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IED II 2° Estágio

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INTRODUÇÃO AO DIREITO II – 2ª ESTÁGIO
MONITORA: BRENDA DE ARAÚJO MARSON
EMAIL: BRENDA.MARSON@HOTMAIL.COM
PROFESSOR: PETRONIO BISMARCK 
VIGÊNCIA E EFICÁCIA NORMATIVA
 Noção conceitual de vigência: É a qualidade da lei em vigor. Lei vigente
é lei pronta. ( força)
 Noção conceitual de eficácia da lei: É a aptidão para produzir efeitos na
sociedade. (efeito)
 Efeitos da norma jurídica:
1. Efeito jurídico: Toda norma jurídica produz. Basta que a norma tenha
vigência.
2. Efeito social: Nem toda norma jurídica produz. Entram na ordem jurídica,
mas são descumpridas.
VIGÊNCIA E EFICÁCIA NORMATIVA
 Graus:
1. Plena/real: Quanto maior for o seu cumprimento.
2. Relativa: Quanto menor for o seu cumprimento.
 Inicio da vigência normativa
Temos 5 hipóteses de inicio da vigência normativa. ( L.I.N.D.B.)
I. Está no art. 1º, caput: “ Salvo disposição contrária(...)”  Significa quando a lei
disser expressamente a data de inicio de sua vigência. (REGRA)
II. Está no art.1º, caput: “ (...) a lei começa a vigorar em todo país 45 dias depois
de oficialmente publicada.  Se a lei for omissa na data de inicio de sua
vigência, toma-se 45 dias. ( EXCEÇÃO)
VIGÊNCIA E EFICÁCIA NORMATIVA
III. Está no art. 1º, parágrafo 1º : “(...) Estados estrangeiros (...) quando
admitida (...) inicia 3 meses depois de oficialmente publicada.  A primeira
condição é a admissão e a segunda condição é quanto ao lapso temporal.
A lei de um lugar é admitida em outro decorrente dos tratados, acordos,
convenções.
IV. Está no art. 1º, parágrafo 3º: “ Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer
nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e
dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.”
V. Está no art. 1º, parágrafo 4º: “ As correções a texto de lei já em vigor
consideram-se lei nova.”
 Vacatio Legis: É o tempo que medeia a publicação da lei e o inicio de sua
vigência. Leis imediatas são desprovidas de vacatio legis.
CESSAÇÃO DA VIGÊNCIA NORMATIVA
 Noção conceitual: Quando uma lei for criada para reger determinados
casos for exista. É tirar o vigor da norma, tornando-a sem efeito.
 Causas intrínsecas: de dentro, própria.
1. Decurso de tempo: Ocorre quando decorre o tempo para o qual a lei foi
elaborada. ( “ ad tempu” ) Ex.: Lei orçamentaria  anual
2. Consecução do seu fim: Quando a lei atinge o fim a que se destina. Ex.:
Quando a lei diz que o governador anula o concurso de professor.
Quando esse concurso foi anulado a lei atinge o seu fim.
3. Cessação de estado: Quando a lei se destina a disciplinar situação de
estado de sitio, de defesa, etc. Ex.: Guerra.
CESSAÇÃO DA VIGÊNCIA NORMATIVA
4. Caducidade: A lei fixa o prazo em seu texto para o termino de sua
vigência. Ex.: Lei que determinou data certa para que as pessoas
entregassem as armas de fogo.
5. Desuso: Se dá quando a lei for regularmente desobedecida e/ou não
aplicada pela autoridade judicial. Ex.: Por muito tempo teve a vigência o
crime de adultério , mas passou muito tempo sem ninguém sem punido.
6. Costume negativa: Consiste na omissão que se dá porque os fatos
regulados pela lei não mais ocorre, ou porque o objeto protegido pela lei não
mais existe. Ex.: Lei que proíbe amarrar cavalo no palace hotel.
o Obs.: A norma jurídica geralmente tem caráter permanente, só perdendo
a sua vigência por causas extrínsecas.
CESSAÇÃO DA VIGÊNCIA NORMATIVA
 Causas extrínsecas:
1. Não recepção constitucional: Dar-se a perda da vigência pela não
recepção quando da feitura de lei constitucional que não recepciona os
termos de norma infraconstitucional. É uma espécie de revogação tácita
motivada pelo conflito normativo. Ex.: no CC/16 dizia que a capacidade
era alcançada as 21 anos; a CF mudou para 18 anos.
2. Revogação: Tirar o vigor da norma jurídica, e via de consequência a sua
obrigatoriedade. ( perde o efeito )
 Espécies de revogação quanto à extensão
a) Ab-rogação: Consiste na supressão total da lei, isto é, revoga todos os seus
termos.
b) Derrogação: a lei nova suprime apenas parte da lei.
CESSAÇÃO DA VIGÊNCIA NORMATIVA
 Espécies de revogação quanto a natureza do ato
a) Expressa: Quando a lei nova disser expressamente que lei ou quais artigos 
de uma lei esta revogando. 
b) Tácita: Ocorrerá quando a lei nova, não dizendo expressamente qual a lei 
que está revogando, tratar da mesma mateira de forma conflitante. Ex.: 
No CC/16 dizia que o adotado não era sucessor do adotante se este 
tivesse filho legitimo. A CF não recepcionou, porque ela diz em ser art. 227 
que não há qualquer distinção entre filhos.
CESSAÇÃO DA VIGÊNCIA NORMATIVA
 Critérios para revogação
1. Critério hierárquico: “Lei superior revoga lei inferior." Aquela que tem por
base a superioridade de uma fonte de produção jurídica sobre outra. Ex.:
Lei constitucional revoga lei infraconstitucional.
2. Critério cronológico: “Lei posterior , revoga lei anterior.” Lei nova revoga lei
velha.
3. Critério de especialidade: “Lei especial revoga lei geral.”
o Uma norma é especial se possuir em sua definição legal todos os
elementos típicos da norma geral e mais alguns de natureza objetiva ou
subjetiva denominados especializastes.
OBRIGATORIEDADE DA LEI
 A obrigatoriedade da lei é consequência natural da sua vigência
decorrendo do caráter imperativo do direito estando diretamente
relacionada com a sua natureza jurídica de ordem pública ou de ordem
privada.
 Ordem pública: É aquela que tem natureza obrigatória ou mesmo
proibitiva , impondo-se até contra a vontade daquele que tem o direito ou
a garantia legal ao seu favor. Ex.: Não se pode renunciar seu salário.
 Ordem privada: É aquela cujo conteúdo tem natureza permissiva ou
meramente dispositiva, uma vez que é regido pelo princípio da autonomia
da vontade. Ex.: Adoção, casamento.
OBRIGATORIEDADE DA LEI
 Princípio vigente na ordem jurídica brasileira – “ nemo jus ignorare
censertur” . Ninguém se excursa de cumprir a lei alegando que não a
conhece.
 Fundamento: Esse princípio tem fundamento segundo a doutrina numa
necessidade social.
 Opiniões doutrinárias:
a) Fictio Iuris ( Ficção do direito)  Diz não ser possível acreditar que todos
tem o conhecimento da lei, ou melhor, que alguém conheça todas as leis.
b) Presunção do direito  Entende ser necessário aceitar que todos tenham
o conhecimento da lei quando esta é tornada publica , isto é, atende
princípio da publicidade, pois é a única forma de tornar a lei obrigatória.
OBRIGATORIEDADE DA LEI
 Principais consequências desse princípio
1. Error juris: “Erro do direito.” Conhecimento equivocado de uma lei. No C.C o
erro juris não causa anulabilidade do negócio e no C.P não exclui
responsabilidade penal.
2. Erro material: Está ligado ao erro na expressão, na formulação de petições,
sentenças, decisões judiciais. Está ligado ao C.P.C e ao C.P.P . O erro pode ser
corrigido a qualquer momento.
 Teorias sobre a obrigatoriedade da lei
a) Teoria da autoridade  considera a obrigatoriedade da lei uma simples
decorrência da força nela contida, em razão do poder de império do Estado.
(o fundamento é a força)
b) Teoria da valoração  é aquela que subordina a obrigatoriedade da lei ao
seu conteúdo ético, ou seja, conteúdo axiológico. (o fundamento é o juízo de
valor)
OBRIGATORIEDADE DA LEI
c) Teoria contratualista  é aquela que entende que a lei é obrigatória se e
enquanto os que devem obedece-la concorrem para a sua formação. ( tem
por fundamento a participação) Ex.: forma direta: iniciativa popular ; forma
indireta: pela votação através dos representantes.
d) Teoria neocontratualista  Condiciona a obrigatoriedade da lei à adesão
ou reconhecimento dos que lhe são subordinados. (tem por fundamento a
vontade).Ex.: Contrato pronto, a pessoa não manifesta sua vontade.
e) Teoria positivista  Consiste o último elo de uma corrente que vai da sua
propositura até o inicio da sua vigência. Não haveria sentido elaborar uma
norma jurídica e não atribuir obrigatoriedade de cumprimento. (o
fundamento é o positivismo jurídico)
APLICAÇÃO DA LEI
 Obedece o procedimento sequencial e lógico que vai do fato até a
decisão sobre ele. É um momento ímpar para o interprete aplicador e
para aqueles a quem sua decisão irá alcançar. Compreende as seguintes
etapas:
1. Diagnose do fato  É o conhecimento, resumo das características e
classificação do caso concreto; constitui tarefa preliminar de definição do
fato e estudo da questio facti ( fato jurídico, ocorrência, caso concreto ,
ou seja, o que ocorre no mundo do ser). É o acontecimento, aquilo que se
deu na realidade e que aguarda aplicação da lei, devendo para tal o
interprete aplicador:
a) considerar a narrativa apresentada pelas partes e testemunhas;
b) Examinar cuidadosamente as provas materiais (laudos, pericias,
pareceres)
c) Firmar um diagnostico sobre o fato.
APLICAÇÃO DA LEI
2. Diagnose do direito  Consiste na indagação que o interprete aplicador
faz sobre a existência de lei que discipline a questio facti. É, portanto, a
questio juris.
3. Crítica formal  Encontrada a lei de possível aplicação a questio facti, o
interprete verá se ela tem todos os elementos (requisitos formais) que
disciplinem o ato/fato.
4. Crítica substancial  Nesta o interprete aplicador irá voltar sua atenção
para o conteúdo matéria ou teor do ato legislativo buscando:
o Ter certeza de que o poder legiferante era competente para editar o ato.
Ex.: o poder legiferante estadual não legisla sobre direito criminal.
o Se a lei é constitucional ou não.
Obs.: O interprete deverá alegar a inconstitucionalidade de lei, quando disso tiver
convicção; qualquer um pode alegar a inconstitucionalidade de lei quando da defesa
de seus interesses, e o STF é a quem compete declarar a inconstitucionalidade de lei.
APLICAÇÃO DA LEI
o Se a lei é taxativa ou meramente dispositiva :
TAXATIVA : imperativa, obrigatória, cogente. Se opõe a DISPOSITIVA:
permissiva, facultativa.
TAXATIVA : exaurimento, acabar, de ser conclusivo. Com oposto de
exemplificação
Ex.: Art. 3º, C.C são absolutamente incapazes: menores de16 anos, enfermos
mentais e transitórios. ( só esses são incapazes – enunciado exaustivo )
Ex.: C.P.C. art. 585 são títulos executivos extrajudiciais ( TODOS os que estão
citados e todos os outros . – enunciado exemplificativo)
APLICAÇÃO DA LEI
 Interpretação da lei  é a fase de interpretação do próprio direito
consistindo em descobrir ou desvendar o sentido e o alcance do direito
contido na norma jurídica.
 Aplicação da lei  Segue a forma de um SILOGISMO consistente naquele
argumento ou raciocínio lógico formado por três proposições: premissa
maior, premissa menor e conclusão.
a) Dar-se uma operação lógica;
b) Há estimação pessoal do juiz (juízo de valor);
c) Tendo por premissa maior a questio iuris (lei);
d) Como premissa menor a questio facti (fato, acontecimento);
e) Conclusão (sentença, acórdão ou decisão interlocutória).
LEI X COSTUME
 Quanto à origem
1. A lei é certa e determinada. Sabe-se quem e quando foi elaborada
2. O costume é incerto. Começa com uma pessoa e vai se expandindo a
medida que conquista novos adeptos. (hábito social)
 Quanto à extensão
1. A lei é genérica. Reveste-se do princípio da universalidade da lei.
2. O costume é particular, regionalizado.
 Quanto à forma
1. A lei é, em regra, escrita. ( exceção: common law)
2. O costume é não escrito.
LEI X COSTUME
 Quando à vigência
1. A lei vigora até que venha a perder sua força por causas intrínsecas e
causas extrínsecas.
2. O costume perde a vigência pelo desuso.
 Quanto aos efeitos
1. A lei erga omnis, sendo de aplicação universal e seus efeitos alcançam a
todos que estejam em igual situação jurídica nela prevista.
2. O costume opera-se pela repetição habitual de um comportamento por
um certo período de tempo, exigindo que haja consciência social da
obrigatoriedade desse comportamento.
DISTINÇÕES -JUS COGENS X JUS 
DISPOSITIVUM
 JUS COGENS  direito cogente, obrigatório, em regra sancionatório.
o Tutela o interesse geral – bem comum.
o Protege a personalidade e a família. ( vida, liberdade, nome, honra, etc.)
o Sua violação poderá resultar em nulidade
o Não há renuncia
 JUS DISPOSITIVUM  Se funda na autonomia da vontade onde as pessoas
exercitam uma faculdade respeitando os limites legais.
o Tutela o interesse das partes
o Pode ser objeto de renuncia e transação
o Prevalece a vontade das partes respeitados os limites legais
DISTINÇÕES
 Normas rígidas  São aquelas que dizem o que fazer; como fazer ou agir; 
cabe ao juiz aplicar e às pessoas, cabe obedecer.
 Normas elásticas  Nesta a lei dá apenas uma diretiva geral. Concede ao 
interprete aplicador a faculdade de constituir, modificar, aperfeiçoar o 
direito discutido na lide (caso processual). Para tanto autoriza o juiz a 
aplicar conceitos tais como dolo, culpa, abuso de direito, simulação, boa 
fé, má fé etc.
DISTINÇÕES
 Natureza imperativo  Em regra a lei é imperativa atributiva. Porém, as
vezes a lei dá uma de suas faces expressa e a outra subentendida.
Ex.: “ o proprietário poderá levantar em seu terreno as construções que lhe
aprouver.”
o Atribuição: o direito de construir
o Imperativo: retira o direito de que outra pessoa o impeça de construir.
 Imperativo expresso e atribuição implícita
É o que ocorre, em regra, com as normas de direito penal de natureza
incriminatória.
Ex.: art. 121 não matar alguém. (homicídio)  nesse caso está expresso a
imperatividade. A lei penal sempre trás um imperativo.
DISTINÇÕES
 Normas jurídicas quanto a intensidade da sanção
1. Normas mais que perfeitas  são aquelas que estabelecem ou autorizam
a aplicação de mais de uma sanção da hipótese de serem violadas
Ex.: Art.19 – Lei de alimentos: prisão do alimentante inadimplente além da
obrigação de pagar as parcelas vencidas e vincendas.
2. Normas perfeitas  São aquelas que trazem em seu conteúdo apenas a
previsão de nulidade ou anulabilidade do ato ou negócio jurídico.
Ex.: Art. 61, I do C.C. (“É nulo o ato praticado por pessoa absolutamente
incapaz”.) – a sanção é a nulidade.
Ex.: Art. 171,I do C.C (“É anulável o ato praticado por pessoa relativamente
incapaz.”)
DISTINÇÕES
3. Normas menos que perfeitas  preveem a aplicação de uma sanção ao
violador sem a declaração de nulidade ou anulabilidade do ato.
Ex.: art. 1521, I do C.C “ não podem casar: I – os ascendentes com
descendentes seja o parentesco natural ou civil.”
Ex.: art. 1641, I do C.C “ é obrigatório o regime de separação de bens no
casamento: I – das pessoas que contraírem com inobservância das causas
suspensivas da celebração do casamento.”
o Há que se combinar as duas leis. Há uma sanção, mas não há nulidade. É
obrigatório a separação de bens do casamento das pessoas que não
podem casar. Há a sanção, que é a separação de bens, mas não há a
nulidade do casamento.
DISTINÇÕES
4. Normas imperfeitas  a violação dessa norma não acarreta qualquer
sanção ou consequência jurídica.
Ex.: violação da norma constitucional. ( a CF não tem sanção.)
Ex.: No art. 814 C.C diz não haver obrigação decorrente de dividas de jogo e
dividas prescritas.
NULIDADE PENALIDADE
Mais que perfeitas  ok  ok
Perfeitas  ok -
Menos que perfeitas -  ok
Imperfeitas - -
LACUNAS DA NORMA JURÍDICA
 Sistema jurídico: Se caracteriza pela onipresença e completude, não havendo
que se falar em lacuna sistêmica.
 Falhas na norma jurídica (lacunas) as normas jurídicas podem apresentar
lacunas (omissões e antinomias) que todavia podem ser colmatadas através
de instrumentos disponibilizados pelo próprio sistema. Tais lacunas podem se
apresentar:
1. Quando a lei der ao interprete aplicador apenas uma orientação geral,
cabendo-lhe estimar cada caso concreto. (fazer um juízo de valor)
2. Quando o próprio critério estimativo legal estiver expresso na norma. Ex.: usou
de simulação, abusou do direito, agiu com dolo, má fé.
3. Quando a norma jurídica for absolutamente omissa sobre a questio facti.
4. Quando existir contradição frontal (conflito – antinomia jurídica) entre os
dispositivos legais a ponto de todos se tornarem ineficazes.
LACUNAS DA NORMA JURÍDICA
 Integração: É o meio através do qual o interprete aplicador colmata
(preenche) a lacuna encontrada fazendo uso, necessariamente, de todos
os meios disponibilizados em lei.
 Processo de integração: segue uma ordem lógica buscando a lacuna e
proceder a colmatagem:
o Exame do sistema jurídico como um todo na busca da norma a ser
aplicada a questio facti;
o Interpretação de todas as normas jurídicas encontradas com base em
técnicas e métodos conhecidos;
o Concluindo a inexistência da lacuna o interprete aplicador decidirá a
questio facti;
o Defrontando-se com a lacuna o interprete aplicador partirá para a sua
colmatagem.
LACUNAS DA NORMA JURÍDICA
 No art. 4º da L.I.N.D.B. estão os recursos técnicos que podem ser utilizados
para a colmatagem da lacuna encontrada na norma.
“ Quando a lei for omissa o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais do direito.”
 Analogia  consiste em aplicar a caso não previsto em lei a mesma
norma aplicada a caso previsto desde que haja semelhança entre eles.
o Obs1.: ser semelhante significa guardar identidade de razão;
o Obs2.: a analogia é uma espécie de indução incompleta (parte do
particular para o particular)
o Obs3.: destinada a aplicação do direito, a analogia não é fonte formal
porque não cria norma jurídica.
LACUNAS DA NORMA JURÍDICA
o Obs4.: o trabalho do interprete na analogia é investigativo. O interprete 
procura na analogia a identidade de razão.
o Obs5.: na analogia o interprete não ultrapassa os limites do direito positivo, 
uma vez que o que ele aplica é uma norma existente.
o Obs6.: A analogia desenvolve um princípio lógico “ ubi eadem ratio ibi 
eadem legis dispositivo esse debet” (onde há a mesma razão deve-se 
aplicar o mesmo dispositivo legal)
 Fundamentos da analogia
1. Aquela que tem o legislador e o interprete de dar harmonia e coerência 
ao sistema jurídico.
2. Aquela que tem o legislador e o interprete aplicador de promover a 
igualdade jurídica. 
LACUNAS DA NORMA JURÍDICA
 Procedimento analógico  a analogia pressupõe uma grande percepção
e um profundo sentimento ético do aplicador do direito, devendo
obedecer a dois passos:
1. Constatação: é de natureza empírica. Dando-se pela experiência , por
comparação.
2. Juízo de valor: capaz de mostrar a relevância nas semelhanças sobre as
diferenças.
Ex.: transporte de cargas por linha férrea tem uma lei que disciplina, já o
transporte de carga por rodovia não. Faz uma comparação de forma
empírica. Forma-se um juízo de valor, isto é, decide que há uma identidade
de razão na essencialidade dos dois casos. Essa identidade de razão chama-
se transporte de cargas. Esse é o procedimento analógico.
LACUNAS DA NORMA JURÍDICA
 Classificação da analogia  Para fins de aplicação do direito a analogia tem
duas espécies:
1. Analogia legis (legal): é aquela que aplica a norma a casos não previstos em
lei, mas que com ela guardam identidade de razão sob a invocação do
princípio jurídico segundo o qual se presume que o legislador daria o mesmo
tratamento.
2. Analogia iuris: está compreende um procedimento muito mais amplo, uma vez
que não há uma só norma possível de aplicação a questio facti, devendo o
interprete aplicador extrair os argumentos dominantes de um conjunto de
normas e até dos princípios constitucionais.
Ex.: quando o STF decidiu favoravelmente a união estável das pessoas do mesmo
sexo; Não há uma norma que se destine a isso; o fez baseado não na lei, mas em
dois princípios constitucionais: o da igualdade jurídica e da dignidade da pessoa
humana.
LACUNAS DA NORMA JURÍDICA
 Argumentos analógicos  Ante a lacuna, o interprete recorre aos 
argumentos analógicos que estão agrupados de três formas distintas:
1. “Argumentum a simili ad simili” : significa semelhante pela semelhança. 
Guarda identidade de razão – ratio legis. Onde o interprete deve atentar 
para:
o Não fundar sua conclusão em semelhanças raras e secundárias;
o Não esquecer as diferenças;
o Não confundir as conclusões prováveis e problemáticas com as certas 
fundadas na indução ou na dedução.
LACUNAS DA NORMA JURÍDICA
2. “Argumentum afortiori”: determinado objeto fortalece outro
 Espécies
a) “A maiori ad minus” – quem pode o mais pode o menos. Ex.: Se pode
emprestar dinheiro a juros de 6%, pode então, fazê-lo por menos.
b) “A minori ad maius” – do menor para o maior. Consiste em passar da
validade de uma disposição normativa menos extensa para outra mais
ampla, carecendo de um juízo de valor. Ex.: é proibido pisar na grama.
Pode arrancar a grama? Não! Se a lei proíbe o menos, com maior razão
proíbe o mais.
3. “ Argumentum a contrario” – funda-se no fato de que sendo objeto diverso
de outro, em algumas notas também o será quanto a sua natureza, que
estabelecerá a diferença entre eles. É argumento de oposição ao
argumentum a simili ad simili. ( expressis verbis - vale o que ta escrito).
LACUNAS DA NORMA JURÍDICA
 DISTINÇÕES
a) Analogia  Esta se conclui de determinadas semelhanças para outras
semelhanças, caracterizando a identidade de razão em função da ratio
legis. A norma não tem como prever todos os casos, por isso tem que ir
além, mas todos os casos são previstos dentro do ordenamento.
b) Interpretação extensiva  é aquela em que o interprete aplicador
estende o sentido ou o alcance da norma jurídica, porque esta diz menos
do que deveria dizer
Ex.: Todo homem é sujeito de direitos e obrigações na ordem civil. (homem ai
é o gênero de ser humano) – há uma extensão da vontade da lei, ou seja, é
ratificado aquilo que ela quis dizer. Sendo assim, a interpretação extensiva
não ultrapassa o limite da norma.
LACUNAS DA NORMA JURÍDICA
 Não admitem analogia
o Leis fiscais  não admitem analogia porque são editadas em um exercício 
para ter vigência no exercício seguinte, ademais carece de um fato 
gerador. Ex.: qual o fato gerar de declarar imposto de renda? Ter renda.
o Leis excepcionais  uma vez que são editadas em estado de exceção ou 
anormalidade.
o Leis penais incriminadores “ in malam partem” (para o mal da parte). Só 
se permite analogia a lei penal incriminadora “ in bona partem”.
BOA PROVA !!!
MONITORA: BRENDA DE ARAÚJO MARSON
EMAIL: BRENDA.MARSON@HOTMAIL.COM

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