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que evolui, assumindo um aspecto vesicular. Diagnóstico: Anamnese, sintomas e aspecto dermatológico da lesão, caracterizado por erupção linear e tortuosa na pele. Tratamento: tiabendazol, albendazol, ivermectina, cloretila e neve carbônica, etc. LARVA MIGRANS VISCERAL As manifestações clínicas causadas pela migração das larvas podem ser assintomáticas, subagudas ou agudas. Na maioria dos casos apresentam um quadro subclínico e sem diagnóstico. A severidade do quadro clínico depende da quantidade de larvas presentes no organismo, do órgão invadido e da resposta imunológica do paciente. Sintomas: o quadro clássico de LMV caracteriza-se por hipereosinofilia sanguínea, hepatomegalia e linfadenite. Em alguns casos, pode-se observar infiltrados pulmonares acompanhados de tosse, dispnéia, anorexia e desconforto abdominal. Diagnóstico: Difícil, pois a única evidência de certeza é a identificação da larva nos tecidos através de biópisias. Na maioria das vezes, os exames histológicos são inconclusivos, devido à dificuldade do encontro das larvas. Tratamento: Vários anti-helmintícos são usados no tratamento da LMV, mostrando diferentes graus de eficácia e segurança. Ex: Albendazol. LARVA MIGRANS OCULAR Geralmente não apresentam hipereosinofilia e a resposta imunológica é menos intensa que na LMV. A forma ocular ocorre quando o número de ovos ingeridos é reduzido (menos de 100) A maioria das infecções oculares é unilateral, e são vários os aspectos clínicos que podem assumir, sendo e endoftamia crônica é a forma mais comum, geralmente envolvendo a coróide, retina e vítreo, determinando a perda de visão em casos graves. Pode também ocorrer granuloma do pólo posterior, granuloma periférico do olho, hemorragia retiniana, papilites, iridociclites, catarata, queratite e lesões orbitárias HUMANOS NÃO LIBERAM OVOS! Tratamento (no geral) Fundamenta-se em todos os dados clínicos, hematológicos, radiológicos e imunológicos. O exame de fezes É SEMPRE NEGATIVO, visto não competar-se no homem a evolução de Toxocara (a não ser que tenha ocorrido ingestão de L5). Há êxito em ELISA, utilizando-se como antígenos, larvas L2, mantidas em cultura Profilaxia Tratamento anti-helmintico de cães e gatos Reduzir população de cães e gatos errantes Proteger espaços destinados à recreação das crianças usando cercas teladas 2ª Prova - PARASITOLOGIA Resumo – Alberto Galdino 18 ANCILOSTOMÍASE / NECATORÍASE Ancylostomidae se constitui numa família de helmintos, de ampla distribuição geográfica, com significativa importância clínica na etiologia da ancilostomose (uma enteroparasitose também conhecida como amarelão, opilação, etc.), doença de curso crônico mas que pode que evoluir ao óbito. A parasitose pode ocorrer em diversos mamíferos: cães, gatos e também no homem. Enquanto o A. duodenale se encontra em maior proporção em áreas temperadas, o Necator americanus tem maior incidência em regiões tropicais. - Helminto cosmopolita, causador das helmintíases: Ancylostoma duodenale Necator americanus Ancylostoma ceylanicum - Família: Ancylostomatidae/Ancylostomidae - Gênero: Ancylostoma / Necator - Espécie: A. duodenale (20-30 mil ovos) / N. americanus (6-11 mil ovos) Epidemiologia - Fatores que contribuem: tempo de vida do parasito; viabilidade das larvas; Condições de saneamento precárias. - Para os estágios de vida livre, um solo arenoso, que preserva umidade e aeração, bem como rico em matéria orgânica, fornece condições suficientes para seu desenvolvimento. A temperatura também é um fator importantíssimo nesse processo. Em regiões de clima frio e em de semi-árido não há sobrevivência de ancilostomídeos. Morfologia Em ambos os sexos, a cápsula bucal é uma modificação da extremidade anterior. A. duodenale: com 2 pares de dentes na cápsula bucal N. americanus: com lâminas cortantes na cápsula A. braziliensis: com um par de dentes grandes e um pequeno A. caninum: com 3 pares de dentes ‘Macho’ – um testículo ‘Fêmea’ – dois ovários Ovo: membrana fina – blastômero OVO → Blastômeros → L1 (eclosão) → L2 (ambiente) → L3 1 a 3 semanas para maturação completa. OVO Tem aspecto arredondado ou elipsóide, com dimensões de 60m x 40m para A. duodenale e 70m x 40m para o N. americanus. Entre a casca e a massa germinativa existe um halo cristalino, característica que é comum a ambas as espécies. LARVA RABDITÓIDE (L1/L2) Possui vestíbulo bucal longo, com tamanho equivalente ao seu diâmetro. Apresenta apenas um vestígio de primórdio genital, sendo, por isso, pequeno e pouco visível. Presença de cutícula única. Larva Rabditóide Ancylostomatidae: vestíbulo bucal longo, vestígio do primórdio genital, cutícula única, EXTREMIDADE PONTIAGUDA Larva Rabditóide Strongyloides stercolaris: primórdio genital, extremidade bifurcada. Sistema reprodutor tipo tubular e bastante simples (todos Nematelmintos) Diferenciação de Ancylostomatidae e Strongyloides: requer visualização do PRIMÓRDIO GENITAL 2ª Prova - PARASITOLOGIA Resumo – Alberto Galdino 19 LARVA FILARIÓIDE (L3) Apresenta cauda afilada, diferentemente da cauda talhada própria da espécie Strongyloides stercoralis. Sua bainha é constituída por uma dupla cutícula (interna e externa). VERMES ADULTOS Ancylostoma duodenale: Os helmintos adultos (de ambos os sexos) são cilindriformes, com extremidade anterior curvada (em forma de “c”), exibem um par de dentes ventrais na margem interna da boca e duas lancetas subventrais no fundo da cápsula bucal. Quando analisadas a fresco, tem a cor róseo- avermelhada, enquanto que, depois de fixados, assumem coloração esbranquiçada. O dimorfismo sexual é bastante evidente, sobretudo no que se refere à extremidade posterior. Macho: Tem entre 8 e 11mm de comprimento por 400m de largura e bolsa copuladora significativamente desenvolvida e gubernáculo evidente. Fêmea: Nitidamente maior que o macho, possui entre 10 e 18mm de comprimento por 600m de largura, extremidade posterior afilada e abertura genital (vulva) em seu terço posterior. Necator americanus: Vermes adultos cinlindriformes, de extremidade cefálica recurvada dorsalmente (forma de “s”), extensa cápsula bucal, duas lâminas cortantes subventrais, na margem interna da boca, e duas outras subdorsais também na margem interna da cápsula bucal (enquanto no fundo se encontra um dente longo sustentado por duas lancetas subventrais). Macho: Mede de 5 a 9mm de comprimento por 300m de largura e possui bolsa copuladora bem desenvolvida. Ausência de gubernáculo. Fêmea: Maior que o macho (entre 9 e 11mm de comprimento por 350m de largura), apresenta abertura genital na proximidade do seu terço posterior (o qual é afilado e sem processo espiniforme terminal). Características Geotropismo Negativo Tigmotropismo Hidrotropismo Termotropismo Habitat Intestino Delgado Ciclo Biológico Posteriormente à cópula, a fêmea realiza a postura dos ovos no intestino delgado do hospedeiro, os quais são eliminados pelas fezes. Ao encontrar condições ideais de desenvolvimento (oxigenação satisfatória e umidade e temperatura elevadas) ocorre a embrionia e formação da larva rabditóide L1 (realiza movimentos serpentiformes e se nutre de matéria orgânica e microorganismos), culminando, por fim, em sua eclosão do ovo (ocorre em 12 a 24 horas). 2ª Prova - PARASITOLOGIA Resumo – Alberto Galdino 20 Agora no ambiente, uma vez atendidos os requisitos citados, L1 perde sua cutícula e transforma-se L2 (também rabditóide, de movimentos e alimentação iguais aos