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GEOGRAFIA E 
RECURSOS HÍDRICOS 
 
2º semestre / 2012 
AULA 3 
Prof. Luiz F P Barros 
IGC – UFMG 
Departamento de Geografia 
GESTÃO DE RECURSOS 
HÍDRICOS 
Processo que têm por objetivo final 
– promover o inventário, uso, controle e proteção dos 
recursos hídricos 
– Viabilizar a apropriação equilibrada dos recursos 
hídricos em relação à oferta existente 
evitar a super-exploração, a escassez e a 
degradação dos estoques hídricos em quantidade e 
qualidade 
POLÍTICA DAS ÁGUAS 
princípios que conformam as aspirações sociais 
e/ou governamentais quanto a regulamentação ou 
modificação nos usos, controle e proteção dos 
recursos hídricos 
 
PLANO DE ÁGUAS 
estudo prospectivo que busca adequar o uso, o 
controle e o grau de proteção dos recursos 
hídricos às aspirações expressas formal ou 
informalmente na Política das Águas, através da 
coordenação, compatibilização, articulação e/ou 
projetos de intervenções 
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DAS ÁGUAS 
conjunto de organismos, agências e instalações 
governamentais e privadas, estabelecido com o 
objetivo de executar a Política das Águas através 
do Modelo de Gerenciamento das Águas adotado 
e tendo por instrumento o Plano das Águas 
PLANO NACIONAL DE RECURSOS 
HÍDRICOS (MMA, 2006) 
Vol. 1: Panorama e estado dos recursos 
hídricos no Brasil 
Vol. 2: Águas para o futuro: cenários para 
2020 
Vol. 3: Diretrizes 
Vol. 4: Programas nacionais e metas 
MODELO SISTÊMICO DE INTEGRAÇÃO 
PARTICIPATIVA 
Planejamento estratégico por bacia hidrográfica 
Tomada de decisão através de deliberações 
multilaterais e descentralizadas 
Estudo de cenários alternativos futuros de uso e 
proteção da água, permitindo o plano de longo 
prazo 
Crescimento econômico, equidade social e 
sustentabilidade ambiental 
GESTÃO DE RH NO BRASIL 
Disponibilidades e demandas 
– A disponibilidade de águas doces em cursos d’água no 
Brasil é de 182.170 m3/s, ou 5.744 km3/ano (Freitas e 
Santos, 1999): 
53% das vazões médias anuais da América do Sul e 
13,8% do total mundial 
– A Bacia Amazônica corresponde a 73% do potencial 
hídrico do país 
– Há 47.903 km de vias navegáveis (UFV-MMA, 1998) 
Disponibilidades e demandas 
Disponibilidade hídrica relativamente elevada, 
sendo mais de 2.000 m3/hab/ano na maior parte 
das unidades da federação 
Estudos da ONU indicam que entre 1950 e 2000 
a disponibilidade hídrica per capita decresceu 
cerca de 400% no Brasil, enquanto na Europa 
esse índice foi 13 vezes menor 
Os dados disponibilidade hídrica anual não 
refletem as grandes flutuações sazonais e 
interanuais, bem como a qualidade das águas 
Disponibilidades e demandas 
O volume de água subterrânea estocado no país 
é de cerca de 112 trilhões de m3, cerca de 20 
vezes a descarga média anual dos nossos rios 
(Freitas, 1997) 
Cerca de 61% da população brasileira se 
autoabastece com água subterrânea, sendo 43% 
por meio de poços tubulares, 12% por meio de 
fontes ou nascentes e 6% por meio de poços 
escavados ou cacimbas (IBAMA, 2002) 
O principal uso de água no país e no mundo é a 
irrigação, respondendo por cerca de 70% das 
demandas 
Principais problemas na gestão 
de RH no Brasil 
Ineficiência de políticas, ações e investimentos 
Paradigma do aumento contínuo da oferta 
Ênfase em balanços entre oferta e demanda, 
geralmente superestimada por incorporar os 
desperdícios e a ineficiência do setor de 
abastecimento de água 
– vazamentos: em média de 40% a 60% nas unidades 
da Federação, enquanto a média aceitável 
internacionalmente é 10% 
Principais problemas na gestão de RH no Brasil 
Falta de planos de ação e de metas 
plurianuais elaborados com rigor técnico e 
informações adequadas, e que sejam 
efetivamente aplicados, monitorados e 
fiscalizados 
Padrão cultural obsoleto quanto às 
questões hídricas 
Sub-utilização das águas pluviais e dos 
esgotos tratados 
Principais problemas na gestão de RH no Brasil 
Sub-valorização das águas subterrâneas nas 
políticas públicas e nas ações de saneamento 
básico 
– Falta de informações hidrogeológicas e a falta 
de controle/fiscalização dos usos 
Fragmentação dos investimentos públicos e não 
consideração de interdependência entre 
organismos públicos e setores usuários 
Falta de compreensão e participação por parte da 
população dos processos decisórios 
Principais problemas na gestão de RH no Brasil 
50% da população urbana e mais de 60% da 
população total não é atendida por coleta de 
esgoto e 90% do esgoto coletado não é tratado 
(REBOUÇAS, 2004) 
Apenas 72% dos domicílios são atendidos por 
coleta de lixo, sendo 90% do lixo depositado em 
lixões (REBOUÇAS, 2004) 
Estrutura legal e institucional da 
gestão da água no Brasil 
Constituição Federal (1988): 
– atribuição de valor econômico à água, 
estabelecimento da bacia hidrográfica como 
base para o planejamento regional, extinção 
do domínio privado da água 
– Estabelecimento de dois domínios da água: 
domínio da União 
domínio dos estados 
Lei das Águas: 9.433/97 
Criação da Política Nacional de Recursos 
Hídricos e do Sistema Nacional de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos 
Concebida com base na experiência francesa de 
gestão de águas iniciada em 1964 
Política Nacional de Recursos Hídricos 
Fundamentos: 
– A água é um bem de domínio público e um recurso 
natural limitado, dotado de valor econômico 
– Em caso de escassez, o uso prioritário dos recursos 
hídricos é o consumo humano e dessedentação de 
animais 
– Priorização dos usos múltiplos da água 
– Adoção da bacia hidrográfica como unidade de 
planejamento 
– Defesa da gestão descentralizada e participativa 
Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos (SNGRH): 
Formulação da Política 
Organismos 
Colegiados 
Administração 
Direta 
Implementação dos 
Instrumentos da Política 
Poder 
Outorgante 
Entidade 
Da Bacia Âmbito 
Nacional 
Estadual 
(MG) 
CNRH MMA / SRHU 
Comitê de 
Bacia 
CERH 
Comitê de 
Bacia 
SEMAD IGAM 
Agência 
de Bacia 
Agência 
de Bacia 
ANA 
Conselho Nacional de Recursos Hídricos 
(CNRH): 
– órgão mais elevado na hierarquia do Sistema, a 
quem cabe decidir sobre as grandes questões 
do setor 
– delibera sobre os projetos de aproveitamento de 
recursos hídricos cujas repercussões 
extrapolam o âmbito dos Estados em que serão 
implantados 
– acompanha a execução e aprova o Plano 
Nacional de Recursos Hídricos e determina as 
providências necessárias ao cumprimento de 
suas metas 
Comitês de Bacia Hidrográfica: 
– Arbitra, em primeira instância administrativa, os 
conflitos relacionados aos recursos hídricos 
– Promove o debate e articula a atuação das 
entidades intervenientes 
– Aprova o Plano de Recursos Hídricos da bacia e 
acompanha sua execução 
– Estabelece os mecanismos de cobrança pelo uso 
de recursos hídricos e sugerir os valores a serem 
cobrados 
– Estabelece critérios e promove o rateio de custo das 
obras de uso múltiplo, de interesse comum ou 
coletivo 
São compostos por representantes do poder 
público, dos usuários das águas e das entidades 
civis de recursos hídricos com atuação 
comprovada na bacia 
Exemplos: 
<<< 
MMA / Secretaria de Recursos Hídricos e 
Ambientes Urbanos (SRHU): 
– Criada em 2007, Substituiu a Secretaria de 
Recursos Hídricos (1995) 
– é voltada à formulação de políticas para o setor 
– presta apoio administrativo, técnico e financeiro 
ao CNRH 
Agência Nacional de Águas: 
– Funcionacomo Secretaria executiva do Conselho 
Nacional de Recursos hídricos 
– elabora o Plano Nacional de Recursos Hídricos; 
administra o Sistema Nacional de Informações sobre os 
Recursos Hídricos do país; efetua a cobrança; articula 
os estados e o DF para a implantação e funcionamento 
dos comitês de bacia e agências da água; treina e 
capacita de técnicos para o setor de recursos hídricos 
Agências de Bacia: 
– Secretaria executiva do(s) respectivo(s) CBH’s 
– Sua criação é autorizada pelo CNRH ou pelos 
Conselhos Estaduais mediante solicitação dos Comitês 
– Funções: 
Propor ao respectivo CBH o enquadramento dos 
corpos d’água, os valores a serem cobrados pelo 
uso, o plano de aplicação dos recursos arrecadados 
e o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de 
interesse comum ou coletivo 
Manter balanço atualizado da disponibilidade de 
recursos hídricos e o cadastro de usuários 
Efetuar a cobrança pelo uso dos recursos hídricos 
Analisar e emitir pareceres sobre projetos e obras a 
serem financiados com recursos gerados pela 
cobrança 
Acompanhar a administração financeira dos recursos 
arrecadados com a cobrança pelo uso da água 
Gerir o Sistema de Informações sobre Recursos 
Hídricos em sua área de atuação 
Elaborar o Plano de RH para apreciação do 
respectivo Comitê 
Instrumentos de gestão 
– Planos de Recursos Hídricos 
– Enquadramento dos corpos d’água em 
classes de uso 
– Outorga de direito de uso dos Recursos 
Hídricos 
– Cobrança pelo uso da água 
– Sistema Nacional de Informações sobre 
Recursos Hídricos 
Planos de Recursos Hídricos 
– Planos diretores para orientar e fundamentar a 
implementação da PNRH e o gerenciamento 
– Elaborados por bacia, por Estado e para o país 
– Principal instrumento para gestão dos recursos 
hídricos 
– Instrumento técnico de apoio ao planejamento das 
ações governamentais em relação ao 
aproveitamento, gestão e conservação dos recursos 
hídricos, direcionado ao desenvolvimento regional 
– Sua elaboração compreende um processo 
participativo e, portanto, reflete os anseios da 
sociedade organizada 
Enquadramento de corpos d’água em classes de uso 
– estabelece o nível de qualidade (ou classe) a ser 
alcançado e/ou mantido em um segmento de corpo de 
água ou aqüífero, de acordo com os usos 
preponderantes pretendidos 
• Levantamento dos usos atuais e futuros das águas da 
bacia 
• Classificação dos cursos d’água em classes de uso: 
envolve a definição da qualidade da água necessária 
para atender aos usos prioritários encontrados 
• Avaliação da qualidade atual das águas, através de 
coleta e análises de amostras 
• Efetivação do enquadramento: a partir de um plano de 
ação que visa com que a qualidade das águas atenda 
aos usos existentes 
– Há 9 classes de águas superficiais no Brasil: especial, 
1 a 4 para água doce, 5 e 6 para águas salinas e 7 e 8 
para águas salobras 
– No caso do enquadramento das águas subterrâneas, 
há 6 classes: Classe especial e classes 1 a 5 
(Resolução CONAMA n. 369/2008) 
– Em função das classes são definidos limites de 
lançamento de resíduos 
Podem ser limites absolutos, como no caso da 
classe especial para águas superficiais 
Nos demais casos são tolerados lançamentos 
desde que não venham a fazer com que os limites 
estabelecidos para as respectivas classes sejam 
ultrapassados 
Resolução CONAMA 357/05 
Outorga do uso da água 
– Assegura legalmente os direitos do usuário da água 
e, ao mesmo tempo, permite controlar e proteger os 
recursos hídricos 
– É um instrumento jurídico que pressupõe o uso 
privativo de um bem público e trata-se de um ato 
administrativo sujeito ao exercício do Poder de 
Polícia 
– Vem sendo aplicada com a fixação de um valor de 
referência que limita a utilização superior do recurso 
– Em estados como Minas Gerais, este valor tem sido 
fixado em função da vazão mínima média, com 7 dias 
consecutivos de duração e tempo de retorno de 10 
anos (Q7,10) 
É fornecida pela ANA e pelos órgãos estaduais de 
gestão de recursos hídricos (ou de gestão ambiental) 
Estão sujeitos a outorga: 
– Exploração de água (sub. ou superficial) para 
consumo, inclusive abastecimento público e irrigação, 
ou insumo de processo produtivo 
– Lançamento, em corpo de água, de esgotos ou outros 
resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não 
– Aproveitamento de potencial hidrelétrico 
– Outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a 
qualidade da água 
– Execução de alguns tipos de obras: 
barramentos e açudes; perfuração de poços tubulares 
profundos; modificações do curso, leito e margens dos rios; 
construção de estruturas de transposição de níveis ou 
travessias; construção de diques; canalização de córregos e 
obras de drenagem de várzeas; construção de estrutura de 
lançamento de resíduos; instalação de turbinas, etc. 
Independem de outorga 
– O uso de recursos hídricos para a satisfação das 
necessidades de pequenos núcleos populacionais 
– As derivações, captações e lançamentos de resíduos 
considerados insignificantes 
– Acumulações de água consideradas insignificantes 
Cobrança pelo Uso da Água 
– Parte do princípio que a água é um recurso 
mineral finito e que possui valor econômico 
associado ao seu valor (ligado ao aspecto da 
abundância ou raridade da água) e aos 
custos necessários para sua disponibilização 
em quantidade e qualidade 
– Os recursos gerados com a cobrança devem 
ser aplicados nas bacias onde foram 
gerados, levando a obras como estações de 
tratamento de água e de esgotos 
– A adoção do Princípio Usuário-Pagador visa mudar 
comportamentos sociais insustentáveis (como o 
desperdício da água) e permitir a geração de recursos 
financeiros que viabilizem ações nas bacias em que 
são gerados 
– A cobrança pode evitar que toda a sociedade pague, 
através de impostos, os benefícios instaurados em 
cada bacia hidrográfica 
Sistema Nacional de Informações sobre 
Recursos Hídricos (SNIRH) 
– Objetivo de reunir, dar consistência e divulgar os 
dados e informações quanti-qualitativos dos recursos 
hídricos no Brasil, subsidiando a elaboração dos 
planos de recursos hídricos 
– Organização, implantação e gestão pela ANA 
Outros instrumentos 
EIA/RIMA 
Zoneamento Ambiental 
Alocação de Usos Múltiplos 
EIA/RIMA 
– Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente 
– Prévia avaliação de impactos causados por um 
empreendimento, visando sua aprovação ou proibição 
– Permite a minimização dos impactos e a internalização de 
pelo menos parte dos custos ambientais nos projetos através 
de medidas como modificações nas obras e monitoramento 
ambiental 
– Segundo o CONAMA, depende da elaboração de estudo de 
EIA/RIMA o licenciamento de atividades modificadoras do 
meio ambiente, entre as quais: 
barragens para fins de saneamento, de irrigação ou hidrelétricos 
acima de 10 MW; abertura de canais de navegação, drenagem e 
irrigação; retificação de cursos de água; abertura de barras e 
embocaduras; transposição de bacias; e diques 
Zoneamento Ambiental 
– Formulação de diretrizes para o planejamento ambiental, 
baseado no levantamento das características ambientais 
de dada porção do espaço, incluindo aspectos do quadro 
físico e humano e os impactos ambientais 
– Associação entre o ordenamento do espaço físico de dada 
região e as diretrizes a serem implementadas em cada 
área proposta no ordenamento, de forma a respeitar-se a 
vocação da área e a conservação dos recursos 
ambientais, visando à manutenção ou à melhoria da 
qualidade de vida 
– Elaborado a partir dolevantamento multidisciplinar 
integrado dos recursos ambientais e da situação 
socioeconômica e cultural, baseado na integração dos 
conhecimentos sobre a estrutura e funcionamento dos 
sistemas naturais 
Alocação de usos múltiplos 
organização lógica dos usos no espaço, 
compatibilizando-se as necessidades e implicações dos 
usos de montante a jusante e minimizando-se conflitos 
(redução da disponibilidade hídrica, poluição, etc.) 
– Em situações graves em que não adianta a 
realocação de usos, há a necessidade de eliminação 
de usos segundo as prioridades 
– Fatores considerados na alocação de usos múltiplos: 
1 - Benefícios coletivos; 2 - Relações inter-usos; 
3 - Escala geográfica e econômica; 4 - Custos e 
interesse; 5 – Riscos 
Plano de Segurança da Água – PSA 
Ferramentas metodológicas de avaliação e 
gerenciamento de riscos à saúde, associados aos 
sistemas de abastecimento de água, desde a captação 
até o consumidor (Org. Mundial de Saúde) 
Facilita a implementação dos princípios de múltiplas 
barreiras, boas práticas e gerenciamento de riscos, 
inseridos na portaria do Ministério da Saúde sobre 
potabilidade da água para consumo humano – Portaria 
MS nº 2.914/2011 
Plano de Segurança da Água... 
Sua implantação justifica-se pelo reconhecimento das 
limitações da abordagem tradicional de controle da 
qualidade da água para consumo humano 
– análises laboratoriais, com métodos demorados e de baixa 
capacidade para o alerta rápido à população, em casos de 
contaminação da água, não garantindo a efetiva segurança para 
consumo humano 
É um importante instrumento para a identificação de 
possíveis deficiências no sistema de abastecimento, 
organizando-o e estruturando-o para minimizar 
incidentes 
Estabelece planos para responder a falhas no sistema 
ou eventos imprevistos, que podem ter um impacto na 
qualidade da água, como as severas secas, fortes 
chuvas ou inundações 
Plano de Segurança da Água... 
Plano de Segurança da Água... 
Plano de Segurança 
da Água... 
Outros marcos legais 
Decreto nº 5.440, de 4 de maio de 2005 
Estabelece mecanismos e instrumentos de informação 
ao consumidor sobre a qualidade da água para 
consumo humano e regulamenta a forma e a 
periodicidade com que tais informações devem ser 
prestadas ao consumidor 
Aplica-se a toda e qualquer entidade pública ou privada, 
pessoa física ou jurídica que realize captação, 
tratamento e distribuição de água para consumo 
humano a uma coletividade 
Outros marcos legais... 
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007 
Estabelece os objetivos e as diretrizes nacionais para o 
saneamento básico 
Determina os princípios fundamentais para os 
prestadores de serviços públicos de saneamento básico 
e os princípios para o exercício da função de regulação 
Estrutura os fatores que devem ser levados em 
consideração para remuneração e cobrança dos 
serviços públicos de saneamento básico, define as 
hipóteses em que os serviços poderão ser interrompidos 
pelo prestador, os requisitos mínimos de qualidade de 
prestação dos serviços e dispõe sobre o controle social 
dos serviços públicos de saneamento básico 
É regulamentada pelo Decreto nº 7.217, de 21/06/2010 
Outros marcos legais... 
Resolução Conama nº 357, de 17/03 de 2005 
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água em 
águas doces, salobras ou salinas e sobre as diretrizes 
ambientais para o seu enquadramento, bem como 
estabelece as condições e padrões orgânicos e 
inorgânicos de lançamento de efluentes de qualquer 
fonte poluidora, vedando tal lançamento quando os 
efluentes estiverem em desacordo com as condições e 
os padrões estabelecidos 
Outros marcos legais... 
Resolução Conama nº 396, de 3 de abril de 
2008 
Dispõe sobre a classificação das águas subterrâneas 
Define procedimentos mínimos a serem adotados nas 
amostragens, análises e no controle de qualidade, para 
caracterização e monitoramento das águas 
subterrâneas 
Outros marcos legais... 
Resolução Conama nº 430, de 13 de maio de 2011 
Dispõe sobre as condições e os padrões de lançamento 
de efluentes, complementa e altera a Resolução 
Conama nº 357, de 17 de março de 2005 
Estabelece que os efluentes de qualquer fonte poluidora 
somente poderão ser lançados nos corpos receptores 
após o devido tratamento e desde que obedeçam às 
condições, padrões orgânicos e inorgânicos, e às 
exigências legais 
Determina que os responsáveis pelas fontes poluidoras 
dos recursos hídricos deverão realizar o 
automonitoramento para controle e acompanhamento 
periódico dos efluentes lançados nos corpos receptores 
Outros marcos legais... 
Portaria nº 2.914, de 12 de Dezembro de 2011 
Dispõe sobre os procedimentos de controle e de 
vigilância da qualidade da água para consumo humano 
e seu padrão de potabilidade 
Não se aplicam à água mineral natural, à água natural e 
às águas adicionadas de sais, destinadas ao consumo 
humano após o envasamento, e a outras águas 
utilizadas como matéria-prima para elaboração de 
produtos (legislações específicas) 
Lei 13.199/99 
Institui a Política estadual de Recursos Hídricos 
e o Sistema Estadual de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos (SEGRH-MG) 
Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos (SNGRH): 
Formulação da Política 
Organismos 
Colegiados 
Administração 
Direta 
Implementação dos 
Instrumentos da Política 
Poder 
Outorgante 
Entidade 
Da Bacia Âmbito 
Nacional 
Estadual 
(MG) 
CNRH MMA / SRHU 
Comitê de 
Bacia 
CERH 
Comitê de 
Bacia 
SEMAD IGAM 
Agência 
de Bacia 
Agência 
de Bacia 
ANA 
Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH/MG 
– Estabelecer os princípios e as diretrizes da Política Estadual de 
Recursos Hídricos a serem observados pelo Plano Estadual de 
Recursos Hídricos e pelos Planos Diretores de Bacias Hidrográficas 
– Aprovar a instituição de comitês de bacia hidrográfica 
– Decidir os conflitos entre comitês de bacia hidrográfica e atuar como 
instância de recurso nas decisões dos comitês de bacia hidrográfica 
– Deliberar sobre projetos de aproveitamento de recursos hídricos 
que extrapolem o âmbito do comitê de bacia hidrográfica; 
– Estabelecer os critérios e as normas gerais para a outorga e sobre a 
cobrança 
– Reconhecer os consórcios ou as associações intermunicipais de 
bacia hidrográfica ou as associações regionais, locais ou 
multissetoriais de usuários 
– Deliberar sobre o enquadramento dos corpos de água em classes 
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e 
Desenvolvimento Sustentável – SEMAD 
– órgão central coordenador do SEGRH-MG 
– aprovar a programação do gerenciamento de recursos 
hídricos elaborada pelos órgãos e pelas entidades sob 
sua supervisão e coordenação 
– encaminhar à deliberação do CERH-MG propostas do 
Plano Estadual de Recursos Hídricos e de suas 
modificações elaborados com base nos Planos Diretores 
de Bacias Hidrográficas de Recursos Hídricos 
– fomentar a captação de recursos para financiar as ações 
e atividades do Plano Estadual de Recursos Hídricos, 
supervisionar e coordenar a sua aplicação 
– prestar orientação técnica aos municípios relativamente 
a recursos hídricos, por intermédio de seus órgãos e 
entidades 
– acompanhar e avaliar o desempenho do SEGRH-MG 
– zelar pela manutenção da política de cobrança pelo uso 
da água, observadas as disposições constitucionais e 
legais aplicáveis 
Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM 
– superintender o processo de outorga e de suspensão de 
direito de uso de recursos hídricos– gerir o Sistema Estadual de Informações sobre 
Recursos Hídricos e manter atualizados, com a 
cooperação das unidades executivas descentralizadas 
da gestão de recursos hídricos, os bancos de dados do 
sistema 
– manter sistema de fiscalização de uso das águas da 
bacia, com a finalidade de capitular infrações, identificar 
infratores e representá-los perante os órgãos do sistema 
competentes para a aplicação de penalidades, conforme 
dispuser o regulamento 
Política Estadual de Recursos Hídricos 
O reconhecimento dos recursos hídricos como bem 
natural de valor ecológico, social e econômico, cuja 
utilização deve ser orientada pelos princípios do 
desenvolvimento sustentável 
A prevenção dos efeitos adversos da poluição, das 
inundações e da erosão do solo 
A compensação ao município afetado por inundação 
resultante da implantação de reservatório ou por 
restrição decorrente de lei ou outorga relacionada com 
os recursos hídricos 
O reconhecimento da unidade do ciclo hidrológico em 
suas três fases: superficial, subterrânea e meteórica 
A gestão sistemática dos recursos hídricos, sem 
dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade 
Unidades de Planejamento e Gestão 
de Recursos Hídricos - UPGRH 
Unidades físico-territoriais, que apresentam identidade 
regional dada por aspectos físicos, sócio-culturais, 
econômicos e políticos 
Objetivos 
– Identificação de áreas específicas para embasar a 
implantação de instrumentos da PERH e a gestão 
descentralizada desses recursos 
– Orientação do planejamento da formação dos comitês de 
bacia e outras formas de organização dos usuários da água 
– Referência para elaboração de planos diretores, programas 
de desenvolvimento e outros estudos regionais 
– Contribuição no planejamento de outras ações do Estado 
Os códigos foram dados a partir das bacias hidrográficas de rios de domínio da União 
UPGRH... 
Procedimentos metodológicos 
Compilação de estudos feitos pela COPASA, CETEC, 
FEAM, IBGE, RURALMINAS, dentre outros. 
Primeira divisão (prioridade para os aspectos físicos): 
– Caracterização climática baseada na distribuição 
temporal de chuva 
– Potencial hídrico representado pela vazão específica 
média de longo período 
– Principais sistemas aqüíferos como indicador do 
potencial hidrogeológico 
– Unidades de solos 
– Relevo predominante, representado pela porcentagem 
da declividade média da área 
UPGRH... 
Reavaliação e subdivisão em função do processo da 
ocupação humana: 
– Índice de Qualidade das Águas (IQA) 
– Contaminação por tóxicos 
– Análise de aspectos socioeconômicos 
– Definição de um número máximo de 50 municípios 
por unidade 
viabilizar uma administração eficiente, facilitar a 
representatividade dos integrantes nos fóruns de 
decisão

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