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Resumo - Digestão e Absorção (Gastro)

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Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
Digestão 
Hidrólise de Carboidratos 
Quase todos os carboidratos da dieta são 
grandes polissacarídeos ou dissacarídeos, que 
são combinações de monossacarídeos ligados 
uns aos outros por condensação. Significa que 
um íon de Hidrogênio (H⁺) foi removido de 
um dos monossacarídeos e um íon Hidroxila (-
OH) foi removido do outro. Os dois 
monossacarídeos combinam-se então para 
formar água (H₂O). 
Quando os carboidratos são digeridos, o 
processo descrito acima é invertido e os 
carboidratos são convertidos a 
monossacarídeos. Enzimas específicas nos 
sucos digestivos do TGI catalisam a 
reintrodução dos íons hidrogênio e hidroxila, 
obtidos da água, nos polissacarídeos e assim, 
separam os monossacarídeos. Este processo 
é a HIDRÓLISE (no qual R’’-R’é um 
dissacarídeo) 
Os processos digestivos das macromoléculas 
são efetuados por enzimas luminais e da 
borda em escova dos enterócitos do delgado. 
A digestão de macronutrientes orgânicos 
(carboidratos, proteínas, e lipídeos) é 
efetuada pelas enzimas do SGI. Estas são hidrolases, que catalisam a adição de moléculas de 
água às ligações C-O e C-N dos nutrientes, em sítios específicos. 
R’’-R’+H₂O ↔ R’’-OH+R’H⁺ 
Os processos hidrolíticos ocorrem nas seguintes porções do SGI: 
-cavidade oral: onde os carboidratos começam a ser ingeridos 
-estômago 
-duodeno: onde é predominante 
-nas porções proximais do íleo 
 
Hidrólise de Gorduras 
Quase todas as gorduras de uma dieta consistem em triglicerídeos (gorduras neutras), 
que são formadas por 3 moléculas de ácidos graxos condensadas com uma única 
molécula de glicerol. Durante a condensação, 3 moléculas de água são removidas. 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
A digestão de triglicerídeos consiste no processo inverso: as enzimas digestivas de 
gorduras reinserem 3 moléculas de água em uma molécula de triglicerídeo e, assim, 
separam as moléculas de ácido graxo do glicerol. Aqui, mais uma vez, o processo 
digestivo é a hidrólise. 
Hidrólise de Proteínas 
As proteínas são formadas por múltiplos ácidos graxos que se ligam por ligações 
peptídicas. Em cada ligação, um íon hidroxila foi removido de um aminoácido e um íon 
hidrogênio foi removido do outro; assim, os aminoácidos sucessivos na cadeia de 
proteína ligam-se também por condensação, e a digestão se dá por efeito inverso: 
hidrólise. Ou seja, as enzimas proteolíticas inserem de novo íons hidrogênio e 
hidroxila, das moléculas de água, nas moléculas de proteína, para clivá-las em seus 
aminoácidos constituintes. 
A química da digestão é simples porque, no caso dos 3 tipos principais de alimentos, o 
mesmo processo básico de Hidrólise está envolvido. A única diferença encontra-se nos 
tipos de enzimas necessárias para promover as reações de hidrólise para cada tipo de 
alimento. 
 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
Digestão de Carboidratos 
Os carboidratos da dieta são 3 
principais fontes: Sacarose 
(dissacarídeo, açúcar de cana); 
Lactose (dissacarídeo, leite); 
Amidos (grandes polissacarídeos 
presentes em quase todos os 
alimentos de origem não-animal, 
batatas e grãos). 
Outros carboidratos ingeridos em 
menor quantidade são Amilose, 
Glicogênio, Álcool, Ácido Lático, 
Ácido Pirúvico, Pectinas, 
Dextrinas, e quantidades ainda 
menores de derivados de 
carboidratos nas carnes. A dieta 
contém ainda uma grande 
quantidade de CELULOSE, um 
carboidrato, porém nenhuma 
enzima é capaz de hidrolisar a 
celulose. 
BOCA E ESTÔMAGOQuando o alimento é mastigado, mistura-se coma saliva, que 
contem a Ptialina (uma α-amilase) secretada pelas glândulas parótidas. Ela hidrolisa o 
amido no dissacarídeo Maltose e em outros pequenos polímeros de glicose, que 
contém 3 a nove moléculas de monossacarídeos (Glicose, Galactose, Frutose...) 
Menos de 5% do alimento terão sofrido hidrólise na boca até a deglutição. A digestão 
do amido por vezes continua no corpo e no fundo do estômago por até uma hora 
antes de o alimento ser misturado às secreções estomacais. A atividade da AMILASE 
SALIVAR é então bloqueada pelo ácido das secreções gástricas (é inativada como 
enzima quando o pH do meio cai abaixo de 4). Em média, antes de o alimento e da 
saliva estarem completamente misturados com as secreções gástricas, cerca de até 30 
a 40% dos amidos terão sofrido hidrólise para formar Maltose. 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
A glicose representa mais de 80% dos produtos finais da digestão de carboidratos, 
enquanto a fração de galactose ou frutose raramente ultrapassa 10%. 
INTESTINO DELGADOA secreção pancreática, como a saliva, contém grande 
quantidade de α-AMILASE PANCREÁTICA. 15 a 30 minutos depois de o quimo ser 
transferido do estômago para o duodeno e misturar-se com o suco pancreático, todos 
os carboidratos terão sido digeridos. Os carboidratos são quase totalmente 
convertidos em maltase e/ou outros polímeros de glicose pequenos antes de irem 
além do duodeno ou do jejuno superior. 
Os enterócitos que revestem as vilosidades do intestino delgado contém 4 enzimas 
(lactase, sacarase, maltase e α-dextrinase), que são capazes de separar os 
dissacarídeos lactose, sacarose e maltose, mais outros pequenos polímeros de glicose , 
nos seus monossacarídeos constituintes. Estas enzimas estão localizadas nos 
ENTERÓCITOS que formam a borda em escova das microvilosidades intestinais, de 
maneira que os dissacarídeos são digeridos quando entram em contato com esses 
enterócitos. 
Os produtos finais da digestão de carboidratos são todos monossacarídeos 
hidrossolúveis que são absorvidos imediatamente pelo sangue portal. 
 
Digestão de Proteínas 
As proteínas da dieta são, em termos químicos, cadeias de aminoácidos conectados 
por ligações peptídicas. 
Digestão de proteínas no estômagoPepsina, é ativa em pH 2 a 3, e inativa em pH 
acima de 5. Para que ela tenha ação digestiva sobre a proteína, os sucos estomacais 
precisam ser ácidos. O HCl é secretado pelas células parietais (Oxínticas) nas glândulas 
a um pH em torno de 0,8 até misturar-se aos conteúdos estomacais a às secreções das 
células glandulares não-oxinticas do estômago; o pH então fica em torno de 2 a 3, uma 
faixa favorável á atividade da Pepsina. A Pepsina digere a proteína Colágeno, que é um 
importante constituinte do tecido conjuntivo celular das carnes. 
A pepsina inicia o processo de digestão das proteínas, normalmente promovendo 10% 
a 20% da digestão total das proteínas, para convertê-las a proteases, peptonas e 
outros polipeptídeos. 
Grande parte da digestão de proteínas ocorre no intestino delgado superior, duodeno 
e jejuno, sob a influência de enzimas proteolíticas da secreção pancreática, sendo as 
principais: 
-Tripsina , -Quimiotripsina, -Carboxipolipeptidase, -Proelastase 
 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
Tanto a Tripsina como a Quimiotripsina clivam 
moléculas de proteína em pequenos 
polipeptídeos; A Carboxipeptidase, então, 
libera aminoácidos individuais dos terminais 
carboxila dos peptídeos. A Proelastase é 
convertida em Elastase, que então digere 
fibras de elastina, abundantes em carnes. 
O último estágio na digestão das proteínas no 
lúmen intestinal é feito pelos enterócitos que 
revestem as vilosidades do intestino delgado, 
especialmente no duodeno e jejuno. Essas 
células possuem uma borda em escova que 
são centenas de microvilosidades que se 
projetam da superfície de cada célula. Nas 
membranas de cada microvilosidades, 
encontram-se múltiplas peptidases que se 
projetam através das membranas parao 
exterior, onde entram em contato com os 
líquidos intestinais. 
Dois tipos de peptidades especialmente 
importantes: Aminopeptidases e diversas 
Dipeptidases. Elas prosseguem na hidrólise 
dos maiores polipeptídeos remanescentes em 
tripeptídeos e dipeptídeos e de uns poucos 
aminoácidos. Aminoácidos, dipeptídeos, e 
tripeptídeos são facilmente transportados 
através da membrana microvilar para o 
interior do enterócito. 
Finalmente no citosol do enterócito, em minutos, praticamente todos os últimos dipeptídeos e 
tripeptídeos são digeridos a aminoácidos; eles então são transferidos para o sangue. 
 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
Digestão de Gorduras 
As gorduras mais abundantes na 
dieta são os Triglicerídeos, 
formados por glicerol esterificado e 
3 moléculas de ácidos graxos. O 
colesterol é um composto esterol 
que não contém ácido graxo, mas 
exibe características das gorduras. 
Uma pequena quantidade de 
triglicerídeos é digerida no 
estômago pela lipase lingual, 
secretada pelas glândulas linguais 
da boca e deglutida com a saliva, 
mas essa digestão é inferior a 10%. 
Essencialmente, toda digestão de 
gorduras ocorre no intestino 
delgado. 
A primeira etapa na digestão de 
gorduras é a quebra física dos 
glóbulos de gordura em partículas 
pequenas, de maneira que as 
enzimas digestivas hidrossolúveis 
possam agir nas superfícies das 
partículas. Esse é o processo de 
EMULSIFICAÇÃO DE GORDURA, e 
começa pela agitação no estômago 
que mistura a gordura com os 
produtos da secreção gástrica. 
Grande parte da emulsificação 
ocorre no duodeno sob a influência 
da bile, a secreção do fígado não 
contém nenhuma enzima digestiva. 
A bile contém os sais biliares e a 
LECITINA. Com a redução da 
tensão superficial entre o lipídeo e a solução aquosa, a agitação pode dividir a gota de 
gordura em muitas gotículas menores. Consequentemente uma função importante da 
lecitina e dos sais biliares, é promover a fragmentação das gotas de gorduras em 
pequenos agregados supramoleculares. 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
Com a redução do diâmetro dos glóbulos de gordura, a área superficial total aumenta 
bastante. As enzimas lipases são compostos hidrossolúveis e podem atacar os glóbulos 
de gordura apenas em suas superfícies. 
A enzima mais importante para a digestão de lipídeos é a Lipase Pancreática. Os 
enterócitos do intestino delgado contêm a Lipase Entérica (normalmente não é 
necessária). Grande parte dos triglicerídeos na dieta são hidrolisados pela lipase 
pancreática em ácidos graxos livres e 2-monoglicerídeos. 
Os sais biliares quando em concentração elevada o suficiente na água tende a formar 
micelas, que são agregados cilíndricos com 2 a 3 nanômetros de diâmetro, compostos 
de mais de 20 a 40 moléculas de sais biliares. As micelas de sais biliares são também 
um meio de transporte, carregando monoglicerídeos e ácidos graxos, ambos seriam 
insolúveis a borda em escova das células epiteliais intestinais. Eles são absorvidos pelo 
sangue. 
Tanto os ésteres de colesterol como os fosfolipídeos são hidrolisados por duas outras 
lipases da secreção pancreática, que liberam ácidos graxos: a enzima Hidrolase de 
Éster de Colesterol, que hidrolisa o éster de colesterol, e a Fosfolipase A₂, que hidrolisa 
fosfolipídeos. 
 
 
 
 
 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
Absorção 
A absorção intestinal dos produtos da hidrólise enzimática dos nutrientes orgânicos 
ocorre predominantemente no Intestino Delgado. 
A membrana luminal dos enterócitos absortivos apresenta microvilosidades, que 
formam a borda em escova do epitélio intestinal. A mucosa duodenal compreende o 
epitélio, a membrana basal, a lâmina própria e a muscular da mucosa. 
O EPITÉLIO da mucosa intestinal é monoestratificado e heterocelular, contendo: 
-Células absortivas 
-Células secretoras 
-Células caliciformes secretoras de muco 
-Células digestivas que contém enzimas luminais 
-Células endócrinas variadas 
-Células M 
A LÂMINA PRÓPRIA é o tecido conjuntivo de sustentação do epitélio; preenche as vilosidades e 
as criptas, fazendo contato de um lado a outro, com a membrana basal do epitélio, e do outro, 
com a muscular da mucosa. Os tipos celulares + comuns encontrados na lamina própria são 
Células mononucleadas do GALT, como linfócitos, mastócitos, macrófagos e eosinófilos. 
A MEMBRANA BASAL, onde repousa o epitélio, é formada por proteoglicanas, fibronectina, 
laminina, colágeno, e fibroblastos, localizados na face contraluminal da membrana basal. 
Afetam algumas funções epiteliais, como transporte de íons e de água e diferenciação celular. 
 
Absorção de Carboidratos 
A glicose, galactose e frutose (produtos finais da digestão de carboidratos) são absorvidos em 
duas etapas, mediadas por carregadores específicos presentes nas duas membranas dos 
enterócitos. 
Na membrana luminal (ML), a glicose e a galactose são transportadas ativamente pelo 
carregador SGL-T1 (sodium-glicose transporter). Há acoplamento do influxo de 1 mol de 
glicose (ou galactose) ao de 2 moles de Na⁺, é um co-transportador 2Na⁺: 1glicose. Depende 
tanto do gradiente eletroquímico para Na⁺ através da ML, como do potencial elétrico da ML. A 
inibição da Na⁺/K⁺ -ATPase inibe a absorção intestinal de glicose e\ou galactose, porque dissipa 
o gradiente de potencial eletroquímico para o Na⁺ através da célula. A redução de Na⁺ luminal 
também afeta a absorção dessas hexoses, pois diminui a afinidade do SGL-T1 para a glicose e 
galactose. 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
 
Na membrana basolateral (MBL), tanto a glicose como a galactose são transportadas 
passivamente por difusão facilitada, mediada pelo carregador de membrana pertencente a 
família dos GLUT’s, no caso, o GLUT 2, que também transporta frutose através da membrana. 
A frutose é transportada através da ML por difusão facilitada independente do acoplamento 
com o Na⁺ e mediada pelo GLUT 5. 
 
A absorção das hexoses, diretamente ingeridas ou provenientes de dissacarídeos, é rápida e se 
complexa totalmente até o jejuno proximal. Os carboidratos não absorvidos no delgado 
servem de fonte de carbono para as bactérias colônicas. 
Absorção de Proteínas 
Todas as proteínas contidas no TGI são digeridas e absorvidas. As proteínas exógenas 
originam-se de carnes e vegetais ingeridos. Os processos digestivos e absortivos das proteínas 
são muito eficientes. São excretados nas fezes apenas 1 a 2g de nitrogênio por dia, 
correspondente de 6 a 12g de proteína. 
São encontradas cerca de 35 a 200g por dia de proteínas endógenas, nas luz do TGI, resultam 
das secreções salivar, gástrica, pancreática, biliar e intestinal. 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
Há pelo menos 7 sistemas de transportadores na membrana luminal (ML) dos enterócitos. 
Destes sistemas, o B é o predominante. 
 
 
Há cinco processos descritos (imagem 59.7) para o transporte de aminoácidos através da MBL. 
Dois desses transportam aminoácidos do compartimento vascular para o meio intracelular dos 
enterócitos. Tais aminoácidos funcionam como fonte energética para os enterócitos. 
 
A absorção de di-, tri- e tetrapeptídeos através da membrana luminal ocorre via co-
transportador dependente do gradiente de potencial eletroquímico de H⁺. Um co-
transportador eletrogênico 2H⁺: oligopeptídeo da ML, denominado Pep-T1 é o responsável 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
pelo influxo de peptídeos para o enterócito. Este transportador utiliza o gradiente de pH 
gerado pelo contratransporte Na⁺/H⁺. 
No interior dos enterócitosos peptídeos são hidrolisados por peptidases citosólicas e 
aminoácidos livres; estes são transportados para o plasma através da MBL, através de um 
destes mecanismos abaixo: 
 
A absorção de di-, tri- e 
tetrapeptídeos é mais rápida do 
que de aminoácidos livres, 
característica definida como 
“vantagem cinética”, eles causam 
menos efeito osmótico que os 
aminoácidos livres. 
 
 
 
 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL 
Absorção de Lipídeos 
As micelas mistas carregam os produtos da hidrólise lipídica através da camada não 
agitada de água da superfície luminal do jejuno, liberando os monômeros que 
penetram os enterócitos. Até alcançar a ML dos enterócitos, as micelas têm que 
atravessar o gel mucoso que forra a superfície luminal e a camada não-agitada de 
água. O gel mucoso, embora seja constituído por 95% de água, parece ser a principal 
barreira para a difusão dos microagregados lipídicos. 
Ácidos graxos livres (AGL) de cadeias curtas e médias, que são solúveis em água, 
atravessam o gel mucoso (que é uma barreira) facilmente penetram nos enterócitos. 
O pH da camada não-agitada de água é acídico; este microclima é gerado pelo 
contratransportador Na⁺/H⁺ da ML. Postula-se assim que os AGL-CL dissociados das 
micelas sejam protonados e penetrem a ML do enterócitos por difusão simples não-
iônica. Outra teoria proposta para o influxo dos AGL é a de colisão e incorporação do 
AGL com a ML, que seria facilitado pelos movimentos intestinais. Os outros produtos 
da hidrólise lipídica, os lisofosfolipídeos, os 2-MAG e o colesterol, também penetram a 
ML. 
Nos enterócitos, os produtos da hidrólise lipídica sofrem reesterificação e formam os 
Quilomícrons, que são exocitados através da MBL, penetrando nos capilares linfáticos 
das vilosidades. 
Há dois tipos de proteínas ligadoras de ácidos graxos no citosol dos enterócitos: as 
I-FABP (Fatt Acid Binding Proteins), que ligam os ácidos graxos de cadeias longas, e as 
L-FABP, que tem maior afinidade pelo colesterol, pelos monoacilgliceróis e pelos 
lisofosfolipídeos. Há também duas isoformas de proteínas carregadoras de colesterol e 
outros esteróis no citosol dos enterócitos, a SCP-1 e a SCP-2, que carregam os 
produtos da hidrólise lipídica da ML ao reticulo endoplasmático liso (REL), onde eles 
serão esterificados. 
Tanto os quilomícrons quanto as VLDL tem suas composições alteradas nos capilares 
linfáticos e sanguíneos. Antes de serem conduzidos ao fígado, os quilomícrons e as 
VLDL alcançam os pulmões e a circulação periférica, via capilares. O endotélio dos 
capilares sanguíneos contém lipases que hidrolisam os triacilgliceróis, originando AGL e 
MAG, que são capturados pelos adipócitos e células musculares. Os quilomícrons 
remanescentes, contendo agora predominantemente colesterol, são conduzidos ao 
fígado. 
Digestão e Absorção 
RESUMO – Alberto Galdino LoL

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