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O desenvolvimento histórico das práticas de saúde nas culturas antigas Orientadora: Ângela Góes UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA – DCV CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ENFERMAGEM Graduandos: Alexandro Verçosa Danilo Carvalho Isac Ribeiro Reinaci Rosa TEMPOS ANTIGOS • Não há grande conhecimentos sobre a enfermagem e os cuidados de saúde nos tempos antes da Era Cristã. Conhecimentos sobre a enfermagem encontram-se embutidos na medicina e na farmacologia. • Escritas nas paredes de cavernas, papiros, ruínas de antigas cidades, escrituras antigas nos dão um parâmetro sobre o cuidar daquela época, por conseguinte, tratados sobre juízos médicos, são os sustentáculos para um melhor embasamento das atitudes instintivas antigas. AS PRATICAS DE SAÚDE INSTINTIVAS Notabilizada pelo ato do cuidado familiar nos povos nômades primitivos, essas medidas profiláticas foram conceituadas pelas concepções evolucionista e teológica. AS PRÁTICAS DE SAÚDE MÁGICO- SACERDOTAIS • Almeja conceituar o relacionamento místico entre o empirismo teológico e as medidas profiláticas primitivas mediadas por sacerdotes templários. Tal época marca total abstinência da metodologia dedutiva da ciência, aferida antes do surgimento da indagação filosófica e do método científico. • Essa fase tem seu apogeu antes do nascimento do questionamento filosófico que aparece por volta do século V A.C. AS PRÁTICAS DE SAÚDE NA GÊNESE CIENTIFICA • Associa os avanços das práticas de saúde com o nascimento da filosofia e à evolução da ciência, no período em que estas fundamentavam-se no binômio causa- efeito. • Tem início no quinto século A.C. prolongando-se até os primeiros anos da Era Cristã. AS PRÁTICAS DE SAÚDE MONÁSTICO- MEDIEVAIS Tem relação com a contribuição dos meios socioeconômicos e atributos políticos da época para o desenvolvimento das medidas de saúde. A enfermagem surge nesse período como sendo um trabalho leigo e diferenciado, praticado por sacerdotes cristãos. Compreende o período que vai do século V até o XIII. AS PRÁTICAS DE SAÚDE PÓS-MONÁSTICAS. Demonstra a progressão da Enfermagem inserida em um contexto Renascentista e de Reforma Protestante. AS PRÁTICAS DE SAÚDE DO MUNDO MODERNO. Avalia os avanços profiláticos das áreas de Saúde Pública embasada em uma sociedade capitalista com destaque para o surgimento da Enfermagem como profissão. Dentre as civilizações que mais se destacaram pelo desenvolvimento na área da saúde figuram:Egito; Índia; Palestina; Assíria e Babilônia; Pérsia; China; Japão; Grécia; Roma. Apresentamos algumas das suas características a seguir. ÍNDIA • Documentações existentes no século VI A.C. nos dão um conhecimento sobre o aprofundamento nas ciências médicas que os hindus possuíam, assim como seu zelo incondicional pelo necessitados. O apogeu da medicina e enfermagem nesta sociedade devem-se, em grande parte, a religião Budista, na qual o doutrinas de amor, paciência e compaixão contribuíram para o avanço para essa consciência humanística. • Impressionantes desenhos descrevem com considerável precisão estruturas complexas como junturas, artérias e vasos. Concebiam o sistema cardíaco como centro dos sentimentos e vontades físicas. ÍNDIA • Conheciam antídotos para alguns venenos e utilizavam plantas medicinais. O povo hindu se distinguiram dos povos antigos sobretudo na construção de hospitais e a escolha de enfermeiros. • É mesmo o único país dessa época que fala em enfermeiros e que exige dos mesmo um conjunto de qualidades e conhecimentos pois ideava como atributo de profissionais inteligentes, virtuosos, com grandes conhecimento no preparo de remédios e ética profissional observando o bem estar do paciente em primeiro lugar. • Nos hospitais da Índia havia músicos, narradores de historias e poetas para distrair os doentes. Funcionavam também escolas de medicina. ÍNDIA Alguns médicos hindus descreveram em seus relatos operações cirúrgica a exemplo de catarata, hérnia e cesariana. Estabeleceram normas para o preparo da sala de operações e mencionavam o uso de drogas anestésicas embora ainda rudimentares e seu efeito precário, não deixavam de ser um grande progresso para época. O ensino da enfermagem compreendia questões sólidas como o trato com o paciente, anatomia quanto questões abstratas como astrologia. O período de atividades práticas praticamente inexistia dado as proibições religiosas da dissecação e dos maus tratos com animais, os aprendizes faziam treinamento em folhas e cascas de árvores, frutas e bonecos de argila. Um ponto crucial na atividade de saúde dos hindus era o pioneirismo no ato de prevenção as doenças. CHINA • Os ensinamentos de Susruta (médico hindu) chegaram à China no século III pela abertura de um mosteiro para o qual foram pedidos à Índia sábios e livros. Os sacerdotes de Buda organizaram hospitais com enfermeiros. Construíram hospitais de isolamentos e casas de repouso, além de habilitarem parteiras em instituições precursoras das maternidades. maternidades. Só a cirurgia estacionou, pela impossibilidade da dissecação cadáveres. • Terapêutica – Descreveram em sua farmacopeia mais de 2.000 medicamentos distinguindo-se: Ferro para anemia, mercúrio para sífilis, e arsênico para dermatoses, certas raízes para verminoses e ópio como narcótico. CHINA • Aos monges sacerdotes era encarregados dos tratos aos doentes. Por conseguinte, os templos budistas era rodeados por plantas medicinais. As doenças eram classificadas: benignas, medias e graves. Cada grupo de sarcedotes, conforme sua graduação se ocupavam de cada categoria. • Conheciam a varíola desde tempos remotos. Em época mais recente, descreveram as manifestações primárias, secundárias e terciárias da sífilis, bem como as formas congênitas. Mencionaram operações de lábio leporino feitas no ano 1.000 a.C. EGITO • A contribuição para a área médica pela sociedade egípcia foi importantíssima. Do ano 4.688 a.C. a 1.552 a. C, foram escritos seis livros onde se notabilizada a prática médica egípcia. Neles constam analises sobre ervas medicinais, cirurgias e ações preventivas. Um dos mais antigos desses documentos é o manuscrito de lmhotep, primeiro autor que menciona o cérebro e seu controle sobre o corpo. EGITO • O papiro de Berlim jubila no apogeu do esplendor faraônico, nele são encontradas diversas precisões médicas. • As formulações farmacêuticas são seguidas de pronunciamentos místicos que o enfermo deveria pronunciar para a profilaxia. O embalsamento e técnicas de conservação de corpos era evidenciada pela mumificação. • Apesar das precárias ciências anatômicas já consideravam o coração como centro da circulação sanguínea. Creditavam o ato respiratório como metabolismo essencial a vida. EGITO • O sonho, o hipnotismo e a astrologia possuíam seu lugar nesta sociedade graças a crença da influência na saúde. • A chegada da medicina na escola de Alexandria onde o exame de dissecação foi permitido abriu um elevação nos conhecimentos médicos do Egito. • A escola de medicina funcionava nos templos havia onde mantinham ambulatórios gratuitos para a prática dos estudantes, futuros sacerdotes-médicos. Por ser caro apenas um pequena parcela da sociedade tinha acesso ao serviço médico. Todavia, havia uma categoria de médicos, também da classe sacerdotal, com menor preparo, que aceitavam menorremuneração. PÉRSIA • Povo dualista, que tinham como princípio a existência de dois deuses: um responsável pelo bem e o outro pelo mal. Relataram a classificação de 99.999 doenças o que faz supor que nesse número estavam incluídos meros sintomas. Os que estudavam medicina a experimentavam depois em três infiéis. Se os curassem, adquiriam o direito de tratar os adoradores dos deuses, se fracassassem deviam estudar mais. Construíram hospitais para os pobres, que eram servidos por escravos. ASSÍRIA E BABILÔNIA • O mais antigo dos códigos que atravessaram os tempos foi o de Hamurabi, rei de Babilônia (2.100a .C.), preservado por ser gravado em pedra, notando-se em seu conteúdo: senso de justiça, interesse pelos pobres e desamparados, os deveres dos médicos e seus honorários, estabelece castigos rigorosos para os médicos em caso de fracasso (podiam sofrer pena de amputação das mãos ou restituir o valor de um escravo ao senhor caso este morresse sob seus cuidados). Pautavam o princípio da medicina na magia, pois criam que sete demônios eram os causadores das doenças. Sacerdotes-médicos vendiam talismãs destinados a tornar o corpo invulnerável aos ataques dos demônios, receitando conforme suas prévias experiências em casos semelhantes. Placas de pedra achadas em Nínive falam em trabalhos de sanitarismo. PALESTINA • O monoteísmo religioso teve a figura de Moisés como precursor do cuidado humano. O exame sintomático, o período de isolamento do doente, a desinfecção, o afastamento dos objetos contaminados para lugar inacessível são ensinados e notáveis em trechos de Levítico, onde há ensinamentos profiláticos sobre o diagnóstico e prevenção da hanseníase. A qualquer doença considerada contagiosa determinava-se o período de isolamento suficiente sendo em seguida novamente examinado antes de lhe ser dada alta. • A religião inculcava como deveres sagrados a proteção aos órfãos, às viúvas e a hospitalidade aos estrangeiros. Não se sabe que os israelitas tenham tido hospitais permanentes. JAPÃO A medicina possuía caracteres fetichistas na sua gênese.A única profilaxia consistia nos banhos em águas termais. A medicina budista penetrou no Japão graças a um bonzo chinês(religioso) a quem o imperador confiou a missão de organizar o ensino médico em todo o império. Depois de algum progresso, as guerras civis provocaram a decadência do ensino médico. GRÉCIA • Hipócrates lançou os pilares da medicina com isso tornou-se autoridade no assunto. A mitologia homérica contem em seus versículos diversas passagem sobre medicina antiga. Sabemos assim que os médicos gregos desse períodos conheciam pelo menos: De anatomia: ossos, músculos e articulações; • Da patologia: epidemias, lesões traumáticas, ferimentos. • Classificavam os ferimentos em superficiais e profundos, distinguindo 141 espécies. • Tratavam enfermos com medidas terapêuticas como a fisioterapia. Faziam curativos e a expulsão de entidades estranhas ao corpo. GRÉCIA • Os mais antigos estabelecimentos que se conhece na Grécia para o tratamento dos doentes chamavam-se Xenodóquia. Seu primeiro objetivo era hospedar os viajantes. Havendo, porem, doentes entre os mesmos, prestavam-se a esses os cuidados necessários. Outro estabelecimento grego era o Iatrion, que corresponde aos nossos atuais ambulatórios. A crença de que nascimento e morte eram fatores naturais conduzia ao desprezo da Obstetrícia e ao abandono dos doentes em estado grave. GRÉCIA • Hipócrates banalizou diagnósticos que envolviam misticismo e mitologia como responsáveis por doenças. A observação dos comportamentos do doentes era para ele essencial no diagnóstico, o prognóstico e a terapêutica. Para Hipócrates, a Natureza é o melhor remédio. Seu primeiro cuidado é não contrariá-la, mas auxiliá-la a reagir. Conservou o uso de massagens banhos, ginástica. Determinou as dietas para diferentes casos. Também usava sangria, ventosas vomitórios, clisteres e purgativos. O calmante em uso era a mandrágora. Descreve 236 plantas medicinais. Entre os medicamentos minerais empregou: enxofre, alumínio, chumbo, cobre e arsênico. ROMA Mais precisamente em 473 A.C. surge Roma, que posteriormente se tornaria o maior império da antiguidade.Sucessivas conquistas aumentavam a grandiosidade daquele vasto território. O Estado suplantava os cuidados aos cidadãos que mais tarde se tornariam guerreiros. Dessa pontuação, infere-se a diferença entre Roma e Grécia nesta a valoração humanística era mais evidenciada. A enfermagem também era atribuída aos escravos . A influência grega foi exacerbada. Júlio César começou a conceder o titulo de cidadão romano a médicos estrangeiros. Somente no limiar da era cristã os médicos estrangeiros eram condecorados como autoridades cognoscentes. ROMA • O Saneamento era notável no centro do território. Ruas limpas, casas com grande ventilação, água pura e abundante, banhos públicos, rede de esgoto, combate à malária pela drenagem das águas dos terrenos pantanosos, foram as preocupações máximas dos governantes. Os grandes edifícios públicos de banho eram suficientes para que cada habitante de Roma tomasse banho diariamente. Passou-se um grande período em que a medicina era considerada trabalho banal para o cidadão romano. Assim a maioria dos médicos era de origem escrava. Sociedades indígenas Brasileiras Praticas terapêuticas, as principais são: · Rezas; · fitoterapia; · Escarificações; · Xamanismo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • ELLIS, Janice Rider; HARTLEY, Célia Love. O cuidado à saúde nas culturas antigas. In: ELLIS, Janice Rider; HARTLEY, Célia Love. Enfermagem Contemporânea: Desafios, questões e tendências. 5. ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998. • GEOVANINI, Telma et al. O Desenvolver Histórico das práticas de saúde. In: GEOVANINI, Telma et al. História da enfermagem: Versões e interpretações. Rio de Janeiro: Revinter, 2002. • _____________________. Transição Monarquia/República. In: GEOVANINI, Telma et al. História da enfermagem: Versões e interpretações. Rio de Janeiro: Revinter, 2002. • ILVA, Graciete Borges da. Medicina e Enfermagem no pré-capitalismo. In: SILVA, Graciete Borges da. Enfermagem profissional: análise crítica. São Paulo: Cortez, 1986. PIRES, Denise. Saber e prática de saúde nas sociedades tribais. In: PIRES, Denise. Hegemonia Médica na Saúde e a Enfermagem Brasil: 1500 a 1930. São Paulo: Cortez, 1989.
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