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Apostila Direito 2011 02 parte ADM

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EMENTA: Dos Bens. Classificação.
BEM JURÍDICO
Bem é tudo aquilo q satisfaz a necessidade da pessoa. O ar atmosférico é bem, a cadeira é bem, o automóvel é bem, porém nem todos estão em abundância no mundo. O ar atmosférico não trás interesse, pois tem em abundância, já o automóvel não existe em abundância. Portanto, bem ecomonicamente falando tem um outro conceito.
Bens econômicos – são as coisas úteis e raras, pq só elas são suscetíveis de apropriação.
Bem e coisa são usados indiferentemente por alguns autores e, por vezes, pela própria lei. Silvio Rodrigues diferencia dizendo que coisa é o gênero do qual bem é espécie.
Coisa – é tudo aquilo que existe com exclusão do homem. 
O bem para ser jurídico tem que ser tutelado pela lei. 
Bem jurídico pode ou não ser valorado em dinheiro, apreciável economicamente, bem como podem ter existência material ou não. ex. de bens jurídicos q não tem valor econômico integridade física, a vida, a honra.
Ex. de bem jurídico que possui valor econômico cadeira, direito autoral (este não se corporifica, são os bens incorpóreos).
São chamados de bens não patrimoniais e bens patrimoniais.
Patrimônio – é um conjunto de bens jurídicos valoráveis em dinheiro. 
Classificação dos bens jurídicos:
Bens imóveis e móveis
bens imóveis – é tudo aquilo que não se locomove nem por força própria nem por força alheia. 
Art. 79 – imóveis por natureza – o solo e seus acessórios e adjacências naturais, abrangendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo. 
Não se cogita, nesta classe, senão daquilo que está imobilizado em estado de natureza, independentemente de qualquer artifício ou esforço humano. A condição é a sua fixação ao solo pela raiz. 
A rigor, imóvel por natureza é apenas o solo, pois que as árvores e tudo mais ao terreno são aderentes.
bens móveis – considera-se móvel tudo aquilo que se locomove por força própria (ex. tartaruga) ou por força alheia (ex. giz). A doutrina usou um nome que não está na lei, o bem que se move por força própria é o ser que se move – é o semovente.
b) Bens Fungíveis e Infungíveis. 
Bens fungíveis - Diz-se que são fungíveis os bens que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ex. uma (quantidade) caneta (gênero) bic(qualidade).
Bens infungíveis - Infungíveis, ao contrário, são os que não podem ser substituídos.
É possível que a pessoa torne um bem fungível em infungível, ex. moeda é bem fungível, mas a moedinha nº 1 é infungível.
c) Bens Consumíveis e Não-Consumíveis. (art. 86)
Dizem-se consumíveis os bens que são destruídos na sua substância pelo uso normal, e não-consumíveis aqueles cuja utilização não atinge a sua integridade. Não se deve confundir consumibilidade com deteriorabilidade a que as coisas estão sujeitas. Além das coisas materialmente consumíveis, consideram-se ainda juridicamente consumíveis os bens que não são destruídos pelo uso, mas cuja utilização não pode ser renovada, porque implica na sua alienação. Também são considerados consumíveis bens que são materialmente não-consumíveis, como os livros em uma livraria, onde a disponibilidade em que se encontram traduz a sua consumibilidade jurídica, muito embora sejam coisas que se destroem pelo uso natural. Além desses aspectos, devem ser considerados os efeitos da vontade humana sobre a consumibilidade, para assentar que a intenção das partes pode tornar não-consumíveis coisas naturalmente consumíveis, como se dá com o comerciante que empresta a outro gêneros mercantis para finalidade de exibição apenas, devendo os mesmos lhe ser devolvidos individualmente, e, portanto, não-consumíveis até a sua devolução. A consumibilidade é um atributo da própria coisa, independente de qualquer idéia de relação, enquanto que a fungibilidade implica sempre numa comparação de que resultará a possibilidade de sua substituição por outra, respeitada a identidade de gênero, qualidade e quantidade. 
d) Bens Divisíveis e Indivisíveis.
Diz-se que são divisíveis as coisas que se podem, e indivisíveis as que não se podem partir em porções reais e distintas, por tal arte que cada uma das frações seja um todo perfeito (CC, art. 87).
As coisas podem ser indvisíveis por natureza, por determinação legal ou por vontade das partes. É naturalmente indivisível tudo que se não pode partir sem alteração na sua substância, o que tanto os móveis com o os imóveis. Mas, coisas há, que por natureza são suscetíveis de divisão, e, contudo, a imposição da ordem legal ou a convenção tornam indivisíveis.
Dentre os casos de indivisibilidade jurídica merece consideração especial a questão de repartição dos edifícios.
A Lei 4.591/64, disciplina a divisibilidade dos prédios por planos horizontais, independentemente do número de andares e do material da construção, associada a unidade autônoma à função ideal do solo e coisas comuns.
 De regra, a indivisibilidade é própria dos bens corpóreos; mas o direito estende a idéia aos incorpóreos, admitindo que haja obrigações divisíveis e indivisíveis.
.
f) Bens Principais e Acessórios.
Bem principal – é aquele que existe por si só, tem existência autônoma.
Bem acessório – não tem existência autônoma, ele necessita de outro bem para existir. Ele precisa do bem principal. Todo o que acontecer com o principal vai acontecer com o acessório. O acessório segue a sorte do principal acessorium sequitur principale.
Ex. contrato de locação – a garantia que o locador tem de que o locatário vai cumprir sua obrigação principal, que é pagar o aluguel, é o patrimônio do locatário. A lei permite que o locador exija outra garantia do locatário além do seu patrimônio. Uma dessas garantias permitidas por lei é a fiança, que consiste na apresentação de uma pessoa que vai garantir o locatário. O fiador celebra com o locador um contrato de fiança. Com esse ctr o fiador assume um dever com o locador, que é o de pagar a dívida caso o locatário não faça. Fiança é contrato acessório, para existir a fiança tem que existir um ctr principal. 
Ora, se o acessório segue a sorte do principal, extinguindo a locação, tb termina a fiança.
Em razão de seu caráter subsidiário, a coisa acessória, via de regra segue a principal:. Diz-se via de regra, porque a lei admite que o contrário resulte de um ajuste. 
São classes de acessórios:
fruto;
produto;
rendimento;
benfeitoria.
a) Fruto – é a utilidade que a coisa principal gera periodicamente sem desfalque da sua substância.
Ex.: laranjeira brotou um fruto laranja. Ovo (acessório) e galinha (principal).
Distinguem-se em três categorias: 
a.1) fruto natural – é aquele que a coisa principal gera sem a participação do homem. Ex. manga e mangueira; cachorro e cachorrinho
a.2) fruto industrial – é aquele que só é gerado se há participação do homem, se o homem não atua não há fruto. Ex. produção de uma fábrica.
a.3) fruto civil – para que a coisa principal gera fruto civil tem que ocorrer o que se chama cessão (transferência) do uso da coisa principal. Ou seja, tenho que transferir o uso da coisa principal para alguém, só assim pode ser que se tenha o fruto civil. É necessário tb que seja exigido uma contraprestação. Fruto civil é sinônimo de rendimento. 
Ex.: uso de uma casa é empréstimo se não for exigido uma contraprestação. Se for exigido uma com traprestação é locação, o aluguel é o fruto civil.
Outra classificação dos frutos trazida por Clóvis Beviláqua:
Frutos pendentes – estão unidos à coisa que os produziu;
Frutos percebidos ou colhidos – já forma separados da coisa que os produziu;
Frutos estantes – depois de separados ainda existem armazenados ou acondicionados para venda;
Frutos percipiendos – os que deviam ser, mas não foram percebidos (colhidos);
Frutos consumidos – não existem mais.
b) Produtos – são as utilidades que se retiram da coisa diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente, como, por ex. o carvãoextraído da mina, o petróleo de um poço, pedras da pedreira.
c) Rendimentos – são os frutos civis.
Benfeitorias – obras ou despesas que se fazem em um bem móvel ou imóvel, para conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo. São consideradas acessório.
Existem três espécies de benfeitorias, são elas: art. 96 CC
Voluptuária - § 1º quando a construção visa proporcionar maior prazer (deleite), sem aumentar a utilidade da coisa, embora possa troná-la mais agradável ou aumentar-lhe o valor. Ex. revestimento de mármore um uma casa, construção de um jardim, decoração de um aposento.
Úteis - § 2º tem por fim melhorar a utilização da coisa. Ex. construção de uma garagem.
Necessárias - § 3º quando o propósito é de conservar a coisa, de evitar a sua deterioração ou de poupar-lhe um estrago iminente. Ex. reforma do telhado para que não se danifique.
TEMA 
É possível a pessoa dispor de seu próprio corpo após sua morte? Cedendo-o a uma escola para estudos? Analise face a doação e a venda.
Pode a pessoa vender cabelos e doar sangue?
Analise as duas questões tendo por base a matéria estudada, o art. 199, § 4º CR/88 e a Lei 9.434/97.
BEM DE FAMÍLIA 
Conceito – é o imóvel (casa, apartamento, sítio) que sirva de residência para uma família.
O intuito é de proteger a família.
Existe família em três situações: (art. 226 CR/88)
Casamento
União estável 
Monoparentalidade 
Hoje existem dois tipos de bem de família:
legal – é o regulamentado pela Lei 8.009/90
voluntário – regido pelo CC
Bem de família legal - O imóvel que serve de residência para a família ele hoje, por força de lei, é impenhorável. (Lei 8.009/90) Isso significa q o bem de família não pode ser levado a penhora (Penhora é um ato processual, que encontra-se no instituto da execução).
Ele não responde por dívida. É impenhorável. Não responde por dívidas futuras, se adquire o imóvel já possuindo a dívida ele responde – art. 71 CC
Isso não significa que o bem não possa ser alienado (doado, vendido, trocado).
Bem de família voluntário - Quando a pessoa tem mais de um imóvel a lei 8.009/90 prevê que o bem de família é o imóvel que sirva para residência de menor valor.
Ex.: havendo três casas, uma das casas valor 10 mil, a outra vale 20 mil e a última 30 mil. O primeiro imóvel está vazio, o segundo está alugado e o último é onde a família mora. O imóvel, bem de família impenhorável é o de 30 mil, pq bem de família é aquele q sirva para residência da família.
Pela lei é o de menor valor que vai caracterizar bem de família ar. 5º e par. Único da Lei 8.009/90. Mas, a Segunda parte do art e o CC permite que através de escritura pública levada a registro (RGI) eleja outro imóvel como bem de família. Nestes casos a pessoa perde o bem de família legal e terá proteção do bem de família voluntário.
Pela leitura do parágrafo único do art. 5º da lei 8.009/90, chega-se a conclusão que a lei não revogou o CC.
Viúva não tem família, portanto não tem bem de família. Porém, existe controvérsia e só a situação concreta vai dizer se o bem vai responder pelo dívida. Se, por exemplo, a dívida tiver sido contraída na constância da família o bem não responde. É também possível encontrar o argumento de que a viúva continua tendo proteção do bem de família, pois após a morte do cônjuge ela necessita de maior proteção que antes.
Irmãos que perdem os pais em acidente automobilístico ficam morando na mesma residência que antes residiam com os pais, não formam família, terão direito a proteção do bem de família?
União entre homossexuais não tem família, terão eles bem de família?
A impenhorabilidade recai também sobre os bens móveis, par. único do art. 1º e do art. 2º da lei 8.009/90. Porém, a lei disse menos que deveria dizer, pois só tratou do locador e do proprietário do imóvel, deve-se entender também o comodatário e o usufrutuário do bem imóvel.
Exceção quanto a impenhorabilidade do bem móvel – art. 2º da lei 8.009/90.
Exceção quanto a impenhorabilidade do bem imóvel – art. 3º da lei.

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