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Resumão 2ª prova FARMACOLOGIA

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2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
Bloqueadores Neuromusculares 
Esses fármacos bloqueiam a transmissão colinérgica entre o terminal nervoso motor e o 
receptor nicotínico na placa motora neuromuscular do músculo esquelético. 
 
São análogos estruturais da acetilcolina e atuam como antagonistas (tipo não despolarizante) 
ou agonistas (tipo despolarizante) nos receptores da placa motora da junção neuromuscular. 
Os bloqueadores neuromusculares são clinicamente úteis durante a cirurgia para produzir 
relaxamento muscular completo, sem o emprego de dosagens mais altas do 
anestésico. 
 
↗Bloqueadores Não-Despolarizantes (Competitivos) 
[Curare, Tubocurarina, Mivacúrio, Pancurônio, Vecurônio, Atracúrio, Galamina]. 
 
-Mecanismo de ação: 
Os fármacos bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes se combinam 
com o receptor nicotínico e impedem a ligação da acetilcolina. Esses fármacos 
impedem a despolarização da membrana da célula muscular e inibem a 
contração muscular. Como esses fármacos competem com a acetilcolina no 
receptor, eles são denominados bloqueadores competitivos. 
 
-Ações 
Os músculos pequenos de contração rápida da face e dos olhos são mais 
suscetíveis e são paralisados primeiro seguidos pelos dedos. Depois, os 
músculos dos membros, do pescoço e do tronco são paralisados, então os 
intercostais e finalmente o diafragma. Os fármacos (por exemplo: tuburarina, 
mivacúrio e atracúrio) que liberam histamina, podem produzir uma redução 
da pressão arterial, vermelhidão e broncoconstrição. 
 
-Usos Terapêuticos 
Usados como fármacos adjuvantes da anestesia, durante a cirurgia, para 
relaxar os músculos esqueléticos. 
 
-Farmacocinética 
Todos são injetados IV, pois sua absorção após administração oral é mínima. Eles penetram 
pouco as membranas e não entram nas células nem atravessam a barreira hemato-encefálica. 
Muitos deles são liberados na urina inalterados. 
 
-Efeitos Adversos 
Tubocurarina: ↓ da pressão arterial, resultante do bloqueio ganglionar, liberação de histamina 
dos mastócitos. Os demais não apresentam esses efeitos colaterais e, consequentemente, 
causam menos hipotensão. 
Galamina: bloqueia os receptores muscarínicos, particularmente do coração, acarretando 
taquicardia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
TIPOS DE BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES 
Bloqueadores Competitivos (Não Despolarizantes) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D- TUBOCURARINA (Curare) 
• É o representante mais antigo desta categoria; 
• Não tem ação sobre receptores muscarinicos 
• Aplicada por via endovenosa promove flacidez progressiva (musculos oculares, dos dedos, 
do pescoço, membros,intercostais, e diafragma) – 3-4min 
• Seu uso clínico depende de acompanhamento ventilatório; 
• Promove liberação da histamina; 
• Causa hipotensão e broncoespasmo. 
 
PANCURÔNIO (PAVULON) 
• Promove aumento da frequencia cardiaca, na pressão arterial, e do débito cardíaco, nas 
doses terapeuticas. 
• As alterações hemodinâmicas são resultantes da ação bloqueadora vagal cardiaca e da 
atividade do sistema nervoso simpático 
• Não promove liberação de histamina. 
• É cinco vezes mais potente do que a d-Tubocurarina; 
 
ATRACÚRIO 
• É indicado em pacientes portadores de insuficiência hepática, pois não sofre metabolização 
hepática e renal. 
• Em paciente idosos também tem sua prescrição indicada. 
• Ocorre liberação da histamina dependente de dose e velocidade de injeção. 
• Seu efeito é revertido rapidamente sem utilização de anticolinesterásico. 
 
VECURÔNIO 
• Não libera histamina e esta livre de efeitos hemodinâmicos vasculares. 
• Pode ser utilizado em pacientes com insuficiência renal; 
• Pode causar bradicardia quando associado a opióides. 
 
DOXACÚRIO 
• É considerado o BNM mais potente da atualidade. 
• Em doses clínicas, é praticamente desprovido de efeitos autonômicos e não libera histamina; 
• Como é desprovido de efeitos cardiovasculares indesejáveis pode ser utilizado em pacientes 
que necessitam de estabilidade hemodinâmica. 
 
MIVACÚRIO 
• É o primeiro despolarizante de curta duração; 
• Possui potencial capacidade de liberar histamina; 
• Promove hipotensão e aumento da FC, independente do esquema anestésico. 
 
 
Compostos Benzilisoquinolinas: 
 Atracúrio (Tracrium®) 
 Doxacúrio 
 Mivacúrio 
 Cisatracúrio 
Compostos Aminoesteróides: 
 
 Pancurônio (Pancuron®) 
 Vecurônio 
 Pipecurônio 
 Rocurônio (Esmeron®) 
 
 D-tubocurarina 
 Galamina (Flaxedil®) 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗Fármacos Despolarizantes 
[Decametônio, Succinilcolina, Suxametônio] 
 
-Mecanismo de Ação 
Os bloqueadores neuromusculares despolarizantes como a Succinicolina ligam-se ao receptor 
nicotínico e atuam como a acetilcolina despolarizando a junção. Ao contrário da acetilcolina, 
que é instataneamente destruída 
pelas acetilcolinesterases, o fármaco 
despolarizante persiste em 
concentração elevada na fenda 
sináptica, permanecendo ligada ao 
receptor por um tempo 
relativamente maior e causando 
uma estimulação constante no 
receptor. 
 
-Ações 
A sequência de paralisia pode ser 
ligeiramente diferente, mas como 
ocorre com os bloqueadores competitivos, os músculos respiratórios são paralisados por 
último. A Succinilcolina inicialmente produz fasciculações musculares, seguidas de paralisia. 
 
-Usos Terapêuticos 
Devido ao rápido início e à curta duração de ação, a Succinilcolina é útil quando a rápida 
intubação endotraqueal é necessária durante a indução da anestesia. Ela também é 
empregada durante tratamento com choque eletroconvulsivo. 
 
-Farmacocinética 
A Succinilcolina é injetada IV. Sua breve duração de ação (alguns minutos) resulta da 
redestribuição e da rápida hidrólise pela colinesterase plasmática. Por isso, e administrada por 
infusão contínua. 
 
-Efeitos Adversos 
Apnéia: a administração de Succinilcolina a um paciente que é deficiente genético de 
colinesterase plasmática ou tem uma forma atípica da enzima pode levar à apnéia prolongada 
devido à paralisia do diafragma. 
 
SUCCINILCOLINA 
• Administrada por via endovenosa pois tem carga elétrica e não atravessa facilmente a 
membrana; 
• Sofre ação da butirilcolinesterase; 
• Não age no músculo liso, não atravessa a barrreira placentária, não tem ação no SNC. 
• Ação farmacológica ultra-curta 1min-10min: utilizada em procedimentos de curta duração: 
intubação endotraqueal, estabilização de fraturas, e prevenção de lesão durante terapia 
eletroconvulsiva; 
• Efeitos adversos: Arritmias e parada cardíaca (hipotassemia) 
• Contra-indicação: Hipertemia Maligna 
 
 
 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
Resumindo, os Bloqueadores Neuromusculares Despolarizantes ligam-se ao receptor 
nicotínico e atuam como um agonista, despolarizando-o: 
 
BLOQUEIO DE FASE I 
 Abertura do receptor 
 Despolarização da placa terminal 
 Propagação e despolarização de membrana adjacente 
 Contração muscular generalizada e desorganizada. 
 
BLOQUEIO DE FASE II 
 Exposição continuada ao BNM 
 Repolarização iniciada, porém membrana incapaz de repolarizar-se novamente; 
 Bloqueio de canal 
 Dessensibilização. 
 
 
UTILIZAÇÃO CLÍNICA 
 Cirurgias – relaxamento muscular durante cirurgia: ação duradoura e reversível 
 Afecções espásticas – trisma, tétano 
 Controle das convulsões – epilepsias, intoxicação anestésicos locais, 
eletroconvulsoterapia 
 Manobras ortopédicas 
 Laringoscopia, broncoscopia, 
 Controle da ventilação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
Histamina e Anti-Histaminicos 
A histamina é uma amina biogênica encontrada em vários tecidos. É um AUTACÓIDE:molécula 
secretada localmente para aumentar ou diminuir a atividade das células adjacentes. É um 
importante mediador dos processos inflamatórios: desempenha também funções significativas 
na regulação da secreção de ácido gástrico e na neurotransmissão. 
 
↗Síntese e Armazenamento 
A Histamina é sintetizada a partir do aminoácido L-histidina. A enzima histidina descarboxilase 
catalisa a descarboxilação da histidina a 2-(4-imidazolil)etilamina, conhecida como Histamina. 
A síntese de Histamina ocorre nos: 
 mastócitos e basófilos do sistema imune; 
 células enterocromafins-símiles (ECL) da mucosa gástrica; 
 neurônios que utilizam a histamina como neurotransmissor 
 
↗Distribuição 
 Tecidos 
 Plasma e Líquidos Corporais 
 Líquido Cefalorraquidiano 
 
↗Mecanismo de Liberação 
 Exocitose: (sem ocorrer morte celular) e (depende do influxo de cálcio). 
 Por lise da membrana celular 
 
↗Síntese, Armazenamento e Liberação de Histamina 
Pode ser dividido em dois reservatórios: 
 
 Reservatório de Renovação Lenta 
-Localiza-se nos mastócitos e basófilos, liberando histamina ao se ligar ao alérgeno 
-Fisiopatologia da reação de hipersensibilidade mediada por IgE 
-Surgimento de edema, vasodilatação periférica. 
 
 Reservatório de Renovação Rápida 
-Localiza-se nas células enterocromafins gástricas e nos neurônios histaminérgicos 
-Sintetizam e liberam histamina quando esta se torna necessária para a secreção de 
ácido gástrico e a neurotransmissão, respectivamente. 
-Os neurônios histaminérgicos não sintetizam histamina. 
 
Mecanismo de estímulo e secreção de HCl (ligado à Histamina): 
Fármacos anti-histamínicos: (bloqueiam os receptores H2 no 
estômago) e (reduz de 8% a 10% o pH gástrico). 
 
Ach → Receptores Céls. G para liberação de Gastrina → Sangue → 
Células Enterocromafins → 
Receptores → Liberação de 
grânulos de histamina → 
Receptores H2 → Liberação de 
HCl (não só por histamina, mas 
também por Ach e Gastrina 
nos receptores CCK-B. 
 
Estímulo do vago: visão, 
cheiro, alimento na boca. 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗Receptores da Histamina 
As ações da histamina são mediadas pela sua ligação a quatro subtipos de receptores: 
H1, H2, H3 e H4. Todos os quatro subtipos consistem em receptores acoplados à proteína G, 
que atravessam sete vezes a membrana. As isoformas do receptor diferem nas vias de 
segundos mensageiros e na sua distribuição tecidual. 
 
 H1 
-São expressos primariamente nas células endoteliais vasculares e nas células musculares lisas. 
-Esses receptores medeiam reações inflamatórias e alérgicas. 
-As respostas teciduais específicas à estimulação dos receptores H1 incluem: 
(1) edema, (2) broncoconstrição e (3) sensibilização das terminações nervosas aferentes 
primárias. 
-Os receptores H1 também são expressos em neurônios histaminérgicos pré-sinápticos no 
núcleo túbero-mamilar do hipotálamo, onde atuam como auto receptores para inibir a 
liberação adicional de histamina. Esses neurônios podem estar envolvidos no controle dos 
ritmos circadianos e no estado de vigília. 
 
 H2 
-A principal função do receptor H2 consiste em mediar a secreção de ácido gástrico no 
estômago. Esse subtipo de receptor é expresso nas células parietais da mucosa gástrica, onde 
a histamina atua de modo sinérgico com a gastrina e a acetilcolina, regulando a secreção ácida. 
-Os receptores H2 encontrados nas células parietais ativam uma cascata de AMP cíclico 
dependente da proteína G, resultando em liberação aumentada de prótons, mediada pela 
bomba de prótons, no líquido gástrico. 
 
 H3 
-Os receptores H3 parecem exercer uma inibição por retroalimentação em certos efeitos da 
histamina. 
-Nas terminações nervosas pré-sinápticas, os receptores H3 ativados suprimem a descarga 
neuronal e a liberação de histamina. 
-Os receptores H3 também parecem limitar as ações histaminérgicas na mucosa gástrica e no 
músculo liso brônquico. 
 
 H4 
-São encontrados principalmente em mastócitos, eosinófilos e basófilos. 
-Os receptores H4 compartilham com os receptores H3 uma homologia de 40% e ligam-se a 
numerosos agonistas dos receptores H3, embora com menor afinidade. 
-Os receptores H4 possuem interesse particular, visto que se acredita que eles desempenham 
um importante papel na inflamação; foi constatado que a ativação dos receptores H4 medeia a 
quimiotaxia dos mastócitos induzida pela histamina, bem como a produção de leucotrieno B4. 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗Ações da Histamina 
 
 Ações da Histamina nas terminações nervosas 
Tem ação despolarizante direta da histamina sobre as terminações nervosas aferentes 
 
 Ações da Histamina nas vias aéreas 
-Aumenta a permeabilidade vascular (edema e obstrução) 
-Estimula secreções glandulares (coriza) 
-Estimula as terminações nervosas sensoriais (prurido e espirros) 
 
 Ações da Histamina no coração 
-Aumento na força da contração 
-Aumenta o influxo de Ca++ 
 
 Ações da Histamina no estômago 
Aumento de Ca++ intracelular nas células parietais = ↑HCl 
 
 Ações da Histamina no SNC 
-Participa da manutenção do estado de vigília e atua como supressor de apetite 
-Tanto a histidina descarboxilase quanto os receptores de histamina estão expressos 
no hipotálamo. 
 
↗Histamina e Anafilaxia 
A desgranulação de mastócitos sistêmicos pode causar uma condição potencialmente fatal, 
conhecida como anafilaxia. Tipicamente, o choque anafilático é desencadeado em um 
indivíduo previamente sensibilizado por uma reação de hipersensibilidade a uma picada de 
inseto, a um antibiótico, como a penicilina, ou a ingestão de certos alimentos altamente 
alergênicos (por exemplo, nozes). Um alérgeno de distribuição sistêmica, como, por exemplo, 
através de injeção intravenosa ou absorção da circulação, pode estimular os mastócitos e 
basófilos a liberar histamina em todo o corpo. A consequente vasodilatação sistêmica provoca 
uma redução maciça da pressão arterial; a hipotensão também resulta do acúmulo sistêmico 
de líquido, devido ao extravasamento de plasma no interstício. A liberação maciça de 
histamina também provoca broncoconstrição grave e edema da epiglote. Esse estado de 
choque anafilático pode ser letal em questão de minutos se não for rapidamente tratado pela 
administração de adrenalina. 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗Fisiopatologia da reação de Hipersensibilidade mediada por IgE 
A histamina é um mediador essencial das respostas imunes e inflamatórias. A histamina 
desempenha papel proeminente na reação de hipersensibilidade mediada por IgE, também 
conhecida como reação alérgica. 
 
 
↗Resposta Tríplice de Lewis 
Resposta Tripla: 
 um ponto vermelho localizado (1) 
 rubor vermelho mais intenso (2) 
 uma pápula (3). 
 
Mancha vermelha: vasodilatação pela histamina. 
Rubor: estimulação de reflexos axônicos que promovem dilatação. 
Pápula: aumento da permeabilidade vascular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
ANTI-HISTAMINICOS 
 
São agonistas inversos ou antagonistas competitivos seletivos dos receptores H1, H2, H3 ou 
H4. Os anti-histamínicos H1: seu mecanismo de ação envolve a estabilização da conformação 
inativa do receptor H1, diminuindo os eventos de sinalização que levariam à resposta 
inflamatória. 
A segunda estratégia consiste em impedir a desgranulação dos mastócitos induzida pela 
ligação de um antígeno ao complexo IgE/receptor Fc nos mastócitos. O cromolin e o 
nedocromil utilizam essa estratégia para evitar as crises de asma. Esses compostos 
interrompem a corrente de cloreto através das membranas dos mastócitos, que constitui uma 
etapa essencial no processo de desgranulação. 
A terceira estratégia consiste em administrar um fármaco capaz de neutralizarfuncionalmente 
os efeitos da histamina. O uso da epinefrina no tratamento da anafilaxia fornece um exemplo 
dessa abordagem. A epinefrina, que é um agonista adrenérgico, induz broncodilatação e 
vasoconstrição; essas ações anulam a broncoconstrição, a vasodilatação e a hipotensão 
causadas pela histamina no choque anafilático. 
 
↗Estratégia Farmacológica dos Anti-Histaminicos 
 
 Anti-Histaminicos H1 
A histamina atua como agonista para a conformação ativa do receptor H1 e desvia o equilíbrio 
para o estado ativo do receptor. Em comparação, os anti-histamínicos são agonistas inversos. 
Os agonistas inversos ligam-se preferencialmente à conformação inativa do receptor H1 e 
desviam o equilíbrio para o estado inativo. Por conseguinte, mesmo na ausência de histamina 
endógena, os agonistas inversos reduzem a atividade constitutiva do receptor. 
Antagonista H1: - inibe o efeito vasoconstritor da histamina 
 - diminui a permeabilidade capilar e formação de edemas e pápulas. 
Efeito Anti-Emético: Inibe a ação da Histamina sobre o centro do vômito na medula oblonga. 
Ou ação antimuscarínica (diminuição do tônus e de secreções). [Difenidramina, Prometazina, 
Meclizina, Dimenidrinato]. 
 
Anti-histamínicos H1 de primeira geração: A estrutura geral dos anti-histamínicos H1 de 
primeira geração consiste em um arcabouço de etilamina substituído, com dois anéis 
aromáticos terminais. Cada uma das seis subclasses é uma variação dessa estrutura geral. 
Os anti-histamínicos H1 de primeira geração são compostos neutros em pH fisiológico, que 
atravessam rapidamente a barreira hematoencefálica e são capazes de promover sedação. 
 
Anti-histamínicos H1 de segunda geração: 
São amplamente utilizados incluem a loratadina, a cetirizina e a fexofenadina. Os anti-
histamínicos H1 de segunda geração são ionizados em pH fisiológico e não atravessam 
apreciavelmente a barreira hematoencefálica. As diferenças na lipofilicidade entre os anti-
histamínicos H1 de primeira e de segunda gerações respondem pelos seus perfis de efeitos 
adversos diferenciais, notavelmente a tendência a causar depressão do SNC (sonolência). 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
 
 
 
 
 
 
 
 
Farmacocinética 
Por via oral são bem absorvidos pelo trato gastrintestinal (TGI) e alcançam concentrações 
plasmáticas máximas em 2 a 3 horas. Enquanto os anti-histamínicos H1 de primeira geração 
distribuem-se amplamente por todos os tecidos periféricos, bem como no SNC, os anti-
histamínicos H1 de segunda geração exigem menos penetração no SNC. 
Ex: Difenidramina → sangue 2 horas → plasma (meia-vida 4h) → distribuída para todo corpo 
Loratidina: Antagonista H1. 
 
Efeitos Adversos 
Anti-Histaminicos de 1ª Geração: 
 Toxicidade cardíaca e do SNC 
 Sedação 
 Associação com álcool aumenta o efeito e diminui a atividade motora 
 TGI: náuseas, vômito, constipação ou diarreia 
 Efeitos Anticolinérgicos: dilatação da pupila, ressecamento dos olhos, boca seca e 
retenção urinária. 
 
Anti-Histamínicos de 2ª Geração: 
 Cardiotoxicidade (letal= arritmias, prolongamento do intervalo QTc) 
 Fenasil (Terfenadina). Arzimitol (Retirado do comércio). 
 
Uso Terapêutico 
-Doenças alérgicas: crises alérgicas agudas, como a rinite, urticária, conjuntivite. 
-Resfriados: diminui a rinorréia, mas pode promover ressecamento da mucosa e sonolência 
-Profilaxia da Cinetose: como a náusea e vômitos associados à quimioterapia e insônia. Ao 
inibir os sinais histaminérgicos do núcleo vestibular para o centro do vômito na medula 
oblonga, os antihistamínicos H1 como o dimenidrinato (Dramin), a difenidramina, a meclizina e 
a prometazina mostram-se úteis como agentes antieméticos. 
 
 Anti-Histamínicos H2 
Esses agentes atuam como antagonistas competitivos e reversíveis da ligação da histamina aos 
receptores H2 nas células parietais gástricas e, portanto, reduzem a secreção de ácido gástrico. 
As indicações clínicas incluem a doença de refluxo ácido (pirose) e a doença ulcerosa péptica. 
Muitos desses agentes também estão disponíveis como medicamentos de venda livre para 
tratamento sintomático da pirose. A cimetidina e a ranitidina são dois dos antagonistas dos 
receptores H2 mais comumente utilizados. 
 
 Anti-Histaminicos H3 e H4 
-Não Existe nenhum fármaco de ação seletiva contra H3 e H4 
-Os antagonistas dos receptores H3 induzem um estado de vigília e melhoram a atenção, e 
acredita-se que esses efeitos sejam mediados pela hiperestimulação de receptores H1 
corticais. 
 -Existe considerável interesse em elucidar o papel dos receptores H4 no processo inflamatório 
(Para o tratamento de condições inflamatórias que envolvem os mastócitos e eosinófilos). 
De 1ª Geração: 
 
-Difenidramina (Difenidrin) 
-Pirilamina (Mepiramina) 
-Prometazina (Fenergan) 
-Clorfeniramina 
-Clociclizina 
-Metoclopramida (Plasil) 
De 2ª Geração: 
-Loratidina (Claritin) 
-Cetirizina (Cetrizin) 
-Fexofenadina (Allegra) 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
Derivados do Ácido Aracdônico, Bradicinina e Cininas 
Correlatadas 
 
↗Fisiopatologia da Resposta Inflamatória e Dolorosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema de Termorregulação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estímulo lesivo celular 
(físico, químico, biológico) 
Liberação e ativação de 
mediadores endógenos. 
CININAS: Histamina, 
Prostaglandinas, 5-HT. 
PEPTÍDEOS: angiot, subst. P e BK. 
Acidose Tecidual e Produção de 
íons K+ e H+. 
Sensibilização seletiva por 
substâncias algésicas durante a 
inflamação: BK, 5-HT e PGs* 
Reação Inflamatória Aguda 
Alterações morfofisiológicas 
vesiculares, infiltrado celular 
 
Ativação do Sistema Complemento 
Lesão celular e liberação de 
Enzimas Intracelulares 
Resolução Cronificação 
*PGI2, PGE1, PGE2 
Temperatura corporal 
Efetuadores 
Receptores cutâneos para 
frio e calor 
Centros Termorreguladores 
Hipotalâmicos (mediação e 
modulação: PGs, Catecolaminas, 
Cininas, Acetilcolina). 
Fluxo Sanguíneo 
Glândulas Sudoríparas 
Ventilação Pulmonar 
Pirogênios Endógenos 
Leucócitos e outras células 
Pirogênios Exógenos 
Microorganismos 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗Ácido Aracdônico 
O ácido araquidônico (AA) é um ácido graxo presente de forma esterificada nas 
membranas das células. Os eicosanóides são produzidos pelas vias da cicloxigenase e 
lipoxigenase que, são sistemas enzimáticos. Estas vias são capazes de degradar o ácido 
araquidônico formando diferentes agentes que são importantes mediadores químicos. Os 
produtos da via lipoxigenase são os leucotrienos enquanto que os da via ciclooxigenase são 
prostaglandinas e tromboxano A2. As prostaglandinas provocam vasodilatação, inibição de 
agregação plaquetária e dor. O tromboxano A2 tem como funções vasoconstricção e 
promoção da agragação plaquetária. 
Os fosfolipídios de membrana são quebrados pela fosfolipase A2 formando 
lisofosfolipídios e ácido araquidônico. O ácido araquidônico produz PROSTAGLANDINAS, 
TROMBOXANOS E PROSTACICLINAS pela via da Cicloxigenase e LEUCOTRIENOS pela via da 
Lipoxigenase. Os corticóides agem bloqueando a fosfolipase A2 impedindo a formação de 
ácido araquidônico. O ácido acetilsalicilico (AAS) age bloqueando a via da cicloxigenase. 
 
TXA₂: age nas plaquetas e vasos. É 
indutor da agregação plaquetária. É 
também um vasoconstritor. 
PGI₂: tem ação antagônica ao 
tromboxano. Causa inibição da 
agregação plaquetária. É também um 
vasodilatador. 
PGE₂: age nos vasos renais, fazendo 
vasodilatação dos vasos renais, 
manutenção do fluxo sanguíneo renal 
e aumenta a excreção de sódio. 
PGE₂ e PGI₂: tem ação de 
vasodilatação e hipotensão nos vasos 
sanguíneos em geral. Mas em alguns locais específicos fazem vasoconstrição.PGD₂ e PGE₂: são responsáveis pela vasodilatação dos corpos cavernosos e pela ereção 
peniana. 
 
NO ESTÔMAGO – 
PGE: inibe a secreção gástrica. 
PGI₂: estimula a secreção de muco. Dessa 
forma elas fazem a citoproteção gástrica 
através da diminuição de HCl e aumento na 
produção de muco (HCO₃⁻). 
 
NO PULMÃO – 
LEUCOTRIENOS (LTB₄): é um agente 
quimiotático para neutrófilos, liberação de 
enzimas granulares, macrófagos. 
LTC₄, LTD₄ e LTE₄: fazem constrição 
bronquiolar, diminuem a pressão arterial, 
vasodilação (anafilaxia aguda). 
 
ÚTERO – 
As prostaglandinas (PGE, PGF) são responsáveis pela contração uterina. 
ÚTERO GRAVÍDICO – 
As prostaglandinas são responsáveis pela contração uterina, manutenção do ducto arterioso, 
reprodução e parturição. 
Exemplificado 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗As Cicloxigenases 
 
 COX-1 
 Enzima essencial construtiva 
 Encontrada na maioria das células e tecidos 
 Produção de PGs para manutenção de funções fisiológicas 
A COX-1 é a cicloxigenase do tipo constitutiva, ou seja, o organismo expressa a COX-1 
independente da instalação ou não do processo inflamatório. Ela é responsável, entre outros 
processos, por uma função homeostática: para que um indivíduo mantenha a pressão arterial 
normal, por exemplo, o tônus do vaso deve estar normal. Caso este tônus aumente, e o vaso 
fique muito contraído, a pressão arterial tende a aumentar devido a uma maior resistência 
periférica. Como as prostaglandinas promovem vasodilatação (como o que ocorre na fase 
aguda do processo inflamatório), ela, neste caso, passa a ser produzida pela COX-1 para 
manter um equilíbrio no calibre dos vasos (se contrapondo ao efeito simpático sobre o vaso), 
contribuindo na manutenção do tônus vascular. A COX-1 esta presente nas células endoteliais, 
plaquetas, mucosa gástrica. 
 
 COX-2 e COX-3 
 Formação induzida do processo inflamatório e interleucinas – IL1, IL2 e TNFα 
 Prostaglandinas que medeiam inflamação dor e febre 
As COX-2 e COX-3 são isoformas da cicloxigenase, sendo consideradas do tipo indutivas (que 
necessitam de um estímulo inflamatório para serem sintetizadas). E importante ressaltar que 
todos os tipos de COX agem sobre o ácido araquidônico para formar prostanóides: a COX-1, 
entretanto, está mais relacionada com o processo de homeostase, enquanto que a COX-2 ‚ 
induzida durante a inflamação, estando mais relacionada com o processo inflamatório; e a 
COX-3 age em locais específicos como o coração e o hipotálamo. Além das funções e da 
localização específica, as COX-2 e 3 diferem da COX-1 devido ao fato de esta ser 
constantemente produzida pelo organismo, enquanto que aquelas são produzidas apenas sob 
estímulo de células do sistema imune presentes no foco inflamatório. 
 
↗Funções Fisiológicas dos derivados do Ácido Aracdônico 
 
 Estimulação da agregação plaquetária (TXA2) 
 Relaxamento vascular (PGE2, PGI) 
 Contração (PGF, TXA) 
 Contração Brônquica (PGF2, LCT, LTD, TXA) 
 Relaxamento (PGE) 
 Proteção da mucosa gástrica (PGE1, PGI) 
 Broncodilatadores (PGE1, PGE2, PGI2) 
 Manutenção do fluxo renal (PGE1, PGI2) 
 Indução da contração uterina (PGE, PGF2α) 
 Produção de febre (PGE2) 
 Hiperalgesia por potencialização dos mediadores da dor 
 Sensibilização das terminações nociceptivas periféricas. 
 
Deficiência de PG: Arteriosclerose, Isquemia cardíaca e das extremidades. 
Produção excessiva de PG: Artrite. 
 
 
 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗Aplicações Terapêuticas 
 
 Aborto terapêutico (PGF2, PGE2) 
 Ductus Arteriosus: recém-nascidos (PGE1, PGI2) 
 Trato Gastrintestinal (PGE2) 
 Agregação Plaquetária (PGI2) 
 Impotência Masculina (PGE1) 
 Inibidores dos Leucotrienos (LK): asma 
 
 
Bradicinina e Cininas Correlatadas 
A Bradicinina e a lisil bradicinina (calidina) são peptídeos ativos formados pela clivagem 
proteolítica de proteínas circulantes denominadas cininogênios, através de uma via de cascata 
de proteases. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
↗Fonte e formação da Bradicinina 
O CININOGÊNIO é uma α-globulina plasmática que existe em duas formas: de ALTO e 
BAIXO peso molecular. A CALICREÍNA é derivada de um precursor inativo, a pré-calicreína, 
pela ação do FATOR DE HAGEMAN (fator XII). O fator de Hageman é ativado por contato com 
superfícies que apresentam cargas negativas, como o colágeno, a membrana basal, os 
lipopolissacarídeos bacterianos, os cristais de urato, etc. O Fator de Hageman, a pré-calicreína 
e os cininogênios extravasam dos vasos sanguíneos durante a inflamação devido ao aumento 
da permeabilidade vascular, e o contato com as superfícies de cargas negativas promove a 
interação do fator de Hageman com a pré-calicreína. A enzima ativada então “extrai” a 
bradicinina do precursor cininogênio. A calicrepina também pode ativar o sistema do 
complemento e pode converter o plasminogênio em plasmina. 
 Além da calicreína plasmática, existem outras isoenzimas produtoras de cininas, 
encontradas n pâncreas, nas glândulas salivares, no colo e na pele. Estas calicreínas teciduais 
atuam tanto sobre o cininogênio de alto ou baixo peso molecular e produzem principalmente 
CALIDINA, um peptídeo com ações semelhantes às da Bradicinina. 
Lesão Tecidual, 
Reações Alérgicas, 
Infecção Viral, 
Outros eventos 
Inflamatórios. 
Reações Proteolíticas 
Bradicinina e Calidina 
(autacóides) 
Dor, Vasodilatação (PGI2 e 
NO), Permeabilidade Vascular, 
Síntese de Prostaglandinas 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
-Sistema Calicreína – Cininogênio – Cinina Endógena 
 
 
 
Ativadores Ativadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
↗Metabolismo das Cininas 
 Cininase I (Sangue) -----> 90% BK 
 Cininase II (Pulmão, Células Endoteliais, Rim...) 
 
[Enzima Conversora de Angiotensina – ECA] 
 
↗Receptores de Bradicinina 
Existem dois tipos: B1 e B2. 
Ambos são acoplados à Proteína G e medeiam vários efeitos semelhantes. 
 Os receptores B1 são normalmente expressos em níveis muito baixos, mas são 
fortemente induzidos em tecidos inflamados ou lesados pela ação de Citocinas, como 
a IL-1. Desempenha um importante papel na inflamação e hiperalgesia. Respondem à 
des-Arg9-bradicinina, mas não à própria bradicinina. 
 Os receptores B2 estão constitutivamente presentes em muitas células normais e são 
ativados pela bradicinina e pela calidina, mas não pela des-Arg9-bradicinina. 
 
↗Funções e Farmacologia das Cininas 
 
(slide) 
 Dor Aguda (B2) 
 Dor Crônica (B1) 
 Inflamação (Receptor B1 [Macrófago] → IL-1, TNF-α 
 Sistema Cardiovascular (Vasodilatação) 
Inibidores da ECA/BK/Efeitos Colaterais 
 Reprodução 
 Doença Respiratória (Vasoconstricção) 
 
 
 
Pré-Calicreína Plasmática 
Calicreína Plasmática 
Cininogênio ↑PM 
Bradicinina (BK) 
Cinases 
METABÓLITOS 
Calidina 
Cininogênio ↓PM 
Calicreína Tecidual 
Pré-Calicreína Tecidual 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
Ações Farmacológicas (livro) 
 Vasodilatação (que é amplamente dependente do óxido nítrico e d aprostaglandina I2 
produzidos pela célula endotelial) 
 Aumento da permeabilidade vascular 
 Estimulação de terminações nervosas de dor 
 Estimulação do transporte epitelial de íons e da secreção de líquidos nas vias aéreas e 
no trato gastrintestinal 
 Contração dos músculos lisos intestinal e uterino. 
 
 
↗Usos Terapêuticos 
 Cininas 
 Infertilidade Masculina 
 Penetração de Quimioterápicos 
 
 Inibidores da Calicreína 
 Pancreatite aguda 
 Edema cerebral 
 Septcemia 
 
 Antagonista das Cininas 
 Hipotensão associada a pancreatite 
 Choque séptico 
 Broncoconstricção 
 Dor 
 Inflamação2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
Antiinflamatórios Não-Esteróides (AINES) 
 
A classe dos medicamentos antiinflamatórios podem ser divididos em não-esteroidais e 
esteroidais. Os medicamentos antiinflamatórios não-esteroidais (MAINEs ou AINES) são ácidos 
orgânicos fracos (ou seja, que não se ionizam completamente ou com facilidade) usados para 
tratar sinais e sintomas da inflamação. Esses medicamentos são utilizados para tratar 
processos inflamatórios instalados. Apresentam como ações farmacológicas: 
efeito antiinflamatório, analgésico, antipirético. Os salicilatos e outros fármacos semelhantes 
utilizados no tratamento da doença reumática compartilham a capacidade de suprimir os 
sinais e sintomas da inflamação. Essas drogas também exercem efeitos antipiréticos e 
analgésicos, porém as suas propriedades antiinflamatórias é que as tornam de grande 
utilidade no tratamento de distúrbios em que a dor está relacionada à intensidade do processo 
inflamatório. 
 
O objetivo final da maioria das terapias com AINES consistem em inibir a geração de 
eicosanoides proinflamatórios mediada pela COX e em limitar a extensão da inflamação, 
febre e dor. A atividade antipirética desses fármacos provavelmente está relacionada com a 
redução dos níveis de PGE2, particularmente na região do cérebro que circunda o 
hipotálamo. 
“Apesar dos benefícios oferecidos pelos AINES atuais, esses fármacos suprimem apenas os 
sinais da resposta inflamatória subjacente.” 
 
Com exceção da aspirina, todos os AINES atuam como inibidores competitivos e reversíveis da 
ciclooxigenase. Esses fármacos bloqueiam o canal hidrofóbico da ciclooxigenase ao qual se liga 
o substrato ÁCIDO ARACDÔNICO, impedindo assim o acesso do ácido aracdônico ao sítio ativo 
da enzima. Os AINES tradicionais inibem tanto a COX-1 quanto a COX-2 e diferentes graus. 
Devido à inibição da COX-1, o tratamento a longo prazo com AINES apresenta muitos efeitos 
deletérios. As funções citoprotetoras dos produtos eicosanoides da COX-‘ são eliminadas, 
levando a um espectro de gastropatia induzida por AINES, incluindo dispepsia, gastrotoxidade, 
lesão e hemorragia subepteliais, erosão da mucosa gástrica, ulceração franca e necrose da 
mucosa gástrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗Principais Classes de AINES 
 
 Salicilatos (Aspirina, Diflunisal, Salicilato de Metila, Ácido Salicílico*) 
A Aspirina é amplamente utilizada no tratamento da dor leve a moderada, cefaleia, 
mialgia e artralgia. Atua de modo irreversível, acetilando o resíduo serina do sítio ativo 
da COX-1 e da COX-2. A acetilação da COX-1 destrói a atividade de ciclooxigenase da 
enzima, impedindo a formação de prostaglandinas, tromboxanos e protaciclinas 
derivados da COX-1. Os Salicilatos (juntamente com a Indometacina, o Piroxicam e o 
Ibuprofeno) também podem inibir o surto oxidativo dos neutrófilos ao reduzir a 
atividade da ADPH oxidase. 
 
 Derivados da Pirazolona (Fenilbutazona, Oxifenilbutazona, Antipirina, Aminopirina, 
Dipirona -Novalgina- , Apazone) 
 
 Derivados do Para-aminofenol (Fenacetina, Acetaminofeno) 
O Acetoaminofeno embora exerça efeitos analgésicos e antipiréticos semelhantes aos 
da aspirina, o seu efeito anti-inflamatório é insignificante, devido à inibição fraca das 
ciclooxigenases. (Não é tecnicamente um AINE). 
 
 Fenamatos (Meclofenamatos, Ácido Mefenâmico) 
Amos inibem as ciclooxigenases, mas também antagonizam em vários graus os 
receptores de prostanóides. 
 
 Derivados do Ácido Propiônico (Ibuprofeno, Cetoprofeno, Naproxeno, Fenoprofeno) 
O Ibuprofeno é um analgésico relativamente potente, utilizado no tratamento da 
artrite reumatoide, osteoartrite, espondilite anquilosante, GOTA e disminorréia 
primária. O Narpoxeno é 20 vezes mais potente que a Aspirina. 
 
 Derivados Indólicos ‘Ácido Acético’(Indometacina, Sulindaco, Etodolaco) 
Incluem os ácidos Indolacéticos e Fenilacéticos. Além de inibir a ciclooxigenase, muitos 
desses AINES promovem a incorporação do ácido araquidônico não esterificado em 
triglicerídeos, reduzindo assim, a disponibilidade do substrato para a ação da 
ciclooxigenase e lipoxigenase. 
 
 Derivados do Oxicam (Piroxicam, Tenoxicam) 
O Piroxicam exerce efeitos adicionais na modulação da função dos neutrófilos, 
inibindo a colagenase, a proteoglicanase e o surto oxidativo. 
 
 Inibidores preferenciais COX-2 (Nimesulida, Nabumetona, Meloxicam) 
Tem a vantagem teórica de inibir os mediadores químicos responsáveis pela 
inflamação, enquanto mantém os efeitos citoprotetores dos produtos da atividade da 
COX-1. 
 
 Inibidores seletivos COX-2 (Celecoxib, Rofecoxib -Vioxx-, Valdecoxib) 
São derivados do ácido sulfônico, com seletividade 100 vezes maior para a COX-2. Os 
inibidores seletivos da COX-2 possuem propriedades anti-inflamatórias, antipiréticas e 
analgésicas semelhantes aos AINES tradicionais, porém não compartilham as ações 
antiplaquetárias dos inibidores da COX-1. 
 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗Mecanismo de Ação 
Inibição periférica e central da atividade da enzima ciclooxidase e subsequente diminuição da 
biossíntese e liberação dos mediadores da inflamação, dor e febre (prostaglandinas). 
Assim como qualquer fármaco, os AINES, para realizar qualquer efeito molecular em nível 
celular, deve-se ligar a um receptor farmacológico específico e desencadear sua atividade 
intrínseca. Ao ser ativado, o receptor inicia uma cascata de eventos que culmina em uma 
transdução de sinal. 
 
-Analgésicos 
 Cefaléia 
 Mialgias 
 Dor odontológica 
 Artralgias 
 Dor pós-operatória 
 Dismenorreias 
 
Inibição COX Bloqueio da formação de PGs 
Fenamatos Antagonista receptores PGs 
 
 As citocinas do processo inflamatório (principalmente a IL-1 e IL-8) induzem a 
produção de COX (principalmente a COX-2) por meio 
do aumento da transcrição gênica desta enzima. O 
aumento da COX promove o aumento da síntese de 
PGE2, que tem a função de sensibilizar os receptores 
de dor (nociceptores). Quando o nociceptor é ativado 
e sensibilizado, o limiar de dor diminui, o que pode 
desencadear esta modalidade sensitiva com maior 
facilidade. Como os AINES inibem a COX, há uma 
diminuição das concentrações de PGE2, fazendo com 
que o limiar de dor dos nociceptores seja restabelecido. 
 
 
-Anti-piréticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
O processo inflamatório estimula a produção de 
citocinas (principalmente, a IL-6). A IL-6 induz a uma maior 
produção de COX no sistema nervoso central (especialmente 
a COX-3 no centro termorregulador do hipotálamo). 
 O AINE atua inibindo esta COX-3. Esta enzima produz 
PROSTANÓIDES, como o PGE2 no hipotálamo. A PGE2 ativa 
seu receptor que, por transdução do sinal, faz com que o 
hipotálamo induza uma maior produção de calor pelo corpo. 
Desse modo, instala-se a febre. Inibindo a COX-3, este 
mecanismo é impedido. 
 
- Anti-inflamatórios 
Artrite Reumatóide, Espondilite Anquilosante, Osteoartrite 
 Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX 
 Diminuição da migração (PMN e Monócitos) 
 
↗Efeitos Colaterais 
 Distúrbios Gastrointestinais (úlcera): 
Por inibirem a COX-1, os AINEs impedem a síntese de prostaglandinas gástricas, 
especialmente PGI2 e PGE2, que servem como agentes citoprotetores da mucosa 
gástrica. Estes eicosanóides agem inibindo a secreção ácida pelo estômago, 
aumentando o fluxo sangüíneo na mucosa gástrica e promovendo a secreção de 
mucocitoprotetor. A inibição da sua síntese, portanto, acarreta ao estômago uma 
maior suscetibilidade às lesões; cujo aspecto característico, com infiltrado 
inflamatório, levou ao uso da denominação de gastropatia por AINE. 
 
 Renal: 
Os AINEs podeminduzir insuficiência renal aguda (IRA) de duas diferentes maneiras: 
hemodinamicamente-mediada ou por nefrite intersticial (freqüentemente 
acompanhada de síndrome nefrótica). Esses efeitos estão diretamente relacionados à 
redução da síntese de PGs induzida pelos AINEs. 
 
 Inibição de agregação plaquetária: 
A neutropenia é uma complicação infreqüente com o uso de AINEs, ocorrendo em 
menos de 1% dos pacientes. Os AINEs devem ser evitados em pacientes com defeitos 
plaquetários prévios (secundários a uremia ou doença de von Willebrand) e naqueles 
com trombocitopenia (contagem < 50.000/µL). AINEs não acetilados ou inibidores 
seletivos da COX-2 são uma alternativa segura para esses pacientes. 
 
 Reações Anafilactóides 
 
 Inibição da motilidade uterina 
 
↗Farmacocinética 
 Absorção oral (estômago e intestino delgado) 
 Absorção rápida e quase completa 
 Pico sérico: 1-2 horas 
 Grau de ligação às proteínas plasmáticas: 96 a 98% 
 Fixação PP (albumina) 
 Sofre metabolismo de 1ª passagem: escasso ou nulo 
 Eliminação via urina e fezes 
 T ½: maioria 2 a 5 horas, para alguns, de 17 a 25 horas 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗Salicilatos 
Os salicilatos incluem a ASPIRINA (ácido acetilsalicílico) e seus derivados. Usado no tratamento 
da dor leve a moderada, cefaleia, mialgia e artralgia. Ao contrário de outros AINES, a Aspirina 
atua de modo IRREVERSÍVEL, acetilando o resíduo serina do sítio ativo da COX-1 e da COX-2. A 
acetilação da COX-1 destrói a atividade de ciclooxigenase da enzima, impedindo a formação de 
protaglandinas, tromboxanos e prostaciclinas derivados da COX-1. Os salicilatos (juntamente 
com a INDOMETACINA, o PIROXICAM e o IBUPROFENO) 
também podem inibir o surto oxidativo dos neutrófilos ao 
reduzir a atividade da NADPH oxidase. 
 
- Metabolização e Excreção: 
 Esterases mucosas GI (hidrólise) 
 Modulação com glicina e ácido glicurônico 
 
- Indicações Clínicas: 
 Analgesia – dores leves e moderadas 
 Antitérmico 
 Antiinflamatório 
 Antiagregante plaquetário 
 Queratolítico 
 
-Toxicidade: 
 Intolerância gástrica (dor, desconforto epigástrico, náuseas, vômitos, anorexia) 
 Ulceração da mucosa com sangramento 
 Distúrbios do equilíbrio Hidro-elétrico 
 
 
↗Derivados Pirazolônicos 
 Fenilbutazona (Butazolidina) 
 Oxifenilbutazona (Tandrex) 
 Dipirona (Novalgina) 
 Feprazona (Zepelan) 
 
Caracteriza-se pela Anemia Aplástica e AGRANULOCITOSE, que é a diminuição dos 
Granulócitos no sangue periférico, em consequência de um distúrbio na medula óssea. 
 
↗Derivados do Paraminofenol 
 Fenacetina (Descon, Cibalena, Dorilax) 
 Acetaminofen ou Paracetamol (Tylenol, Dôrico) 
 
São considerados não-narcóticos porque não causam tolerância nem dependência física. (A 
Usos: Analgésico – antipirético 
Apresenta fraca ação anti-inflamatória porque em tecidos periféricos tem menor 
efeito sobre a cicloxigenase (alguns autores não consideram o paracetamol como AINE 
verdadeiro), mas, no SNC tem ação efetiva sendo utilizado como analgésico e antipirético. Não 
apresentam também ação plaquetária e nem tem efeito no tempo de coagulação, e, apresenta 
a vantagem sobre a aspirina de não ser considerada irritante para o trato gastrintestinal. A via 
de administração é oral. Efeitos adversos: Em doses terapêuticas são mínimos os efeitos 
adversos, como erupções cutâneas e reações alérgicas que raramente ocorrem. 
 
Hepatotoxicidade Fatal (overdose). 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗Derivados do Fenamato 
 Mefenamato 
 Meclofenamato 
 
Inibem as ciclooxigenases, mas também antagonizam em vários graus os receptores de 
prostanóides. Como os fenamatos possuem menos (fraca) atividade anti-inflamatória e são 
mais tóxicos do que a aspirina, existe pouca vantagem no seu uso. 
 
↗Derivados Indólicos 
 Indometacina 
 Sulindaco 
 Etodolaco 
Incluem os ácidos Indolacéticos e Fenilacéticos. Além de inibir a ciclooxigenase, muitos desses 
AINES promovem a incorporação do ácido araquidônico não esterificado em triglicerídeos, 
reduzindo assim, a disponibilidade do substrato para a ação da ciclooxigenase e lipoxigenase. 
-Potente inibidor COX 
-↓ motilidade dos PMN 
-Farmacocinética (Ciclo enterro-hepático) Secreção Tubular. 
 
↗Derivados do Ácido Propiônico 
-↓Migração Leucocitária 
O Ibuprofeno é um analgésico relativamente potente, utilizado no 
tratamento da artrite reumatoide, osteoartrite, espondilite 
anquilosante, GOTA e disminorréia primária. O Naproxeno é 20 
vezes mais potente que a Aspirina.] 
 
------------------------- 
TOLMETIN: não interfere com a atividade de Hipoglicemiantes a Anti-coagulantes. 
 
PIROXICAM (Feldene): ↓ Fator Reumatóide (IgM), Ciclo Entero-Hepático 
O Piroxicam exerce efeitos adicionais na modulação da função dos neutrófilos, inibindo a 
colagenase, a proteoglicanase e o surto oxidativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
Antiinflamatórios Esteróides (AIES) 
 
Os medicamentos antiinflamatórios esteroidais (também conhecidos como corticóides, 
corticosteróides ou glicocorticóides) são drogas que agem semelhantemente ao cortisol 
endógeno (glicocorticóide), hormônio relacionado com o metabolismo da glicose e das 
proteínas, além de sua função antagonista das respostas imunológicas e inflamatórias. Estes 
medicamentos apresentam as mesmas funções que os medicamentos antiinflamatórios não-
esteroidais (AINEs) exercem, sendo adicionada a eles a ação imunossupressora. 
Os glicocorticóides tornaram-se agentes importantes no tratamento de numerosos 
distúrbios inflamatórios, reumatológicos, alérgicos, hematológicos e outros distúrbios. 
 
↗Glândula Supra-Renal e Produção de Cortisol 
As células cromafins presentes na medula da supra-renal apresentam 
a mesma constituição embrionária de gânglios simpáticos, e são 
responsáveis por produzir catecolaminas como a adrenalina (80%) e 
noradrenalina (20%) e lançá-las na corrente sanguínea sob estímulo 
simpático. Portanto, a adrenalina é tida como um neuro-hormônio a 
partir do momento em que as células cromafins da medula da supra-
renal apresentam a mesma natureza dos neurônios pós-ganglionares 
simpáticos. Para que a noradrenalina seja transformada em 
adrenalina, é necessária uma reação de metilação por meio da enzima 
metil-transferase, presente apenas nestas células da supra-renal. O 
principal sítio de ação da adrenalina produzida pela supra-renal é o 
pulmão(realizando broncodilatação). 
 
Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal 
O hipotálamo é o principal responsável por 
iniciar a cadeia de sinais que estimulam, por fim, o 
córtex da supra-renal a secretar os respectivos 
hormônios de cada zona do mesmo. O hipotálamo, por 
meio do fator liberador de corticotropina (CRF ou CRH), 
estimula grupos específicos de células produtoras de 
hormônios da adenohipófise, lobo anterior da glândula 
hipófise. Por meio deste estímulo, a adenohipófise 
passa a sintetizar e secretar o hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH). 
Este hormônio, em nível do córtex da adrenal, 
estimula todas as células produtoras de hormônios das 
três zonas desta região. O próprio ACTH (seja ele 
endógeno ou exógeno), quando em excesso, tem a 
capacidade de inibir a secreção de CRF pelo 
hipotálamo, por meio da alça curta de feedback 
negativo (ou retroalimentação negativa). 
 
Uma vez estimulado pelo ACTH, o córtex da glândula 
supra-renal passa as secretar, em maioria, dois tipos de 
hormônios: 
 
 Os mineralocorticóides 
como a aldosterona, cuja ação periférica está 
relacionada com a reabsorção de sódio em nível 
tubular renal. 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
 
 Os glicocorticóides 
Cuja ação está relacionada com o metabolismo doscarboidratos (é considerado um hormônio 
hiperglicemiante) e das proteínas, além de 
apresentar propriedades antiinflamatórias e 
imunossupressoras. Os glicocorticóides (sejam eles 
endógenos ou exógenos, como por exemplo, a 
Prednisolona) têm a capacidade de inibir a 
secreção de CRF pelo hipotálamo, agindo em nível 
da alça longa de feedback negativo. 
 
 
 
↗Hormônios Corticais 
 MINERALOCORTICÓIDES 
Os mineralocorticóides são corticóides que 
interferem no equilíbrio de minerais pelo corpo. A 
aldosterona é o principal mineralocorticóide 
produzido pela zona glomerulosa da adrenal, 
sendo responsável pela retenção de sódio e excreção de potássio pelos túbulos renais. 
Quando um paciente apresenta uma baixa na pressão arterial, o rim tenta controlá-la 
liberando renina. Esta é uma enzima que, quando chega na corrente sanguínea, 
converte angiotensinogênio (produzido pelo fígado) em angiotensina I que, por meio 
da enzima conversora de angiotensina (ECA, produzida pelos pulmões), é 
transformada, por sua vez, em angiotensina II. Além de apresentar a capacidade de 
aumentar a pressão arterial por si só, a angiontensina II estimula (por meio de 
receptores no córtex da adrenal) a síntese da aldosterona, mimetizando ainda mais no 
aumento da pressão arterial: a aldosterona faz com que haja uma maior reabsorção de 
sódio pelos rins para o sangue e, junto dele, água. Esta entrada de sódio e água nos 
vasos faz com que a volemia intravascular aumente e, consequentemente, aumente o 
débito cardíaco, fazendo com que a pressão tenda a subir. 
 
 GLICOCORTICÓIDE 
O glicocorticóide, principal cortisol endógeno, é responsável, principalmente, pelo 
metabolismo da glicose e de proteínas. Trata-se de um hormônio hiperglicemiante, 
pois favorece a gliconeogênese. Como foi visto, é produzido pelas células da zona 
fasciculada do córtex da medula da adrenal. Pacientes que fazem uso prolongado de 
corticóides exógenos podem desenvolver diabetes por causa da ação hiperglicemiante 
deste hormônio. 
 
 ESTRADIOL E TESTOSTERONA 
O estradiol e a testosterona são hormônios responsáveis pelo desenvolvimento de 
caracteres sexuais femininos e masculinos, respectivamente. Além disso, estes 
hormônios apresentam funções adversas no organismo, como é ocaso da propriedade 
cardioprotetora do estradiol. Embora seja considerável a produção destes hormônios 
pela zona reticulada da adrenal, as gônadas (ovários e testículos) são os principais 
sítios de produção dos mesmos. 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
 
 
 
↗Principais ações dos Glicocorticóides 
 
 METABÓLICAS 
 Carboidratos: ↓ a captação e utilização da glicose e ↑ da gliconeogênese = 
hiperglicemia. 
 Proteínas: ↑ catabolismo, ↓ do anabolismo. 
 Lipídios: efeito permissivo sobre os hormônios sobre os hormônios lipolíticos e 
redistribuição da gordura (Síndrome de Cushing). 
 
 REGULADORAS 
 Eventos Celulares: 
- Inflamação aguda: ↓ do influxo e da atividade dos leucócitos 
- Inflamação crônica: ↓ da atividade nas células mononucleares, 
↓proliferação de vasos sanguíneos, ↓fibrose. 
-Inflamação linfoide: ↓ expansão das células T e B e ação ↓ das células 
secretoras de citocinas. 
 
Mediadores Inflamatórios e Imunes: 
- ↓ Produção e ação das citocinas, incluindo Interleucinas, TNFγ, GN-CSF 
- ↓ Produção de eicosanoides 
- ↓ Produção de IgG 
- ↓ Componentes do complemento do sangue. 
 
 Eventos Vasculares: 
vasodilatação reduzida, diminuição da exsudação de líquidos. 
 
 Efeitos Globais: 
- ↓ Inflamação crônica e das reações autoimunes 
- ↓deteriorização da cicatrização dos aspectos protetores da resposta 
inflamatória. 
 
 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
↗Farmacocinética 
- Absorção: oral, tópica e parenteral 
- Distribuição: ligação às proteínas plasmáticas  globulinas de ligação dos glicocorticoides 
(CBG) no sangue. 
- Eliminação: Hepática 
 
↗Mecanismo de Ação dos Glicocorticóides 
Os efeitos dos medicamentos antiinflamatórios, independentemente de ser esteroidal 
ou não, são: inibição da atividade inflamatória, ação antipirética e ação analgésica. Os 
glicocorticóides, são uma série de medicamentos antiinflamatórios que apresentam uma 
função somada: a imunossupressora. Os corticóides atuam via receptores hormonais 
intracelulares que independem de proteína G, tirosina cinase ou receptores ionotrópicos. 
Quando o indivíduo faz uso de corticóide por qualquer que seja o motivo ou via de 
administração (oral ou parenteral, principalmente), ao chegar ao sangue, a droga vai se ligar à 
albumina. Desta maneira, ou seja, corticoide ligado à proteína plasmática, o fármaco ainda 
apresenta-se na sua forma inativa (fração ligada do fármaco). De forma semelhante, o cortisol 
endógeno (produzido pela zona fasciculada do córtex da glândula adrenal) se liga a uma outra 
proteína plasmática circulante, a globulina ligante de cortisol (α-2-globulina), sendo esta fração 
ligada também a sua forma inativa. Ambos os tipos de cortisol (tanto endógeno, quanto 
exógeno) devem se desassociar das proteínas plasmáticas com as quais circulam para só assim, 
adentrar na célula e ativar o seu receptor intracelular. 
 
O receptor intracelular de um hormônio esteroidal 
apresenta três sítios ou domínios: sítio de localização 
nuclear, sítio de ligação do DNA (ou domínio efetor), 
domínio de ligação do hormônio (sítio responsável por 
receber o corticóide). Em condições normais, ou seja,sem a 
presença dos corticóides, o domínio efetor do receptor de 
corticóide encontra-se encoberto por uma proteína de 
choque térmico chamada HSP90, subunidade protéica 
responsável por estabilizar e inativar o receptor. A partir do 
momento que o corticóide se liga ao seu domínio de ligação, 
ele promove uma mudança conformacional no receptor de 
forma que a HSP90 perca sua afinidade por ele, 
desprendendo-se do receptor e exibindo o domínio ligante 
de DNA, sensibilizando e ativando, desta maneira, o 
receptor dos corticóides. O complexo corticóide-receptor 
ativo (livres da HSP90) se liga a outro complexo também 
ativo, formando um dímero capaz de entrar no núcleo da 
célula e exercer a sua função o que ser… descrita adiante. O 
dímero, ao chegar ao núcleo da célula com seu domínio de 
ligação do DNA livre, passa a ativar alguns fatores de 
transcrição e inibir outros. As ações nucleares do dímero 
corticóide-receptor são: 
 Inativação dos fatores de transcrição NF-KB e AP-1 
 Ativação do fator de transcrição Anexina-1 
 
Os antiinflamatórios esteroidais, portanto, ativam a anexina-1 (a qual inibe a fosfolipase A2) 
e inibem os fatores de transcrição NFκB e AP-1 (que inibem outros mediadores da 
inflamação e citocinas envolvidas nas respostas imunológicas), justificando o seu 
efeito antiinflamatório e imunossupressor. 
 
2ª PROVA - Farmacologia 
Resumo – Alberto Galdino 
 
↗Terapias 
- Terapia de Reposição 
Doença de Addison, juntamente com um mineralocorticóide 
 
- Terapia Antiinflamatória e Imunossupressora 
 Asma (por inalação, ou, nos casos graves, por via sistêmica) 
 Condições inflamatórias da pele, dos olhos, ouvidos e nariz. Uso Topico) 
 Estados de Hipersensibilidade 
 Doenças auto-imunes (lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, anemia 
hemolítica, púrpura trombocitopênica idiopática) 
 Prevenção de doença de enxerto – versus – hospedeiro após transplante de órgãos 
 
- Terapia de Doenças Neoplásicas 
- Em combinação com agentes citotóxicos no tratamento de malignidades específicas (ex: 
Doença de Hodgkin, Leucemia Linfocítica Aguda). 
- Redução de edema cerebral em pacientes com tumores cerebrais primários e metastásicos 
(dexametasona). 
 
↗Efeitos Colaterais 
 Supressão da resposta à infecção 
 Supressão da síntese de Glicocorticóides endógenos 
 Ações metabólicas 
 Síndrome deCushing (Iatrogênica). 
 
↗Síndrome de Cushing 
Os glicocorticóides intensificam a ação de catecolaminas endógenas (principalmente, a 
adrenalina e a noradrenalina). O tecido adiposo apresenta receptores adrenérgicos do tipo β3 
que, quando ativados pelas catecolaminas endógenas, desencadeiam uma via de transdução 
de sinal que envolve o aumento dos níveis de AMPc nas células. Este efeito estimula à 
ativação de uma proteína cinase A (PKA) que passa a fosforilar lípases responsáveis por 
degradar lipídeos e aumentar as concentrações de ácidos graxos livres que passam a se 
depositar em regiões não tão comuns. Isto caracteriza uma redistribuição anormal de gordura 
que, ao se fazer uso de corticóides por 
tempos prolongados, passa a caracterizar a 
chamada síndrome de Cushing: membros 
superiores e inferiores emagrecidos devido a 
perda de massa muscular; depósito de 
gordura no tronco, no pescoço, nas costas e 
na face (faces em “lua-cheia”); ruborização 
da face; pele fina e frágil, com a presença de 
algumas lesões hipercrômicas 
(estrias);nervosismo, hipertensão, diabetes e 
osteoporose.

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