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GEOGRAFIA E RECURSOS 
HÍDRICOS 
2º semestre / 2012 
AULA 7 e 8 
Prof. Luiz F P Barros 
IGC – UFMG 
Departamento de Geografia 
FUNÇÕES DA ÁGUA 
• Potenciais ou capacidades conferidas por suas 
propriedades, características físicas e químicas, 
distribuição no espaço e potencial energético 
– Biológica: constituinte da matéria viva 
– Ecológica: formadora de biótopos aquáticos 
– Hidráulica: suporte e vetor de transporte e 
transmissão 
– Térmica: condução de calor 
– Química: possibilita reações químicas 
– Simbólica: aspectos morais, estéticos e ideológicos 
USOS DA ÁGUA 
• O uso é a aplicação de uma ou mais 
funções da água para se obter um efeito 
desejado 
• Vários funções, vários tipos de uso, usos 
múltiplos 
USOS X PRESSÕES X IMPACTOS 
Uso 
 
Servir-se de algo 
 do ambiente 
Impacto 
 
alteração da qualidade 
ambiental como consequência 
de uma pressão 
Pressão 
 
Ação que implementa o uso 
(interferência no ambiente) 
Exemplo 
Captação em 
curso d’água 
Captação em 
curso d’água 
Abastecimento 
doméstico 
Rebaixamento 
do NF 
Desaparecimento 
de nascentes 
Captação em 
aquífero 
Redução nas 
vazões 
Alteração da 
morfologia do 
canal 
Supressão de 
habitats e 
espécies 
• Os usos são divididos em: 
– consuntivos e não 
consuntivos 
• Uso Consuntivo 
– a quantidade de água 
devolvida aos 
mananciais após o uso 
é menor que a retirada 
• Uso Não Consuntivo 
– a quantidade de água devolvida aos mananciais após 
utilizada é a mesma que foi retirada 
– a água serve apenas como veículo/suporte 
IMPACTOS 
Positivos X Negativos 
 
Quantitativos X Qualitativos 
 
IMPACTOS QUANTITATIVOS 
• Redução ou aumento das vazões e mudança do nível 
freático 
– operação de barragens de hidrelétricas, desvios, 
sobreexploração de água superficial ou subterrânea, 
irrigação excessiva, impermeabilização do solo, 
irrigação 
Exemplos 
Mar de Aral 
(Cazaquistão) 
Cajamar (SP) 
• Avaliação: 
– softwares com modelos 
hidrológicos 
– monitoramento do nível 
piezométrico 
Modelo de piezômetro 
IMPACTOS QUALITATIVOS 
• Qualidade das águas: 
– Características físicas, químicas e biológicas 
• dependem dos meios nos quais a água passou e 
foi armazenada 
• Influenciadas pelo substrato rochoso, cobertura do 
solo e usos antrópicos do meio 
– Águas pristinas 
• não sofreram influências significativas de 
atividades humanas, mantendo aproximadamente 
as características naturais 
• Os parâmetros que definem a qualidade da água 
dependem de seu uso, ou seja, dos fins e objetivos de 
uso aos quais a água se destina 
• Background 
OBJETIVOS DE QUALIDADE 
• Devem abranger a qualidade ecológica da água e a 
satisfação das necessidades dos usos da água 
• IDEAIS 
– exigências desejáveis e adequadas no estado atual 
dos conhecimentos 
– voltados à busca e/ou manutenção de um estado 
ideal do ambiente ou da água 
• OPERACIONAIS 
– realistas, passíveis de serem atendidos em um 
período dado, considerando o estado atual do meio 
– voltados à busca e/ou manutenção do estado 
possível, real, operacional 
Qualidade da água... 
• Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde 
– procedimentos e responsabilidades relativos ao controle 
e vigilância da qualidade da água para consumo 
humano e seu padrão de potabilidade 
• Resoluções CONAMA 357/05 e 396/08 
– diretrizes da qualidade das águas subterrâneas e dos 
rios no país, definindo limites de concentração de 
lançamentos de efluentes e parâmetros de qualidade da 
água 
• Alguns parâmetros possuem limites muito rigorosos para a 
realidade nacional, como e o caso do fósforo total, igual a 
0,0025 mg/l nas classes de água 1 a 3 – determinado para 
evitar a eutrofização das águas em países temperados 
Impactos Qualitativos... 
• Poluição 
– alteração das características naturais das águas 
devido à introdução no ambiente de qualquer forma 
de matéria ou energia que possa afetar 
negativamente o homem ou outros organismos 
 
• Contaminação 
– quando implica, necessariamente, em riscos à saúde 
humana 
– pode ser natural (rochas, intrusão salina) 
POLUIÇÃO 
• Quanto à fonte: Pontual x Difusa 
Poluição... 
• Quanto à distribuição (espalhamento) no espaço 
– Pontual, linear, difusa 
• Controle pelo substrato geológico 
Declive 
Rocha sedimentar Dique 
Foco de 
poluição 
Sentido das 
camadas 
Sentido da percolação 
Visão em planta Corte subsuperficial 
Poluição... 
• Quanto ao tipo de poluente: 
– Física, química (orgânica e inorgânica), tóxica, 
assoreamento 
• A super-exploração de água tende a elevar o nível de 
poluição 
– Vazão x Concentração dos poluentes 
• Nível “zero” de poluição? 
– Resiliência: propriedade de recuperar o seu estado 
original após sofrer choque ou deformação 
– Autodepuração: processo natural, no qual cargas 
poluidoras, de origem orgânica, lançadas em um 
corpo d’água são neutralizadas 
• A sensibilidade da água à poluição também é 
inversamente proporcional a: 
– Diluição: relação entre o volume de poluente e o 
volume do corpo recipiente 
– Difusão turbulenta: capacidade do corpo recipiente 
em misturar uma descarga poluente 
– Dispersão: resulta dos processos de convecção ou 
advecção, cujo resultado é um aumento da eficiência 
dos processos de mistura 
Poluição... 
FONTES ANTRÓPICAS DE 
POLUIÇÃO/CONTAMINAÇÃO 
• Classificação segundo OTA (EUA) 
1. Descarga de substâncias 
– Fossas sépticas; Poços de injeção 
2. Armazenamento, tratamento e ou disposição de 
substâncias 
– Tanques de armazenamento aéreos e subterrâneos; 
depósitos superficiais; aterros sanitários; sepulturas 
3. Substâncias expostas durante o transporte 
• Condutos; transporte de material 
4. Consequência de outras atividades 
• Práticas agrícolas; Runoff urbano; Drenagem de minas 
 
 
 
 
 
 
5. Condução de águas contaminadas para e entre 
aquíferos 
• Perfuração de poços 
6. Fontes de contaminação natural com agravamento 
pelas atividades humanas 
• Interação água superficial-água subterrânea; Intrusão salina 
 Eutrofização 
• Processo resultante do excesso de fertilização das 
águas por nutrientes, principalmente compostos 
orgânicos, fósforo e nitrogênio, comumente liberados 
pela decomposição dos compostos orgânicos 
• O carbono, como CO2 ou bicarbonatos, também pode 
contribuir para a eutrofização 
• O excesso de nutrientes nas águas tem origem 
principalmente nos esgotos domésticos, águas 
residuárias industriais, fertilizantes, drenagem pluvial 
urbana, detergentes e alguns agrotóxicos 
 Eutrofização... 
Ploriferação 
de algas e 
plantas 
aquáticas 
O2 dissolvido 
Morte de peixes e 
das próprias algas 
Perda de O2 
para 
atmosfera 
Nitratos 
Fostatos 
Bloqueio 
da luz 
 Eutrofização... 
 Eutrofização... 
• O chorume é uma das fontes 
de poluentes orgânicos nas 
águas, sendo a concentração de 
material orgânico de 30 a 100 
vezes a do esgoto sanitário, 
além de microorganismos 
patogênicos e elementos-traço 
metálicos (Benetti e 
Bidone, 1987) 
 
• O combate da eutrofização envolve geralmente a retirada 
ou redução de fosfatos das águas residuárias através de 
tratamento químico, por exemplo 
Resíduos sólidos 
• Ocorrem em estado sólido e semi-sólido 
• Resultam de atividades de origem industrial, 
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de 
serviços e de varrição 
• Estão incluídos os lodos provenientesde 
sistemas de tratamento de água, aqueles 
gerados em equipamentos e instalações de 
controle de poluição, bem como determinados 
líquidos 
Resíduos sólidos... 
Lixão ou vazadouro 
– disposição sobre o solo, sem medidas de proteção ao 
meio ambiente ou à saúde pública 
Aterro controlado 
– envolve o confinamento dos resíduos sólidos, o 
recobrimento com uma camada de material inerte 
– não é exigida a impermeabilização da base nem 
sistemas de tratamento de chorume ou coleta de gases 
Resíduos sólidos... 
Aterro sanitário 
• Envolve o confinamento 
(redução máxima de 
volume por meio da 
compactação), cobertura 
com uma camada de terra 
ou material inerte, 
sistemas de 
impermeabilização da 
base e laterais, sistema de 
drenagem, tratamento do 
chorume, e queima dos 
gases produzidos 
 Assoreamento 
• Poluição causada por excesso de sedimentos ou 
materiais sólidos nos cursos d’água (como o lixo) 
• Resposta à erosão acelerada na bacia hidrográfica 
quando a maior quantidade de sedimentos supera a 
capacidade e/ou competência do curso d’água 
• O leito é gradualmente preenchido por sedimentos, 
reduzindo seu espaço útil para o escoamento das 
águas 
– as inundações podem tornar-se mais freqüentes e 
intensas 
 Assoreamento... 
Parâmetros físicos e químicos... 
• A erosão acelerada tende a aumentar, também, a carga 
em suspensão, levando ao aumento da turbidez 
 
TURBIDEZ (UNT – Unidade Nefelométrica de Turbidez) 
• Indica o nível de interferência ou atenuação que a luz 
sofre ao passar pela água, devido aos sólidos e colóides 
em suspensão (argila, matéria orgânica, etc) 
• A redução da penetração da luz reduz também a produção 
primária dos ecossistemas aquáticos, ou seja, a 
fotossíntese (a base do ciclo biológico aquático) 
• A turbidez também pode ser gerada por efluentes 
diversos, ou mesmo por elevadas concentrações de 
microorganismos, como algas plantônicas 
Parâmetros físicos e químicos... 
TURBIDEZ... 
• A medição da turbidez pode ser realizada com 
turbidímetro, colorímetro ou espectrofotômetro 
 
 
 
 
 
 
SÓLIDOS EM SUSPENSÃO (mg/l) 
• Carga sólida em suspensão depois de seca e pesada 
• Pode ser separada por simples filtração 
 Assoreamento... 
• O assoreamento tende a aumentar, também, a poluição 
orgânica e tóxica 
– as argilas têm elevado poder absorvente de alguns 
poluentes 
– os sedimentos do leito dos cursos d’água podem 
apresentar uma concentração de elementos-traço 
entre 1000 e 10.000 vezes maior do que nas águas, 
já que os metais podem ser absorvidos por minerais 
ou podem combinar-se com outros minerais, 
precipitando-se 
• Desdobramentos sobre a biota 
• Não confundir com padrão naturalmente entrelaçado 
• Desassoreamento 
 Depósitos tecnogênicos 
• Nos ambientes fluviais, os danos provocados 
por atividades antrópicas podem ser percebidos 
– na variabilidade das vazões, além de 
parâmetros físico-químicos das águas 
– na alteração da morfologia fluvial (padrão 
fluvial) 
– nas características das sequências 
estratigráficas de níveis deposicionais 
 Depósitos tecnogênicos... 
• Tecnógeno 
– termo usado para se referir a situação geológico-
geomorfológica atual, em que a ação geológica 
humana ganha destaque significativo nos processos 
da dinâmica externa, em relação à processualidade 
holocênica (PELOGGIA, 2005) 
 
• Depósitos tecnogênicos 
– correlativos da ação geológica humana, representam 
eventos de caráter novo e independente e, portanto, 
distintos da processualidade holocênica precedente 
(PELOGGIA, 2003) 
 Depósitos tecnogênicos... 
 Depósitos tecnogênicos... 
• Os materiais tecnogênicos abrangem (Oliveira, 1994): 
– depósitos construídos (aterros, corpos de rejeitos, 
etc.) 
– depósitos induzidos (sedimentação ligada à erosão 
acelerada decorrente do uso inadequado do solo) 
– depósitos modificados (depósitos naturais alterados 
por efluentes, adubos, etc.) 
 Depósitos tecnogênicos... 
• Classificação de Flanning e Flanning (1989): 
– depósitos úrbicos (tijolos, vidro, plástico, metais 
diversos, etc.) 
– depósitos gárbicos (material detrítico com lixo orgânico 
suficiente para a geração de metano em condições 
anaeróbicas) 
– depósitos espólicos (materiais terrosos escavados e 
redepositados e depósitos de assoreamento) e 
dragados 
Poluição térmica 
• Leva ao aumento ou redução da temperaturas das águas 
• Comumente originada em processos industriais de 
resfriamento de equipamentos (refinarias, indústrias 
metalúrgicas, etc.) 
• Elevação da temperatura do corpo receptor 
– aumento da evaporação e da velocidade das reações 
químicas (2x a cada 10 ºC), acelerando as reações 
ligadas à atividade microbiana 
– A cada 1ºC de aumento da temperatura da água, esta 
perde 2% de oxigênio dissolvido, aumentando a DBO 
– Queda na produção primária do fitoplâncton 
Parâmetros físicos e químicos... 
TEMPERATURA (ºC) 
• Resolução CONAMA 357/05 
– determina como padrão de emissão de 
efluentes a temperatura máxima de 40º C, 
tanto para lançamentos na rede pública de 
esgotos como os lançamentos diretos nas 
águas naturais 
Parâmetros físicos e químicos... 
OXIGÊNIO DISSOLVIDO 
• Indica a redução das substâncias orgânicas e a 
intensidade de autodepuração 
• A medição é realizada com oxímetro, mas o seu cálculo 
também pode ser realizado por técnicas de titulação 
• O oxigênio possui baixa solubilidade na água em 
relação ao ar sob condições normais de pressão e 
temperatura (9 e 270 mg/l, respectivamente) 
• As águas subterrâneas apresentam geralmente OD em 
quantidades inferiores às das águas superficiais (em 
média 1 a 5 mg/l), devido ao contato restrito com o ar e 
à baixa concentração de seres vivos 
Parâmetros físicos e químicos... 
OXIGÊNIO DISSOLVIDO... 
• Em corpos d’água eutrofizados, a concentração de algas 
fazendo fotossíntese libera oxigênio e consome gás 
carbônico, porém, à noite a fotossíntese, logicamente, 
não ocorre 
• Com o tempo, o OD tende a diminuir devido ao consumo 
de oxigênio pelas algas à noite e à perda do oxigênio 
das camadas superiores para a atmosfera, já que o OD 
tende a ficar concentrado próximo à superfície devido à 
dificuldade de penetração da luz em maiores 
profundidades por causa da turbidez gerada pelas algas 
Parâmetros físicos e químicos... 
DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio 
• É a demanda bioquímica de oxigênio (em mg/l) relativa 
a uma demanda em uma unidade de tempo 
• É usado para medir a quantidade de oxigênio 
necessária para estabilizar (oxidar) a matéria orgânica 
carbonácea contida na água, mediante processos 
bioquímicos aeróbicos 
• Quanto mais abundante o carbono orgânico 
biodegradável, maior a presença de bactérias 
decompositoras, e maior o consumo de oxigênio na 
respiração, logo, maior será a DBO 
• DBO média para água superficial não poluída = ~0,7 
mgO2/L; concentração de saturação de oxigênio em 
água = ~8,3 mgO2/L; valores para efluentes podem 
chegar a várias centenas de mgO2/L 
Parâmetros físicos e químicos... 
 
DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio... 
 
• Geralmente, as reações bioquímicas envolvidas no 
cálculo da DBO envolvem: 
– Decomposição de carboidratos em dióxido de 
carbono e água 
– Decomposição das proteínas em aminoácidos, que 
por sua vez, decompõem-se em NH4 (amônia), NO2 
(nitritos), NO3 (nitratos), sulfatos e fosfatos 
• A matéria orgânica biodegradável presente nos esgotos, 
composta principalmente de proteínas (40 a 60%), 
carboidratos (25 a 50%) e gorduras (10%), é mensuradanormalmente em termos de DBO 
Parâmetros físicos e químicos... 
 
DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio... 
 
• A DBO é medida da seguinte forma: 
– Uma amostra de água é armazenada com uma 
quantidade de OD fixa, durante cinco dias, a 20ºC 
– Após 5 dias, mede-se a redução da taxa de oxigênio 
• O valor médio para esgotos domésticos é de 300 mg/l 
de DBO 
Parâmetros físicos e químicos... 
DQO - Demanda Química de Oxigênio 
• É a quantidade de oxigênio necessária à oxidação 
química da matéria orgânica, por meio de um oxidante 
químico forte (dicromato de potássio), em meio ácido 
• Em relação à DBO, tem a vantagem de poder ser 
medida de 2 a 3 horas 
• Quanto maior a relação DQO/DBO maior a fração inerte 
na amostra 
• Esta relação varia, em média, entre 1,7 a 2,4 nos 
esgotos domésticos (Von Sperling, 1996) 
• A DQO mede, portanto, tanto a parte biodegradável do 
efluente, quanto a parte inerte 
Parâmetros físicos e químicos... 
Carbono Orgânico Total (COT) 
• Usado para caracterizar a matéria orgânica 
dissolvida e em suspensão em água 
• É um parâmetro complementar à DBO, mas que 
não o substitui 
• O COT é medido diretamente, ao contrário da 
DBO e da DQO, e se mostra adequado para 
amostras com pequenas quantidades de 
carbono orgânico 
Parâmetros físicos e químicos... 
Carbono Orgânico Total (COT)... 
• As formas inorgânicas do carbono devem ser 
previamente removidas ou deduzidas nos cálculos (o 
CO2, por exemplo) 
• O valor habitual de COT para águas subterrâneas é de 
aproximadamente 1 mgC/L enquanto que para águas 
superficiais é em média de 5 mgC/L e nos casos de 
esgoto não tratado, os valores podem atingir centenas 
de mgC/L 
RESERVATÓRIOS 
• Assoreamento do reservatório à montante 
• Erosão acelerada à jusante 
• Alteração no regime de 
cheias e vazantes 
• Estratificação térmica 
• Eutrofização 
• Alterações ecológicas 
 
AGROPECUÁRIA 
• Irrigação: maiores perdas de água 
– Impacto sobre as vazões 
– Elevação do nível freático 
• Maior exposição à contaminação 
• Salinização 
 
• Lixiviação de fertilizantes e agrotóxicos 
– Poluição e contaminação de mananciais 
• Nitrato: principal poluente de águas subterrâneas 
das zonas rurais no Brasil 
• Dejetos orgânicos 
– fazendas, pocilgas, abatedouros, curtumes e usinas 
de açúcar/álcool 
• Desmatamento 
Parâmetros físicos e químicos... 
ODOR E SABOR 
• A interação entre odor e gosto (salgado, doce, etc.) 
origina o sabor 
• Ambos são determinados por sólidos em suspensão, 
sólidos dissolvidos e gases dissolvidos 
• Ex: Águas com mais de 400 mg/l de SO4
-2 (sulfatos) 
têm gosto salgado e amargo 
• O odor e o sabor da água são medidos em função do 
número de diluições com água destilada necessárias 
até que nenhum odor/sabor seja perceptível 
– O resultado é expresso pelo número de maior 
diluição que ainda dá odor/sabor 
Parâmetros físicos e químicos... 
ODOR E SABOR... 
 
Parâmetros físicos e químicos... 
RESÍDUO SECO A 110ºC (mg/l) 
• É o peso dos sais resultantes da evaporação de um litro 
d’água, após filtragem para remoção de materiais em 
suspensão 
 
 
 
 
 
• As substâncias em solução não são necessariamente sais 
• A Resolução CONAMA 357/05 classifica as águas 
brasileiras em águas doces (salinidade < 0,5 %), salobras 
(salinidade entre 0,5 e 30 %) e salinas (salinidade > 30 %) 
Parâmetros físicos e químicos... 
SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS (STD) (mg/l) 
• Representam o peso total dos constituintes minerais 
presentes na água, por unidade de volume, 
representando a concentração de todo o material 
dissolvido na água, seja ou não volátil 
• Por isso, os STD serão um pouco superior ao resíduo 
seco devido ao bicarbonato, que, quando expostos a 
temperaturas superiores a 100ºC se decompõe, 
evaporando CO2 
ÁREAS URBANAS 
• Impermeabilização 
– Redução da recarga 
• Rebaixamento do nível d’água subterrâneo 
– Redução do número de nascentes e do fluxo 
de base 
 
– Aumento do escoamento 
superficial 
– Redução do tempo de 
concentração dos fluxos 
• Inundações, erosão fluvial 
• Intervenções diretas nos cursos d’água 
– concepção higienista: canalização e a retificação de 
cursos d’água 
• Reduz risco de inundação NA CIDADE 
• Aceleração dos fluxos 
• Eliminação de habitats e espécies 
• Impede as trocas hídricas 
• Escoamento de poluentes urbanos e poluição das 
águas por metais pesados, óleos e graxas, sólidos em 
suspensão, etc. 
– Os efluentes pluviais podem ser tão ou mais 
poluentes e tóxicos do que os esgotos domésticos 
• Cursos d’água como receptores de efluentes 
• Ocupação dos canais e dos ambientes associados à sua 
manutenção 
Parâmetros biológicos... 
COLIFORMES 
• Grupo de bactérias mais utilizados no mundo para 
estudos de contaminação das águas 
• Vivem, geralmente, no sistema intestinal dos animais de 
sangue quente, portanto, são indicadores de 
contaminação da água por matéria fecal 
• O gênero Escherichia é o mais comum e abundante, 
vindo secundariamente os gêneros Citrobacter, 
Klebsiella e Enterobacter 
• Os esgotos são as principais fontes de coliformes para 
as águas superficiais 
• A bactéria Escherichia coli (E. coli) é considerada o mais 
eficiente coliforme como indicador de contaminação 
fecal das águas, podendo viver até 90 dias na água 
Parâmetros biológicos... 
Outros bioindicadores 
• Bactérias 
– Principais responsáveis pela estabilização da matéria 
orgânica 
– Algumas são patogênicas 
– As cianobactérias (“algas azuis”) são indicadores 
muito usados para detecção de processos de 
desoxigenação da água 
• Algas 
– São importantes na produção de oxigênio na água 
– Em situações de proliferação excessiva podem levar 
à deterioração da qualidade da água e processos de 
desoxigenação 
Parâmetros biológicos... 
Outros bioindicadores... 
• Fungos 
– não fotossintéticos, importantes na decomposição da 
matéria orgânica 
– São favorecidos por condições de baixo pH 
• Protozoários 
– Alimentam-se de bactérias, algas e outros 
microorganismos 
– São importantes nos processos de tratamento 
biológico para a manutenção do equilíbrio entre 
diferentes grupos 
– Alguns são patogênicos 
Parâmetros biológicos... 
Outros bioindicadores... 
• Vírus 
– Organismos parasitas que causam doenças 
• Helmintos 
– Vermes intestinais cujos ovos podem causar doenças 
• Bentônicos 
– Macro-invertebrados que vivem no leito dos rios 
Parâmetros físicos e químicos... 
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA 
• Medida da facilidade da água em conduzir corrente 
elétrica; diretamente ligada ao teor de sais dissolvidos 
sob forma de íons em solução 
– O substrato geológico influencia (litologias distintas 
fornecem diferentes quantidades de íons em solução) 
• Níveis de condutividade superiores a 100 µS/cm 
indicam, em geral, ambientes impactados (CETESB, 
2005), poluídos por efluentes diversos, inclusive pluviais 
• A CE também tende a aumentar com a temperatura 
• Para águas doces, a CE varia, normalmente, entre 100 
a 2.000 µS/cm 
Parâmetros físicos e químicos... 
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA... 
• A medição da CE é realizada com condutivímetro 
• Riscos geomorfológicos 
INDÚSTRIA 
• Associada à poluição térmica e à geração de 
efluentes ricos em contaminantes tóxicos 
(dejetos químicos – fluoretos, cromo, chumbo, 
cádmio, etc) e matéria orgânica 
• Chuva ácida 
• Produção de fumo, couros e peles (curtumes), 
construção civil, alimentação e perfumaria, papel 
e química 
INDÚSTRIA... 
• Elementos-traço– Do total de 72 metais, 59 são classificados como 
elementos-traço, dos quais 17 são muito tóxicos 
– Mercúrio, prata, cobre, cádmio, zinco, chumbo, 
cromo, níquel, cobalto, e outros 
– tendem a aderir aos sólidos em suspensão e 
compostos orgânicos - concentração entre 1000 e 
10.000 vezes maior do que nas águas 
– podem comprometer a presença de microorganismos 
que decompõem a matéria orgânica nas águas (OD 
como falso indicador) 
– Processos de bioacumulação 
Parâmetros físicos e químicos... 
COR 
• Resultado das substâncias dissolvidas: decomposição 
da matéria orgânica (ácidos húmicos – água amarelada 
– e fúlvicos) e minerais como o ferro (água 
avermelhada) e o manganês (água negra) oxidados 
• Águas com alto conteúdo de Fe2+ são incolores, mas ao 
entrarem em contato com o oxigênio do ar ficam 
amareladas (Fe3+), o que lhes conferem aparência nada 
agradável 
• A cor artificial resulta da poluição (resíduos domésticos, 
industriais, agrícolas, etc.) 
• A medição é feita comparando-se a amostra com uma 
solução padrão de Platian-Cobalto ou disco colorido, 
sendo ppm de Pt-Co a unidade mais usada 
Parâmetros físicos e químicos... 
TRANSPARÊNCIA 
• Qualidade determinada pela cor e turbidez da água 
• É medida “in loco” através de um disco de porcelana 
que se mergulha na água (disco de Secchi) 
MINERAÇÃO 
• Rebaixamento do nível d’água subterrâneo 
• Pilhas de rejeitos 
– Possível contaminação do solo 
• Barragens de rejeitos 
– Abundância de contaminantes tóxicos e 
carcinogênicos (chumbo, fluoretos, mercúrio, p. ex.) 
• Assoreamento 
• Barragens de contenção de sólidos 
• Rompimento de barragens 
– Destruição completa do equilíbrio morfológico e 
ecológico em cursos d’água 
Alteamentos 
REJEITO VIRA NEGÓCIO NA MINERAÇÃO 
VALE vai extrair até 31 milhões de toneladas de minério de ferro baixo 
teor que estavam depositados em barragens de suas minas 
(http://ambientalsustentavel.org/2011/rejeito-vira-negocio-na-mineracao/) 
Parâmetros físicos e químicos... 
pH 
• concentração de íons hidrogênio na água ou solução 
• Os valores variam de 1 a 14, sendo neutro com o valor 
7, sendo que a mudança de uma unidade significa um 
aumento de 10 vezes na concentração do íon 
hidrogênio 
• O ideal para a biota aquática é entre 6,5 e 7,5 
• A acidez dos corpos d’água tem origem na dissolução 
de rochas, absorção de gases da atmosfera, oxidação 
da matéria orgânica e fotossíntese, além de esgotos e 
despejos domésticos e industriais (Von Sperling, 1996) 
Parâmetros físicos e químicos... 
pH 
• Sua variação pode levar à 
corrosividade e agressividade 
das águas de abastecimento, 
redução da biota aquática e 
impedimento de alguns usos 
• Sua medição ocorre 
normalmente com peagâmetro 
Parâmetros físicos e químicos... 
ALCALINIDADE 
• É a quantidade de íons na água necessários para 
neutralizar os íons hidrogênio (ácidos) 
• É função direta da presença e/ou ausência de 
carbonatos (CO3
2-), bicarbonatos (HCO3-) e hidróxidos 
(OH-) na água 
• O aumento da alcalinidade é utilizado para gerar 
processos de coagulação, redução da dureza e 
prevenção da corrosão em sistemas de abastecimento 
de água 
Parâmetros físicos e químicos... 
ACIDEZ 
• Capacidade da água em resistir às mudanças de pH 
geradas pelas bases 
• Esta capacidade está ligada principalmente à presença 
de CO2 livre absorvido da atmosfera, resultante da 
decomposição de matéria orgânica ou de despejos e 
esgotos 
• Situações de pH > 8,2, não há CO2 livre; para pH 
entre 4,5 e 8,2, ocorre acidez carbônica; para pH < 4,5, 
há forte acidez (Von Sperling, 1996) 
Parâmetros físicos e químicos... 
DUREZA (mg/l) 
• É a concentração de cátions multimetálicos em solução 
• É também concebida como o poder da água em neutralizar 
o sabão pelo efeito de cátions como o cálcio, magnésio, Fe, 
Mn, Cu, Ba, etc (CPRM, 1997) 
• Os cátions divalentes Ca2+ e Mg2+ são os principais 
elementos associados à dureza 
• Quando ocorre supersaturação, estes cátions reagem com 
certos ânions na água, formando precipitados químicos 
• As águas duras, portanto, são incrustantes 
 
AMOSTRAGEM 
• Materiais a serem amostrados; 
• Parâmetros a serem analisados; 
• Número, profundidade e localização dos pontos de 
amostragem; 
• As técnicas e protocolos de amostragem, considerando a 
preparação de amostras e análises; 
• Número de campanhas de amostragem; 
• Os valores-limite das concentrações dos contaminantes a 
serem considerados; 
• Plano de infra-estrutura (equipamentos) e segurança dos 
envolvidos; 
• A equipe de profissionais envolvidos, sua qualificação e 
treinamento

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