Filosofia Aristoteles x 12 homens e uma sentença

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Complexo Educacional FMU
 Doze homens e uma sentença
São Paulo – SP, Março de 2016
Trabalho de Filosofia
Um paralelo entre o oitavo júri do filme “Doze homens e uma sentença” e o filosofo Sócrates.
 
Apresentação
Doze homens e uma sentença
Um paralelo com o oitavo jurado do filme “Doze homens e uma sentença” e o filosofo Sócrates
Objetivo: 
Paridade entre a conduta do oitavo júri do filme “Doze homens e uma sentença” diante de um julgamento, o qual consiste em crime de homicídio, e o filósofo ateniense Sócrates.
Complexo Educacional FMU
28 de março de 2016
ÍNDICE
 Capa.........................................................................................................01
 Contracapa..............................................................................................02
 Apresentação..........................................................................................03
 Índice........................................................................................................04
 1. Texto Inspiração..................................................................................05
 1.2 Carlos Drummond de Andrade.........................................................05
 1.3 Verdade...............................................................................................05
2. Doze homens e uma sentença.............................................................06
 2.1 Resumo...............................................................................................06
3. A postura do oitavo jurado...................................................................07
 4. Um paralelo entre o filme “Doze homens e uma sentença” e o filó-
 sofo Sócrates.............................................................................................08
 5. Considerações Finais............................................................................09
 6. Referencias Bibliográficas....................................................................10
 
 
1. Texto Inspiração: 
1.2 Carlos Drummond de Andrade: VERDADE a porta da verdade estava...
1.3 VERDADE
A porta da verdade estava aberta, mas só deixava passar meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade, porque a meia pessoa que entrava só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil. E os dois meios perfis não coincidiam. 
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. Chegaram a um lugar luminoso onde a verdade esplendia seus fogos. Era dividida em duas metades, diferente uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela. As duas eram totalmente belas. Mas carecia optar. Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
2. Doze homens e uma sentença
 A postura do oitavo jurado
A postura do oitavo jurado, que diferentemente dos outros onze jurados, não tem a absoluta certeza quanto à culpabilidade do réu, entretanto, também não tem certeza quanto a sua inocência. 
 Ao iniciar o dialogo, uma decisão quase que unanime apontava a condenação do réu, onze jurados acreditavam que o jovem era o autor do homicídio, havia testemunhas e provas aparentemente absolutas e verdadeiras contra o réu, parte do júri apresentava claramente interesse em encerrar o quanto antes aquele julgamento, descartando a investigação das provas, sem ao menos considerarem a hipótese de um julgamento injusto. O oitavo jurado não estava convencido totalmente de que aquele jovem tivesse cometido o crime, o mesmo preocupava-se em ser justo e examinar com precisão cada prova de caráter incriminador. Recusando encerrar o julgamento sem antes investigar minuciosamente cada palavra que foi dita pelas testemunhas. 
 O oitavo jurado não admitia a hipótese de condenar o réu apenas com base nas provas testemunhais, ele defende a ideia de que essas provas apresentadas sejam investigadas com rigor, cada detalhe precisa ser analisado para que se encontre absoluta veracidade no que foi dito pelas testemunhas, esse jurado busca aplicar a justiça. Os argumentos desse jurado eram plausíveis, ele apresentou questões relevantes e bastante significativas, suficiente pra desconstruir as provas incriminadoras. 
Este jurado preocupava-se unicamente com a justiça, como decisão afinal daquele julgamento. 
4. Um paralelo entre o oitavo júri do filme “Doze homens e um sentença” e o filosofo Sócrates 
 O oitavo jurado do filme “Doze homens e uma sentença” pode ser comparado à figura do filosofo Sócrates partindo do principio em que diante de um julgamento complexo, onde se discuti a inocência ou culpa de um jovem acusado de cometer homicídio, este jurado estava preocupado com a vida do réu antes de qualquer coisa, não admitindo a hipótese de uma condenação injusta. O jurado minuciosamente examinou cada fato do crime, sua decisão baseava-se na aplicação da justiça, a condenação do réu não interferiria em sua vida pessoal, entretanto, a sua decisão juntamente ao corpo de jurados seria crucial no destino daquele jovem. O jurado e Sócrates tinham uma incansável busca pela justiça.
 Este oitavo jurado assim como Sócrates tinham em sua essência a ética, e acima de qualquer coisa, a justiça era à base de seus argumentos, excluído seus próprios preconceitos e obscuridade a fim de obter a verdade. Ambos eram sábios e donos de discursos plausíveis e coerentes, o qual deixavam aqueles que tinham uma opinião contraria convencidos de que talvez sua própria ideologia não fosse correta.
 Nota se também queo oitavo jurado assim como o filósofo não afirmava saber de fato o que era certo, mas que a integridade moral devia ser preservada e inviolável. O jurado responsável pelo julgamento do jovem réu visava uma decisão justa para vida desse réu, ora o destino desse jovem estava em suas mãos e Sócrates responsável por levar a luz os cidadãos atenienses também queria uma vida justa para seus conterrâneos, comprometendo-se transcender a sua sabedoria a esse povo. Nenhuma recompensa poderia ser tão valiosa para o jurado e para Sócrates quanto à justiça aplicada. 
 Sobre tudo se pode afirmar que Sócrates revolucionou não apenas a filosofia, mas também outras áreas do conhecimento com sua vocação questionadora. Para Sócrates ser sábio não bastava um conhecimento externo, para se tornar sábio era necessária uma investigação interior, conhecer a si mesmo. Por conseguinte Sócrates ao conversar com uma pessoa deixava a mesma discorrer sobre um determinado assunto, para depois desconstruir todas as suas verdades, de modo que seu oponente ficasse frequentemente sem resposta. Com isso Sócrates percebeu que as pessoas mesmo o tendo como sábio, suas opiniões, valores e ações, tomando como óbvias coisas que deveriam sempre ser questionadas até o entendimento completo.
 Por analogia o filme traz a problemática relacionada à fragilidade do conceito de justiça e sua necessária imparcialidade. Tendo em vista que a sociedade é composta por indivíduos, cada um com suas opiniões e valores, muitas às vezes preconceituosas, essa cultura e percepção do que é certo e do que é errado acaba interferindo nos julgamentos, tornando a justiça um termo relativo a época e a sociedade, o que é justo em um determinado período e região não se aplica universalmente. 
 Diante disso Sócrates jamais se contentou com as opiniões estabelecidas, com os preconceitos de sua sociedade e com as crenças inquestionáveis de seus conterrâneos, tanto que seus pensamentos enfureceram de tal maneira os poderosos de Atenas que Sócrates foi condenado à morte, acusado de espalhar duvida sobre as ideias e os valores atenienses, corrompendo a juventude. 
6. Referencias Bibliográficas 
http://www.supercineonline.tv/12-homens-e-uma-sentenca-legendado/
FRANCISCO, Luciano Vieira. "Sócrates e a verdade interior"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/socrates.htm>. Acesso em 25 de marco de2016
BRAIAN, Artur. “Uma análise crítica acerca do filme “Doze Homens e uma Sentença” (1957) – Direção: Sidney Lumet; Jusbrasil”. Disponível em: <http://arturbraian.jusbrasil.com.br/artigos/202964120/uma-analise-critica-acerca-do-filme-doze-homens-e-uma-sentenca-1957> Acesso em 25 de marco de 2016.
TEO Igor. “ A Atitude Questionadora”. < Disponível em: http://www.deldebbio.com.br/2011/06/09/a-atitude-questionadora/> Acesso em 25 de marco de 2016.