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UNIP – Universidade Paulista Educação à distância Curso: Pedagogia (TURMA 2013) PROJETO SHANGRI LA: MEDITAR, APRENDER E VIVENCIAR André Luiz Raphael / RA: 1303556 Fátima Aparecida Carlton Cavallari / RA:1303455 Elaine C. Gugliotti Silva / RA: 1304226 ARARAQUARA 2014 UNIP PROJETO SHANGRI LA: MEDITAR, APRENDER E VIVENCIAR Projeto de intervenção pedagógica (Projeto pedagógico) entregue à disciplina PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA (PPAP) – UNIP Para avaliação e apreciação crítica ProfªDrª Cleópatra Barbosa Prof. Dr. Reinaldo Lima ARARAQUARA/SP 2015 SUMÁRIO 1. TEMA ..................................................................................................................04 2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 04 3. SITUAÇÃO-PROBLEMA ................................................................................. 04 4. PÚBLICO-ALVO ...............................................................................................05 5. OBJETIVOS ....................................................................................................... 05 6. EMBASAMENTO TEÓRICO.......................................................................... 06 7. PECURSO METODOLÓGICO ....................................................................... 07 8. RECURSOS .......................................................................................................09 9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ................................................................ 10 10. AVALIAÇÃO ...................................................................................................... 11 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 11 1. Tema: Treinamento de habilidades referentes à meditação, concentração, organização, disciplina, atenção e foco; estudo da cultura oriental (músicas, parábolas chinesas, artes marciais: Tai chi e terapia Chi Kung); reflexão sobre a interação com o próximo e com a vida; combate ao bullying (desenvolvimento e incentivo da tolerância e respeito à diversidade e às diferenças); culto ao silêncio e combate à poluição sonora (aprender a ouvir); respeito à diversidade e às diferenças; estudo da cultura oriental (músicas, artes maciais – Tai chi, Ching Kung). 2. Justificativa O principal intuito deste projeto consiste em potencializar o processo de aprendizagem de nossos alunos, através do desenvolvimento de habilidades, ferramentas e técnicas adequadas à construção de um conhecimento amplo, qualitativo e significativo para o aluno, através de aulas práticas e das aulas de vivência do período integral (no contraturno). Por outro lado, também visamos combater vários vícios e mitos da educação ocidental, sendo o maior deles, a falta de foco nas questões éticas e nas habilidades atitudinais, procedimentais e operacionais dos alunos, pois, mais que os Parâmetros Curriculares Nacionais prevejam tais abordagens mais humanizadas através de seus temas transversais, tal prática ainda é muito paliativa e o ensino no Brasil ainda está engessado no conteúdo e na tradição jesuítica e transmissiva, muitas vezes interessado em recriar uma sociedade desigual, fornecendo a esta não cidadãos, mas sim, mini- androides e analfabetos funcionais para o mercado de trabalho e para a manutenção de um sistema político de dominação de uma elite em detrimento de toda uma massa alienada. 3. Situação-problema Este projeto nasceu a partir de uma intensa observação como professores, ao longo de mais de 10 anos de docência e, recentemente, agora, como estagiários, da observação com um olhar mais crítico, acerca das condições e 4 impressões que a “atmosfera escolar”, ou até mesmo a “egrégora institucional”, denominada escola, nos apresenta como grandes desafios e mitos que queremos desconstruir: o primeiro é o de que fazer várias ações, ao mesmo tempo, não prejudica o aprendizado e que é uma característica da atual geração discente; outro mito é o de que qualidade e rapidez podem caminhar juntas e, por fim, queremos desconstruir dois arquétipos que envenenam a escola: a ideia positiva e sedutora que as crianças e os jovens possuem sobre os perfis de transgressão desenfreada a qualquer regra e à aversão aos estudos e aos alunos que se dedicam, rotulando-os, muitas vezes, como “nerds”, “CDFs” ou outros termos pejorativos que reforçam estereótipos (principal elemento potencializador dos casos de bullying no ambiente escolar e, ou, até mesmo, fora deste). Não queremos mais uma escola excludente! É fácil alterar o espaço físico, garantir a acessibilidade pontual e concreto em um ambiente escolar. Por outro lado, as questões intrínsecas a mente, ao comportamento e às relações sociais, muitas vezes são camufladas e de difícil percepção. E, por fim, também temos o problema da poluição sonora, que estimula a produção de adrenalidade, culminando naquele comportamento inquieto e neurótico que Augusto Cury classifica como “síndrome do pensamento acelerado”. Portanto, a melhor estratégia é promover a vivência de eventos e situações que propiciem uma mudança de atitude e forneça nova perspectiva de olhar, de ação e de tomada de decisão discente. 4. Público-alvo A princípio nosso foco de trabalho será com alunos de 4º a 6º anos de ensino fundamental de período integral. Contudo, tal atividade pode ser oferecida a toda a comunidade escolar, EJA e até mesmo a docentes e pais de alunos, por seu caráter reflexivo e transformador. Quanto à duração, este levará cinco dias (inicialmente), ocorrendo depois de maneira quinzenal (rotineiramente). 5 5. Objetivos Desenvolver um projeto criativo que propicie uma reflexão e um novo olhar sobre a vida e sobre as atitudes que são frequentes no ambiente escolar, refletindo sobre as causas das mesmas na busca de uma solução para o problema; Vivenciar tanto o problema, quanto a solução através de dinâmicas e atividades que estimulem às inteligências múltiplas e emocional dos envolvidosno processo, através da cultura oriental difundidas nas práticas do TAI CHI, da terapia CHI KUNG, da meditação ( trabalhados de forma terapêutica, respeitando- se o caráter laico da escola brasileira), da música oriental, das parábolas chinesas e história e biografia dos grandes mestres e mobilizadores do bem, oriundos da cultura nipônica; Promover uma desconstrução de valorese arquétipos nocivos ao ambiente escolar, substituindo-os os mesmos por valores e ideias construtivas, tendo como lemas: o respeito, a interação social e as vivências educativas e sadias no recinto escolar, propiciando uma aversão natural e uma rejeição às práticas de bullying, partindo, tal retomada de atitude do próprioaluno. 6. Embasamento teórico A concepção deste projeto surgiu a partir de uma notícia que vimos na internet sobre uma escola, que, através dos estudos de Waldorf, estava promovendo técnicas de meditação durante as aulas e tal procedimento estava, obviamente, resultando em situações muito positivas e promissoras no desempenho psicossocial dos alunos. Logicamente, houve uma identificação com a situação inicial, narrada pela docente em questão, e, logicamente, um anseio para experimentar as mesmas técnicas. Porém, precisávamos de um embasamento maior. Sendo assim, estabelecendo paralelos entre o problema, a causa, a escola, a teoria, a metodologia e a melhor prática começamos a procurar investigar as causas dos 6 problemas de nossa unidade escolar em busca de respostas para os nossos problemas pedagógicos. E a resposta não tardou a chegar: encontramos muitos autores que nortearam nossa prática e ampliaram nossa perspectiva, dentre estes, podemos citar principalmente, Augusto Cury e a sua teoria do pensamento acelerado, onde podemos estabelecer uma relação também com a poluição sonora, o nível de adrenalina e, por fim, o aumento da inquietação e a diminuição da concentração, algo inversamente proporcional aos efeitos de uma meditação terapêutica. Também procuramos informações sobre os casos de bullying e percebemos que geralmente tanto agressores quanto opressores tinham um mesmo perfil, ou seja, seguiam um mesmo arquétipo. Neste caso, foram os estudos de Carl Yung que nos forneceu as informações necessárias para que pudéssemos criar nossas estratégias de intervenção nestes problemas. Mas, evidentemente, ficamos, preocupados com outra questão: adolescentes são “barris de hormônio em ebulição”e tínhamos dúvidas se apenas as estáticas sessões de meditação surtiriam o efeito desejado. Foi então que, aprofundamos os nossos estudos sobre a cultura e a música chinesa e ficamos maravilhados com a música de Kitaro. E melhor ainda, descobrimos que haviam outros dois tipos de meditação que se fazia commovimento: o Tai chi e a meditação CHI KUNG, esta última, inclusive, foi divulgada em uma oficina de terapia, promovida pelo SUS de Campinas-SP, e, por fim, tornou-se acervo do youtube (vide link nos anexos). Também consultamos o meu acervo pessoal de livros do Içami Tiba e Celso Antunes (vide item anexos) onde buscamos estratégias para transformar as ideias em boas práticas. 7. Percurso metodológico Introduzir a meditação sem antes promover um levantamento dos conhecimentos prévios e uma boa mobilização e motivação do corpo discente 7 será, no mínimo, frustrante. Portanto,tendo em vistas o universo discente, iniciaremos uma processo de valorização da cultura chinesa através de elementos que interessem aos alunos. Tais dinâmicas, inicialmente, com rodas de conversassobre os heróis chineses, exibirei trecho dos desenhos: Dragon Ball, Naruto, Cavaleiros do Zodíaco e PoKemon; e também trechos de mangá: Mônica Jovem entre outros. Promovendo em seguida uma conversa sobre tais elementos da cultura asiática e sobre os valores e contextos que estão implícitos, funcionando como pano de fundo para tais obras. Em seguida leremos aos alunos um artigo que explica sobre os danos da poluição sonora ao nosso organismo e através de questionamentos disparadores, inquiriremos os alunos sobre quais seriam as possíveis soluções para estes problemas. Após este momento inicial, iremos assistir a algumas breves notícias, extraídas do youtube sobre a música chinesa de Kitaro. Veremos também as notícias sobre e meditação o Tai Chi e a meditação CHI KUNG, trechos da entrevista de David Lynch, um aficionado pelo budismo, que chegou até a escrever um livro sobre o assunto: “Em águas profundas”. Passada a fase da mobilização, os alunos serão convidados a irem sala de descanso e lá faremos sessões de meditação tradicional, com os alunos deitados em colchonetes. Ao fundo, músicas de Kitaro e outros compositores do gênero. Mesclaremos as sessões de meditação tradicional, com a meditação CHI KUNG e o TAI CHI para que os alunos não se sintam em um ciclo de rotina. O assunto é o mesmo, mas a abordagem pode e deve ser diversificada. Também trabalharemos técnicas de respiração e visualização e mentalização terapêutica (sem conotação religiosa), que aprendi no meu curso de técnico-ator. Neste momento também aproveitaremos para ler aos alunos algumas parábolas orientais do livro paradidático “O imperador amarelo”, adaptado por Heloísa Prieto (Ed. Moderna), cuja análise também explorará habilidades de interpretação e inferência dos alunos, pois as fábulas orientais são repletas de simbologias, analogias e metáforas, tais como os textos: “O imperador amarelo” (pág. 21) e “O caminho das nuvens – a história do Ta’iChi Ch’uan” (pág. 31). 8 Após estes momentos de vivência, promoveremos uma roda de conversa sobre as impressões e sensações que os alunos puderam perceber e sentir durante as atividades e se os mesmos gostaram das atividades propostas. A avaliação terá mais ênfase na intenção diagnóstica e formativa, mas o final do processo, os professores poderão solicitar uma autoavaliação e, ainda, uma avaliação de produção textual ou avaliação objetiva, estas últimas poderão ser de cunho somativo, com intuito de verificar o aprendizado construído ao longo das aulas e das atividades. A intenção é que os outros professores, do período oposto, retomem as vivências em suas aulas, fazendo, pelo menos, alguns minutos de silêncio e respiração profunda para criarmos um vínculo interdisciplinar que não permitirá que as práticas difundidas caiam no esquecimento. 8. Recursos - Rádio toca-cds ou notebook; - Notebook com projetor ou lousa digital; - Notebook com caixa de som amplificada ou TV com DVD para a exibição de trechos de vídeos extraídos do youtube (em formato MPG1 ou AVI); - Colchonetes (32 unidades); - Sala apropriada para a dinâmica; - Preferencialmente duas pessoas para a execução das ações de cada etapa do projeto; - Impressos dos contos chineses de Heloísa Prieto; - Impressos da autoavaliação; - Impressos das avaliações somativas. 9 9. Cronograma de atividades 1ª etapa: valorização da cultura chinesa através da exibição de elementos da mesma, que estejam relacionados também às preferências discentes (desenhos, mangás etc.); 2ª etapa: exibição de trechos de desenhos e exemplares da revista Monica Jovem para que os alunos possam se expressar e manifestar suas opiniões na roda de conversa; 3ª etapa: pesquisa e, ou, leitura de notícias sobre escolas e, ou, pessoas que praticaram a meditação e outras terapias orientais e melhoraram a própria qualidade de vida. Notícia, sobre a escola e a PUC do Rio Grande do Sul. E também notícias sobre os prejuízos do estresse, da poluição sonora e o excesso de adrenalina no corpo. Ao final das leituras promoveremos uma conversa sobre o que é melhor para o ser humano e quais caminhos eles pode buscar para encontrar uma qualidade de vida melhor; 4ª etapa: aula prática de meditação introdutória; nesta primeira abordagem, osalunos deitarão nos colchonetes, ouviram músicas bem suaves (Kitaro e outros) e exercitarão a respiração pausada, calma e profunda. Em outras aulas, os alunos realizarão os procedimentos de meditação com as visualizações e mentalizações sugestionadas pelo docente acompanhante; roda de conversa sobre as impressões da experiência realizada; 5ª etapa: troca do estilo de meditação: orientações, instruções eprocedimentos para a prática do CHI KUNG; roda de conversa sobre as impressões da experiência realizada; 10 6ª etapa: leitura das fábulas chinesas do paradidático: “O imperador amarelo” de Heloísa Prieto (Ed. Moderna); roda de conversa; orientações sobre o TAI CHI e prática; roda de conversa sobre as práticas realizadas e autoavaliação; 7ª etapa: produção textual com base na temática desenvolvida durante as aulas – campo semântico: reflexão, qualidade de vida; tolerância; paciência; a importância de cuidar da saúde entre outros temas; tais produções serão avaliadas somativamente; enquanto as outras avaliações direcionarão seu foco no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. 10. Avaliação A avaliação ocorrerá através da observação durante o processo, de maneira, diagnóstica e formativa; ao final do processo, o aluno produzirá um texto sobre a vivência, de cunho somativo, e, ao final, realizará uma autoavaliaçãodesua aprendizagem. 11. BIBLIOTECA / ANEXOS Links da internet Texto 1: “Meditação tem hora marcada na escola” (disponível em: http://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2014/05/vida/viver_com_saude/46186- meditacao-tem-hora-na-sala-de-aula.html> acesso em: 21/09/2014) Texto 2: “A pedagogia Waldorf” (disponível em: http://www.ewrs.com.br/index.php/pedagogia-waldorf> acesso em: 22/09/2014) 11 Texto 3: “Síndrome do pensamento acelerado – Não devemos sofrer por antecipação” – entrevista de Augusto Cury (disponível em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2014/01/baugusto-curyb-nao- devemos-sofrer-por-antecipacao.html> acesso em 22/09/2014) Texto 4: “Carl Gustave Yung” (disponível em: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=192> acesso em: 22/09/2014) Livros PRIETO, Heloísa. O imperador amarelo: fábulas, lendas e ensinamentos dos antigos mestres chineses / Heloísa Prieto; apresentação e coordenação da pesquisa Paulo Bloise. – 1. Ed. – São Paulo: Moderna, 2006 – (Série Imaginário). KYOKAI, BukkyoDendo. A doutrina de Buda; tradução Jorge Anzai. – 2. Ed. – São Paulo: Martin Claret, 2012. – (Coleção a obra-prima de cada autor; 135). TIBA, Içami. Quem ama, educa! – São Paulo: Editora Gente, 2002. TIBA, Içami.Disciplina, limite na medida certa. – São Paulo: Editora Gente, 1996 – 1ª ed. ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas e seus estímulos. – Campinas, SP: PAPIRUS, 1998. – (Coleção Papirus Educação). ANTUNES, Celso. Manual de técnicas de dinâmica de grupo de sensibilização de ludopedagogia.- Petrópolis, RJ: ed. Vozes, 1987. 12
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