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GEOGRAFIA E RECURSOS 
HÍDRICOS 
2º semestre / 2012 
AULAS 2 e 3 
Prof. Luiz F P Barros 
IGC – UFMG 
Departamento de Geografia 
DINÂMICA DA ÁGUA 
• Em termos espaciais, envolve o que é 
denominado de ciclo hidrológico 
– Três ramos hidrológicos: 
• Atmosférico 
• Continental 
• Oceânico 
– Cada etapa confere à água características próprias 
O ciclo hidrológico... 
– Variáveis principais do ciclo... 
Cerca de 577.200 km3/ano de água transforma-se em vapor, sendo 
~87% a partir dos oceanos. Cerca de 80% do total evaporado 
precipita-se nos oceanos (chuva, neve, neblina) e apenas 20% nos 
continentes (IHP/UNESCO, 1998) 
Período de Retorno ou de 
Renovação 
• Tempo necessário para que um determinado 
volume de água, caso fosse retirado, retorne ao 
mesmo ambiente: 
– Vapor atmosférico: 0,027 anos (~9,9 dias) 
– Rios: 0,032 anos (~11,7 dias) 
– Umidade do solo: 1 ano 
– Lagos: 10 anos 
– Oceanos: 3.000 anos 
– Aquíferos profundos: 5.000 anos 
– Geleiras: 8.300 anos 
Elementos do ciclo hidrológico 
UMIDADE DO AR 
• Quantidade de vapor de água existente na atmosfera 
• Pode ser dada em números absolutos (g/m³) ou em forma relativa 
(%) ao seu ponto de saturação 
• É uma das variáveis que determinam as variações climáticas do 
Globo, já que também influencia a temperatura do ar, e vice-versa 
• Seus valores são determinados pelas taxas de evaporação da água 
• A medição da umidade pode ser realizada por: Higrômetros, 
Higrógrafo de cabelo, Higrotermógrafo, Psicrômetros 
PRECIPITAÇÃO 
• Parâmetros básicos das chuvas 
– altura (mm, sendo 1mm = 1L em 1m2), duração (t), 
intensidade (mm/t), frequência (n/t) 
• Período de retorno 
– tempo no qual uma chuva de certa intensidade irá 
cair novamente 
• Instrumentos de medição 
– Pluviômetros, pluviógrafos 
 
Classificação das chuvas 
• Tradicional 
– chuvas orográficas 
– chuvas convectivas 
– chuvas frontais 
Classificação das chuvas... 
• Associada a processos hidrológicos: 
– Chuvas de intercepção: muito fracas, apenas 
umedecem a superfície, reevaporando rápido 
– Chuvas de umedecimento: atingem o solo, sendo 
absorvidas pela capacidade de retenção capilar 
– Chuvas de infiltração: atingem o solo já úmido, com 
capacidade de retenção capilar já saturada; a água 
infiltra-se e percola através dos vazios do solo 
– Chuvas de escoamento: alimentam o escoamento 
fluvial através do “escoamento superficial direto” 
– Precipitações ocultas: nevoeiro e orvalho (pouco 
registrados por pluviômetros) 
INTERCEPTAÇÃO DA ÁGUA PELA 
VEGETAÇÃO 
• Contribui para a redução dos impactos da chuva no 
solo, para o armazenamento de água e para o 
redirecionamento dos fluxos 
• Pode ocorrer pela estrutura física das plantas, pela 
cobertura morta (liteira) e outros materiais 
• Pode representar, em média, 10 a 25 % da chuva, e até 
100% dos chuviscos de pequena duração 
INTERCEPTAÇÃO DA ÁGUA... 
• Está mais relacionada à duração do que à quantidade 
de chuva 
– períodos de chuva separados por períodos de 
insolação provocam elevação da evaporação 
• Medida por interceptômetros, recipientes que 
armazenam água cujo nível é medido com escala 
métrica 
EVAPORAÇÃO 
• Passagem de moléculas de água da fase líquida para a 
fase de vapor 
• Cada grama de água evaporada consome cerca de 
2400 joules de energia 
• Nos solos, apesar de sofrerem variações de temperatura 
mais rápidas que a água, o efeito capilaridade retarda a 
transferência das moléculas de água por evaporação e 
reduz as trocas de calor 
• A vegetação pode aumentar a evaporação 
(interceptação) ou diminuí-la (redução da insolação, 
facilitação da percolação da água, umidade relativa do 
ar elevada em áreas florestadas) 
EVAPORAÇÃO... 
• Medição 
– Tanques de evaporação: superfícies livres de água, 
podem ser do tipo enterrado, superficial, fixo ou 
flutuante - geralmente não retratam a realidade da 
água nas bacias hidrográficas 
– Atmômetros: recipiente com água conectado a uma 
placa porosa de onde ocorre a evaporação (ex. 
evaporímetro de Piché) 
EVAPOTRANSPIRAÇÃO 
• Processo que envolve todas 
as perdas de água líquida 
por transformação em vapor, 
incluindo a transpiração das 
plantas e a evaporação das 
superfícies 
• É condicionada pelo estado 
do ar (temperatura, umidade, 
etc), estado do solo e estado 
da vegetação (espécie, 
estado vegetativo, estação 
vegetativa, etc) 
EVAPOTRANSPIRAÇÃO... 
• Cálculo : 
– Tinas evaporimétricas 
– Evapotranspirômetros ou lisímetros 
• recipiente de dimensões métricas contendo solo gramado, 
cultivado ou desnudo, onde se mede regularmente o peso 
• a conexão do lisímetro com um tanque de água é desligada 
e a ETp é medida pela queda do peso do lisímetro no tempo 
– Fórmulas 
EVAPOTRANSPIRAÇÃO... 
• Transpiração 
– Cerca de 98% da água absorvida pelas plantas é 
transpirada 
– Mecanismos de regulação sob estiagem: 
• fechamento dos estômatos, redução da cobertura 
foliar atingida pela insolação (orientação das 
folhas paralelamente aos raios solares), queda 
precoce das folhas... 
– Perdas por evapotranspiração são geralmente 
inferiores à evaporação de superfícies livres de água, 
já que o albedo é superior nas plantas 
– A produção de uma tonelada de matéria vegetal seca 
exige geralmente o consumo de 500 vezes seu peso 
em água através de transpiração (Lambert, 1996) 
Os estômatos permitem o controle da transpiração 
vegetal. Foto acima: estômato de uma folha de 
tomateiro tirada por um microscópio eletrônico 
- colorida artificialmente 
INFILTRAÇÃO, PERCOLAÇÃO E DRENAGEM 
SUPERFICIAL 
• Forças atuantes sobre a água: 
– Inércia ou energia cinética: 
• ocorre se a molécula de água estiver em 
movimento 
– Pressão hidrostática: 
• atuante sobre a água quase imóvel 
– Gravitacional 
– Tensão capilar: 
• resultante da atração de toda parede sólida sobre 
as moléculas de água 
INFILTRAÇÃO, PERCOLAÇÃO E DRENAGEM... 
– Tensão osmótica: 
• é exercida sobre uma solução pouco salina em 
relação a uma mais salina 
– Tensão do vapor d'água: 
• ocorre no contato da água com o ar não saturado 
e aumenta com a redução da umidade do ar 
– Tensão higroscópica: 
• atração de toda superfície sólida sobre as 
moléculas de água em contato direto com ela 
• Para separar a água dos sólidos é preciso 
centrifugar ou submeter o material a temperaturas 
superiores a 105ºC 
INFILTRAÇÃO, PERCOLAÇÃO E DRENAGEM... 
• A medição da percolação pode ser realizada por 
aparelhos como lisímetros, infiltrômetros e tensiômetros 
Indica se a água do solo está 
retida com alta ou baixa energia 
(em solos secos a energia de 
retenção é alta, em solos úmidos 
ocorre o inverso) 
Bacias hidrográficas e redes de 
drenagem 
Rede hidrográfica 
• É formada pelos elementos lineares representados pelos 
cursos d’água e suas conexões, não abrangendo a área 
entre os canais, ou seja, refere-se à hidrografia 
propriamente dita 
Bacia hidrográfica 
• Sistema geograficamente definido a partir da configuração 
da rede de drenagem e delimitado por divisores 
hidrográficos morfológicos 
• Possui dimensões físicas, biológicas, econômicas, sociais 
e culturais 
Padrões de drenagem 
• Organização da rede de drenagem numa visão em 
planta 
• Refletem diferentes respostas do trabalho fluvial às 
variações de substrato e de clima, principalmente 
• Pode ocorrer mais de um padrão em uma mesma bacia 
ou padrões diferentes em bacias vizinhas 
Padrões de drenagem... 
Dendrítico 
• Típico deáreas com 
– substrato sedimentar com camadas horizontais, ou de 
rochas com resistência uniforme, como as cristalinas 
– pequena declividade regional no presente ou no 
tempo da incisão da drenagem 
• Padrões derivados 
– Subdendrítico: áreas com controle secundário, 
geralmente estrutural 
– Pinado: áreas com materiais de textura fina, 
facilmente erodíveis 
– Anastomosado: áreas de planícies, deltas e pântanos 
– Distributário: leques aluviais e deltas 
Distributário Anastomosado Pinado Subdendrítico 
Padrões de drenagem... 
 Paralelo 
• Geralmente indica declividades moderadas a elevadas, 
porém também é encontrado em áreas com formas de 
relevo paralelas e alongadas 
• Padrões derivados 
– Subparalelo: declividades intermediárias ou controle 
por formas de relevo subparalelas 
– Colinear: entre dunas e loess lineares 
Colinear 
Subparalelo 
Paralelo 
Padrões de drenagem... 
Treliça 
• Típico de áreas de rochas metassedimentares dobradas, 
com fraturas paralelas 
• Padrões derivados 
– Subtreliça: formas de relevo paralelas e alongadas 
– Treliça Direcional: homoclinais suaves ou pequena 
declividade regional 
– Treliça Recurvado: dobras “mergulhadas” 
– Fault trellis: condicionada por diversos tipos de falhas 
– Joint trellis: falhas ou sistema de fraturas retilíneas e 
paralelas 
Direcional 
Recurvado 
Falha 
Junta 
Padrões de drenagem... 
 Retangular 
• Sistemas de fraturas ou falhas com ângulos retos 
• Cursos d’água e divisores sem continuidade regional 
• Padrão derivado 
– Angulate: Sistemas de fraturas ou falhas com 
diferentes ângulos 
Padrões de drenagem... 
 Radial 
• Vulcões, domos e relevos residuais 
• Padrão derivado: 
– Centrípeto: crateras, caldeiras e outras depressões 
Padrões de drenagem... 
 Anular 
• Domos, diatremas e possíveis stocks 
• Vulcões cujo cone foi erodido 
Padrões de drenagem... 
 Multibasinal 
• Áreas de vulcanismo recente, de dissolução de rochas, e 
de solos congelados 
• Termo descritivo sugerido para todos os padrões 
compostos por múltiplas depressões cuja origem exata 
não é conhecida 
• Geralmente, as conexões são subterrâneas 
• Padrões derivados 
– Glacially disturbed: erosão e deposição glacial 
– Carste: origem na dissolução de rochas 
– Thermokarst: solos congelados 
– Baías alongadas: planícies costeiras e deltas 
Padrões de drenagem... 
 Contorcido 
• Associado a áreas dobradas 
• Diques, veios e bandas migmatizadas podem 
servir como camadas resistentes em algumas 
áreas 
Padrões de drenagem... 
Outros padrões 
 
Complexo 
Palimpsesto 
Palimpsesto 
Composto 
Bacia hidrográfica 
• Converge todos os fluxos hidrológicos superficiais, sendo 
drenada por um ou mais cursos de água permanentes 
e/ou temporários, sendo que a vazão converge para um 
único ponto de saída (oceano, lago, outro curso d’água) 
• Classificação pelo padrão geral de escoamento 
– Exorréicas: possuem a drenagem fluindo diretamente 
para os oceanos ou mares 
– Endorréicas: sua drenagem flui para corpos d’água 
interiores como lagos 
– Criptorréicas: tipicamente cársticas, ou seja, 
subsuperficiais 
– Arréicas: não apresentam rede hidrográfica bem 
estruturada e organizada, sendo típicas de desertos 
Delimitação de bacia hidrográfica 
 
Delimitação de bacia hidrográfica 
DIVISORES 
• Superficiais: são configurados pela morfologia (relevo), 
cujas partes mais elevadas marcam os interflúvios 
• Freáticos: são configurados pela organização geológica, 
ou seja, pelas características litológicas e estruturais do 
substrato 
Litoestruturas/ 
Camadas de rochas 
Interflúvio 
Divisor freático 
Umidade do solo 
Zona não saturada 
Superfície 
Ciclo hidrológico à escala de bacia hidrográfica 
Evapotranspiração Precipitação 
Vegetação 
Zona saturada 
Armazenagem profunda Perdas profundas 
Escoamento sup. pluvial 
Percolação 
Percolação 
Percolação 
Canais 
fluviais 
Descarga 
fluvial 
EC 
EC 
EC 
EC – Elevação Capilar Entrada Saída Armazenagem Transferência 
Gotejamento ou 
escorrimento pelo tronco 
Infiltração 
Percolação 
Percolação 
Percolação profunda 
Ciclo hidrológico alterado 
Evapotranspiração Precipitação 
Armazenagem profunda Perdas profundas 
Escoamento sup. pluvial 
Canais 
fluviais 
Descarga 
fluvial 
EC 
EC 
EC – Elevação Capilar Entrada Saída Armazenagem Transferência 
Percolação profunda 
Superfície 
impermeabilizada 
EC 
Ciclo Hidrossocial 
• Ao utilizar a água em suas atividades produtivas, a 
sociedade altera as condições naturais de 
movimentação da água, recriando o ciclo hidrológico no 
ciclo hidrossocial 
• Exemplo: água que é engarrafada para ser vendida 
como mercadoria 
– Captação em um manancial > estação de 
tratamento/controle > engarrafamento > transporte 
até o centro consumidor 
– Após seu uso: transpiração > sistema de 
esgotamento sanitário > drenagem superficial 
Ciclo Hidrossocial... 
• A água captada em um determinado local, rompe o ciclo 
hidrológico de sua bacia de origem, entra em novo ciclo 
de movimentação – hidrossocial – para ser incorporada 
em outra bacia, englobando um novo ciclo hidrológico, 
espacialmente desconectado do primeiro 
• Transposições de bacias hidrográficas, nesse contexto, 
são comuns e as modificações qualitativas e/ou 
quantitativas na água de determinada unidade espacial 
ocorrem a todo tempo 
• Diferentes modelos socioeconômicos 
– conceitos de disponibilidade, acesso e escassez 
hídrica passam a ter conotações sociais 
– Estratificação das oportunidades de utilização dos 
recursos hídricos e acesso ao saneamento básico em 
função da renda 
Ottocodificação 
• A codificação de bacias proposta por Otto Pfafstatter 
(1989) aperfeiçoa o gerenciamento das bacias de 
drenagem 
• Trata-se de um método hierárquico que tem como base 
a topografia do terreno, permitindo um detalhamento do 
sistema hídrico com uma economia significativa de 
códigos 
• Geralmente, partem de modelos digitais de elevação 
• É um método com aplicabilidade global e o modelo de 
classificação mais adequado para se trabalhar em 
sistemas computacionais 
 
Ottobacias... 
A codificação se baseia nos seguintes princípios: 
• Curso d’água principal: é sempre o que tem a maior 
área de contribuição 
• As quatro bacias maiores 
– recebem códigos pares que são atribuídos de jusante 
para montante 
– a bacia mais a jusante é a de código 2 e a mais a 
montante de todas, 8 
• As interbacias 
– recebem códigos ímpares, sendo a da foz a número 
1, a interbacia entre as bacias 2 e 4 recebe o valor 3, 
e assim por diante, até a última bacia de montante, 
que recebe o número 9 
 
Ottobacias... 
1 2 
3 
7 
4 
6 
8 
9 
5 
Ottobacias... 
Gomes e Barros (2011) - 
Classificação de Ottobacias 
(Adaptação dos dados disponíveis em: 
http://www.ana.gov.br). 
Ottobacias... 
• Conceitos: 
• Trecho de curso d’água - segmento entre uma foz 
e sua confluência, ou segmento entre confluências, 
ou segmento entre uma confluência e sua nascente 
• Curso d’água - junção de trechos de curso d’água 
que segue da foz à cabeceira utilizando como critério 
a maior área a montante a partir de cada confluência 
• Rio - junção de trechos de curso d’água contínuos 
que possuem a mesma toponímia 
• Ottobacia - área de contribuição direta de cada 
trecho de curso d’água 
Ottobacias... 
• Informações de topologia hídrica 
• código da bacia; 
• código do curso d’água; 
• código derio; 
• comprimento do trecho; 
• distância à foz da bacia; 
• distância à foz do curso d’água; 
• área de contribuição direta da ottobacia; 
• área a montante a partir do trecho; 
• direção de digitalização da hidrografia; 
• dominialidade do curso d’água; 
• nível de Ottobacia; 
Elementos do sistema fluvial 
CABECEIRAS DE DRENAGEM 
• Formas côncavas sobre as quais se originam ou 
avançam as cabeças de canais e que concentram fluxos 
pluviais e sedimentos 
• Podem apresentar morfologia suavizada e mal 
demarcada na superfície 
• Originam-se de processos de intemperismo e erosão 
superficial e sub-superficial de caráter químico 
(dissolução) e/ou físico (erosão mecânica), onde as 
águas pluviais e subterrâneas são os agentes principais 
• Envolvem as áreas de contribuição hídrica superficiais 
em que se formam os “canais de ordem zero” 
Elementos do sistema fluvial... 
RAVINAS 
• “Canais de ordem zero” 
– Constituem a drenagem temporária em ambientes 
tropicais úmidos 
– Cursos d’água efêmeros: contribuem para os fluxos 
fluviais nos períodos de chuva 
• Formas erosivas lineares, geradas pela concentração 
do escoamento pluvial nas encostas 
• Podem ser estáveis (vegetadas) 
• Podem evoluir para voçorocas 
Elementos do sistema fluvial... 
VOÇOROCAS 
• Podem ser tanto fruto do aprofundamento de ravinas, 
chegando a atingir o nível freático, como se formarem a 
partir de túneis na subsuperfície (pipes) com posterior 
colapso do solo 
• Possuem uma evolução complexa, que inclui a erosão 
remontante em uma ou várias frentes de expansão, a 
incisão vertical, o alargamento a partir do colapso de 
solo em suas bordas (influência do nível freático), além 
da erosão subsuperficial por “entubamento” (piping) 
• Podem fazer parte da drenagem perene 
Elementos do sistema fluvial... 
NASCENTES 
• Resolução CONAMA nº 303/2002 
– locais onde aflora naturalmente, mesmo que de 
forma intermitente, a água subterrânea 
• Novo Código Florestal (Lei 12.651/2012) 
– afloramento natural do lençol freático que apresenta 
perenidade e dá início a um curso d’água 
– olho d’água: afloramento natural do lençol freático, 
mesmo que intermitente 
• Felippe (2009) – painel de especialistas 
– sistema ambiental natural em que ocorre o 
afloramento da água subterrânea de modo 
temporário ou perene, integrando à rede de 
drenagem superficial 
NASCENTES... 
TIPOLOGIAS 
• Pontuais: os processos de exfiltração ocorrem em 
ponto único 
• Difusas: a exfiltração ocorre em uma área indefinida, 
encharcando o solo na forma de brejos 
• Múltiplas: sistemas com dois ou mais pontos e/ou áreas 
de exfiltração 
• Esses tipos podem apresentar subdivisões em termos 
de perenidade (nascentes perenes, intermitentes ou 
efêmeras), mobilidade temporal (nascentes móveis ou 
fixas), magnitude das vazões e morfologia da nascente 
(em concavidade, em afloramento rochoso ou duto, 
talvegue, em duto ou olho) - Felippe (2009) 
NASCENTES... 
• Felippe (2009) estabeleceu seis tipos de nascentes 
• Nove variáveis: morfologia, tipo de exfiltração, mobilidade, 
posição de afloramentos rochosos, profundidade do manto 
de intemperismo, vazão, razão de vazão, sazonalidade e 
contatos estratigráficos 
– Dinâmicas: sistemas de alta energia, capazes de 
promover erosão subsuperficial para que ocorra a 
exfiltração 
– Flutuantes: oscila sazonalmente sua posição na 
vertente e 
– Freáticas: oscila sazonalmente sua vazão 
NASCENTES... 
– Sazonais erosivas: intermitentes, relacionadas a 
feições desnudacionais que interceptam o nível freático 
no período úmido 
– Sazonais de encosta: intermitentes, caracterizadas por 
uma intensa variação do nível freático em mantos de 
intemperismo espessos e sem ocorrência de sulcos 
erosivos ou ravinas 
– Antropogênicas: correspondem a sistemas criados pela 
ação do homem como agente geomorfológico, 
apresenta características variáveis típicas de um 
sistema em desequilíbrio 
Elementos do sistema fluvial... 
CURSOS D’ÁGUA 
• São sistemas hidrológicos lóticos, definidos como 
ambientes de águas continentais em movimento 
• Podem ser perenes ou intermitentes e podem 
apresentar diferentes ordens de importância e 
diferentes regimes fluviais (dinâmica do fluxo em 
relação às contribuições pluviais, nivais ou glaciais) 
• Podem ser efluentes ou influentes 
• Representam o leito menor, que engloba o 
talvegue 
CANAIS FLUVIAIS... 
• Tipos de leitos fluviais 
– Quanto ao tipo de substrato: 
• leito rochoso ou leito aluvial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Quanto ao regime hidrológico: 
• Leito vazante, leito menor e leito maior 
Leito maior 
Leito maior 
CANAIS FLUVIAIS... 
• Foz: ponto onde o rio deságua 
– Tipos: em estuário, em delta 
CARACTERÍSTICAS DOS FLUXOS 
• Tipos de fluxo e vetores de velocidade 
CARGA FLUVIAL 
• Todo material erodido e/ou transportado pelo rio 
– A maior parte se origina nas erosão das vertentes 
• Entre 70 e 90% do transporte de sedimentos nos 
cursos d’água ocorre no período chuvoso 
• Alúvio: 
– sedimentos detríticos e orgânicos depositado por rios 
– de argila (< 0.002 mm) a matacão (> 256 mm) 
• Fatores hidrológicos 
– Determinam as características e a quantidade de 
sedimentos aportados aos rios 
• Distribuição da precipitação, geologia, condições 
topográficas, cobertura vegetal 
• Conceitos ligados ao transporte fluvial 
– Competência fluvial: maior granulometria passível de 
transporte 
– Capacidade fluvial: quantidade de sedimentos 
passível de transporte 
CARGA FLUVIAL... 
• Carga de leito (silte médio a cascalho) 
– Depositado no leito por perda de capacidade e/ou competência 
• Carga em suspensão (argila a areia fina) 
– Deposição por assentamento gravitacional em ambientes de 
baixa energia, como planícies aluviais 
• Carga dissolvida (Íons) 
– Depositado por precipitação em locais de acumulação 
CARGA FLUVIAL... 
CARGA FLUVIAL... 
Diagrama de Hjülstrom 
MORFOLOGIA DOS CANAIS 
• Padrões básicos: 
– Meandrante, entrelaçado e anastomosado 
– Retilíneo (trechos condicionados, geralmente, pelo substrato) 
• Podem coexistir num mesmo rio 
Miall (1985) 
Padrão meandrante 
• Meandramento 
– Diferente de sinuosidade 
– Margem côncava: erosão 
– Margem convexa: deposição 
• Condições favoráveis: 
– Clima (semi)úmido – estabilidade às margens 
– Estabilidade com o nível de base 
– Fluxo turbulento 
• Abandono de meandros 
– Neck cutoff e chute cutoff (avulsão) 
Padrão anastomosado 
• Vários subcanais 
interconectados, separados 
por ilhas bem estabilizadas 
• Condições favoráveis: 
– Subsidência tectônica 
– Clima (semi)úmido 
• finos + matéria 
orgânica 
Padrão entrelaçado 
• Várias linhas de fluxo que se interligam 
• Predominância de carga de leito 
• Canais muito largos e pouco profundos 
• Condições favoráveis: 
– Regime hidrossedimentológico descontínuo 
• Típico de áreas periglaciais e de clima (semi)árido 
– Fornecimento sedimentar acima da 
capacidade/competência do rio 
Classificação de Rosgen (1994) 
Classificação de Rosgen (1994)... 
Elementos do sistema fluvial... 
MARGENS FLUVIAIS 
• Delimitam os cursos d’água (leito menor) e podem 
apresentar diferentes formas e materiais constituintes 
• Podem ser côncavas, convexas ou retilíneas, sendo 
modeladas pelo fluxo 
• Podem ser marcadas por diques marginais 
• A manutenção do equilíbrio das margens contribui paraa estabilidade dos cursos d’água 
• Margens ricas em matéria orgânica e argila são, 
geralmente, mais estáveis, enquanto margens arenosas 
são, geralmente, menos estáveis 
Elementos do sistema fluvial... 
VALES FLUVIAIS 
• Os vales são constituídos por talvegues, vertentes 
convergentes e topos das elevações morfológicas 
• São esculpidos pelos cursos d’água ao longo do 
tempo, principalmente a partir de dois conjuntos de 
processos: o encaixamento fluvial e a migração 
lateral 
• Os processos de encostas (erosão e sedimentação, 
movimentos de massa) complementam a gênese 
dos vales conferindo o seu modelado 
VALES FLUVIAIS... 
• Os fundos dos vales constituem-se em zonas de fluxos 
convergentes de água e sedimentos 
• As vertentes ou encostas são formas tridimensionais 
geradas por processos de erosão e sedimentação, e 
que conectam os interflúvios aos fundos dos vales 
• As encostas apresentam geralmente zonas convexas 
(noses), nas quais há divergência do fluxo, e zonas 
côncavas (hollows, dells, dambos, circos, anfiteatros), 
marcadas pela convergência dos fluxos de água e 
sedimentos 
VALES FLUVIAIS... 
• Vale encaixado (em “V”) X Vale aberto 
 
 
 
 
 
 
 
• Montante X Jusante 
VALES FLUVIAIS... 
• Vale de fundo chato 
Elementos do sistema fluvial... 
PLANÍCIES FLUVIAIS 
• Nível deposicional ativo 
• As definições variam da concepção espacial que engloba 
todo o fundo do vale, a exceção do canal, a definições 
estatísticas, tais como planície de inundação de 10 e de 
100 anos 
• Em geomorfologia: 
– formas deposicionais, relativamente planas, marginais 
aos cursos d’água e em construção pelo regime (taxas 
erosão, transporte e deposição) vigente dos mesmos 
• São geradas pelos processos de migração lateral e 
acreção vertical 
PLANÍCIES FLUVIAIS... 
• Entretanto, há planícies que são formadas apenas por 
acreção vertical de sedimentos, não havendo 
expressiva migração lateral do canal, como em rios 
fortemente controlados por estruturas geológicas 
PLANÍCIES FLUVIAIS... 
• Planície fluvial = Leito maior – Leito menor 
• Planície fluvial = Planície aluvial = Planície de 
inundação 
• Enchentes ou cheias 
– elevação temporária do nível d´água em dado canal de 
drenagem devido ao aumento da vazão ou descarga 
• Inundações 
– ocorrem quando as cheias ultrapassam a cota máxima da calha 
de drenagem principal, ocorrendo o extravasamento das águas 
do canal para as áreas marginais 
• Alagamentos 
– ocorrem quando há acúmulo momentâneo de água em dada 
área devido a problemas no sistema de drenagem, podendo ou 
não ter relação com processos fluviais 
Rocha (2010) 
http://dx.doi.org/10.1590/S1982-45132010000100014 
PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO 
• Formas típicas (sub-ambientes): 
– canais fluviais ativos e abandonados; meandros 
abandonados e pântanos; barras de pontal; Meander 
scrolls; sloughs (áreas de águas paradas); diques 
marginais; etc. 
• A maioria dessas feições está presente apenas nas 
planícies de grandes rios 
• Em fotos aéreas e imagens de satélite são áreas 
destacadas pela topografia regularizada e maior 
umidade, associada, por vezes, a tipos vegetacionais 
típicos 
Importância das planícies 
• Funcionam como zonas tampão – permitem o 
armazenamento de água durante as inundações, 
minimizando possíveis efeitos negativos das cheias à 
jusante dos canais 
• Auxiliam a manutenção do equilíbrio dos canais fluviais 
– contribuem para a estabilização das margens e para a 
lenta liberação de água armazenada 
• Retêm sedimentos (principalmente em suspensão) e 
minerais associados, facilitando sua absorção pela 
vegetação e bactérias fixadoras 
Importância das planícies... 
• Denitrificação, transformação do nitrogênio sob forma de 
nitrato (NO3-) em gases (N2O e N2) e posterior 
eliminação na atmosfera 
• Complexação e retenção de metais pesados (matéria 
orgânica exerce papel de filtro), pesticidas e fósforo 
agregado aos sedimentos 
– Planícies fluviais podem apresentar condições de 
hidromorfismo, promovendo a acumulação de 
matéria orgânica 
Elementos do sistema fluvial... 
TERRAÇOS FLUVIAIS 
• Nível deposicional abandonado 
• Formas deposicionais inativas ou abandonadas pela 
dinâmica fluvial atual, permanecendo na paisagem sob 
forma de níveis aplainados ou suavemente inclinados 
• Quando os níveis deposicionais abandonados não 
apresentam mais a forma suavizada ou plana, não 
devem ser denominados de terraços 
• Em função das características dos sedimentos, podem 
auxiliar a infiltração das águas superficiais e equilibrar a 
erosão marginal dos cursos d´água (devido à sua 
resistência) 
Elementos do sistema fluvial... 
VEGETAÇÃO RIBEIRINHA 
• Pode ser divida em: 
– Formação vegetal com influência fluvial permanente (solo 
permanentemente encharcado); Formação vegetal com 
influência fluvial sazonal; Formação vegetal sem influência 
fluvial 
• Segundo Martins (2001): 
– Mata-galeria: orla uma ou ambas as margens de um 
curso d’água, porém é diferente da vegetação original de 
interflúvio (cerrado, caatinga, etc.) 
– Mata ciliar: seria mais estreita, orlando os cursos d’água, 
em situações em que a vegetação de interflúvio também é 
florestal 
VEGETAÇÃO RIBEIRINHA... 
Áreas de Preservação Permanente (APPs) 
• Áreas das quais a vegetação não pode ser retirada 
• Definidas pela Lei 12.651/2012 (Novo Código Florestal) 
No entorno de 
nascentes 
Situação 
 
Raio mínimo de 50 m 
Áreas no entorno das nascentes e dos olhos 
d’água perenes, qualquer que seja sua situação 
topográfica. 
Faixa marginal de 
veredas 
Situação 
Largura mínima de 50 m Faixa marginal, em projeção horizontal, com 
largura mínima de 50 m, a partir do limite do 
espaço brejoso e encharcado. 
No em torno de lagos 
naturais 
Situação 
100 m Zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 
hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 
m. 
30 m Zonas urbanas. 
No entorno dos 
reservatórios artificiais 
Situação 
Variável em acordo com as 
licenças ambientais dos 
empreendimentos. 
Áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, na 
faixa definida na licença ambiental do empreendimento. 
Não se aplica nos casos em que os reservatórios 
artificiais não decorram de barramento ou 
represamento de cursos d’água. No entorno dos 
reservatórios artificiais situados em áreas rurais com 
até 20 ha de superfície, a APP terá, no mínimo, 15 m. 
Entorno de reservatórios 
com superfície inferior 
a 1 ha 
 
Situação 
Dispensado o 
estabelecimento de APP 
Fica dispensado o estabelecimento das faixas de ÁPP no 
entorno das acumulações naturais ou artificiais de água 
com superfície inferior a 1 ha, vedada nova supressão 
de áreas de vegetação nativa. 
Largura mínima da faixa 
marginal de curso d’água 
Situação 
30 m em cada margem Rios com menos de 10 m de largura 
50 m em cada margem Rios com 10 a 50 m de largura 
100 m em cada margem Rios com 50 a 200 m de largura 
200 m em cada margem Rios com 200 a 600 m de largura 
500 m em cada margem Rios com largura superior a 600 m 
 
 
 
 
Áreas urbanas 
Em áreas urbanas definidas por lei 
municipal, e nas regiões metropolitanas 
e aglomerações urbanas, as faixas 
marginais de qualquer curso d’água 
natural que delimitem as áreas da faixa 
de passagem de inundação terão sua 
largura determinada pelos respectivos 
Planos Diretores e Leis de Uso do Solo, 
ouvidos os Conselhos Estaduais e 
Municipaisde Meio Ambiente, sem 
prejuízo dos limites estabelecidos acima. 
Áreas de Preservação Permanente... 
• Também podem ser APPs áreas declaradas de interesse 
social por ato do Chefe do Poder Executivo a fim de: 
 conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e 
deslizamentos de terra e de rocha 
 proteger restingas, veredas, várzeas e sítios de 
excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou 
histórico 
 abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de 
extinção 
 formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias 
 assegurar condições de bem-estar público 
 auxiliar a defesa do território nacional 
 proteger áreas úmidas, especialmente as de importância 
internacional 
Funções das APPs 
• A vegetação tende a reduzir o escoamento superficial e 
a erosão e, assim, favorece a infiltração da água no solo 
• Protege os cursos retendo sedimentos e favorecendo a 
recarga de aquíferos (perenização dos cursos d’água) 
• Também aumenta a interceptação da água da chuva, 
reduzindo a erosão 
• A cobertura morta (folhas, galhos, etc.) aumenta a 
infiltração e retarda a velocidade do fluxo superficial, 
equilibrando os fluxos hídricos no solo 
• A matéria orgânica incorporada ao solo influencia a 
estrutura, a permeabilidade e a capacidade de retenção 
de umidade pelo solo, além da “filtragem” de poluentes 
• Funcionam como bancos de sementes e corredores 
ecológicos, mantêm a temperatura, fornecem alimentos 
para a fauna aquática 
Elementos do sistema fluvial... 
LAGOS 
• Ambientes lênticos – águas não correntes 
• Limnologia: ciência que estuda a estrutura e o 
funcionamento dos ecossistemas aquáticos continentais 
lênticos, sobretudo quanto aos seguintes processos 
biológicos: 
– Produção: é realizada pelos organismos que sintetizam matéria 
orgânica a partir de CO2, sais minerais e energia solar 
• Cerca de 40 % da produção primária é imediatamente 
metabolizada por bactérias na água 
• O conteúdo de Clorofila A (fitoplâncton) pode ser previsto a 
partir das quantidades de P, um dos principais fatores 
limitantes para a produtividade 
– Consumo: energia obtida por organismos a partir da matéria 
orgânica sintetizada pelos produtores primários 
– Decomposição: realizada por bactérias e fungos, pode reduzir 
a matéria orgânica, os sais minerais, H2O e CO2 
LAGOS... 
• Estratificação térmica 
– epilimnio (estrato mais quente) 
– hipolimnio (mais frio) 
– termoclínio (intermediário) 
LAGOS... 
• A trofia é o nível de “nutrição” de um corpo 
d’água, por unidade de tempo: 
– Distrófico (“água marrom”): há altas concentrações 
de ácidos húmicos dissolvidos, mas escassez de 
nutrientes minerais 
– Oligotrófico: pobre em nutrientes minerais, com 
baixa produtividade 
• Geralmente são corpos d’água profundos com 
hipolímnio mais espesso e elevada transparência 
• Os sedimentos são pobres em matéria orgânica, o 
oxigênio é abundante, há ausência de explosão 
de algas, e os bentos profundos são pouco 
numerosos 
LAGOS... 
– Mesotrófico: a produtividade é intermediária 
– Eutrófico: ambiente rico em nutrientes minerais, com 
elevada produtividade 
• Geralmente são corpos d’água rasos, com 
transparência limitada, abundância de sedimentos 
orgânicos, oxigênio reduzido, fitoplâncton 
abundante, comuns explosões de algas e grande 
biomassa de bentos profundos, porém são pobres 
em espécies

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