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Apostila Direito 2011 01 parte

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 PESSOAS NATURAIS OU FÍSICAS
EMENTA: Personalidade. Nascituro. Capacidade de fato. Capacidade de direito. Absolutamente incapaz. Relativamente incapaz. Emancipação. Comoriência. Direito da Personalidade.
PERSONALIDADE – É a aptidão para praticar atos da vida civil. 
Só pode praticar atos da vida civil quem tem personalidade. E podemos resumir em dois os atos da vida civil: adquirir direitos e contrair obrigações.
A lei estabelece quem tem personalidade.
A lei pode conceder personalidade a ente físico (corpóreo) ou a ente moral (incorpóreo). A lei fez a opção entre quais entes físicos e quais entes morais ia dar personalidade. O ente dotado de personalidade recebe o nome de pessoa.
PESSOA – é o ente físico ou moral que a lei confere personalidade, só a pessoa pode praticar atos da vida civil. Quando o ente físico recebe pela lei personalidade, recebe um nome, chamado de pessoa física ou natural. Quando o ente moral é dotado de personalidade recebe um nome, que é de pessoa jurídica.
PESSOA FÍSICA OU NATURAL – é o ente físico ao qual a lei confere personalidade.
Qual o ente físico que a lei deu personalidade? No art. 2º e 6º do CC descubro a que ente físico a lei concedeu personalidade, foi apenas um, A PESSOA.
Essa foi uma mudança introduzida pelo atual CC, sem nenhuma implicação científica, foi mais política e social. O Código de 1916, no artigo 2º, diz que todo "homem" é capaz de direitos e obrigações na ordem civil. Essa expressão começou a incomodar as mulheres, especialmente as ligas feministas, porque parecia discriminatória. No projeto original saiu "ser humano". Não deu certo e então ficou "toda pessoa". 
O início da personalidade para o homem inicia com o nascimento com vida, mas não basta nascer, é necessário que desprenda das vísceras maternas respirando.
Ocorre o fim da personalidade com a morte. O médico diante do corpo vendo que não há mais vida atesta a morte.
 
NASCITURO – É o ente que está gerando ou concebido, tem existência no ventre materno, mas ainda não nasceu, pelo que não se iniciou sua vida como pessoa.
Chegamos a conclusão que o nascituro não tem personalidade. Ele não é pessoa, entretanto é pessoa em potencial, por ser provável que ele venha a nascer com vida. Ele não pode adquirir direitos e contrair obrigações. Não pode fazer com que o direito se incorpore em seu patrimônio, mas ele tem expectativa de direito. Ou seja, se o nascituro nascer com vida vai incorporar aquele direito.
São expectativas de direitos do nascituro, por exemplo:
Doação (art. 542 CC)
herdeiro legítimo ou testamenteiro (art. 1798 CC)
nascituro pode ter reconhecida a sua paternidade (art. 1609, p.ú. CC)
adoção do nascituro (só terá o filho adotivo se nascer com vida)
 O artigo 2º não trouxe modificação nenhuma. A personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida. Muitos doutrinadores, entendem que o nascituro no ventre materno já seria titular de direitos e, portanto, conseqüentemente, pessoa, ou seja, teria personalidade. Para essa corrente a personalidade, na verdade, se inicia no momento da concepção e, inclusive, indica uma série de dispositivos da lei que levariam a essa conclusão, inclusive a possibilidade de doar bens ao filho que ainda vai nascer. 
Entretanto o CC manteve o dies a quo da personalidade como sendo o nascimento com vida, a primeira troca oxi-carbônica. Prevaleceu o argumento de Rui Barbosa porque, quando o Código de 1916 foi redigido, a idéia de Clovis não era essa. Clovis dizia que a personalidade começaria na concepção, mas os seus efeitos ficariam suspensos até o nascimento com vida, ou seja, a personalidade ficaria subordinada a uma condição suspensiva, que seria o nascimento com vida. Mas o feto já seria pessoa, embora os seus efeitos não se produzissem até que se e implementasse a condição suspensiva.
 Mas Rui Barbosa não se conformou com isso e conseguiu que a Comissão modificasse o artigo, sob o argumento de que não se poderia remontar a personalidade a um momento, sempre impondo dúvida, porque a ciência ainda não descobriu um método confiável para determinar o momento exato da concepção, ao passo que o nascimento com vida você pode marcar com precisão suíça. E isso acabou se preservando no novo Código. 
Natureza Jurídica do Nascituro:
Teoria natalista – Silvio Rodrigues, Arnoldo Wald, a personalidade jurídica só é adquirida pelo nascimento com vida.
Teoria concepcionista – J.M. Leoni Lopes de Oliveira, R.Limongi França, Francisco Amaral, José Ascensão de Oliveria, Silmara Juny A. Chinellato e Almeida, Cristiano Chaves de Farias, entendem que o nascituro já possui personalidade, pois a personalidade jurídica é adquirida no momento da concepção. O fundamento é no próprio CC, art. 1609, p.ú. (permiti o reconhecimento da filiação do nascituro); art. 1779 (nomeação de curador ao nascituro); art. 542 (permite doação ao nascituro); art. 1798 (reconhece a capacidade sucessória do nascituro).
Como nem todos podem praticar sozinho os atos da vida civil, tornou-se o conceito de personalidade insuficiente, foi necessário a criação do conceito de capacidade.
O conceito de capacidade surgiu do conceito de personalidade.
Capacidade de gozo ou de direito – é a aptidão para praticar os atos da vida civil sozinho ou através de outrem.
Capacidade de fato ou de exercício – é a aptidão para exercer por si só os atos da vida civil.
TODO HOMEM TEM CAPACIDADE DE DIREITO, NÃO HÁ EXCEÇÃO.
TODO HOMEM TEM CAPACIDADE DE FATO, MAS HÁ EXCEÇÃO.
Portanto, nem todos tem capacidade de fato ou de exercício, e a lei diz quem não tem capacidade de fato ou de exercício, ou seja, quem são os incapazes.
Art. 3º e 4º CC – dispõe quem são os incapazes.
A lei dividiu a incapacidade em dois tipos, a incapacidade absoluta e a relativa. 
Se houve a divisão é porque há diferença, e as diferenças, entre absolutamente e relativamente incapaz, são as seguintes: 
1)o absolutamente incapaz não pode realizar nenhum ato da vida civil sozinho; já o relativamente incapaz pode praticar certos atos da vida civil sozinho. Por exemplo: O testamento pode ser feito por pessoa de 16 anos (art. 1860 CC); ser eleitor; casar (art. 1517 CC); Aceitar mandato (art. 666 CC); Ser testemunha (art. 228,I CC)
2) o absolutamente incapaz tem representante, que são, conforme o caso, os pais, tutores ou curadores; o relativamente incapaz tem assistente.
o absolutamente incapaz não pode praticar atos da vida civil sozinho se pratica o ato é nulo; se o relativamente incapaz que pratica o ato da vida civil sozinho será o ato anulável.
ART. 3º CC São absolutamente incapazes:
I – MENOR IMPÚBERE (menor de 16 anos) – tem ele representante, que são os pais. É o pai e a mãe em igualdade de condições(art. 1634,V CC). O pátrio poder é automático. Se for órfão o representante será o tutor, mas o tutor não vem automaticamente, deve ser proposta a ação de tutela. 
II – PRIVADOS DO NECESSÁRIO DISCERNIMENTO – seja qual for o tipo de doença mental. O Código Civil não considerou os intervalos lúcidos do amental. Tem ele representante, que é o curador, nomeado pelo juiz em uma ação de interdição, que normalmente é pessoa do doente mental ou quando não tem ninguém é pessoa de confiança do juiz. Art. 1767, I CC.
III – PRIVADOS DE EXPRIMIR SUA VONTADE, MESMO QUE POR CAUSA TRANSITÓRIA – é o caso daqueles, por exemplo, que estão em coma. 
Portanto a incapacidade absoluta consiste na impossibilidade do exercício dos atos da vida civil. Já a incapacidade relativa atinge certos atos ou a maneira de exercê-los.
Art. 6º - Relativamente incapazes
I – MENOR PÚBERE – É a pessoa entre 16 e 21 anos. Nos atos da vida civil será ele assistido pelo pai ou mãe, se não tem pai nem mãe será o tutor, o mesmo que era representante.
II- ÉBRIOS HABITUAIS E OS VICIADOS EM TÓXICOS – ou ainda aqueles que por deficiência mental tenham discernimento reduzido. Salienta-se que para seremconsiderados incapazes relativamente é necessário processo de interdição.
III – ESPECIAIS, SEM DESENVOLVIMENTO MENTAL COMPLETO – necessita de processo de interdição.
IV - PRÓDIGO – é aquele que dilapida seu patrimônio desordenadamente. 
O pródigo não tem nenhum problema de sanidade mental, ele só tem problema quando se refere a dinheiro, a patrimônio. Portanto, o pródigo só fica impedido de praticar atos referentes ao seu patrimônio. Fica proibido de praticar os atos elencados no art. 1782 CC, mas isso só ocorre quando for feita a interdição do pródigo. Ex. alienar bens.
É possível concluir dizendo que não estando no rol dos artigos 3º e 4º do Código Civil e atingindo 18 anos, a pessoa torna-se-á maior, adquirindo a capacidade de fato, podendo, então, exercer pessoalmente os atos da vida civil, conforme preceitua o art. 5º caput CC.
Regra aos 18 anos adquire-se a capacidade.
Exceção parágrafo único art. 5º CC – chamamos de emancipação
Emancipar é tornar capaz quem ainda é menor. 
A emancipação habilita o menor a reger a própria pessoa e os bens em geral. 
Pela emancipação a pessoa torna-se capaz, mas ainda é menor, porque a maioridade só é atingida aos 18 anos.
Existem dois tipos de emancipação:
Emancipação voluntária ou concedida ou expressa
Emancipação tácita ou legal
I – Por concessão - Tem que ter no mínimo 16 anos. Quem concede a emancipação ao menor entre 16 e 18 anos é o pai e a mãe, no exercício do pátrio poder (cuidado não é um só, são os dois). Se não tiver pais, e tem tutor, quem concede é o juiz, é a emancipação por sentença judicial. 
Quando colidir a vontade do pai e da mãe será necessário ingressar com ação para que o juiz decida quem tem razão.
II – Casamento – a idade mínima para o casamento é 16 anos para mulheres e homens.
O casamento emancipa, por não ser razoável que pessoas com condições de casar e constituir família fiquem sob autoridade de outrem. 
Ocorrendo viuvez ou divórcio, o emancipado por esta forma não retorna à incapacidade.
OBS.: EMANCIPAÇÃO É ATO IRREVOGÁVEL, UMA VEZ EMANCIPADO PRA SEMPRE EMANCIPADO.
III – Exercício de emprego público efetivo - Tem que ingressar no exercício, ou seja, tem que trabalhar. E o emprego tem que ser público e efetivo. A efetividade só se adquire após o estágio probatório.
A lei não dispõe qual a idade mínima para ingressar no emprego público, mas normalmente os editais de concursos exigem 18 anos. A razão é que com 18 anos a pessoa é maior para o direito penal, portanto, terá responsabilidade penal, pode ser punido penalmente. 
IV – colação de grau em curso de ensino superior – tem que colar grau, não é fazer as últimas provas.
V – estabelecimento civil ou comercial com economia própria, ou pela existência de relação de emprego – idade mínima a lei não diz, portanto há quem sustente que a idade mínima é 16 anos, por ser razoável.
Alistamento militar – a pessoa só se torna apta para os atos militares, não se torna capaz. 
FIM DA PERSONALIDADE FÍSICA
Termina a personalidade com a morte, que os doutrinadores dividem em:
Morte Real – é a regra prevista no art. 6º do CC. Faz-se prova através do atestado de óbito ou em caso de catástrofe sem que se encontre o corpo, por meio da justificação judicial.
Conseqüência: extinção da personalidade e com ela extingue-se as obrigações personalíssimas, o casamento, o poder familiar, a obrigação alimentar, entre outros.
Morte Civil – ocorre no caso do art. 1816 do CC, é um resquício do Direito Romano em nosso ordenamento.
Morte Simultânea ou comoriência
Morte Presumida – é aquela em que não há corpo para que seja atestado o óbito, entretanto não há dúvidas que o sujeito morreu. Necessita de declaração do Poder Judiciário. Também é caso que morte presumida quando comprovada a ausência da pessoa.
AUSENTE – é aquele que desaparece de seu domicílio sem deixar notícia ou representante. Art. 10, CC – cessa a capacidade c/ a morte. PRESUMINDO-SE ESTA PARA O AUSENTE. Ausente só é considerado morto quando é feita a sucessão definitiva.
Comoriência
COMORIENTES – são pessoas que falecem na mesma ocasião, sem que se possa determinar qual pré-morreu à outra (art. 8º CC). Só há razão em falar de comoriência quando existir relação de parentesco ou testamentária.
Quando for possível, através de prova pericial, verificar quem faleceu primeiro, não será aplicado o art. 8º do Código Civil.
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EMENTA: Pessoa Jurídica. Classificação. Requisitos para constituição. Início da Pessoa Jurídica.
PESSOA JURÍDICA 
Conceito de Pessoa Jurídica - São entes, que se compõem, ora de um conjunto de pessoas, ora de uma destinação patrimonial, com aptidão para adquirir e exercer direitos e contrair obrigações. 
Classificação
Quanto a nacionalidade: divide-se em nacional e estrangeira.
Quanto a estrutura: divide-se em universitas personarum, compostas pela reunião de pessoas, são as sociedades e associações; e as universitas bonorum, são aquelas constituídas pela reunião de bens, são as fundações.
Quanto a atuação:
3.1) as de direito público – divide-se em:
	3.1.1) Pessoa jurídica de direito público externo – as diversas Nações, a Santa Sé, e organismos internacionais, como a ONU, a Unesco entre outros.
	3.1.2) Pessoas jurídicas de direito público interno - elencadas no art. 41 CC, União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Autarquias e Fundações instituídas pelo poder público, as chamadas fundações públicas.
3.2) as de direito privado – art. 44 CC - sociedade (seja ela de que fim for, pode ser civil, comercial, religiosa), associações, fundações instituídas por particulares (ex. Fundação Roberto Marinho), organizações religiosas e partidos políticos.
Requisitos para constituição da PJ
	Para a constituição ou nascimento da pessoa jurídica é necessária a conjunção de três requisitos:
vontade humana criadora – materializa-se no ato de constituição, que será o estatuto, em se tratando de associação; contrato social, em se tratando de sociedade e escritura pública ou testamento, em se tratando de fundações.
observância das condições legais de sua formação – instrumento particular ou público, registro e autorização do Governo.
liceidade de seus propósitos – objetivos lícitos.
Início da Pessoa Jurídica de Direito Público 
Inicia a personalidade da pessoa jurídica de direito público através de lei é também a lei que extingue a personalidade da pessoa jurídica de direito público.
Início da Pessoa Jurídica de Direito Privado 
O início da pessoa jurídica de direito privado, ocorre em dois casos: (art. 45, CC)
1º) quando o contrato é levado a registro;
2º) autorização do governo para funcionar. 
O registro do contrato social de uma sociedade comercial é feito na Junta Comercial. Os estatutos e os atos constitutivos das demais pessoas jurídicas de direito privado são registrados no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, com exceção das sociedades civis de advogados, que são registradas na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Lei 8.906 de 94 art. 15 e 16, par. 3.
Obrigatoriedade do registro - art. 119 parágrafo único da Lei 6015/73 exige registro sempre. Havendo, assim, a obrigatoriedade do registro também, para as pessoas jurídicas que precisam de autorização do governo.
Representação Judicial da Pessoa Jurídica
Quem representa judicialmente a pessoa jurídica? Quem os atos constitutivos designarem, não havendo designação por seus diretores.
Sociedade de fato ou irregular
São aquelas que não tem ato constitutivo ou se tem não foi levado a registro.
Pessoas Formais
Não são pessoas jurídicas, são entes despersonalizados, ex.: família, sociedade irregular, sociedade de fato, massa falida, herança vacante e jacente, espolio, condomínio.
Término da Pessoa Jurídica
	Pessoa jurídica termina:
 pela dissolução (extinção, ruptura) ou 
por ter sido cassada sua autorização para funcionamento.
Desconsideração da Personalidade da Pessoa Jurídica
Chamada no Brasil de desconsideraçãoda personalidade jurídica;
Na Espanha de desestimação da personalidade jurídica;
Na Alemanha de penetração da personalidade jurídica;
Na Itália de superação da personalidade jurídica;
Na Franca de afastamento da personalidade jurídica.
Esta regra era utilizada por pessoas de má índole, que prejudicavam terceiros de boa fé, utilizando-se para isso da proteção da pessoa jurídica. 
Os doutrinadores atentos para o problema foram construindo a teoria da despersonalização da pessoa jurídica, que consiste na possibilidade do juiz afastar a personalidade da pessoa jurídica e ao fazer isso ele encontra a pessoa do sócio, que irá responder com seu patrimônio pelo prejuízo causado.
O Código de Defesa do Consumidor, Lei n. 8.078/90, no art. 28, foi o primeiro a prever esta regra.
Aspectos Gerais da desconsideração da personalidade da pessoa jurídica:
Esta Teoria da Desconsideração da Pessoa Jurídica demorou cerca de 100 anos para chegar ao Brasil. 
O art. 20 do CC de 1916 tratava do chamado “principio da separação”. Segundo este artigo, as pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros.
Vamos analisar o art. 50 CC/2002: 
"Art. 50 - Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica".
Este artigo aplica-se a todas as sociedades. 
1.Haverá abuso quando houver desvio de finalidade ou quando (intuito de prejudicar terceiros) ou confusão patrimonial, ou seja, quando os sócios transferirem bens da pessoa jurídica para si. Confusão patrimonial como artifício contábil.
2. Requerimento da parte interessada, portanto não poderá ser deferida de ofício.
3. O artigo diz "pode o Juiz", logo se trata de livre arbítrio do juiz. 
4. E a redação da parte final (sublinhada acima) dá margem a uma série de interpretações divergentes, pois não é preciso. A redação é aberta.
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EMENTA: Domicílio. Importância do domicílio. Espécies.
DOMICÍLIO 
Para entender o conceito de domicílio é necessário primeiro conceituar residência e moradia:
Residência “é o lugar em que a pessoa física habita, com intenção de permanecer, mesmo que dela se ausente temporariamente.”(1) 
Habitação ou moradia, é o local que a pessoa ocupa esporadicamente. Seria mera relação de fato, o local em que se esta acidentalmente. (ex. casa de praia alugada para passar o verão).
Domicílio na visão dos doutrinadores, pode assim ser conceituado: 
“Domicílio compreende o de residência, acrescido do ânimo de aí fazer o centro de sua atividade jurídica.”(2)
“Domicílio é o estabelecimento do lar e constituição do centro dos interesses econômicos”.(3)
O conceito de domicílio esta no art. 70 CC. Domicílio é a residência com ânimo definitivo, portanto domicílio é mais que residência. 
Domicílio tem dois requisitos:
Requisito interno ou subjetivo - é a vontade, a intenção de permanecer com ânimo definitivo.
Requisito externo ou objetivo – a residência, ou seja, o local onde a pessoa habita.
Importância do domicílio:
1)O domicílio é a regra para se fixar a competência no processo civil – art. 94 CPC – e o domicilio do réu, como regra geral, para fixação da competência para processar e julgar as ações propostas.
2) Sucessão é aberta no último domicílio do morto art. 1785 CC e art. 96 CPC.
3) É no local onde tem domicílio que a pessoa vota;
4) É no domicílio dos nubentes que se devem publicar os proclamas do casamento;
5) Não havendo acerto anterior entre credor e devedor, o pagamento efetuar-se-á no domicílio do devedor. Art. 327 CC.
6) Determina as regras de começo e fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família - Art. 7º LICC
Espécies de domicílio:
Domicílio voluntário –é aquele escolhido pela pessoa tendo por base a livre vontade ou conveniência.
Domicílio legal, necessário ou obrigatório – “é aquele que a lei impõe a determinadas pessoas, que se encontram em dadas circunstâncias”.(4)
Regra: domicílio voluntário. Art. 78 CC
Exceção: domicílio legal, necessário ou obrigatório, art. 76 CC
Art. 72, CC - Algumas pessoas tem mais de uma residência ou tem mais de um domicílio. Isso é possível, pois o Código Civil admite a pluralidade domiciliar. Domicilio múltiplo.
(1) DINIZ, Maria Helena. (2) RODRIGUES, Silvio p. 77. (3) PEREIRA, Caio Mário da Silva p 230. (4) RODRIGUES, Silvio. P. 79

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