Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
C0968D8 - GISMAR ANTONIO FRATUCCI B8425G0 - JEAN MICHEL DA SILVA T155JA5 – LUCAS CORREA PAIVA C2807E4 - MAIKE TROSTDORF MENDONÇA B6495F8 - PAULO HENRIQUE V. DA SILVA T166FF9 - RAFAEL FERRAREZI LOURENÇANO GERENCIAMENTO DE OBRAS: Liderança e Técnicas de Planejamento ARARAQUARA 2015 C0968D8 - GISMAR ANTONIO FRATUCCI B8425G0 - JEAN MICHEL DA SILVA T155JA5 – LUCAS CORREA PAIVA C2807E4 - MAIKE TROSTDORF MENDONÇA B6495F8 - PAULO HENRIQUE V. DA SILVA T166FF9 - RAFAEL FERRAREZI LOURENÇANO GERENCIAMENTO DE OBRAS Liderança e Técnicas de Planejamento Trabalho da disciplina de Gerenciamento de Obras, do 5º Semestre do curso de Engenharia Civil da Universidade Paulista – UNIP. Coordenador: Prof. Antônio Carlos Orientador: Prof. Francis Kakuda ARARAQUARA 2015 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 2 GERENCIAMENTO DE PROJETOS .......................................................... 4 2.1 Importância do Gerenciamento de Projetos .................................... 5 2.2 METODOLOGIA PARA O PLANEJAMENTO DE PROJETOS .......... 6 2.3 PMBOK ................................................................................................ 7 3 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PROJETOS ................................... 8 3.1 O que é um Projeto? .......................................................................... 8 3.2 Projeto bem sucedido ........................................................................ 9 3.3 FALHAS DECORRENTES SEM TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO .. 9 3.3.1 Falha no Planejamento .................................................................. 10 3.3.2 Falha no Projeto ............................................................................ 10 3.3.3 Falha na Mão-de-obra ................................................................... 11 3.3.4 Falha no Material ........................................................................... 11 3.3.5 Falha Geral .................................................................................... 11 3.4 Importância na Identificação do que causam as falhas ................ 11 3.5 Ciclo de um projeto .......................................................................... 12 3.5.1 Iniciação (concepção) .................................................................... 13 3.5.2 Planejamento ................................................................................. 13 3.5.3 Execução ....................................................................................... 13 2 3.5.4 Controle ......................................................................................... 14 3.5.5 Encerramento ................................................................................ 14 4 Liderança de Projetos............................................................................. 14 4.1 O Gerente de Projetos ...................................................................... 14 4.2 Procedimentos que o Gerente deve Executar ............................... 15 4.2.1 Conheça os envolvidos e monte seu time ..................................... 15 4.2.2 Formalize o início e o encerramento do projeto ............................. 15 4.2.3 Monitore os riscos e seja proativo ................................................. 16 4.2.4 Desenvolva o cronograma junto com quem põe a mão na massa 17 4.2.5 Defina o escopo do projeto e detalhe as atividades ...................... 17 5 Conhecimento de Projetos por meio de sua anÁlise ........................... 17 5.1 Estrutura analítica de partição do projeto ...................................... 18 6 Estudo de Caso ....................................................................................... 20 6.1 Descrições de técnicas de execução do empreendimento .......... 23 6.2 Planejamento do empreendimento ................................................. 26 6.3 Planejamento na industrialização do canteiro de obras ............... 27 6.4 Problemas ocorridos na execução do planejamento da obra ...... 31 7 Conclusão ................................................................................................ 33 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 35 3 1 INTRODUÇÃO O mundo está constantemente mudando e essas mudanças vêm acontecendo cada vez mais rápido. No setor da construção civil não é diferente, as mudanças vêm acompanhadas de um alto crescimento do país e sua população, gerando uma maior demanda na parte habitacional e de infraestrutura, como: saneamento, transporte, energia, comunicações, abastecimento, etc. O caminho para atender essas demandas está na melhoria da educação e saúde pública, bem como no desenvolvimento de tecnologias, métodos e processos de construções que melhoram a qualidade e o custo do produto final. Pode-se definir planejamento como um processo, por meio do qual se estabelece objetivos, expectativas de situações previstas, vinculando-se informações e resultados pretendidos entre pessoas, unidades de trabalho, departamentos e empresas (LIMMER, C., 1997). O controle dos processos na construção civil através das técnicas de planejamento favorece a tomada de decisões pontuais, racionalização dos custos, aumento da produtividade e melhoria da qualidade, com base no conhecimento amplo das tarefas, recursos e prazos. Além de se permitir ter uma definição de organização para executar uma obra e assegurar a boa comunicação entre os participantes desta mesma. Numa época em que se fala muito em qualidade, custos, prazos e riscos, é de extrema necessidade que as empresas e profissionais relacionados à construção civil tenham o conhecimento necessário para saber como e quando aplicar as técnicas de planejamento, a distinção entre o que pode e o que não se pode ser realizado em um empreendimento. Um planejamento feito de forma mais formal é difícil e complexo, requerendo uma análise mais sistemática e criatividade no uso de técnicas mais modernas (computadorizadas). 4 2 GERENCIAMENTO DE PROJETOS Algo muito importante a ser abordado é a necessidade de se gerenciar projetos em canteiros de obras, já que os mesmos possuem caráter nômade que consiste basicamente em se ter para cada novo empreendimento um novo canteiro de obras, que se altera constantemente conforme a fase de produção e de evolução da construção. Como se tem sempre uma praça de trabalho “provisória” para a fabricação dos produtos finais, sua organização em todas as fases do processo de construção é fundamental e deve possibilitar a eficiência e o bom desempenho da produção e dos operários que nela trabalham. Algumas técnicas de gestão de projetos são então uma importante ferramenta que se apresenta para melhor organizar auxiliar a execução, implantação e manutenção de um canteiro de obras. Os projetos de canteiros de obras devem contemplar, além de outros aspectos: A logística interna dos fluxos de materiais (recebimento, estocagem, transporte e utilização); A utilização de equipamentos que facilitem e agilizem o transporte de materiais e pessoal, bem como a execução dos serviços; As condições de vivência no canteiro (vestiários, refeitórios, áreas de lazer, sanitários); A segurança da mão-de-obra (contemplada para todos os serviços realizados na execução de obras e registrada no Programa das Condições de Meio Ambiente no Trabalho – PCMAT); A facilidade de acesso aos locaisde trabalho; As distâncias e percursos que deverão ser feitos, procurando minimizar possíveis interferências e reduzir os tempos improdutivos de movimentação, esperas e paradas, que não agregam valor ao processo; 5 Uma comunicação visual eficiente, como uma sinalização de vias eficaz; O mapeamento das áreas de riscos inerentes, como riscos físicos (ex.: áreas de quedas de materiais), riscos químicos (ex.: áreas de exposição a agentes nocivos à saúde, como ácidos) e riscos biológicos (ex.: áreas de exposição a bactérias, como em banheiros); A implantação de sistema de gestão da qualidade que permita a padronização de todos os processos. Um projeto não e só um organismo vivo como é um sistema aberto, pois mantém trocas com o meio no qual se insere e com outros sistemas (projetos) e, ao buscar um objetivo maior que e a sua realização, demostra ter um caráter extremamente adaptativo, a qual quer que seja a necessidade. 2.1 Importância do Gerenciamento de Projetos O aumento da competitividade no setor e o aumento da complexidade dos projetos em construção civil vêm exigindo das construtoras a adoção de melhores práticas de gestão. Neste contexto, o gerenciamento de projetos tem como proposta estabelecer um processo estruturado e lógico para lidar com eventos que se caracterizam pela novidade, complexidade e dinâmica ambiental (POLITO, G., 2013). De acordo com Polito (2013), os desafios nos projetos de construção civil tornam as frentes de trabalho atuais insuficientes para garantir os objetivos propostos. Características como dificuldade na definição e controle do escopo, grande número problemas entre atividades, necessidade de grande velocidade de resposta, interfaces entre várias especialidades, grande número de contratempos, fazem com que o ambiente seja desafiador para qualquer metodologia de gestão. 6 2.2 METODOLOGIA PARA O PLANEJAMENTO DE PROJETOS O gerenciamento de um projeto é a coordenação eficaz e eficiente de recursos de diferentes tipos, como recursos humanos, materiais, financeiros, políticos, equipamentos, e de esforços necessários para obter-se todos os pré- requisitos que o mercado de trabalho exige de uma empresa e seus profissionais. Tendo a consciência de todas essas exigências fica bem claro que empresas e profissionais que não se adequam a esta metodologia de trabalho têm o seu espaço nesse mercado cada vez mais restrito por conta da alta competição no mesmo, prejudicando assim a sua consolidação no ramo da construção civil. O planejamento de um projeto é feito em nível estratégico e tático e desenvolvido em nível operacional, constituindo-se então de programação. Programação, juntamente com o planejamento, acarreta em seu controle, pois é este que permite avaliar a qualidade do foi planejado. Um é complementar do outro, pois sendo assim um não faz sentido sem o outro, daí a importância de que nenhuma etapa seja ignorada quando pensarmos em se obter resultados reais a partir dessa metodologia de trabalho. Qualquer que seja o projeto, a metodologia para o seu planejamento segue os seguintes passos: 1. Identificar as atividades a serem executadas, através de análise dos elementos e informações disponíveis: projeto básico ou detalhado, especificações; 2. Ordenar as atividades identificadas em uma sequência lógica, em função da metodologia e processos de execução definidos para o projeto; 3. Estabelecer marcos e objetivos; 4. Determinar a duração de cada atividade; 5. Determinar o prazo de execução do projeto; 6. Alocar e nivelar recursos de mão-de-obra, materiais e equipamentos e reavaliar o prazo de execução do projeto; 7. Determinar a estimativa básica de custo do projeto; 7 8. Determinar o sistema de controle do projeto. Identificar, documentar e atribuir papéis e responsabilidades aos indivíduos ou grupos de indivíduos envolvidos com o projeto. Normalmente feito nas fazes iniciais é de suma importância para o andamento do projeto no que diz respeito a autoridade do gerente e os demais responsáveis por cada etapa do projeto. Dependendo da matriz de responsabilidade utilizada pode-se oferecer pouca ou alta autoridade a esses profissionais Outro ponto a se abordar é a mão-de-obra correspondente à execução do trabalho em campo, pois a questão que relaciona custos dentro do planejamento de projetos depende de um pessoal extremamente treinado e que tenham a capacidade e conhecimentos necessários para a realização das tarefas. Tendo-se em vista esta questão a parte que se encarrega do controle e execução do projeto terá como determinar tempo e custo com uma maior precisão dentro de um planejamento pré- estabelecido. Essa é a base das metodologias, porém existe várias metodologias. Umas delas é o PMBok (Project Management Body of Knowledge ou Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos) criado pelo (Project Management Institute ou Instituto de Gerenciamento de Projetos). 2.3 PMBOK PMBOK é um guia que oferece uma visão geral sobre o gerenciamento de projetos. Por se tratar de um guia, não encontramos informações ou descrições completas nele e sim explicações bastante vagas, por isso muitas vezes é um pouco complicado entender o guia PMBOK. Outra característica importante é que o PMBOK oferece um vocabulário comum que foi identificado pelos profissionais da área. Esse vocabulário comum ajuda bastante na comunicação entre os profissionais da área que, conhecendo uma terminologia, podem referenciá-la sempre que for necessário, sem precisar entrar em maiores detalhes. Além disso, o PMBOK identifica um subconjunto do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos. Ou seja, o guia possui informações consensuais que foram identificados 8 por profissionais da área e que, se forem usados nos projetos, aumentam as chances de sucesso nesses projetos. Portanto, um profissional em gerenciamento de projetos de uma empresa poderia ter um determinado processo para gerenciar os projetos da sua empresa, no entanto, esse processo usado por esse profissional poderia não constar no guia PMBOK. Isso ocorre porque provavelmente esses profissionais que ajudam a criar e atualizar o guia PMBOK não identificaram que esse processo seja determinante ou tão útil nos projetos que lhes garantam uma chance maior de sucesso. Assim, diante de um conjunto grande de conhecimentos em gerenciamento de projetos tem-se um consenso geral num subconjunto desse grande conjunto de conhecimentos e registram-se eles. Esse conhecimento pode ser uma ferramenta que poderia ser utilizada, ou mesmo um processo ou uma prática. 3 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PROJETOS 3.1 O que é um Projeto? Basicamente podemos definir projeto como um empreendimento temporário que busca entregar um resultado único. Outras características são adicionadas à definição de projeto, como por exemplo: Possui sequência clara e lógica de eventos; É elaborado progressivamente; É conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos; Envolvidos e qualidade. É complexo o suficiente para necessitar de uma capacidade de coordenação específica e um controle detalhado, entre outras. Desta forma, podemos dizer que o gerenciamento de projetos é a utilização de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas com a finalidade de organizar, monitorar e controlar atividades para atingir um objetivo dentro de restrições de tempo, custo e qualidade. 9 O trabalho por projeto difere de um trabalho operacional, pelo fato de que enquanto um projeto tem como propósito produzirum produto único, com prazo definido e ser finalizado, um trabalho operacional tem o propósito de manter a organização funcionando, sem data de término. 3.2 Projeto bem sucedido O projeto bem sucedido é aquele que é realizado conforme o planejado, nem mais, nem menos. O sucesso em um projeto é medido pelo atendimento ao prazo, custo, qualidade, entre outros aspectos. Segundo o Standish Group em seu Chaos Report de 2009 somente 32% de todos os projetos terminam dentro do prazo e orçamento previstos. O aumento médio dos custos é de 189% e o de prazo é de 222% ambos em relação ao previsto. Segundo Prado e Archibald (2007), existe uma estreita relação entre o nível de maturidade em gestão de projetos de uma companhia e o sucesso alcançado em seus projetos, ou seja, quanto maior o nível de maturidade, melhores resultados são alcançados. 3.3 FALHAS DECORRENTES SEM TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO Não é mais novidade nem mesmo para os mais leigos que o mercado de trabalho está cada vez mais dinâmico e competitivo. Arriscar-se a implementar um empreendimento ou gerir um novo projeto (“esforço temporário para produzir um produto, serviço ou resultado único”, segundo PMI) dentro de uma organização, seja ela de processos que gerarão os resultados desejados, devem ser ainda mais precisos e num menor espaço de tempo. Nesse contexto, cresce consideravelmente a necessidade das empresas de se tornarem cada vez mais organizadas e ágeis. Entendemos que todo projeto nasce de uma necessidade, uma ideia ou um desejo, o que o faz único. É claro que tornar todo este cenário abstrato em algo real requer um processo que não necessariamente seja colocar “as mãos na massa”, mas ele será desenvolvido ordenadamente, numa sequência de fases até a sua conclusão. De um simples planejamento para realizar uma reforma dentro de casa 10 até a construção de uma indústria demanda a utilização coerente e no tempo adequado de recursos (humanos, financeiros e materiais). As empresas que fogem desse planejamento, por acharem ser mais fácil dirigir o presente do que pensar no futuro, passam a trabalhar em uma sequência ou rotina diária de improvisos e indeterminação, saindo de uma programação ou de um cronograma previamente elaborado para a obra, levando assim incertezas de prazos, custos e de garantia da qualidade final de serviço. Abaixo podemos listar algumas falhas decorrentes da não utilização das técnicas de planejamento, que podem ser atribuídas pelos mais diferentes fracassos em obras de pequeno e grande porte realizadas em diversos empreendimentos, seja por construtoras ou por profissionais autônomos ligados à construção civil: 3.3.1 Falha no Planejamento Falta de previsão de mão-de-obra própria e contratada; Falta de previsão de material; Serviços sobre dimensionados; Mão-de-obra superestimada; Erros de planejamento das atividades; Falta de Equipamentos; Falta de definição no planejamento; 3.3.2 Falha no Projeto Falta de projeto executivo na obra; Falta de detalhamento e definição do projeto; Alteração de projeto não informada; Instalações inacessíveis; Complexidade do projeto dificultando o entendimento; Incompatibilidade de projetos; 11 3.3.3 Falha na Mão-de-obra Falta de mão-de-obra própria e contratada; Baixa produção; Absentismo elevado; Falta de experiência / treinamento; 3.3.4 Falha no Material Falta de material; Material entregue com atraso; Atraso com retenção de material importado na alfândega; Má qualidade do material; Material não informado no projeto; 3.3.5 Falha Geral Condições adversas do tempo; Alteração da programação sem aviso prévio; Atraso da tarefa antecedente; Problemas durante a execução do serviço; Retrabalho. 3.4 Importância na Identificação do que causam as falhas Identificar estas e outras causas antecipadamente tem relação direta na redução de custos e prazos. Além de estabelecer um referencial para o controle do projeto e no seu processo evolutivo de forma a obter todos os resultados necessários, para que se tenha êxito total em todas as etapas. 12 No entanto, quando essas causas não são previamente identificadas e ocorrem de maneira inesperada corre-se o risco da perda de ações corretivas pontuais nas causas raízes de problemas reduzindo assim a variabilidade em torno do planejamento do projeto. 3.5 Ciclo de um projeto Embora como cada projeto tenha sua particularidade, algo que se assemelha a todos os projetos sem distinções, é o ciclo de vida, ou seja, as fases que os constituem, e a maneira de montagem desse plano de gerenciamento, que normalmente é um processo cuja duração pode variar enormemente. Esse processo ainda depende de uma série de fatores que são: tamanho e complexibilidade do projeto, experiência do setor de organização em montar planos de projetos, e números de interfaces externas, ou seja, áreas externas envolvidas na execução do projeto Figura 1 - Fases do Projeto por Recursos e esforços Segue abaixo uma representação de fluxo dos estágios básicos de composição de projetos: 13 Figura 2 - Ciclo de um projeto 3.5.1 Iniciação (concepção) Essa primeira etapa do projeto determina que em primeiro instante haja a identificação das necessidades de o mesmo ser implantado. Logo a seguir vem a etapa na qual se determina a verificação da viabilidade técnica e econômica do projeto, geralmente definindo um plano preliminar de implantação, um projeto preliminar de engenharia, uma estimativa de custos e um cronograma preliminar. Feito isso busca-se a obtenção segundo o órgão competente para a aprovação do mesmo e prosseguir com andamento do projeto. 3.5.2 Planejamento Após a aprovação vem a etapa do desenvolvimento de um plano de projeto, a esta tarefa cabe ao gerente de projetos definir um plano de projeto mediante um escopo (detalhamento de todo o trabalho que precisa ser realizado para que o projeto possa ser cumprido), contendo desenhos, especificações de materiais, de equipamentos e técnicas de execução, cronogramas, orçamentos e diretrizes gerenciais 3.5.3 Execução Constitui-se de uma estrutura organizacional para o gerenciamento e implementação do projeto, tais como a aquisição de recursos de materiais e mão-de- obra tendo como o principal foco a garantia de qualidade e desempenho da equipe afim de se ter os objetivos determinados pelo planejamento alcançados. Nessa etapa a figura de um gerente com conhecimentos e experiência é fundamental para a coordenação da equipe de execução na obra, e estar prevendo quaisquer 14 anormalidades decorrentes de fatores que venham fugir do processo adequado a cada etapa de execução. 3.5.4 Controle A fase de controle abrange o monitoramento e a avaliação do progresso do projeto. Garante que os objetivos preestabelecidos estão sendo cumpridos dentro do planejado. Além disso, o controle visa à realização de ações corretivas quando pertinentes 3.5.5 Encerramento Por fim, resta a fase do encerramento. Esta fase proporciona a avaliação final (verifica se os objetivos foram cumpridos e se atendeu às expectativas dos interessados) e a identificação dos sucessos e erros que ocorreram, de modo que os primeiros sejam tratados como exemplos nos próximos projetos e, os últimos, evitados. 4 LIDERANÇA DE PROJETOS 4.1 O Gerente de Projetos Um projeto é desenvolvido pelo profissional denominado gerente de projeto e este profissional raramente participa das atividades diretas do projetoque produzem os resultados. Sua função é gerenciar o progresso do empreendimento e através das variáveis (qualidade, custo, prazo e âmbito) verificar seus desvios. Desta forma, seu objetivo geral é proporcionar que as falhas inerentes aos processos sejam minimizadas. Um gerente de projeto tem que determinar e executar as necessidades do cliente, baseado nos seus próprios conhecimentos. A habilidade de adaptar-se aos diversos procedimentos pode lhe proporcionar um melhor gerenciamento das variáveis e desta forma uma maior satisfação do cliente. 15 Em campo, um gerente de projeto bem sucedido deve imaginar o projeto inteiro do seu começo ao seu término e desta forma assegurar que esta visão seja realizada. Qualquer tipo de produto ou serviço pode ter sua execução supervisionada por um gerente de projeto e suas operações por um gerente de operações. 4.2 Procedimentos que o Gerente deve Executar 4.2.1 Conheça os envolvidos e monte seu time Todos os envolvidos no projeto são os interessados. Nesse grupo estão não apenas os membros da equipe, mas também os clientes e fornecedores envolvidos. Dentro da empresa do cliente, há uma pessoa que se destaca por ser a patrocinadora do projeto. Ela é que cria as condições para a contratação do projeto, mesmo que não seja ela que vá usar o produto final. É importante que o gerente do projeto conheça os interesses de todos os envolvidos. Imagine como é arriscado contar com um membro da equipe que não está disposto a colaborar. Ele pode ser um problema mais do que uma solução dentro do grupo: sabendo disso, melhor pensar em chamar outra pessoa. No processo de definição do escopo, as habilidades necessárias vão ficando mais claras. Nesse momento, é importante formar uma equipe com competência diversificada e com experiência nas áreas de atuação do projeto. Em projetos em que há muito conhecimento técnico envolvido, surge a figura do "líder de projeto", um profissional com grande conhecimento técnico e com capacidade de liderança entre os técnicos. Em geral é um profissional sênior, com credibilidade junto aos demais técnicos e com muita bagagem. A experiência desse especialista pode economizar muito tempo e dinheiro no projeto. 4.2.2 Formalize o início e o encerramento do projeto O início do projeto é um momento solene. O patrocinador deve formalizar a todos os envolvidos que o projeto está iniciado e o cronômetro está correndo. Muita 16 gente não gosta de se preocupar com isso, mas imagine que haja resistência de setores da empresa que se opõem ao projeto. Sem um documento que atesta que o projeto começou, o gerente pode não conseguir apoio algum. Além disso, este documento funciona como um “cumpra-se” de uma autoridade da empresa: não cabe discutir a ordem, o projeto começou e todos devem participar. Outro momento importante é o do encerramento do projeto. É preciso formalizar o final para que fique claro para todos os envolvidos, especialmente para o cliente, que o projeto está concluído e que novas necessidades serão atendidas em um novo projeto. Qualquer extensão ou alteração deverá ser orçada e todo o ciclo se inicia novamente. Com relação à manutenção do sistema entregue, não se pode considerá-lo um projeto na medida em que, a princípio, trata-se de um processo contínuo. O que pode ocorrer é definir-se projetos ao longo da vida útil do sistema com o objetivo de melhorá-lo. Por exemplo, a atualização dos equipamentos eletrônicos de um avião para auxílio ao voo é um projeto que se distingue da sua manutenção rotineira. Ao final faz-se também uma reunião de avaliação dos erros e acertos da equipe. Chamadas de reuniões "post-mortem", elas servem para se gerar uma lista de "melhores práticas" contribuindo para a formação de uma base de conhecimento que poderá ser muito útil em projetos futuros. 4.2.3 Monitore os riscos e seja proativo Agora que todos sabem o que devem fazer, é importante mitigar os riscos que podem impedir o bom desenvolvimento do projeto. Desenvolva uma lista de fatores de risco e um plano para lidar com eles. Mas lembre-se de que são duas coisas diferentes: a monitoração do risco e controle do risco. A monitoração dos riscos envolve acompanhar o status de cada risco e as opções de ações definidas para enfrentá-los, caso eles venham a se tornar problemas reais. A monitoração também se preocupa em avaliar a probabilidade de ocorrência de um risco, qual o seu impacto no andamento do projeto e como contorná-lo. Por exemplo, numa determinada tarefa crítica a contratação de dois 17 profissionais pode parecer um exagero mas o gerente do projeto sabe que se algo acontecer nesta área do projeto o impacto será grande no restante. Os profissionais passam a ser um backup do outro dentro da linha de que “quem tem um, não tem nenhum”. 4.2.4 Desenvolva o cronograma junto com quem põe a mão na massa Uma vez que temos as tarefas definidas a partir do escopo, temos de estimar a duração de cada uma. Procure fazer esta estimativa de tempo de execução com a ajuda de quem está escalado para executar o trabalho. Ao mesmo tempo em que essa pessoa é quem melhor sabe quanto tempo precisará, ela estará se comprometendo com um prazo para a sua execução. Por outro lado, quando se trabalha com consultores externos, o custo será função direta do tempo estimado para a execução do projeto. Ao fixar o cronograma, o profissional está dando por tabela um orçamento da sua parte. 4.2.5 Defina o escopo do projeto e detalhe as atividades O “escopo do projeto” é o trabalho que deve ser realizado para se obter um produto ou serviço com determinadas características e recursos. Comece por definir o que deve ser feito e o que não deve. Esse processo nos permite entender os contornos do projeto e traçar uma linha divisória entre o que deve ser feito e o que não deve ser, pelo menos neste momento. Muitos novatos se perdem em discussões intermináveis sobre recursos do produto final que o tornariam “perfeito”. 5 CONHECIMENTO DE PROJETOS POR MEIO DE SUA ANÁLISE O primeiro passo para bem planejar e controlar um projeto é o conhecimento deste. O caminho mais simples para isso é a análise dos componentes do projeto. Para esse procedimento, que deve ser feito de maneira metódica, lançar-se-á mão de um princípio do filósofo francês René Descartes, que afirma: “Todo método consiste na ordem e disposição dos objetos, sobre os quais é preciso fazer incidir a penetração da inteligência para descobrir qualquer verdade. A ele permaneceremos 18 cuidadosamente fiéis se reduzirmos gradualmente as disposições complicadas e obscuras a proposições mais simples e, em seguida, se, partindo das intuições das que são mais simples de todas, tratarmos de nos elevar pelo mesmo grau ao conhecimento de todas as outras.” Assim, resumindo, o filósofo afirma que, para se chegar a um objetivo determinado, deve-se partir do entendimento mais simples para, depois, entender o mais complexo. Dessa forma, para se chegar ao conhecimento de todo o projeto é preciso: Analisar todos os documentos e informações; Estabelecer critérios de análise em função dos objetivos a serem alcançados; Obter elementos para o planejamento do projeto em relação a prazos e custos; Tipificar os insumos a serem aplicados; Definir responsabilidades pela aplicação correta dos insumos. O conhecimento do projeto pode ser definido pelas variáveis: o quê? onde? e quem? 5.1 Estrutura analítica de partição do projeto A nomeação dos elementos do projeto pode ser feita de maneira aleatória ou pelo método cartesiano (proposto por René Descartes) quedefende a partição dos projetos em seus elementos de maneira metódica, diminuindo a possibilidade de omissão de um elemento qualquer. O projeto deverá ser divido nos elementos que constituem a forma de trabalho a ser feita: a EET (Estrutura de elementos de trabalhos) ou EPT (estrutura de partição de trabalhos). 19 A EPT é a partição de elementos do projeto em seus subobjetivos componentes, que provê um modelo do produto final e define completamente o projeto. Essa divisão também pode receber o nome de Estrutura analítica de projeto, a EAP, como tem sido feito na literatura brasileira dedicada ao assunto. Segundo Boiteaux, a EAP é a divisão natural do projeto, de caráter essencialmente prático, que se realiza levando-se em conta os produtos finais: bens de consumo, máquinas, equipamentos, informações, serviços etc., e suas divisões funcionais, isto é, as funções e operações suscetíveis de controle em que ele se divide. É uma síntese estrutural do projeto. É recomendável que a EAP contenha uma divisão de seis níveis. O autor mostra, como exemplo, os componentes de um projeto para a implantação de uma indústria siderúrgica, em quatro níveis: I. Área física: áreas ocupadas fisicamente. II. Item principal: Elementos principais de cada área, como Energia elétrica, Central geradora de vapor e Ar comprimido. III. Sistema: Subdivisão de um item principal no caso de este ser muito grande. IV. Pacote de trabalho: tipos e quantidades de serviços gerenciáveis para fins de planejamento. Segundo Moder e Phillips, o pacote de trabalho é a mais significante das técnicas de partição. Eles espelham a constituição hierárquica do projeto. Os pacotes de trabalho formados no item mais baixo de partição são chamados de unidades básicas no sistema de PERT – pelo qual os custos reais são coletados e comparados com estimativas para fins de controle de custos. A EAP é uma das ferramentas mais importantes do gerente do projeto, pois objetiva dividir o projeto em componentes de tamanho adequado e, assim, permitir que seja conhecido em todos os seus detalhes. Além disso, ela permite metodizar a 20 elaboração de estimativas de recursos, incluindo-se nestas a estimativa de custos com maior precisão. Também acarreta um controle mais adequado, por meio da visão global do projeto. A EAP funciona como um integrado de informação. 6 ESTUDO DE CASO O estudo de caso a seguir foi apresentado por Martines em seu Trabalho de Conclusão de Curso. Trata-se de um empreendimento de alta complexibilidade por se tratar da construção de mais de um edifício. O empreendimento Ventana, assim nomeado se situa na Av. Dona Helena Pereira de Moraes, nº 415, em Panamby na Zona Sul de São Paulo. Ele foi realizado pela Construtora Cyrela Brazil Realty. Esse Estudo de caso trata de uma obra de edifícios residenciais verticais de médio padrão, composto por 5 torres de 24 pavimentos cada, num total de 232 unidades em uma área de terreno de 11.374,00 m², conforme figura 6.2 que mostra a disposição das unidades do empreendimento. Sua área comum possui piscina, playground, sala de jogos virtuais, salão de festas e academia de ginástica oferecendo uma grande diversidade de divertimento aos moradores, possui o bom projeto paisagístico que se completa com a vista dos parques que estão ao seu redor. O empreendimento foi lançado em julho de 2004, suas obras tiveram início em março de 2005 e teve término previsto para julho de 2007. 21 Figura 3 – Implantação do empreendimento (Cyrela, 2005) 22 Figura 4 – Ilustração da perspectiva das Torres (Cyrela, 2005) 23 Figura 5 - Planta do Apartamento tipo 176 m² (Cyrela, 2005)) 6.1 Descrições de técnicas de execução do empreendimento Devido às dimensões do terreno e a grande variação no solo, constatada na sondagem, o empreendimento teve dois tipos de fundação Tubulões a céu aberto, o qual se caracteriza por ser uma fundação profunda, e seus elementos estruturais são constituídos de uma concretagem de poço aberto no terreno como mostra a figura abaixo, a estaca Franki que nada mais é do que uma estaca de concreto armado moldada no solo, tendo um tubo de revestimento cravado dinamicamente no 24 terreno como mostra na figura, também houve cravações de perfis metálicos pra execução de cortinas de concreto. Figura 6 - Cravação de perfis metálicos (Cyrela, 2005) 25 Figura 7 - Fundação em Tubulões a céu aberto (Cyrela, 2005) Figura 8 - Execução de estaca (Cyrela, 2005) 26 Figura 9 - Cravação de estaca (Cyrela, 2005) O empreendimento é executado de um modo geral por um sistema construtivo convencional, sua estrutura é de concreto armado, a alvenaria é de bloco de concreto, revestido internamente com gesso, ressaltando apenas o Térreo, 1º, 25º pavimentos e as áreas molhadas que são de emboço e é revestido externamente por massa seguida de pintura. 6.2 Planejamento do empreendimento O Diretor Técnico é responsável pela área de engenharia que compreende os departamentos de: Engenharia, Suprimentos, Planejamento, Recursos Humanos, Projetos e Qualidade. A diretoria técnica por sua vez define todo o modelo do sistema construtivo, bem como os equipamentos de transportes, logística de materiais, tarefas e subtarefas a serem realizadas no menor espaço de tempo possível, sendo compatível assim com o planejado para que os prazos possam ser executados com precisão. A obra recebe um cronograma macro, elaborado pelo departamento de planejamento e aprovado pela diretoria, utilizando o programa Project, que irá auxiliar toda a equipe de planejamento a estipular prazos, custos e a qualidade de 27 cada tarefa a serem executadas, além de poder ter toda uma antecipação de todo o processo construtivo. O cronograma foi desenvolvido tendo por base o orçamento do empreendimento, e o projeto de prefeitura. A elaboração do cronograma macro é baseada na estimativa de duração dos serviços, obtida na execução de obras anteriores. O engenheiro de obra, com base no cronograma macro, prepara o cronograma de médio prazo, com um nível de detalhamento maior das atividades, por centro de custo. A estimativa de duração dos serviços é determinada pela experiência do engenheiro, sendo que a etapa de execução da estrutura laje tipo, determina o ritmo de duração de execução das demais atividades. O plano de médio prazo foi detalhado nas etapas do cronograma que compõem o caminho crítico da obra, sendo dado um tratamento especial no detalhamento dos pacotes de trabalhos e tarefas necessários para execução do térreo interno e externo, a vistoria dos bombeiros, o térreo por se tratar de área de execução complexa, com interface de muitas atividades, e a vistoria dos bombeiros por abranger uma etapa estratégica que envolve a entrega dos sistemas de segurança em pleno funcionamento, ligações das concessionárias, para obtenção do alvará e consequentemente de sua posse. 6.3 Planejamento na industrialização do canteiro de obras O canteiro de obras é onde será feita toda atividade produtiva dos serviços, tendo como produto final o edifício. Definido também através das normas como: “A área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra.” (NR 18); “O conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência.” (NBR-12284). 28 Figura 10 - Projeto do canteiro de obras provisório (Martines, 2005) Figura 11 - Vestiário do canteirode obras (Martines, 2005) 29 Figura 12 - Refeitório do canteiro de obras (Martines, 2005) Figura 13 - Administração do canteiro de obras (Martines, 2005) Para um bom planejamento é necessário um projeto inicial de canteiro usando como orientação o PCMAT(Programa de condições do meio ambiente no trabalho e na indústria da construção civil) que possui diretrizes e procedimentos que a obra deve adotar para a segurança do trabalhador para desenvolver um bom ambiente de trabalho; a execução de cada serviço, utilizando o índice de produtividade da mão- de-obra coletado através de dados históricos de obras realizadas anteriormente e o 30 cronograma a execução de cada serviço, utilizando o índice de produtividade da mão-de-obra coletado através de dados históricos de obras realizadas anteriormente; e o cronograma. Assim são previstas, então, as metas para atingir as datas desejadas de término de cada serviço e prevendo recuperar em cada etapa do serviço e o atraso inicial do empreendimento. O planejamento operacional descreve a produção detalhada correspondente a quinze dias de trabalho da etapa de cada serviço a ser realizado juntamente com as datas de início e término de cada etapa e do serviço. O planejamento é entregue através de ata de reunião à equipe de produção, composta pelo Mestre da obra, Engenheiro de Produção, Estagiários, Encarregados e responsáveis de empreiteiras caso o serviço seja executado por terceiros, cujo acompanhamento detalhado é feito no próprio local de execução dos serviços e em reuniões. As reuniões são realizadas diariamente, e têm a função de analisar o cronograma de produção, posicionar sobre a execução do dia-a-dia, as interferências que podem acarretar o atraso dos serviços e as incompatibilidades de projetos. O acompanhamento dos serviços é feito através de uma planilha, que contém a sequência de execução do serviço, o monitoramento da qualidade e data do término de cada etapa do serviço. O planejamento operacional foi utilizado desde a etapa da fundação e é usado em sua fase atual de acabamento. 31 Figura 14 - Programação do ciclo de concretagem (Cyrela, 2005) 6.4 Problemas ocorridos na execução do planejamento da obra Depois de finalizado o planejamento operacional na etapa da fundação para Tubulões, deu-se início à execução do serviço. Devido ao grande número de Tubulões, a empresa responsável por sua execução estava com um rendimento abaixo da meta pré-estabelecida, foi então tomada a decisão de contratar uma segunda empresa para ajudar a executar as torres b1 e b2 que não estavam atingindo as metas previstas no planejamento. Após a contratação da nova empresa, foi ajustado o novo planejamento dos Tubulões realizando metas acima do previsto e terminando a fundação com seis dias de antecedência ao planejamento inicial. Mais um problema ocorrido na etapa da fundação foi na execução da estaca Franki, que teve atraso nas duas frentes de trabalho para o término da fundação do corpo do prédio. A torre C1 teve um atraso de nove dias, tendo como principal fator na demora a realização da mobilização do equipamento do bate-estaca, e outro atraso de quatro dias na torre C2 proporcionado devido à quebra do bate-estaca. 32 As principais sugestões para resolver eventuais problemas ao longo da execução da obra é se ter um planejamento operacional de serviços vinculados ao planejamento absoluto do projeto, e suas estratégias, tendo assim um fluxo de informações interligadas a uma ampla comunicação de toda a equipe, mantendo uma consistência de vínculos. Nesse contexto, têm-se as tomadas de decisões, antevendo assim eventuais dificuldades, no empreendimento, possibilitando que se tenha um mecanismo de defesa, exatamente nas causas geradoras que venham a interferir ao longo do processo construtivo da obra. 33 7 CONCLUSÃO O estudo realizado pode fornecer informações valiosas sobre o processo de um planejamento operacional em construção civil. Através do estudo de caso podemos notar a importância quando trata-se de planejar. As fases que compõem uma construção civil, e também as tarefas e subtarefas, exigem muito planejamento e uma equipe altamente apta e treinada, em busca dos melhores meios para que tenha uma obra produtiva e de qualidade. Com o auxílio da NR-18 pode-se desenvolver um canteiro adequado para uma melhor acomodação dos funcionários como também uma melhor distribuição de tarefas e medidas preventivas de acidentes na execução dos serviços Através da procura para atingir melhores metas e cumprir o cronograma do empreendimento, nota-se que em determinados serviços a maioria das obras não se conhece com exatidão a capacidade produtiva da mão-de-obra de que dispõe. O resultado é a geração de um alto grau de insegurança e dúvidas quanto a execução das tarefas em campo. Uma melhor alocação de mão-de-obra pode trazer grandes vantagens no custo do serviço, caso planejado de forma adequada, pode ser feito com um número menor de operários, ou seja, se a equipe de execução do serviço iniciar na data correta e executar o serviço da forma como foi planejado não tem a necessidade de locar mais funcionários para ajudar a atingir o que foi previsto no planejamento inicial. Antes do início de todo serviço é necessário que se faça um estudo preliminar de suas características, analisando o projeto e suas particularidades detalhando ao máximo cada etapa construtiva, verificando qualquer interferência que possa prejudicar o seu desenvolvimento e compatibilizando o material/equipamentos juntamente com a mão-de-obra. 34 Somente através de uma melhor organização do processo, eliminando reservas de mão-de-obra ociosa e otimizando cada recurso disponível pode-se obter os resultados satisfatório. 35 REFERÊNCIAS BALLARD, G. The Last Planner System of Production Control. Birmingham, 2000. 137f. Thesis (Doctor of Philosofy) – Faculty of Engineering, The University of Birmingham. Birmingham, 2000. BERNARDES, M. Desenvolvimento de um Modelo de Planejamento e controle da Produção para Micro e Pequenas Empresas de Construção. 2001. 310 f. Escola de Engenharia, UFRS, Porto Alegre, 2001. BRUCE, Andy, LANGDON, Ken - Como Gerenciar Projetos. Divisão de Publicações da Empresa Folha da Manhã S.A. – São Paulo: Publifolha, 2000. FLORES, F. Management and communication in the office of the future, PhD Dissertation, University of California at Berkeley, 1982. FORMOSO, C.; BERNARDES, M.; OLIVEIRA, K. Termo de Referência para o Planejamento e Controle de Produção em Empresas Construtoras. Porto Alegre: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC), Universidade do Rio Grande do Sul, 1999. FRANÇA, Oscar Gerenciamento de Projetos utilizando o Ms-Project 2010. Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®) Terceira edição ©2004 Project Management Institute, Four Campus Boulevard, Newtown Square, PA 19073-3299 EUA. HALPIN,D.WOODHEAD,R. Administração da construção Civil. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.,2004. KERZNER, Harold. Gestão de Projetos: as melhores práticas. Porto Alegra: Bookman, 2002. LIMMER, C. Planejamento, Orçamento e Controle de Projetos e Obras. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 1997. 36 LIMMMER, Carl V., Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e obras. 2013. Rio de Janeiro. MARTINES, Alexandre R. de S., Planejamento Operacional no Canteiro de Obras. 2006. Universidade Anhembi Morumbi. NR-18, Norma regulamentadora 18, 2006.18.3 Revista Mundo Project management – Mundo PM. PMI, Project Management Institute. Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos. 3. ed. Newtown Square, Pennsylvania: Four Campus Boulevard, 2004. POLITO, Giulliano. Gerenciamento de projetos na construção civil predial: Uma proposta de modelo de gestão integrada. 2013. São Paulo. Disponível em: < http://www.pmisp.org.br/recursos/downloads/13-seminario-internacional?start=5>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2015. PRADO, D., ARCHIBALD, R.D., Gerenciamento de Projetos para Executivos – Série Gerência de Projetos, Volume 6, Belo Horizonte, 142p. INDG, 2007. PRADO, D., ARCHIBALD, R.D., Modelo de maturidade. Belo Horizonte, 2009. Disponível em: <http:// www.maturityresearch.com> Acesso em 27 de fevereiro de 2015. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, Construction Extension to a Guide Project Management Body of Knowledge. 3th.ed. Newton Square, 2009. SAMPAIO, J.C.A. PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção. São Paulo, PINI, SindusCon/SP, 1998. SAMPAIO, J.C.A. Segurança no trabalho e produtividade. In: Seminário Produtividade no Canteiro de Obras: Possibilidades de Intervenção. São Paulo, 1997. Anais. São Paulo, ITQC, 1997. 37 STANDISH GROUP, The Chaos Report, 2009. YUKL, G. Leadership in Organizations. 6th edition. Upper Saddle River, NJ: Pearson Prentice Hall, 2005.
Compartilhar