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Introdução A homeostase é um processo de fundamental importância para a vida. Ela está relacionada à capacidade de manter a estabilidade das funções desempenhadas pelo organismo humano, ou seja, mantém o corpo em equilíbrio. Este conceito foi estabelecido em 1932, pelo pesquisador Walter Bradford Cannon, e passou a ser amplamente utilizado para explicar a capacidade que o corpo humano e os seres vivos têm de se manter em estado de equilíbrio interno. Na prática, a homeostase é como uma constância do meio interno, fazendo com que a temperatura interna do corpo se mantenha em 37º C e promovendo o pleno desenvolvimento de todas as células. A homeostase biológica garante a sobrevivência dos seres vivos, principalmente em sistemas complexos como o corpo humano. Graças à homeostase, os organismos conseguem se adaptar ao seu ambiente externo. A homeostase é controlada pelo sistema nervoso e pelas glândulas endócrinas, mas o processo acontece em todas as regiões do organismo, como no sistema circulatório e na manutenção do nível de glicose no sangue, por exemplo. Ela também garante a capacidade de regeneração de um organismo, contribuindo para a manutenção da saúde. É importante lembrar que, para ter uma vida saudável, o corpo precisa estar funcionando bem, com todas as suas funções. Para isso, manter bons hábitos de saúde e ter qualidade de vida é essencial! Resumo Propriedades da homeostase. Os sistemas homeostáticos exibem certas propriedades: São extremamente estáveis; Toda a sua organização, interna, estrutural e funcional, contribui para a manutenção do equilíbrio. São imprevisíveis (o resultado de uma determinada ação pode mesmo ser o oposto do esperado). Exemplos de homeostase em mamíferos: A regulação da quantidade de água e minerais no corpo, conhecida como osmorregulação. Tem lugar principalmente nos rins. A remoção de resíduos metabólicos, conhecida como excreção. Tem lugar em órgãos excretórios como os rins e os pulmões. A regulação da temperatura corporal, realizada principalmente pela pele e pela circulação sanguínea. A regulação dos níveis de glicose no sangue, realizada principalmente pelo fígado e pela insulina segregada pelo pâncreas. Estado de equilíbrio no corpo. TRANSPORTE DO LÍQUIDO EXTRACELULAR Sistema Circulatório O líquido extracelular é transportado por todo o corpo em duas etapas: a primeira por meio do movimento do sangue pelos vasos sanguíneos e a segunda pelo movimento do líquido entre os capilares sanguíneos e as células. À medida que o sangue atravessa os capilares, produz-se também um intercâmbio contínuo de líquido extracelular entre a porção de plasma de sangue e o líquido intersticial que ocupa os espaços entre as células. Os capilares são permeáveis à maioria das moléculas presentes no plasma sanguíneo, com exceção de proteínas, podendo tais moléculas se difundirem em ambos os sentidos entre o sangue e os espaços tissulares. Deste modo, o líquido extracelular de qualquer zona do corpo, tanto do plasma quanto dos espaços intersticiais, se encontra em um processo de mescla contínuo, mantendo assim uma homogeneidade quase completa desses líquidos em todo o corpo. NUTRIENTES DO LÍQUIDO EXTRACELULAR Sistema Respiratório Cada vez que o sangue passa pelo corpo, flui também pelos pulmões. O sangue capta oxigênio nos alvéolos, que é necessário às células. Trato Gastrointestinal Uma grande quantidade de sangue bombeada pelo coração atravessa também as paredes do trato gastrointestinal, onde absorve nutrientes dissolvidos, tais como carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos. Fígado e outros órgãos que desempenham funções metabólicas Nem todas as substâncias absorvidas no trato gastrointestinal podem ser utilizadas pelas células na forma em que foram absorvidas. O fígado transforma a composição química de muitas dessas substâncias em formas mais utilizáveis, e outros tecidos do corpo, como os adipócitos, a mucosa gastrointestinal, os rins e as glândulas endócrinas, ajudam a modificar as substâncias absorvidas ou armazenadas. Sistema musculoesquelético Esse sistema permite que o corpo se desloque até o lugar correto, no momento adequado, para obter os alimentos necessários para a nutrição. Além disso, proporciona mobilidade para proteger-se das condições adversas circundantes, evitando que o organismo e os mecanismos homeostáticos sejam destruídos. Homeostase no corpo humano A capacidade de sustentar a vida dos fluidos do corpo humano é afetada por todo um leque de fatores, como a temperatura, a salinidade, o pH, ou as concentrações de nutrientes, como a glicose, vários íons, oxigênio, e resíduos, como o dióxido de carbono e a ureia. Dado que estes fatores afetam as reações químicas que mantêm o corpo vivo, este inclui mecanismos fisiológicos para os manter dentro dos limites desejáveis. Exemplos: Regulação térmica: Os músculos esqueléticos tremem para produzir calor quando a temperatura corporal é muito baixa. Outra forma de gerar calor envolve o metabolismo de gordura. O suor arrefece o corpo por evaporação. Regulação química: O pâncreas produz insulina e glucagon para regular a concentração de açúcar no sangue. Os pulmões absorvem oxigênio e expelem dióxido de carbono. Os rins excretam ureia e regulam as concentrações de água e de uma grande variedade de íons. Muitos destes órgãos são controlados por hormonas segregadas pela glândula pituitária, cuja ação é, por sua vez, regulada pelo hipotálamo. Conclusão Principais características dos organismos vivos é a capacidade de alteração de seu estado orgânico como forma de reação fisiológica a mudanças do meio ambiente. Homeostase é um processo de auto regulação por meio do qual sistemas biológicos tendem a manter sua estabilidade para se ajustarem a condições ótimas de sobrevivência. Todos os processos de integração e coordenação de funções, mediados por circuitos mecânicos ou por sistemas hormonais e nervosos, são exemplos de regulação homeostática. A estabilidade alcançada é, na verdade, um equilíbrio dinâmico em que ocorrem mudanças contínuas, embora prevaleçam condições relativamente uniformes. A homeostasia é um dos princípios fundamentais da fisiologia, tendo em conta que basta haver uma falha desta característica para desencadear um mau funcionamento de diferentes órgãos. Curiosamente, tem sido observado que o termo homeostase passou a ser usado em outras áreas além das ciências biológicas. Como exemplos: - as companhias de seguros podem falar de homeostase de risco, quando, por exemplo, condutores de veículo com sistema de freios ABS apresentam uma ocorrência de sinistros semelhante aos condutores sem o sistema ABS, porque inconscientemente compensam o veículo mais seguro com hábitos de condução menos seguros. - os sociólogos e psicólogos referem a homeostase de stress, como sendo a tendência de uma população ou de um indivíduo em manter um certo nível de stress, frequentemente criando stress artificial se o nível "natural" de stress não for suficiente .
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