmente o potencial de referência é o da terra. A escolha da terra como referência é uma boa escolha pois ela está presente em todos os sistemas sobre a crosta terrestre. OBJETIVO DO ATERRAMENTO � O principal objetivo é o de controlar a tensão em relação a terra dentro de níveis previsíveis. Pode fornecer também um caminho para a circulação de correntes de falta, sensibilizando instrumentos de proteção � Essa ligação diminui os esforços de tensões sobre a isolação, diminui interferências e reduz a possibilidade de choques. VANTAGENS DO SISTEMA ATERRADO � Protege pessoas e equipamentos contra faltas na instalação � Garante um caminhos, fechado, seguro e de baixa impedância para as correntes de descarga atmosférica. CONSEQÜÊNCIAS DO SISTEMA NÃO ATERRADO � Possível elevação do potencial em relação a terra, no caso de descargas de alta intensidade � Energização de partes normalmente não energizadas, sem a devida atuação da proteção 02/08/2012 2 CONSEQÜÊNCIAS DO SISTEMA NÃO ATERRADO OBJETIVOS DO ATERRAMENTO � Segurança Pessoal OBJETIVOS DO ATERRAMENTO � Desligamento Automático OBJETIVOS DO ATERRAMENTO � Eliminação de Cargas Estáticas OBJETIVOS DO ATERRAMENTO � Uniformidade referencial OBJETIVOS DO ATERRAMENTO � Controle de Tensões � Transitórios 02/08/2012 3 CONCEITOS � Tensão de Contato � É a tensão que aparece, quando há falha da isolação, entre duas partes simultâneas, acessíveis � Tensão de Toque CONCEITOS � Tensão de Passo CONCEITOS � Ruido de Modo Comum LIGAÇÃO A TERRA � Exemplo � Imagine a situação ao lado, na qual tem-se uma corrente de 1000A sendo conduzida pelo eletrodo e uma resistência de terra de 25ohms/30cm, a tensão de passo nessa região será de? LIGAÇÃO A TERRA � Exemplo � Com a malha de terra sobre os pés, a resistência diminui consideravelmente (mais de 1000 vezes) e a tensão diminui na mesma proporção ELETRODOS DE ATERRAMENTO � Eletrodos Existentes (Naturais) � estruturas metálicas de torres, edificações, etc . Deve ser garantida a continuidade. 02/08/2012 4 ELETRODOS DE ATERRAMENTO � Eletrodos Fabricados � Normalmente são hastes de aterramento ELETRODOS DE ATERRAMENTO � Eletrodos Encapsulados em Concreto � O concreto em contato com o solo possui uma resistividade de aprox. 3000Ohm/m, muito abaixo que a do solo ELETRODOS DE ATERRAMENTO � Outros Eletrodos � Podem ser cabos ou fitas enterradas ATERRAMENTO E SISTEMAS DE PROTEÇÃO � O aterramento está presente em diversos sistemas de proteção: proteção contra choques, contra descargas atmosféricas, contra sobretensões, proteção de linhas de sinais e de equipamentos eletrônicos sensíveis PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS � O risco está diretamente associado ao valor da corrente e o tempo de exposição. PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS 02/08/2012 5 ESQUEMAS DE PROTEÇÃO � Para a proteção de contra choques existem diversos esquemas de proteção que podem ser adotados, dentre eles tem-se os seguintes: � TT � TN � IT ESQUEMAS DE PROTEÇÃO - TT O Neutro é diretamente ligado a terra, e as massas ligadas a um eletrodo de aterramento independente. Nesse caso a corrente de falta circula pela terra o que limita o valor da corrente, geralmente não sensibilizando dispositivos de proteção como disjuntores e fusíveis, mas sendo perigosa para os seres humanos. Deve-se necessariamente utilizar dispositvos DR. ESQUEMAS DE PROTEÇÃO - TT ESQUEMAS DE PROTEÇÃO - TN Nesse caso o circuito da corrente de falta é de baixa impedância, gerando correntes elevadas que podem ser detectadas pelo sistema de proteção (fusíveis e disjuntores), pode ser o sistema TN-S e TN-C ESQUEMAS DE PROTEÇÃO - TN ESQUEMAS DE PROTEÇÃO - IT Parecido com o TT, porém é adicionada uma impedância de aterramento, limitando-se a corrente de falta a um valor desejado 02/08/2012 6 PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS � A NBR 5410 recomenda que seja utilizada preferencialmente as ferragens da estrutura para a proteção contra descargas e que seja feito um anel envolvendo as fundações da periferia da edificação. Isso possibilita que haja uma equalização das diversas massas existentes na edificação PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS PROTEÇÃO CONTRA SOBRE-TENSÕES � Quando há chaveamentos ou descargas nos circuitos esses ficam sujeitos a sobretensões. Para evitar os efeitos dessas sobretensões são instalados para-raios (protetores de surtos) , que podem ser centelhadores,varistores, diodos de linha, etc. PROTEÇÃO CONTRA SOBRE-TENSÕES PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS � Pode-se estabelecer a seguinte sequência na tentativa de proteger equipamentos eletrônicos: � Proteção pelo sistema de aterramento de força � Utilização do sistema Isolado � Sistema radial de ponto único � Malha de terra de referência (MTR) SISTEMA DE ATERRAMENTO DE FORÇA � São inadequados para sistema eletrônicos: � Circulação de correntes espúrias, provocadas por circulação anódica/catódica, induções eletromagnéticas, correntes de neutro, etc � Em regime transitório, pode-se ter valores elevados 02/08/2012 7 SISTEMA DE ATERRAMENTO ISOLADO � Reduz as correntes espúrias � Os inconvenientes são: � Aterramento da carcaça dos equipamentos não é o mesmo dos sistemas eletrônicos � Mesmo projetando o aterramento isolado ainda existe o acoplamento entre as malhas de terra pois o solo é condutor � A malha apresenta condutores longos e loops, inerentes de sistemas de malhas convencionais ATERRAMENTO DE “PONTO ÚNICO” �Elimina os problemas da diferença de potencial que podem aparecer em malhas isoladas, aumentando a segurança pessoal. �Principais características: � Equipamentos eletrônicos são isolados e ligados a suas barras de terra também isoladas. A equipotencialiação é feita através de cabo isolado até a barra do sistema de força, que é interligada até a malha de terra por meio de cabo isolado. � Ascarcaças dos equipamentos eletrônicos são ligadas a malha de terra de forma convencional ATERRAMENTO DE “PONTO ÚNICO” � Quando existir um quadro de força único, a melhor forma é aterrar as carcaças por meio de cabo isolado até a barra do quadro de distribuição, que deve possuir: � Barra de neutro � Barra de terra – ligada as carcaças � Barra de terra isolada – destinada a equipamentos eletrônicos para ser usada como referência. ATERRAMENTO DE “PONTO ÚNICO” ATERRAMENTO DE “PONTO ÚNICO” � Para a eficácia desse método deve-se sempre manter somente uma conexão entre os sistemas de terra, de modo a não criar condições para a circulação de correntes entre os sistemas. MALHA DE TERRA DE REFERÊNCIA (MTR) � Tem o objetivo de cancelar o inconveniente de limitar as interferências de alta frequência provenientes dos acoplamentos entre os sistemas. � Baseada nos princípios de conduções de sinais de alta frequência, define o “mesh” para filtrar os sinais de altas frequências. 02/08/2012 8 MALHA DE TERRA DE REFERÊNCIA (MTR) EQUIPOTENCIALIZAÇÃO � Em qualquer projeto deve ser assegurado que todos os sistemas de proteção sejam interligados. O ponto dessa interligação é o TAP – Terminal de Aterramento Principal, que deve possuir as seguintes características: � Deve ser de uma barra de cobre retangular de no mínimo 500x50x3mm � Deve ser instalado isolado da parede por meio de isoladores de baixa tensão e o mais próximo possível do solo, geralmenteé instalado internamento ao QGF. � Deve ser ligado diretamento ao anel de aterramento da edificação, por meio de cabo isolado com seção de no mínimo 16mm2 RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO �Com o sistema totalmente equipotencializado, o valor da Resistência de aterramento deixa de ser importante, porém o recomendado é um valor de aprox. 10ohms. �Os valores máximos da resistência de aterramento tem relação com a corrente protegida pelo DR e pode ser dada pela seguite eq: � R=UL/Ia , em que Ia = corrente de atuação do DR UL=tensão limite de contato (25 ou 50V) RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL - DR DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL - DR 02/08/2012 9 DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL - DR DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL - DR DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL - DR DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL - DR DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL - DR DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL - DR 02/08/2012 10 DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL - DR DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL - DR DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL - DR ESQUEMA DE LIGAÇÃO – DR NA ENTRADA ESQUEMA DE LIGAÇÃO – DR NA ENTRADA ESQUEMA DE LIGAÇÃO – DR NA ENTRADA 02/08/2012 11 ESQUEMA DE LIGAÇÃO – DR NA ENTRADA ESQUEMA DE LIGAÇÃO – DR NA ENTRADA ESQUEMA DE LIGAÇÃO – DR NA ENTRADA ESQUEMA DE LIGAÇÃO – DR NA ENTRADA ESQUEMA DE LIGAÇÃO – DR NA ENTRADA ESQUEMA DE LIGAÇÃO – DR NA ENTRADA 02/08/2012 12 ESQUEMA DE LIGAÇÃO – DR NA ENTRADA ESQUEMA DE LIGAÇÃO – DR NA ENTRADA MONTAGEM – DR NA ENTRADA MONTAGEM – DR POR SETOR MONTAGEM – DR EM QUADRO PLÁSTICO OBJETIVOS DO ATERRAMENTO • Obter uma resistência de aterramento a mais baixa possível, para correntes de falta à terra; • Manter os potenciais produzidos pelas correntes de falta dentro de limites de segurança de modo a não causar fibrilação do coração humano; • Fazer que os equipamentos de proteção sejam mais sensibilizados e isolem rapidamente as falhas à terra; • Proporcionar um caminho de escoamento para terra de descargas atmosféricas; • Usar a terra como retorno de corrente do sistema MRT; • Escoar as cargas estáticas geradas nas carcaças dos equipamentos. 02/08/2012 13 RESISTIVIDADE DO SOLO • A resistividade do solo varia com o tipo de solo, mistura de diversos tipos de solo, teor de umidade, temperatura, compactação e pressão, composição química dos sais dissolvidos na água retida e concentração dos sais dissolvidos na água retida. Medição de Resistividade da Terra • Método de Wenner. MEDIÇÃO DA RESISTIVIDADE DO SOLO • MÉTODO DOS QUATRO PONTOS (WENNER) • (ANTES DE DIMENSIONAR MALHA) MEDE-SE A RESISTÊNCIA PARA a = 4, 8, 16, 32 m ... EM DOIS EIXOS ORTOGONAIS. A RESISTIVODADE É DADA POR ρ = 2 π R A ANÁLISE DOS VALORES OBTIDOS PERMITE DEFINIR SE O SOLO É HOMOGÊNEO OU SE DEVE SER MODELADO EM CAMADAS, PARA O DIMENSIONAMENTO DA MALHA. PROCEDIMENTOS PARA MEDIÇÃO DO TERRA • Este processo consiste, basicamente, em aplicarmos uma tensão entre terra a ser medido e o terra auxiliar (eletrodos fixos ou eletrodos de corrente) e medirmos a resistência do terreno até o ponto desejado (eletrodo móvel ou eletrodo de tensão). O esquema de ligações é mostrado na figura abaixo: MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO Terrômetros 02/08/2012 14 FLUKE-1623: Medidor de resistência de aterramento (Terrômetro) Procedimento • Alinhar o sistema de aterramento principal com as hastes de potencial e auxiliar; • A distância entre o sistema de aterramento principal e a haste auxiliar deve ser suficientemente grande ( por volta de 35m), para que a haste de potencial atinja a região plana do patamar. Devem ser feitas diversas medidas para levantamento do gráfico • O aparelho deve ficar o mais próximo possível do sistema de aterramento principal; • As hastes de potencial e auxiliar devem estar bem limpas, para possibilitar bom contato com o solo; • Calibrar o aparelho, isto é, ajustar o potenciômetro e o multiplicador MEGGER, até que seja indicado o valor zero; • As hastes usadas devem ser do tipo cooperweld, com 1,2m de comprimento e diâmetro de 16mm; • Cravar as hastes no mínimo a 70cm do solo; • O cabo de ligação deve ser de cobre com bitola mínima de 2,5mm_; • As medições devem ser feitas em dias em que o solo esteja seco, para se obter o maior valor da resistência de terra deste aterramento; • Se não for o caso acima, anotar as condições do solo; • Se houver oscilação de leitura, deslocar a posição da medição, carga da bateria ou o estado do aparelho; • O terra a ser medido deve estar desconectado do sistema elétrico. Levantar o gráfico dos diversos pontos medidos no deslocamento da haste móvel. Procedimento Cuidados • ATENÇÃO: USAR LUVAS!! • SURTOS DE MANOBRA • CURTO-CIRCUITO • TEMPO RUIM • INTERFERÊNCIA DE (LTs, LDs) Valores • Conforme orientação da ABNT a resistência deve atingir no máximo 10 Ohms, quando equalizado com o sistema de pára-raios ou no máximo 25 Ohms quando o sistema de pára- raios não existir na instalação. TERRÔMETRO ALICATE TERRÔMETRO • Mede a resistência de sistemas de aterramento formados por estacas ou malhas pequenas por medição da resistência de um laço de terra aproveitando a presença de aterramentos vizinhos, sem a necessidade de utilizar estacas auxiliares próprias e sem desconectar o aterramento sob teste. 02/08/2012 15 ALICATE TERRÔMETRO • Mede a resistência de eletrodos de aterramento (Rg) em sistemas multiaterrados. O valor de resistência medido pelo instrumento representa a soma da resistência Rg com a resistência equivalente do circuito formado pelas demais resistências de aterramento interligadas (em paralelo). ALICATE TERRÔMETRO •Também mede a corrente de fuga em equipamentos aterrados. CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO QUÍMICO DO SOLO O tratamento químico do solo visa a diminuição de sua resistividade, conseqüentemente a diminuição da resistência de aterramento. Os materiais a serem utilizados para um bom tratamento químico do solo devem ter as seguintes características: -Não ser corrosivo; -Baixa resistividade elétrica; -Quimicamente estável no solo; -Não ser tóxico; -Não causar danos a natureza. O tipo mais recomendado de tratamento químico, é o uso do Gel químico, que é constituído de uma mistura de diversos sais que, em presença da água, formam o agente ativo do tratamento.
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