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Resumo - 2ª prova MICOLOGIA

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Micologia – Resumo – 2ª Prova 
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Alberto Galdino - Biomedicina 
LEVEDUROSES 
São doenças causadas por leveduras. 
 Candidas 
 Brotamento 
 Pseudomicélio 
 Micélio Verdadeiro 
 
- O exame direto não tem valor diagnóstico depois de 2 horas 
- No caso da pele apenas em dobras 
 
 Espécies de Interesse Médico 
 Candida albicans (mais comum. HIFAS resistentes até 35°C) 
 C. dubliniensis 
 C. tropicalis 
 C. parapsilosis 
 C. glabrata (resistente a foconazol) 
 C. pseudotropicalis 
 C. krusei (resistente a foconazol. Pseudomicélio pequeno). 
 
↗Candidíase 
 Manifestações Clínicas – Candidíase Alérgica 
 Características 
- Lesões secundárias 
- Lesões cutâneas: Vesiculares; Papulosas; Czemotóides 
 Fatores Predisponentes: irritação do foco 
 Microscopia direta 
 Estrutura Fungica 
 Cultura + ED: mícide, quando sugerir uma candidíase 
C: tem-se candidíase 
 
↗Candidíase Cutâneo-Mucosa 
- Micose interlabial – uso prolongado de antibiótico 
- Micose perianal – (swab) 
- Candidíase atrelada à higiene, fazer a assepsia antes do exame. 
 
 Fatores Predisponentes 
 Higiene 
 Promiscuidade 
 Gravidez 
 Antibioticoterapia prolongada 
 Indumentária inadequada 
 
 Formas Cutâneas 
 Submamárias 
 Subaxilares 
 Inguinocrurais 
 Retroauriculares 
 Espaços interdigitais 
 Cicatriz umbilical 
- Não precisa fazer coleta na borda da lesão como no caso das dermatofitoses. 
Exame direto 
LEVEDUROSE 
Colonização  Doença 
Forma estruturas de resistência 
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 Formas mucosas 
 Estomatite cremosa 
 Glossite – fica restrita à língua – fungo e/ou bactéria 
 Amigdalite, Faringite 
 Esofagite, Gastroenterite 
 Ceratite – lente de contato ou uso de corticoide 
 Vulvovaginite 
 
 Formas Cutâneo-Mucosas 
 Estomatite angular – secundária anterior 
 Balonoprepucial 
 
 Candidíase Intertriginosa (cutâneo mucosas) 
 Vulvovaginite 
 Balonopostite 
 Interglutea 
 Genitocrurais 
 
ONICOMICOSE 
↗Candidíase Oral 
- Pseudomembranosa (sapinho) 
- Atrófica aguda ou glossite (secundária a pseudomembranosa) 
- Hiperplásica crônica (leucoplasia) – placas de coloração branca na boca 
- Quelite angular (boqueira) 
 
 Amostras Clínicas 
- Escamas epidérmicas 
- Escamas ungueais 
- Secreções 
- Urina 
 
 Coleta e Manipulação 
- Oral: swab + tubo com soro fisiológico 
 
 Manipulação – à fresco 
 Purificação: identificação – prova da enzima (urease) ‘v. de fenol’; 
 Oxinograma; Zimograma; 
 Testes Bioquímicos  Fonte de carbono (D. G. S. M. L. R) 
 N- nitrogênio: S+ 
- Toda fonte que se fermenta obrigatoriamente deve ter sido assimilado 
- Fica um halo (assimila-se) 
 
↗Candidíase Mucocutânea Crônica 
- É decorrente do mau funcionamento dos leucócitos 
- Acomete simultaneamente pele, unhas e mucosas. 
- Persistente em lactentes ou adultos jovens 
- ↑ meninos 
 
 Características 
- Longa evolução clínica 
- Resistente aos tratamentos 
Clarificação: KOH 
Cultura: Sabouraud + Antibióticos 
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 Fatores Predisponentes 
 Agamoglobulinemias 
 Displasia do timo 
 Disgenesia tímea 
 Síndrome de DiGeorge 
 Alterações Endócrinas 
 Alterações imunológicas primárias 
 
- Candidíase Língua negro pilosa 
 
Queixa clínica: boca seca, queimação, hipertrofia das papilas (torna-se escura). 
 
 
CANDIDÍASE SISTÊMICA OU VISCERAL 
 Características 
- Geralmente é propagada pela corrente sanguínea 
- Pode acometer vários órgãos 
- IMPORTANTE: 
 Pode ser potencialmente fatal (Neutropenia Grave) 
 Manifestações clínicas com grande variabilidade de sintomas, inespecífica. 
 
 Amostras biológicas 
- Quatro placas positivas para o mesmo fungo. 
1) (AGS)  28 +- 2°C 
2) (AGS)  37°C 
3) (BHI)  28 +- 2°C 
4) (BHI)  37°C 
 
- Exame direto de sangue tem-se limitações, mas pode ajudar na rapidez do diagnóstico 
 
 Fatores Predisponentes 
 Radioterapia e Quimioterapia 
 Medicação imunossupressora e drogas Citotóxicas 
 Emprego de corticoides 
 AIDS 
 Cuidados intensivos e rupturas de barreiras mecânicas 
 Fatores relacionados aos microorganismos 
 Antibioticoterapia prolongada e de largo espectro. 
 
 Quadros Clínicos 
 Cardíaca (endocardite) 
 Respiratória (pulmonar) 
 SNC (meningite) 
 Digestiva 
 Renal 
 Disseminada 
 Fingemia 
 
 Amostras Clínicas 
 Aspirado e lavado brônquico 
 Biopsia de diversos órgãos 
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 Urina 
 LCR 
 Sangue 
 
*CUIDADOS* 
- Jejum, Assepsia bucal, Observar lesões orais 
- Amostra de escarro: 3 amostras positivas para fechar diagnóstico = observar as condições da 
cavidade oral é importante, o tempo de coleta da amostra. 
- Urina, cuidados com a coleta: assepsia e coleta do jato médio (desprezar o 1º jato, afastar os 
grandes lábios). 
- Receber material COLETADO NA HORA, apenas. 
- Toda vez que o médico fazer a cirurgia, tem que falar a melhor maneira da biópsia: cortes 
finos (KOH ou corantes). Inocula no meio para fazer a cultura. 
- Microscopia direta: tem o valor para dizer se é DOENÇA (Candidíase) ou COLONIZAÇÃO DE 
FUNGOS (Candida). 
 
 Diagnóstico: Visualização microscópica 
- LEVEDURAS e PSEUDOMICÉLIO em exame direto de LCR 
- MICÉLIO e CÉLULAS BROTANTES no escarro, corado por GRAM 
- Biópsia – Septicemia por cândida (de rim e coração, por exemplo). 
 
 
CRIPTOCOCOSE 
É uma micose crônica, aguda ou subaguda de evolução geralmente grave causada por uma 
LEVEDURA CAPSULADA. 
 
 Agente Etiológico 
 Cryptococcus neoformans 
 C. laurentii 
- As 3 espécies são capsuladas, mas nem sempre apresentarão a capsula. 
- Fase filamentosa (com basídio e basidiósporo) forma infectante, no corpo ela muda e produz 
a cápsula. 
- Tem afinidade pelo SNC (disseminação) 
 
 Epidemiologia e Ecologia 
 Cosmopolita (Sorotipo A, D e AD) 
 Regiões tropicais e subtropicais (Sorotipo B e C) 
 Alta incidência em pacientes com AIDS por C. neoformans var neoformans 
 Alta incidência em nativos do Norte por C. neoformans var gattii 
 
 Fonte de Infecção 
 Solo 
 Fezes de pombos e outras aves 
 Madeira em decomposição 
 
 Vias de Infecção 
 Inalatória 
 Tegumentar (introdução do fungo diretamente) 
 
 
 
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 Ciclo de Infecção 
Excreção da ave  Dejetos ricos em esporos (basidiósporos)  Inalação e ida pro 
pulmão  Alojamento nos alvéolos  Disseminação no SNC  Cultura Positiva 
 
 Quadros Clínicos 
 
 
Formas Anatomo-Clínicas 
da Criptococose 
 
 
- Diagnóstico Diferencial: Molusco Contagioso 
 
 Amostras Clínicas 
 LCR 
 Esputo 
 Lavado Brônquico 
 Sangue 
 
 Exame Direto 
 Clarificação com KOH 
 Coloração com Tinta Nanquin (tinta da China): PRODUZ MELANINA 
- Lesões com pápulas e lesões granulomatosas 
 
 Cultura 
 Ágar Sabouraud adicionado de antibiótico 
 Meio de Staib (meio contendo sementes de níger) 
 
 Identificação 
- Aspectos MACROSCÓPICOS, MICROSCÓPICOS e FISIOLÓGICOS 
- Produção da enzima UREASE 
- Células de levedura isoladas ou brotantes c/cápsula (nanquin) 
- Espécies de Criptococose: mucoide no meio (é brilhante e coloração creme) 
- Resistente 
- Meio Canavina-Glicina- Azul de Bromotimol (CGB): 
 resultado positivo: var gattii (amarelo escuro, pois fermenta glicina) 
 resultado negativo: var neoformans (fica azul) 
 
 Diagnóstico Micopatológico e Histopatológico 
 Visualização de levedura capsulada em preparações com tinta nanquim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões Tegumentares 
(predominantementecutânea) 
Lesões Viscerais e em outros Órgãos 
Lesões Mistas 
Lesões Ulcerosas 
Forma Meningoencefálica 
Forma Pulmonar 
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MICOSES SUBCUTÂNEAS 
(Esporotricose, Cromomicose e Lobomicose) 
 
 São infecções agudas ou crônicas causadas por vários tipos de fungos, normalmente 
saprofíticos que vivem no solo, água e nos vegetais em decomposição. 
 São caracterizadas pela penetração dos esporos através da pele (furadas, arranhões, 
feridas abertas, cortes acidentais) podendo causar uma invasão dos tecidos 
subcutâneos atingindo a derme, hipoderme, tecido muscular e gânglios linfáticos. 
 São disseminados por via hematogênica ou linfática. 
 
 
ESPOROTRICOSE 
 Infecção crônica dos tecidos cutâneos e subcutâneos. Produzem lesões ulcerativas e 
gomosas sendo clássica a forma cutâneo-linfática ascendente. 
 Formas clínicas localizadas, pulmonares, ósseas, genitourinárias, generalizadas e 
formas de meningite também são descritas. 
 A contaminação se dá através de contato com plantas e o solo, normalmente por 
inoculações acidentais. 
 
 Agente etiológico: Sporothrix schenckii. 
 
Isolamento é feito em meio de Sabouraud + antibiótico cloranfenicol (50mg/L), incubados 
durante 5 a 7 dias às temperaturas de 28°C e 30°C. 
Identificação é feita através do estudo das características macro e micromorfologicas típica das 
espécies. 
 
EXAME HISTOPATOLÓGICO 
CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS AO EXAME DIRETO 
As amostras clínicas podem ser examinadas a fresco com KOH à 20%, ou em esfregaços 
corados pelo Gram, PAS, HE ou Giemsa. Sua positividade é baixa, em decorrência do número 
escasso e pequeno tamanho das estruturas fúngicas. Podem ser observadas células 
leveduriformes ovais, globosas ou em forma de charuto e cercadas por halo claro. São Gram 
positivas e podem ser intra ou extracelulares. CORPO ASTERÓIDE 
consiste na estrutura fúngica cercada por coroa de material 
eosinofílico (fenômeno de Splendore-Hoeppfli) em coloração de 
PAS. 
 
Sporothrix schenckii 
CARACTERÍSTICAS DA CULTURA : à temperatura (25-30º C) 
Aspectos macroscópicos: 
 Coloração – varia do branco ao cinza, escurecendo com o tempo 
 Textura – glabrosa, seca no início 
 Bordos – pigmentados castanhos ou negros 
 Relevo – enrugado ou pregueado 
 Reverso – escuro 
 Velocidade de crescimento – rápida (3 a 5 dias) 
 
Aspectos microscópicos: 
 Numerosos filamentos finos, septados associados a delicados conídios ovóides, 
piriformes hialinos soltos ou, às vezes, agrupados a conidióforos terminais 
dando aspecto de “margarida”. 
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CARACTERÍSTICAS DA CULTURA : à temperatura de 37°C 
Aspectos macroscópicos: 
 Coloração – varia do branco ao creme 
 Textura – pastosa úmida 
 Relevo – irregular 
 Velocidade de crescimento – rápida (3 a 5 dias) 
 
Aspectos microscópicos: 
 Células de leveduras ovais, redondas ou fusiformes (em charuto ou naveta), 
com ou sem gemulação. 
 
 
CROMOMICOSE 
 São infecções causadas por um grupo de fungos da família Dematiaceae, que vivem no 
solo ou em vegetais em decomposição. 
 A infecção ocorre através da inoculação dos esporos no organismo através de furadas, 
arranhões ou feridas abertas. Os aspectos clínicos das lesões são variados; desde a 
forma tradicional verrucosa, bem como as formas eczematosa, eritemato – 
descamativas localizada ou disseminada. 
 Tratamento é longo. 
 Pode haver rescindivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS EM EXAME HISTOLÓGICO 
Material de biópsia tratado e corado pela Hematoxilina-Eosina e 
PAS, onde se observa a presença de células arredondadas, 
acastanhadas, de paredes espessas, com ou sem septações, 
únicas ou agrupadas, são os corpos fumagóides ou muriformes, 
comuns a todos os agentes de cromomicose. 
 
CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS EM CULTURA 
Os agentes da cromomicose são cultivados em ágar-Sabouraud + cloranfenicol + cicloeximida à 
temperatura de 25ºC; independentes do gênero, desenvolvem colônias que podem ter 
coloração cinza-oliva, cinza-escura ou negra, planas, com centro 
elevado, veludosas ou lanosas, reverso cinza-escuro a negro e 
crescimento relativamente lento. 
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 CONIDIOGÊNESE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conidiogênese do tipo Cladosporium 
CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS EM CULTURA 
O tipo Cladosporium caracteriza-se por apresentar conidióforos 
de comprimento variado, formando cadeias de conídios que se 
ramificam através de brotamento apical; os conídios uni e/ou 
bicelulares, marrom-claros, têm forma, tamanhos variados, 
irregulares, e estão dispostos em curtas cadeias acrópetas (que 
se produzem de baixo para cima, na direção do ápice). 
 
 
 
 
Conidiogênese do tipo Phialophora 
CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS EM CULTURA 
O tipo Phialophora forma conidióforos chamados fiálides (estruturas em forma 
de jarro) ao longo das hifas, que originam os conídios. Esses são ovais e se 
agrupam na porção superior ou ápice das fiálides. 
 
 
 
 
Conidiogênese do tipo Rhinocladiella 
CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS EM CULTURA 
O tipo Rhinocladiella apresenta conidióforos formados ao 
longo da hifa, dando origem a conídios ovais, que se localizam 
na extremidade superior (acroteca) e nos lados desses 
conidióforos. 
 
 
 
 
 
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CROMOBLASTOMICOSE: Conclusões 
1: As observações dos corpos fumagóides é conclusivo no diagnóstico de Cromoblastomicose. 
2: Indivíduos do sexo masculino são os mais afetado. 
3: A faixa etária é ampla compreendida entre 30 e 70 anos. 
4: Membros inferiores foram acometidos com maior freqüência 
5: Fonsecaea pedrosoi é o agente etiológico predominante de cromomicose. 
6:Cladosporium sphaerospermum e Rhinocladiella atrovirens também são agentes etiológicos 
de cromoblastomicose. 
 
O diagnóstico precoce é de extrema importância para o tratamento e a cura dessa micose. 
 
 
 
Doença de Jorge Lobo 
( Blastomicose queloidiforme) 
LOBOMICOSE ou LACAZIOSE 
 Infecção crônica de evolução lenta causada por um fungo chamado Lacazia loboi 
(Paracoccidioides loboi, Loboa loboi) caracterizada por lesões no tecido subcutaneo 
com aspectos clínicos queloidiformes. 
 A infecção ocorre através da inoculação dos esporos por traumas acidentais ou por 
feridas abertas. 
 O fungo vive no solo ou em vegetais. Até o presente momento não foi cultivado em 
meios artificiais. 
 O diagnóstico etiológico é feito pelo exame direto (KOH a 20%) ou por exames 
histopatológico através da biópsia. 
 
 
Lacazia loboi ( Doença de Jorge Lobo) 
CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS EM EXAME DIRETO 
Em secreções ou macerados de fragmentos de lesão, em 
montagem com KOH a 10-40% ou em colorações de HE, PAS, 
Gridley são evidenciadas grande quantidade de células de 
leveduras globosas ou elípticas (bico de limão), de tamanho 
uniforme, com paredes birrefringentes e inclusões lipídicas em 
seus citoplasmas. Brotam unipolarmente e podem ficar unidas 
por ponte citoplasmática formando cadeias, a imagem clássica 
para o diagnóstico da doença de Jorge Lobo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MICETOMAS 
São infecções causadas por vários tipos de fungos (Eumicetoma) ou bactérias 
(Actinomicetoma). A maioria das lesões são granulomatosas ou tumoriformes com produção 
de secreções, sero-purulentas ou sero-sanguinolenta que drenam expontaneamente, 
eliminando grãos ou grânulos que podem ser diferenciados ao exame direto com e sem 
coloração. 
 
FONTES DE INFECÇÃO 
O solo é o habitat naturaldesses micro-organismos, portanto, constitui-se na principal fonte 
de contaminação. A maioria desse organismos são sapróbios. 
 
FORMAS DE INFECÇÃO 
Ocorre após a inoculação dos esporos fúngicos ou bacterianos através de furadas acidentais ou 
feridas pré-existentes. Sendo a princípio aguda e tornando-se crônica com o tempo. 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
COLETA DO MATERIAL 
Obtenção da secreção é feita através de punção no local da lesão, drenagem expontânea de 
secreções contendo ou não grãos, raspagem ou fragmentos de tecido obtidos através de 
biópsia. 
 
PROCEDIMENTO 
 A Lavagem da secreção purulenta é feita em 03 a 05 mL de solução salina ou água 
destilada até o clareamento da mistura.(Utiliza centrifugação 2.500 rpm por 03 a 05 
vezes). Caso não haja uma centrífuga, a lavagem é feita de modo manual. Observar se 
há ou não presença de grãos. Se não, faz-se alguns esfregaços dessa mistura, fixa-se 
pelo calor ou em álcool absoluto e cora-se pelo Giemsas, Ziehl-Nielsen, PAS, HE ou 
Gram. 
 A cultura é feita em meio de Sabouraud com antibiótico para eumicetoma e em 
meios para bactérias ou actinomicetos nos casos de Botriomicose, Actinomicetoma e 
Nocardiose. 
PS: O exame direto pode definir presuntivamente, a etiologia do Micetoma e orientar o clínico 
para estabelecer um tratamento adequado e específico. 
 
Madurella mycetomatis 
CARACTERÍSTICAS MACRO E MICROSCÓPICAS DO GRÃO 
Grão negro, grande, sem clavas, visível a olho nu, composto de elementos micelianos 
septados, de dupla parede, com clamidosporos abundantes. No interior do grão, observa-se 
formações arredondadas, correspondendo à superfície de corte dos filamentos micelianos, 
embebidas em cimento cor de chocolate. 
 
CARACTERÍSTICAS DA CULTURA 
Aspectos macroscópicos: 
 Coloração – amarela, ocre-marrom 
 Textura – coriácea 
 Relevo – sulcos e dobras 
 Reverso – amarronzado 
 Velocidade de crescimento – lenta 
 
 
 
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Aspectos microscópicos: 
Hifas moniliformes e clamidosporos bem diferenciados; aleuriosporos piriformes que nascem 
de conidióforos simples ou ramificados e, conídios globosos produzidos em fiálides. 
 
Pseudallescheria boydii ( Eumicetoma ) 
CARACTERÍSTICAS MACRO E MICROSCÓPICAS DO GRÃO 
Grão branco, esférico ou lobulado, centro desabitado e periferia formada por trama de hifas e 
elementos esféricos. 
 
CARACTERÍSTICAS DA CULTURA 
Aspectos macroscópicos: 
Colônia algodonosa inicialmente branca, tornando-se de cor cinza ao envelhecer, crescimento 
rápido, reverso de coloração acinzentada a preta. 
 
Aspectos microscópicos: 
Hifas septadas, hialinas, conidióforos longos portando um único conídio em forma de limão ou 
vários conídios piriformes em aglomerados. 
 
Nocardia brasiliensis (Actinomicetoma) 
CARACTERÍSTICAS MACRO E MICROSCÓPICAS DO GRÃO 
O grão é pequeno, tem coloração branco-amarelada, apresenta-se ovalado, arredondado ou 
com formato irregular; tem consistência mole; é composto por filamentos finos com clavas na 
periferia e com o interior homogêneo. 
 
CARACTERÍSTICAS DA CULTURA 
Aspectos macroscópicos: 
 Coloração – branco-amarelada, vermelho-alaranja 
 Textura – glabrosa 
 Relevo – elevada, sulcada e cerebriforme 
 Reverso – amarronzado 
 Velocidade de crescimento – rápida 
Obs. Odor de terra molhada. 
 
Aspectos microscópicos: 
Filamentos bacterianos ramificados que se fragmentam em formas bacilares e cocóides, Gram-
positivos. 
 
Actinomyces israelii (Actinomicetoma ) 
CARACTERÍSTICAS MACRO E MICROSCÓPICAS DO GRÃO 
Grão branco, anaeróbio, endógeno, composto por entrelaçado de filamentos finos, com clavas 
na periferia, sem estrutura interna. 
 
CARACTERÍSTICAS DA CULTURA 
Aspectos macroscópicos: 
(Em ágar-sangue infusão de cérebro e coração, após 24-48h de incubação, em anaerobiose e 
 
 
Aspectos microscópicos: 
Filamentos bacterianos ramificados que se fragmentam em formas bacilares e cocóides, Gram-
positivos. 
 
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MICOSES SISTÊMICAS 
- Fungos dimórficos e filamentosos 
- Fungos de Patogenicidade: Conhecida e Discutida 
 
 PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
 BLASTOMICOSE 
 HISTOPLASMOSE 
 COCCIDIOIDOMICOSE 
 
PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
 Micose profunda, geralmente com sintomatologia cutânea importante, grave, que, na 
forma crônica, é conhecida como “tipo adulto” e, na forma aguda ou subaguda, como 
“tipo juvenil”. 
 A primeira (tipo adulto) caracteriza-se por comprometimento pulmonar, lesões 
ulceradas de pele, mucosas (oral, nasal, gastrointestinal), linfoadenopatia; na forma 
disseminada, pode acometer todas as vísceras, sendo freqüentemente afetada a 
supra-renal. 
 A segunda (tipo juvenil) é rara e, quando ocorre, compromete o sistema fagocítico-
mononuclear e leva à disfunção da medula óssea. Na cavidade oral, evidencia-se uma 
estomatite, com pontilhado hemorrágico fino, conhecida como “estomatite moriforme 
de Aguiar-Pupo”. 
 
- Primoinfecção 
- Doença granulomatosa 
- Habitat natural permanece desconhecido 
- TERMODIMÓRFICO (ou seja, tem aspecto morfologico duplo) 
 forma leveduriforme (37°C) - INFECÇÃO 
 forma filamentosa (25°C) – PARASITISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Interação Fungo-Hospedeiro 
 Virulência 
- Composição da parede celular 
- Adaptação a temperatura corporal 
- Complexo enzimático 
- Produção de Toxina 
- IMPEDINAS 
- ADESINAS 
- Virulência da cultura 
- Quantidade e tamanhos de propágulos 
 
 
 
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 Hospedeiro 
- Sexo: prevalência do sexo masculino (15:1) 
- Idade: 30-50 anos 
- Alcoolismo 
- Desnutrição 
- Mecanismo de defesa do hospedeiro 
- Tabagismo 
 
 Resposta do Sistema Imune 
 
 
 
 
 
 
 
Atuação das células do Sistema Imune: Sinergismo e Antagonismo 
 
 Fontes de Infecção 
 Solo 
 Vegetais 
 
 Vias de Infecção 
 Inalatória – Respiratória 
 Tegumentar – Traumatismo 
 Digestiva – rara 
 
*Proteção do Estrógeno: protege contra a termoconversão 
*Profissão: Agricultura 
 
Imunógeno Citocinas CD4 + T-Helper 
Th1 
Th2 
GRANULOMATOSA 
DOENÇA 
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 Formas Clínicas 
Reação positiva à paracoccidioidina 
 Aguda/Subaguda (juvenil) 
- Infecção Tegumentar (PRINCIPAL) 
- Envolvimento disseminado de órgãos e sistema linfoide 
- Forma mais grave e Pior prognostico 
- Evolução rápida (manifestação em 4 a 12 semanas) 
- Febre, perda ponderal e adinamia 
- Lesões mucosas e pulmonares são raras 
 
*PRINCIPAIS SINTOMAS 
- Ascite - Linfadenomegalia - Lesões ósteo-articulares - Alargamento do mediastino 
- Hepatoesplenomegalia - Massas Abdominais - Lesões cutâneas 
 
Formas Crônicas (adulto) 
- 90% dos casos 
- Unifocal ou Multifocal 
- Pode levar meses a anos para se tornar aparente 
- Acometimento pulmonar em 90% dos casos 
- Critérios de gravidade: leve, moderado e grave 
- 30 a 60 anos, predominantemente no sexo masculino 
 
 Sintomas Pulmonares (Tosse, expectoração e dispinéia) 
 Acometimento das mucosas (oral, orofaringe e laringe) - dolorosos 
 Acometimento cutâneo (pápulaulcera ou vegetação) 
 Doença polimórfica: adrenal, trato digestivo, ossos e articulações, tireóide, SNC, trato 
urogenital 
 
*IMPEDINAS – medicamento quebra a capsula para aparecimento de 
anticorpos para destruir o fungo. 
*Principal problema é o diagnóstico tardio 
*A implantação do PB-micose é tegumentar 
*Lesão muriforme (PB-micose na gengiva) 
*RAIO-X PULMONAR – forma de borboleta (no estado inicial) 
 
 Diagnóstico Diferencial 
 Tuberculose 
 Sífilis 
 Neoplasia 
 
 Métodos de Coleta 
 Escarificação 
 Debridação (retirada detecido morto) 
 Punção 
 Biópsia 
 Aspiração Traqueal 
 Expectoração 
 Fricção 
 Aspiração Bronquica 
 Outros 
 
 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
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Alberto Galdino - Biomedicina 
 Diagnóstico Micológico 
 Exame Direto 
 Cultura 
 Histopatológico 
 Imunológico 
 Biologia Molecular 
 
 Amostras Clínicas 
 Vias respiratórias 
 Pus ganglionar 
 LCR 
 Sangue 
 Escarro 
 Fragmento de tecido 
 
 Exame Direto 
 A fresco: Sem clarificação ou corante 
 Clarificado: KOH, NaOH 
 Corado: Giemsa, PAS... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*SE VERÁ CÉLULAS LEVEDURIFORMES COM MEMBRANA BIREFRINGENTE E MULTIBROTANTE 
*Padrão Ouro: células multibrotantes com duplo contorno refrigente. 
 (Células Mickey Mouse, Roda de Leme, Catenulada). 
*PB não permite forma filamentosa em Parasitismo, são Termodimórficos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
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Alberto Galdino - Biomedicina 
 Cultura 
 Ágar Sabouraud 
 Ágar BHI (temperatura 25°C a 37°C) 
 Ágar Sab+BHI (acompanhamento 5 a 30 dias) 
*Cloranfenicol ou Cicloheximida (antibióticos para o meio) 
*FASE LEVEDURIFORME – aspecto cerebriforme 
*FASE FILAMENTOSA – aspecto de pipoca 
 
 
 
 Histopatológico 
 Reação inflamatória 
 Parasito (células leveduriformes com brotação múltipla) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Teste Imunológico 
 Pesquisa de Antígenos 
 Pesquisa de Anticorpos 
- Imunodifusão dupla evidenciando linha de 
precipitação 
- Auxilia diagnóstico e no acompanhamento clínico 
- Apresenta quase 100% de especificidade e 
sensibilidade 
- Casos de falsos + e falsos - (H. capsulatum) 
 
 Diagnóstico Molecular 
 Ácidos nucléicos 
 DNA 
 PRIMER 
 
 Tratamento 
 ANFOTERICINA B 
 SULFAMÍDICOS (Trimetropim+Sulfametazona) 
 AZÓLICOS 
 
 Teste de Susceptibilidade à Antifúngicos 
- Não existe um método de referência padronizado para P. braziliensis 
- Resistência microbiológica é rara 
- Altos CIM para Itraconazol e fluconazol tem sido reportado para alguns isolados 
- Em geral, baixo CIM tem sido retratado para Anfotericina B, Citoconazol, Fluconazol, 
Voriconazol, Itraconazol. 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
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HISTOPLASMOSE 
Histoplasma capsulatum (termodimórfico) 
Histoplasma capsulatum var. capsulatum 
Histoplasma capsulatum var. duboisii 
 
*Fase Infectante (FILAMENTOSA) 
*Forma Patogênica (LEVEDURIFORME) 
*histoplasmina 
 
37°C: leveduras ‘ovais’ multibrotantes 
 
 Fontes de Infecção 
-Solo habitat natural (sapróbia) 
-Tropismo por locais que abriguem alto teor de ácido úrico e outros compostos 
nitrogenados (Excretas de aves e morcegos) 
 
 Distribuição Geográfica 
- Cosmopolitas - Predomina na América do Norte - Brasil (todas as regiões) 
 
 Patogênese 
-Inalação de microconídios; 
-Nos alveólos, são fagocitados pelos macrofágos (fase leveduriforme) - multiplicação; 
-Ao vencer barreiras de defesa pode disseminar por via linfo-hematogênica; 
-Paciente com deficiência de imunidade - doença com caráter progressivo de 
gravidade variável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FORMAS CLÍNICAS 
 Assintomática 
 Pulmonar 
 Disseminada 
 
 Assintomática 
-90-95% dos casos de histoplasmose; 
-Teste da histoplasmina (teste cutâneo do – para +); nódulos pulmonares calcificados 
-Alguns casos: focos de calcificação nos pulmões – Sintomas semelhante a um 
processo gripal - Cura espontânea. 
 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
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 Pulmonar 
-Sintomas de gripe podem persistir e torna-se mais graves: 
 tosse, perda de peso, eritema. 
 
 Disseminada 
-1 para cada 50.000 casos de infecção pulmonar; 
-Mais frequente em pacientes com AIDS e outras patologias como linfomas e 
leucemias; 
-Mortalidade nos imunossuprimidos chega a 90%. 
 
Sintomas Clínicos 
o Febre 
o Perda de peso 
o Hepatoesplenomegalia 
o Anemia 
o Linfoadenopatia 
o Leucopenia 
o Lesões cutâneas da pele 
 
 Diagnóstico 
- Exame Direto - Cultura - Imunológico - Histopatológico 
 
 Tratamento 
-Anfotericina B e seus derivados lipossomais; -Elevada toxicidade 
-Tratamento domiciliar – Itraconazol. 
 
*FUNGO MAIS ACOPLADO À VIDA INTRACELULAR 
*Th1: resposta efetora 
*Th2: severidade da doença 
 
 
COCCIDIOIDOMICOSE 
 Descrita como uma protozoose (Coccidium) por muitos anos; 
Coccidioides sp. (fungo dimórfico) 
C. immitis X C. posadasii 
(morfologicamente idênticos, diferenças genéticas) 
 Clima semi-árido, estiagem, vegetação xerófila e solos alcalinos 
 
 
*Fase Filamentosa (artroconídeos) Pedúnculos 
“dejuntores” são mais facilmente dispersos. 
*Não é termodimórfico 
*Esporos e Esférula 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
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Alberto Galdino - Biomedicina 
 Distribuição Geográfica 
-Doença do Novo Mundo; 
-Geograficamente limitada aos continentes da América do Norte, Central e do Sul; 
-Brasil - NE: PI, BA e CE: caçadas a tatus. 
 
 Vias de Infecção 
-Inalatória: Respiratória -Tegumentar: Traumatismo -Digestiva 
 
 Ciclo 
1. Solo (filamentoso – artroconídio) 
2. Desarticulação 
3. Dispersão pelo vento 
4. Inalação 
5. Forma leveduriforme 
6. 1 artrosporo se transforma em 
esférula (imatura  madura) 
7. Ruptura da esférula 
8. Liberação de 
artrosporos/endosporos 
 
 
 
 Quadro Clínico 
 Micose sistêmica, predominantemente 
pulmonar, podendo, também, 
comprometer pele, laringe, ossos, 
articulação, meninges. 
 Após a contaminação, 60% dos indivíduos 
apresentam infecção primária 
assintomática. 
 1 a 3 semanas após contágio – febre, dor 
torácica, tosse, hemoptises. 
 Reumatismo do deserto – conjuntivite, 
artrite, eritema nodoso. 
 Forma progressiva (rara) – associação de 
hiporexia, emagrecimento, dispnéia. 
 
 
 Diagnóstico 
- Exame Direto -Cultura -Imunológico -Histopatológico 
 
 Tratamento 
- Anfotericina B - Dificuldade de tratamento nas meninges 
 
 Diagnóstico Diferencial 
-Tuberculose 
-Leishmaniose 
-Neoplasia 
-Doença granulomatosa 
-Entre micoses -Outras patologia 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
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MICOSES OPORTUNISTAS 
São doenças fúngicas causadas por fungos contaminantes acometendo indivíduos 
imunossuprimidos. 
 Sistema imunológico do indivíduo está comprometido (Resposta Imune) 
 Imunossupressão transitória ou permanente 
 
 Equilíbrio Parasito-Hospedeiro 
 Não são fungos patogênicos 
 Imunocomprometidos (imunossuprimidos/imunodeficientes) 
 Patogenicidade Discutida 
 
 Agentes Etiológicos 
o DIFERENCIAÇÃO 
 Fungos Patógenos (lesões atípicas no couro cabeludo e nariz por 
Paracoccidioides braziliensis) 
 Fungos de comportamento oportunista (micetoma no esterno, lesões 
geradas por pitiríase) 
 Fungos Oportunistas 
 Fungos Contaminantes (presentes no ambiente; parede mofada, 
inalação por imunossuprimidos gera micose oportunista). 
*Difícil diagnostico 
 - SED (Síndrome do Edifício Doente) 
 
 Características do Fungo 
- Adesinas (adesão do fungo às células do hospedeiro) 
- Adaptação à temperatura corpórea 
- Enzimas 
- Quantidade de propágulos fúngicos 
- Toxinas 
 
 Micoses Sistêmicas e Imunodiagnóstico 
o CARACTERÍSTICAS 
 Importância dos fatores predisponentes 
 Diversidade das espécies 
 Aumento da incidência 
 Relação H/P 
 Faz parte da microbiota normal 
 
 Fatores Predisponentes 
o Intrínsecos: idade, fatores nutricionais, doenças de base, transplante 
o Extrínsecos: terapias imunossupressoras, antibioticoterapia prolongada, 
dispositivos médico-hospitalares invasivos(cateter, marcapasso), 
internamento hospitalar prolongado. 
*AIDS: LT CD4+ vão sendo destruídos 
 
 Principais Micoses Oportunistas 
 CANDIDÍASE 
 CRIPTOCOCOSE 
 ASPERGILOSE 
 FUSARIOSE 
 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
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E, menos importantes (possivelmente não cai na prova) 
 ZIGOMICOSE 
 PENICILIOSE 
 FEOHIFOMICOSE 
 PITIOSE 
 HIALOHIFOMICOSE 
 ACREMONIOSE 
 BASIDIOMICOSE 
 PNEUMOCISTOSE 
 
 
CANDIDÍASE 
 Colonização (principais espécies de Candida);(aparência do sítio corpóreo normal) 
- Está presente na microbiota normal 
- Biofilmes: agregados celulares (mecanismo de virulência) 
o FATORES PREDISPONENTES 
- Lesão prévia 
- Uso de antibióticos e corticoidoterapia 
- Doenças de base (neoplasias) 
- Estado nutricional (deficiência de Vit A e B) /RNs/ Idade avançada 
o DOENÇA 
- Caracteristicas de patogenicidade variáveis entre as leveduras 
 
 Características 
 Infecção fúngica oportunista mais frequente 
 Mucosa digestiva e vaginal (microbiota) 
 Quadros Clínicos diversos 
 Poder patogênico 37°C, pseudohifas, metabólitos, enzimas, capacidade de 
aderência celular (adesinas), formação de biofilmes, mananas da parede 
celular (opsoninas, evitam fagocitose). 
o FORMAS GRAVES: endocardite, meningite, pulmonar, renal, digestivas, 
septicemia 
*Candidíase associada à Leishmaniose 
*Candidíase Esofágica Grau4 
 
 Morfologia e Patogenicidade 
- Invasão 
- Dano tecidual 
- Disseminação hematogênica = CANDIDEMIA 
*MIA= disseminação hematogênica 
 
 Aspectos Macro e Microscópicos de Candida sp. 
- Cremoso e Bordas Regulares. 
 
 
 
CRIPTOCOCOSE 
*levedura, fase sexuada: basídio 
 Agente Etiológico 
Cryptococcus neoformans, C. gattii, C. laurentii 
 Doença Aguda, Subaguda e Crônica 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
22 
Alberto Galdino - Biomedicina 
 C. neoformans: cosmopolita e associado a pacientes imunossuprimidos (HIV) 
o Sorotipo A (C. neoformans var grubii) 
o Sorotipo D e AD (C. neoformans var. neoformans) 
 C. gattii: regiões tropicais e subtropicais de caráter endêmico, casos em 
imunocompetentes. 
o Sorotipo B e C 
 
 Fontes de Infecção 
- Fezes de aves (pombos) galinheiros - Caule de eucalipto 
 
 Vias 
- Inalatória (esporos  modificação para levedura) *afinidade pelo SNC 
- Tegumentar 
 
 Formas Clínicas 
o Criptococose – infecção (assintomática: nódulos suprapleurais) 
o Criptococose – doença (pulmonar, neurocriptococose, disseminada cutâneo 
primária) 
 
Ex: Criptococose Cerebral: aspecto gelatinoso 
 Criptococose Primária: Lesão granulomatosa atípica (HIV+) 
 *lesões cutâneas em pápulas 
 
 Morfologia 
- Branca/Creme: aspecto mucoso 
- Capsula (evidenciada pela tinta nanquim) serve como uma IMPEDINA 
 
 
ASPERGILOSE 
 Fungos do gênero Aspergillus  Aspergilose 
 Existem mais de 600 espécies a esse gênero 
 Patogênicos Oportunistas 
- A. fumigatus (principal) - A. flavus - A. niger 
 Fatores Predisponentes 
- Status imunológico - Tabagismo - Tuberculose 
- Traumatismo/Queimaduras 
Ex: fungos em prédios – SED; Ar-condicionado 
 
 Manifestações Patogênicas 
- Aspergilose Alérgica (não é oportunista) 
- Aspergilose ou Bola Fungica 
- Aspergilose Disseminada 
 
 Patogênese 
- Angioinvasão 
- Produção de elastases (pulmão) 
- Fatores Inibidores da fagocitose (gliotoxina, aflatoxina) 
 
 Morfologia 
*Hifas hialinas septadas com bifurcação em ângulo agudo 
*Histopatológico – hifas hialinas septadas com DICOTOMIA 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
23 
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FUSARIOSE 
 Fungos sapróbios (contaminantes) e fitopatógenos 
- Fusarium solani - F. oxysporum - F. moniliforme 
 
 Vias de Infecção 
- Respiratória 
- Contaminação direta 
 
 Fatores Predisponentes 
- Status imunológico - Lentes de Contato - Uso de colírios (corticoides) 
- Traumatismo/Queimaduras 
 
 Morfologia 
Conídios em forma de foice, 2 a 3 septações 
 
 
 
ZIGOMICOSE 
Agentes etiológicos: ordem mucorales ou entomophthorales 
Esporangiosporo, esporângios 
 
 Mucormicose 
- Absidia sp - Mucor sp. – Rhizomucor sp. – Espécies angioinvasoras 
 
 Entomorftomicose 
- Conidiobolus coronatus (tem peitinho) - C. incongruu - Basidiobolus ranarum 
 
 Formas 
- Cutânea - Subcutânea - Disseminada (rara) 
 
 
HIALOHIFOMICOSE 
 Fungos com hifas hialinas e septadas 
 Importância como contaminantes e fitopatógenos 
 Estado imunológico do hospedeiro 
 
 Formas 
- Superficial - Subcutânea - Sistêmica 
 
 
PENICILIOSE 
 Infecções raras 
 Importancia como contaminantes 
 
 Formas Clínicas 
- Superficial - Subcutânea - Sistêmica 
- Disseminada (Leucemia/AIDS) 
 
 
 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
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Alberto Galdino - Biomedicina 
ACREMONIOSE 
 Importância como contaminantes 
 Estado imunológico 
 Conídios em forma de foice com apenas uma septação 
 
 
ADIASPIROMICOSE 
 Emmonsia parva – adiasporos unicelulares 40°C 
 E. crescens – adiasporos multinucleados 37°C 
 
 Infecção 
Via respiratória 
Inalação dos Esporos  Trato Respiratorio  Pulmão (adiasporos) 
 É trilamelar 
 Esfera intermediária 
 
 
FEOHIFOMICOSE 
 Fungos com hifas demácias (escuras, acastanhada) e septadas 
- Alternaria alternata - Curvularia luneta - Exophiala jeanselmei 
 Conídios com Septos transversais 
 Formas: - Superficial - Subcutânea - Sistêmica 
 
 
BASIDIOMICOSE 
- Schizophiyllum sp. – Coprinus sp. – Estilago 
 Primo-infecção: pulmonar, seios paranasais, aparelho respiratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
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Alberto Galdino - Biomedicina 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 
HISTOPLASMOSE 
 Células leveduriformes 
 Macroconídios com parede lisa  conídio de Emmonsia spp. (também no pulmão, 
mas tem esférula IGUAL A COCCIDIODOMICOSE 
 Macroconídios com parede ornamentada  conídio de Sipedonium spp. (em 
parasitismo, forma Hifas, não é Termodimórfico) 
 
 Cultura: fase filamentosa (fase leveduriforme: dificil) 
 Não fecha diagnóstico no Exame Direto ou Histológico 
 Não fecha diagnóstico: conídio com parede ornamentada 
 Exame Direto NÃO é o padrão ouro 
 PADRÃO OURO: Cultura da fase filamentosa e leveduras 
 Filamentosa com estalagmosporos 
 Exame Direto com leveduras isoladas ou com brotação simples (ou no interior de um 
macrófago (intracelular: sugestivo) 
 
Diferenças da Histoplasmose Clássica e da Africana 
 Histoplasma capisulatum (cosmopolita) 
 H. dubosii (Africana): invasão tegumentar. Células LEVEDURIFORMES SÃO MAIORES. 
 
 
 
COCCIDIOIDOMICOSE 
 Não fecha diagnóstico: Exame Direto ou Histológico 
 Em 25°C (temperatura ambiente): Artroconídios com desjuntores 
 Tamanho dos esporos dos Coccidioides são MAIORES 
 PADRÃO OURO: Exame Direto (AO VER ESFÉRULA NA FASE 3) 
 Se não ver Esférula, fazer Cultura 
 ESFÉRULA de Coccidioidomicose é a MENOR em comparação com 
 Emmonsia 
 Rhinosporidium 
 
Emmonsia: é TRILAMELAR e não tem esporos 
Rhinosporidium: (não faz cultura). Causa pólipo nasal e ocular. Basta ver o Esporângio/Esférula 
 
 Artrosporos (artroconidios disjuntores) de Malbranchaea: não tem fase leveduriforme 
 Cocci [...] 
 Emmonsia oportunista pulmonar (parede lisa) NÃO TEM DISSEMINADO 
 
 Procedimento laboratorial OURO: Exame Direto (multibrotantes) 
 Qual o papelclinico na Parcea? (?) acho que escrevi esse ultimo nome errado. 
 -Sexo: homem -Profissão: jardineiro -Idade -Imagem Pulmonar (asa de borboleta) 
-Palato com lesão muriforme 
Hifa hialina com artroconídios 
Pbmicose termoconverte com facilidade 
Nenhum termodimórfico converte na 1ª Geração 
 
Micologia – Resumo – 2ª Prova 
26 
Alberto Galdino - Biomedicina 
PROVA 
Das de oliane uma pedia pra dizer qual a micose que tinha leveduras multibrotantes PBmicose, 
classificar se era sistemica, dizer mecanismos de virulencia, dizer aspectos clinicos. Ela pediu 
tambem pra diferenciar as tres micoses que formam esferula, na clinica, no exame direto e na 
cultura. Rejane pediu uma pra falar agente, dizer as estruturas do exame direto e cultura e 
desenhar sobre a fusariose, pediu uma questao pra completar que dizia mais ou menos assim: 
leveduras de candida na boca estao naturalmente __________, mas em determinadas 
condiçoes podem ______________. Sendo a primeira situaçao denominada ____________ e a 
segunda _____________. 
Na outra dela ela pediu pra falar o diagnostico diferencial da criptococose cutanea, desenhar e 
dizer as estruturas vistas em parasitismo e dizer duas especies causadoras. 
 
 
1- Responda: 
a)Qual a importância da imunidade celular nas micoses? 
b)O que são fungos dimórficos e quais suas formas e vias de infeccção? 
c)Qual o perfil clínico de paciente com suspeita clínica de paracoccidioidomicose. 
d)Quais os principais mecanismos de virulência dos fungos? 
2-Quais as diferenças entre fungos de patogenicidade conhecida de fungos de patogenicidade 
discutida correlacionando a importância do diagnóstico? 
3-Como se faz o diagnóstico de uma cromomicose? 
4-A estrutura chamada”corpos asteróides” são encontradas em que tipo de micose e qual o 
agente etiológico? 
5-Indique V quando a alternativa for verdadeira e F quando for falsa. 
a)A colonização por levedura pode ocorrer por espécies de Malassezia não por Candida( ) 
b)A candidíase oral apresenta as mesmas formas clínicas que a criptococose() 
c)Aspergilose e candidíase são as micoses oportunistas mais freqüentes() 
d)Aspergilose e Candidíase são micoses oportunistas que causam as mesmas manifestações 
clínicas com curso fatal() 
6-A Criptococose cutânea gralmente é ...................a criptococose do sistema nervoso 
central.As espécies de ..................... mais freqüentes relatadas como agente etiológico são 
..................... e ........................../.No diagnóstico laboratorial são observadas ...................... e à 
microscopia da cultura são vistas ........................./. 
7-Com base nas questões anteriores,faça um desenho esquemático das estruturas fúngicas ao 
exame direto das seguintes micoses. 
a)Aspergilose 
b) Candidíase 
c)Criptococose

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