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* UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB 2013.2 * O FENÔMENO URBANO E AS ORIGENS DO PLANEJAMENTO URBANO * Considerações sobre o fenômeno urbano Características: - primazia do urbano sobre o rural Causas: - revolução industrial séc. XVIII e XIX; Considerações sobre o fenômeno urbano Características: - primazia do urbano sobre o rural Causas: - revolução industrial séc. XVIII e XIX; * Causas: - desaparecimento do campesinato; - aumento do número dos trabalhadores nas cidades; - formação de mão-de-obra escolarizada e qualificada; -migração campo para cidade; * Causas: - avanço tecnológico; -aumento na produção de bens de consumo; - formação de mercado interno; - fortalecimento do mercado externo; -consolidação das economias de mercado nas grandes cidades; * Conseqüências: - consolidação do capitalismo industrial; - expansão do comércio e da circulação global de mercadorias; - formação de metrópoles, megalópoles, redes de cidades hierarquizadas; - criação da base e economias –mundo. * CENÁRIO URBANO Séculos XIX e início do XX – crescente concentração da população, da produção industrial e das atividades de comércio e serviço nas áreas urbanas; O papel das cidades é reforçado pela proximidade das fontes de produção (fábricas e indústrias) e pela ampliação do setor terciário (unidades de varejo e serviços em geral); * CENÁRIO URBANO Ocorre uma maior oferta de mão-de-obra (qualificada ou não), aumento de consumidores de bens e serviços; Problemas de Moradia, Saneamento e Mobilidade Urbana; O ESPAÇO URBANO DEMANDA ADEQUAÇÃO À NOVA ORDEM SÓCIO-ECONÔMICA E CULTURAL EMERGENTE. * CENÁRIO URBANO As cidades são condição geral e base material de realização da produção social; O “laboratório” conflituoso do processo de acumulação de excedente social; O trabalho social é apropriado de maneira privada; Necessidade da intervenção do Estado. * O papel do Estado no Cenário Urbano O Estado ajuiza e “regula” os interesses dos membros da sociedade, impondo deveres indistintamente a todos os cidadãos ( pobre ou ricos): A cidade industrial se tornou um “laboratório” do processo de produção capitalista; O domínio e o aperfeiçoamento da produção na unidade fabril precipitaram a produção da esfera local para outras “escalas espaciais” de mercado; A disputa da produção se ampliou para disputa entre territórios. * A formação das Grandes Metrópoles contemporâneas Fatores que contribuíram: Acumulação da cidade industrial se caracterizou pela especialização e espacialização do processo produtivo assentado na divisão territorial do trabalho; Expansão da produtividade; aumento da competitividade; diminuição dos preços; Consumo de massa; * A formação das Grandes Metrópoles contemporâneas Fatores que contribuíram: A densificação das cidades industriais foram produzidas pela produção, distribuição e verticalização; Criação das megalópoles mundializadas e globalizadas. Mudanças tecnológicas, utilização da informática, das telecomunicações e do sensoriamento remoto favoreceram a metropolização , a mundialização e a globalizações das relações econômicas e sociais. * A formação das Grandes Metrópoles contemporâneas e o papel do Estado As iniciativas de regulamentação pelo estado através do planejamento, nos problemas advindo da formação da economia de aglomeração ( das cidades) tendem a gerar novas formas de realização de acumulação, de produção do capital. * A formação das Grandes Metrópoles contemporâneas e o papel do Estado O Planejamento burguês tende a manter as condições gerais de acumulação, em detrimento das condições gerais de reprodução social. * ENFOQUE SISTÊMICO * Consolida-se, na primeira metade do início do século XX, com a convergência de várias disciplinas para o estudo do fenômeno urbano visando o Planejamento: Antropologia Social :ocupa-se de descobrir as relações internas que explicam as formas de organização da sociedade (o francês Durkheim e o inglês Radcliffe-Broww; Ecologia social: estuda o meio físico enquanto determinante das relações temporais e espaciais dos seres humanos (americano Mc. Kenzie); * Teoria do Lugar Central: formação dos centros urbanos (alemão Walter Christaller); * Fonte: CLARK, 1982 * Fonte: CLARK, 1982 * Fonte: CLARK, 1982 * Fonte: CLARK, 1982 * Economia Urbana: lógica da localização das atividades econômicas ( August Losch, Willian Alonso, Walter Isard, Jean Labasse, Weber); * Fonte: CLARK, 1982 * Fonte: CLARK, 1982 * Teoria do Crescimento Desequilibrado: Hirschman, Perroux, Mydal; Teoria da Difusão Espacial das Inovações: Hagerstrand, Brow, Persen, Berry; Teoria do Escalonamento Industrial: Chernery e Watanabe; Geografia Urbana: estuda as relações entre a comunidade humana e o meio físico; Morfologia Social: aspectos da sociedade que tomam forma material; Sociologia Urbana: comportamento humana em função do meio urbano,etc. * Com o apoio da Cibernética teoria e técnicas foram desenvolvidas com a finalidade de se prever o futuro das cidades a partir do conjunto de fenômenos estudados e suas relações com os demais. * Processo de Planejamento e o Enfoque Sistêmico Análise: Compreender o funcionamento da realidade a luz das Teorias de Sistemas; Formulação de Metas e Estabelecimento de Objetivos: As metas e objetivos se diferenciam por grupos sociais, entretanto devem ser compatibilizadas; Formulação do Problema Identificação do Problema, o estado atual e o proposto; Alternativas Levantar através dos modelos de sistemas possibilidades de comportamentos futuro; Avaliação Seleção Aplicação * Processo de Planejamento e o Enfoque Sistêmico Formulação do Problema: Identificação do Problema, o estado atual e o proposto; Alternativas: Levantar através dos modelos de sistemas possibilidades de comportamentos futuro; * Processo de Planejamento e o Enfoque Sistêmico Avaliação; Seleção; Aplicação; * Os Modelos Um modelo deve ser bastante simples para poder ser compreendido e trabalhado com facilidade, entretanto deve ser suficientemente representativo da situação que se refere. Exemplos dos modelos considerados mais importantes: Modelo de Uso do solo para o Planejamento Sub Regional de CRIPPS e D.H.S.FOOT; * Os Modelos Modelo de simulação do desenvolvimento Residencial de F. STUART CHAPIN; Modelo de Proteção do Plano de Uso do Solo de KENNETH e SCHLAGER; Modelo de Distribuição de Crescimento para a Região de Boston de DOAND M. HILL; Modelo de Potencial de Mercado de LAKSHMANA e WALTER G. HANSEN; * Os Modelos Modelo de Simulação de Programas de Renovação de IRA M. ROBINSON, HARRY B. WOLF e RBERT L. BARRINGER * Euforia e Desencanto dos Modelos Os modelos constituíam uma autêntica revolução no campo do planejamento urbano e regional despertando o entusiasmo e admiração dos urbanistas e planejadores (VEGARA, 1968) * Euforia e Desencanto dos Modelos No fundo, apesar da aparência de grande sofisticação e complexidade matemática, os modelos são toscos e pouco transparentes. Não servem para a tomada de decisões, porque não deixam de ser abstratos. Além do mais trazem excessivos erros , tanto de especificação como mecanismo...... consomem muitas informações sem que os resultados justifiquem os custos de aquisição ( LEE, 1972) * Componentes Conceituais Pluridisciplinaridade; Estruturalismo; Cidade como sistema; Definição de modelos; Ênfase na metodologia Cidade é dinâmica e evolui; Cientifísmo; Despreocupação com o morfológico. * Conclusão Planejar uma cidade não pode ser entendido como uma definição técnica de se atingir objetivos e metas; A construção da cidade considera fundamentala participação da população nas tomadas de decisão, ou seja o homem é um ser político; O processo de gestão deve ser considerado no momento do planejamento, pode vir a ser um fator limitante; * Conclusão A produção do espaço não pode ser legado a segundo plano; O enfoque sistêmico contribuiu para a introdução e desenvolvimento de técnicas quantitativas no planejamento urbano, o fortalecimento da visão de pluridisciplinaridade e transparência e rigor metodológico. * Bibliografia BENEVOLO, L. Origens da Urbanística Moderna. Portugal: Editorial Presença, Brasil: Liv. Martins Fontes. 1981 BARDET, G. O urbanismo 2ª ed. Campinas [SP]: Papirus. 1990. BLAU, E. & PLATZER, M. L’idée de la grande ville Prestel New York. 2000. CHOAY, F.O Urbanismo. São Paulo: Ed. Perspectiva. 1985 CRISTOPHER, Une espérience d’urbanisme démocratique. Paris: Éditions du Seuli. 1975 DEL RIO , V.Introdução ao Desenho Urbano no Processo de Planejamento Urbano. São Paulo: Ed. Pini. 1990 LAMAS, J.M.R.G. Morfologia urbana e desenho da cidade. Lisboa: Gulbekian, 1992. SAMPAIO, A. H. L. Formas urbanas: cidade-real&cidade-ideal. Salvador: Quarteto Editora, 1999. SANTOS, Carlos Nelson F. A cidade como um jogo de cartas. Niterói: Universidade Federal Fluminense: EDUFF; São Paulo: Projeto Editores, 1988. SOUZA, Marcelo Lopes, Mudar a Cidade: uma introdução crítica ao planejamento e à gestão urbanos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. SPOSITO, Maria Encarnação B. Capitalismo e Urbanismo. São Paulo: Contexto, 2001. SANTOS, M. Espaço e Método. São Paulo: Hucitec. 1993. SANTOS, M. A Urbanização Brasileira. São Paulo: Hucitec. 1993 * FIM
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