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Resumo P1 execução

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Resumo P1Resumo P1Resumo P1Resumo P1 – Processo de ExecuçãoProcesso de ExecuçãoProcesso de ExecuçãoProcesso de Execução 
 
Roteiro de estudos: 
Princípios; 
Técnica processual executiva; 
Títulos executivos; 
Legitimidade da ação 
executiva; 
Responsabilidade patrimonial; 
Liquidação de sentença.
 
Princípios do Processo de ExecuçãoPrincípios do Processo de ExecuçãoPrincípios do Processo de ExecuçãoPrincípios do Processo de Execução 
 
1 Disponibilidade 
A execução só se inicia, e prossegue, com base no 
interesse (disposição) do credor. Não é de oficio, já que a 
jurisdição é inerte. O credor pode desistir a qualquer momento, 
independentemente da anuência do devedor. O credor não pode 
desistir se já houver algum embargo de matéria. 
Artigo 475-J, parágrafo 5º, antigo CPC: não sendo requerida a 
execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os 
autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da 
parte. 
Não achei o artigo para comparação no novo CPC. 
 
2 Sincretismo 
O processo passa a ser um só, sendo a execução de 
sentença uma fase do processo de conhecimento desde que 
objeto seja um título de natureza judicial. Ainda existe a 
autonomia processual no caso dos títulos extrajudiciais. A 
liquidação de sentença, por conta deste princípio do sincretismo, 
passa a ser uma fase do processo e não mais um processo a 
parte. 
 
3 Título executivo 
A execução é nula se não houver um título executivo 
~nulla executio sine titulo~. Por isso, para ser considerado um 
título executivo, deverá apresentar as três características: 
certeza (o título deve conter todos os elementos da obrigação), 
liquidez (busca a quantia do na debeatur) e exigibilidade (o 
título não pode estar sob condição ou termo). 
Art. 515, NCPC. São títulos executivos judiciais, cujo 
cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste 
Título: 
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a 
exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não 
fazer ou de entregar coisa; 
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; 
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial 
de qualquer natureza; 
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em 
relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a 
título singular ou universal; 
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, 
emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão 
judicial; 
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
VII - a sentença arbitral; 
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal 
de Justiça; 
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão 
do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de 
Justiça. 
 
4 Patrimonialidade 
Somente o patrimônio do devedor, ou de terceiro 
responsável, pode ser objeto de atividade executiva do Estado. 
Toda execução é real, e ainda, mesmo no patrimônio do 
devedor alguns bens não se submetem a execução, compondo o 
chamado beneficium competentiae. Não se estende as demais 
obrigações (fazer/ não fazer), em que a prioridade é a tutela 
especifica com a obtenção do cumprimento da obrigação 
pessoalmente. Só se converte, em ultimo caso, no seu 
equivalente em dinheiro. 
Art. 824, NCPC. A execução por quantia certa se realiza pela 
expropriação de bens do executado, ressalvadas as execuções 
especiais. (formas de expropriação: penhora, adjudicação, 
alienação). 
 
5 Resultado 
A execução busca um resultado (direito reconhecido) 
baseado no interesse do credor. A execução deve ser 
específica: propiciar ao credor a satisfação da obrigação tal 
qual houvesse o cumprimento espontâneo da prestação pelo 
devedor. 
Art. 797, NCPC. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, 
em que tem lugar o concurso universal, realiza-se a execução 
no interesse do exequente que adquire, pela penhora, o direito 
de preferência sobre os bens penhorados. 
Parágrafo único. Recaindo mais de uma penhora sobre o mesmo 
bem, cada exequente conservará o seu título de preferência. 
 
6 Da máxima utilidade da execução 
Garante o direito fundamental à tutela executiva, que 
consiste “na exigência de um sistema completo de tutela 
executiva, no qual existiam meios executivos capazes de 
proporcionar pronta e integral satisfação a qualquer direito 
mer3ecidor da tutela executiva”. O credor tem que encontrar 
meios de transpor as barreiras e buscar resultados, ou seja, a 
satisfação plena. 
Art. 782, parágrafo 2o Sempre que, para efetivar a execução, 
for necessário o emprego de força policial, o juiz a requisitará. 
Art. 772. O juiz pode, em qualquer momento do processo: 
II - advertir o executado de que seu procedimento constitui ato 
atentatório à dignidade da justiça; 
III - determinar que sujeitos indicados pelo exequente forneçam 
informações em geral relacionadas ao objeto da execução, tais 
como documentos e dados que tenham em seu poder, 
assinando-lhes prazo razoável. 
 
7 Menor onerosidade/gravosidade do devedor 
O meio escolhido pelo credor deverá ser o menos 
oneroso para o devedor, obedecendo ao princípio da 
razoabilidade. 
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover 
a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos 
gravoso para o executado. 
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida 
executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais 
eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos 
executivos já determinados. 
 
8 Adequação 
 Para cada tipo de obrigação, há uma forma de 
execução diferente, adequada a sua forma. 
 
9 Responsabilidade 
Se a execução for infundada, todos os eventuais danos 
causados ao devedor serão reparados pelo credor, dentro do 
mesmo processo. Isso acontece muito em decisão provisória. 
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por 
recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da 
mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao 
seguinte regime: 
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se 
obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o 
executado haja sofrido. 
Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos que 
este sofreu, quando a sentença, transitada em julgado, 
declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que 
ensejou a execução. 
 
10 Contraditório 
No processo executivo, há contraditório, que é o direito 
à participação efetiva no processo. Esse princípio se manifesta, 
primeiramente, na comunicação dos atos do processo ao 
executado, possibilitando a sua manifestação e a sua defesa. 
O princípio do contraditório decorre do devido processo legal, 
dele se extraindo a necessidade de dar ciência às partes dos 
atos a serem realizados no processo e das decisões ali 
proferidas e a necessidade de conferir oportunidades à parte 
de contribuir com o convencimento do juiz ou tribunal. 
 
Técnica processual executivaTécnica processual executivaTécnica processual executivaTécnica processual executiva 
Há duas técnicas processuais para viabilizar a 
execução de sentença: o processo autônomo e a fase de 
execução. É preciso, pois, perceber que nem toda execução de 
sentença ocorre, necessariamente, em um processo autônomo de 
execução. No entanto, convém ressaltar que toda a execução 
realiza-se num processo de execução, procedimento em 
contraditório, seja em um processo instaurado com esse 
objetivo, seja como fase de um processo sincrético. 
Há execução sem processo autônomo, mas não háexecução sem processo. 
 
 Espécies de atividades executivasEspécies de atividades executivasEspécies de atividades executivasEspécies de atividades executivas 
 
1 Execução judicial e extrajudicial 
 
 
 
 
 
 
 
ExecuçãoExecuçãoExecuçãoExecução
JudicialJudicialJudicialJudicial: não é so sentença,
é também obrigação de
fazer e não fazer, sentença
arbitral, mas
necessariamente deve estar
no rol do artigo 515, NCPC
ExtrajudicialExtrajudicialExtrajudicialExtrajudicial: deve ser
observado o rol do
artigo 784, NCPC
2 Execução genérica e específica 
 
 
Exemplo de obrigação específica: entregar coisa certa ou 
incerta, obrigação de fazer. 
A obrigação específica pode se transformar em genérica no todo 
ou em parte (forma de expropriação) � exemplo: o juiz 
decreta uma obrigação de fazer, como, por exemplo, derrubar o 
muro; a pessoa não o derruba; o exequente vai e manda 
derrubar o muro; quem tem que pagar é o executado (antes 
era obrigar de fazer, agora é obrigação de pagar). 
 
 
 
 
 
 
 
ExecuçãoExecuçãoExecuçãoExecução
GenéricaGenéricaGenéricaGenérica: envolve
obrigação de pagar
quantia
EspecíficaEspecíficaEspecíficaEspecífica: a obrigação
que o exequente busca
tem que ser especifica,
ou seja, o direito está
vinculado a uma
obrigação que não seja
de pagar.
 
3 Execução direta e indireta 
 
Exemplo de execução direta: o devedor quando entrega o carro 
sob pena de busca e apreensão 
Exemplo de execução indireta: faça sob pena de incidência de 
multa (possui mecanismo de coerção), sendo melhor cumprir sob 
pena de algo. 
OBS: A coerção pode ser pessoal (prisão por falta de 
pagamento da pensão alimentícia) ou patrimonial (outra que 
não seja prisão). 
 
 
Execução indiretaExecução indiretaExecução indiretaExecução indireta Execução diretaExecução diretaExecução diretaExecução direta 
Sob pena de multa; Sub-rogação do devedor sob o 
seu patrimônio; 
Mecanismos coercitivos; Pena de penhora, 
desapossamento, transformação 
e expropriação; 
Não há sub-rogação do 
patrimônio do devedor 
 
 
ExecuçãoExecuçãoExecuçãoExecução
DiretaDiretaDiretaDireta: se realiza pela
subrogação do devedor
sob o patrimonio dele. a
execução deve recair
diretamente no
patrimonio dele.
IndiretaIndiretaIndiretaIndireta: pagamento
feito sob pena de
multa, meio coercitivo
para obrigar o devedor
a fazer.
Desapropriação: busca-se, encontra-se e tira o bem das mãos do 
devedor (ex: busca e apreensão); 
Transformação: ter uma obrigação de fazer e um terceiro ou 
próprio credor a faz e a execução efetiva se transforma em 
genérica; 
Expropriação: tirar a propriedade (artigos 824 e 825, NCPC). 
o Adjudicação: credor, com patrimônio em penhora, reverte-o 
para si, de forma total ou parcial (forma preferida do 
legislador); 
o Alienação: pode ser iniciativa pública (leilão para venda 
do bem) ou por iniciativa particular (o credor se 
encarrega da venda); 
o Usufruto judicial: apropriação de frutos e rendimentos 
(não há a apropriação da coisa em si, mas sim os frutos 
que advém da coisa); 
o Desconto: expropriação voltada para a prestação de prisão 
alimentícia (afasta a impenhorabilidade sobre o salário). 
 
4 Execução definitiva e provisória 
 
 
ExecuçãoExecuçãoExecuçãoExecução
DefinitivaDefinitivaDefinitivaDefinitiva: a execução
do título extrajudicial
é sempre definitiva.
não pode estar sujeito
a nenhum recurso
ProvisóriaProvisóriaProvisóriaProvisória: a execução do
tíulo judicial pode ser
definitiva ou provisória.
decisão que ainda está
sujeita a um recurso ainda
que não tenha sido julgada.
 
A execução do título judicial pode ser definitiva, mas ao 
decorrer do processo pode se tornar provisória. Já a execução 
do título extrajudicial é sempre definitiva 
 
OBS: Pelo artigo 520 (NCPC), se tiver recurso com efeito 
suspensivo, não poderá executar. 
OBS2: Um mesmo título pode estar sujeito à execução provisória 
por uma parte e definitiva por outra (vide artigos 521, 522, 
NCPC). Um exemplo disso é a liminar: na parte em que obteve a 
liminar, é possível a execução; na parte que não obteve a 
liminar, não pode executar. 
 
 
 
 
Título executivoTítulo executivoTítulo executivoTítulo executivo 
 
 Natureza do título executivoNatureza do título executivoNatureza do título executivoNatureza do título executivo 
Para Carnelutti, é uma prova de que o título é certo, 
líquido e exigível. No ponto de vista de Liebman, é um ato 
jurídico que tem efeitos executivos. Já para Humberto 
Theodoro, o título executivo é tanto prova quanto ato jurídico, 
ou seja, é um ato-prova. É uma manifestação de vontade 
gravada no documento que traz uma obrigação líquida, certa e 
exigível. 
 
 
 Obrigação líquida, certa e exigível Obrigação líquida, certa e exigível Obrigação líquida, certa e exigível Obrigação líquida, certa e exigível – o que é?o que é?o que é?o que é? 
 
1 Certeza 
Essa característica refere-se à existência da prestação 
que se quer ver realizada. É a presença de todos os elementos 
objetivos e subjetivos da obrigação (quem paga, quem recebeu, 
qual a quantia a ser paga, qual obrigação). 
 
2 Liquidez 
A liquidez diz respeito à extensão e à determinação do 
objeto da prestação. De fato, não se pode exigir de alguém a 
prestação de alguma coisa que não se sabe exatamente o que 
é. Diz respeito à exata definição daquilo que é devido e de 
sua quantidade. 
No título judicial, como o pedido é formulado na 
demanda condenatória pode ser genérico, concebeu-se que o 
titulo não (...) o objeto da condenação, carecendo da liquidação 
prévia à execução. Mas, quanto ao título extrajudicial, ele ou é 
liquido e, portanto, título, ou não é líquido, e por isso escapa ao 
gabarito de título executivo. Logo, se não há liquidez, tem que 
entrar com um processo normal (Carla). 
 
3 Exigibilidade 
O título em questão não está sujeito à condição ou 
termo, ou seja, cessaram ou nunca existiram. As vezes pode 
não haver nem condição ou nem termo e mesmo assim não 
haverá a execução. Neste caso, há execução por denúncia. 
 DOS TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS (ARTIGO 515, NCPC)DOS TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS (ARTIGO 515, NCPC)DOS TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS (ARTIGO 515, NCPC)DOS TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS (ARTIGO 515, NCPC) 
Emanados do Poder Judiciário, não formam um novo 
processo, mas apenas uma fase, razão pela qual dispensam a 
citação do réu, salvo se fundadas em sentença penal, arbitral 
ou estrangeira. Tem natureza imediata, sem processo autônomo, 
o que pressupõe prévia atividade cognitiva, sem a qual o 
direito não adquire a certeza necessária para que se possa 
invadir, coercitivamente, o patrimônio do devedor. 
Fará execução definitiva se a sentença já houver 
transitado em julgado; e execução provisória se a sentença 
tiver sido impugnada por recurso, sem efeito suspensivo ou nos 
casos de execução das decisões de antecipação de tutela. 
O rol do artigo 515 é TAXATIVO.O rol do artigo 515 é TAXATIVO.O rol do artigo 515 é TAXATIVO.O rol do artigo 515 é TAXATIVO. 
AAAArt. 515, NCPC.rt. 515, NCPC.rt. 515, NCPC.rt. 515, NCPC. São títulos executivos judiciais, cujo 
cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste 
Título: 
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a 
exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não exigibilidade de obrigação de pagarquantia, de fazer, de não exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não 
fazer ou de entregar coisafazer ou de entregar coisafazer ou de entregar coisafazer ou de entregar coisa; 
Fala-se em decisão, pois não se executa apenas a 
sentença. 
II - a decisão homologatória de autocomposição judiciala decisão homologatória de autocomposição judiciala decisão homologatória de autocomposição judiciala decisão homologatória de autocomposição judicial; 
Conciliação por autocomposição, para ficar menos 
genérico. 
Transação: as partes sem interferência de um terceiro 
chagam a um acordo. 
Acordo extrajudicial: não existe processo. 
Autocomposição se homologada será título executivo 
judicial, tendo processo ou não. 
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial 
de qualquer naturezade qualquer naturezade qualquer naturezade qualquer natureza; 
Às vezes as partes podem trazer matérias para a 
autocomposição não discutidas em juízo. A matéria do acordo 
pode ultrapassar a matéria discutida no processo. 
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em 
relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a 
título singular ou universaltítulo singular ou universaltítulo singular ou universaltítulo singular ou universal; 
O formal é um documento mais simples para bens não 
superiores a 5 salários-mínimos. Já a certidão de partilha, a 
eficácia é só entre os que estão envolvidos na sucessão, se for 
terceiro tem que entrar com outros meios. 
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, 
emolumentemolumentemolumentemolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão os ou honorários tiverem sido aprovados por decisão os ou honorários tiverem sido aprovados por decisão os ou honorários tiverem sido aprovados por decisão 
judicialjudicialjudicialjudicial; 
O vínculo das partes para com os auxiliares da justiça. 
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgadoa sentença penal condenatória transitada em julgadoa sentença penal condenatória transitada em julgadoa sentença penal condenatória transitada em julgado; 
Apenas os títulos executivos se forem contra o mesmo 
agente. 
VII - a sentença a sentença a sentença a sentença arbitralarbitralarbitralarbitral; 
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal 
de Justiçade Justiçade Justiçade Justiça; 
Título estrangeiro pode ser executado. O STJ fará a 
homologação e autorizará a execução. Quem executa é a 
justiça federal de 1º grau, sendo que o STJ nem sempre foi o 
responsável. É possível que o título extrajudicial seja 
executado no Brasil, entretanto deverão ser observados diversos 
requisitos. Pode ser trazida, também, para o Brasil a sentença 
proferida por um tribunal internacional. 
IX - a decisão interlocutória esa decisão interlocutória esa decisão interlocutória esa decisão interlocutória estrangeira, após a concessão trangeira, após a concessão trangeira, após a concessão trangeira, após a concessão 
dodododo exequaturexequaturexequaturexequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de à carta rogatória pelo Superior Tribunal de à carta rogatória pelo Superior Tribunal de à carta rogatória pelo Superior Tribunal de 
JustiçaJustiçaJustiçaJustiça. 
Parágrafo 1Parágrafo 1Parágrafo 1Parágrafo 1oooo Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será 
citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para 
a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias. 
Parágrafo 2Parágrafo 2Parágrafo 2Parágrafo 2oooo A autocomposição judicial pode envolver sujeito 
estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não 
tenha sido deduzida em juízo. 
 
OBS: Do inciso VI ao IX, não tem processo de conhecimento. 
Quando há processo anterior, as partes já foram citadas. Então, 
nas hipóteses dos incisos, tem que haver a citação das partes, 
não adiantando a intimação das mesmas. 
 
 
 DOS TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ARTIGO 784, NCPC)DOS TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ARTIGO 784, NCPC)DOS TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ARTIGO 784, NCPC)DOS TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ARTIGO 784, NCPC) 
São documentos não provenientes do Judiciário, aos 
quais a lei atribui eficácia executiva. Constituem um novo 
processo, em que o réu deverá ser citado. Tem natureza 
autônoma, isto é, prescindível o prévio processo de conhecimento, 
porque a lei outorga eficácia executiva a certos títulos, 
atribuindo-lhes a certeza necessária para desencadear o 
processo de execução. Em regra estão associados à execução 
definitiva. Contudo, a execução será provisória quando pendente 
a apelação da sentença de improcedência dos embargos do 
executado, desde que eles tenham sido recebidos no efeito 
suspensivo. 
O rol do artigo 784 é EXEMPLIFICATIVO.O rol do artigo 784 é EXEMPLIFICATIVO.O rol do artigo 784 é EXEMPLIFICATIVO.O rol do artigo 784 é EXEMPLIFICATIVO. 
Art. 784.Art. 784.Art. 784.Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a 
debênture e o chequedebênture e o chequedebênture e o chequedebênture e o cheque; 
Nem sempre o título de crédito é título executivo, pois 
ainda não tem eficácia executiva. As vezes há um título de 
crédito, mas é necessário algo a mais para comprovar a sua 
eficácia. 
II - a escritura pública ou outro documento público assinado a escritura pública ou outro documento público assinado a escritura pública ou outro documento público assinado a escritura pública ou outro documento público assinado 
pelo devedorpelo devedorpelo devedorpelo devedor; 
Goza de fé pública. 
III - o documento particular assinado pelo devedor e po documento particular assinado pelo devedor e po documento particular assinado pelo devedor e po documento particular assinado pelo devedor e por 2 or 2 or 2 or 2 
(duas) testemunhas(duas) testemunhas(duas) testemunhas(duas) testemunhas; 
O contrato assinado por duas testemunhas pode ser 
protestado. 
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério o instrumento de transação referendado pelo Ministério o instrumento de transação referendado pelo Ministério o instrumento de transação referendado pelo Ministério 
Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos 
advogados dos transatores ou por conciliador advogados dos transatores ou por conciliador advogados dos transatores ou por conciliador advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador ou mediador ou mediador ou mediador 
credenciado por tribunalcredenciado por tribunalcredenciado por tribunalcredenciado por tribunal; 
O acordo feito em autocomposição é título executivojudicial, já este mencionado no inciso é extrajudicial, pois não 
há homologação. 
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou 
outro direito real de garoutro direito real de garoutro direito real de garoutro direito real de garantia e aquele garantido por cauçãoantia e aquele garantido por cauçãoantia e aquele garantido por cauçãoantia e aquele garantido por caução; 
Caução é garantia fidejussória (ex: fiança). 
VI VI VI VI ---- o contrato de seguro de vida em caso de morteo contrato de seguro de vida em caso de morteo contrato de seguro de vida em caso de morteo contrato de seguro de vida em caso de morte; 
Execução é feita apenas em caso de morte. Em caso 
de incapacidade, não há execução. 
VII - o crédito decorrente de foro e lo crédito decorrente de foro e lo crédito decorrente de foro e lo crédito decorrente de foro e laudêmioaudêmioaudêmioaudêmio; 
Laudêmio é uma taxa que se paga para a União 
quando temos imóveis situados em áreas da União. Foro e 
Laudêmio são espécies típicas de contrato de enfiteuse (que 
não existe mais). Por esse contrato alguém exerce o domínio 
útil sobre determinado bem. Exerce todos os poderes de dono, 
mas não adquire a propriedade. Como esse imóvel é da União, 
todos os anos se faz um pagamento a titulo de foro. A pessoa 
exerce apenas poderes de dono. Pode alienar o imóvel, 
contanto que todas as vezes que o faça, aquele que alienou 
pague um valor para o senhorio. Laudêmio é o valor que se 
paga pela alienação do domínio útil (exercício dos poderes de 
dono). 
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de 
aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, taisaluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, taisaluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, taisaluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como como como como 
taxas e despesas de condomíniotaxas e despesas de condomíniotaxas e despesas de condomíniotaxas e despesas de condomínio; 
Domínio útil X domínio direto. 
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
correspondente aos créditos inscritos na forma da leicorrespondente aos créditos inscritos na forma da leicorrespondente aos créditos inscritos na forma da leicorrespondente aos créditos inscritos na forma da lei; 
 Despesas de cartório. 
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou o crédito referente às contribuições ordinárias ou o crédito referente às contribuições ordinárias ou o crédito referente às contribuições ordinárias ou 
extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva 
convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que 
documentalmente comprovadasdocumentalmente comprovadasdocumentalmente comprovadasdocumentalmente comprovadas; 
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou a certidão expedida por serventia notarial ou a certidão expedida por serventia notarial ou a certidão expedida por serventia notarial ou de registro de registro de registro de registro 
relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas 
pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas 
estabelecidas em leiestabelecidas em leiestabelecidas em leiestabelecidas em lei; 
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, 
a lei atribuir força executivaa lei atribuir força executivaa lei atribuir força executivaa lei atribuir força executiva. 
Parágrafo 1Parágrafo 1Parágrafo 1Parágrafo 1oooo A propositura de qualquer ação relativa a débito 
constante de título executivo não inibe o credor de promover-
lhe a execução. 
Parágrafo 2Parágrafo 2Parágrafo 2Parágrafo 2oooo Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de 
país estrangeiro não dependem de homologação para serem 
executados. 
Parágrafo 3Parágrafo 3Parágrafo 3Parágrafo 3oooo O título estrangeiro só terá eficácia executiva 
quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei 
do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado 
como o lugar de cumprimento da obrigação. 
 
 
 
 
 
 
Legitimidade da ação exLegitimidade da ação exLegitimidade da ação exLegitimidade da ação executivaecutivaecutivaecutiva 
Não há diferença entre a legitimidade na execução de 
título judicial e extrajudicial. 
 
1 Legitimidade ordinária e extraordinária 
A legitimidade ordinária está relacionada a quem 
detém o interesse, o direito. É a legitimidade que está 
atrelada a quem defende em nome próprio, direito próprio 
(coincidência entre o plano de direito material e o plano 
processual). 
A legitimidade extraordinária está ligada a quem 
defende em nome próprio, um direito de terceiro. 
 
2 Legitimidade originária e superveniente 
A legitimidade originária é aquela oriunda do próprio 
título judicial ou extrajudicial. Quando aqueles que figuram 
como polo ativo e passivo no título são os mesmo sujeitos que 
figuram como polo ativo e passivo no processo de execução, 
temos legitimidade originária. 
A legitimidade superveniente figura a relação em que 
um, ou os dois, sujeitos da relação processual executória não 
são os mesmos agentes originários do título. 
 
3 Legitimidade ativa e passiva (VIDE APOSTILA) 
Na legitimidade ativa, como regra geral, a execução há 
de ser promovida por quem figure no título executivo como 
credor. Daí que a legitimidade das partes vai ser, quase 
sempre, aferida pelo que constar do título executivo. A lei 
também atribui ao Ministério Público legitimidade para promover 
a execução, nos casos por ela previstos. Ele poderá atuar no 
processo como parte, e, nesse caso, caberá a ele promover a 
execução de sentença condenatória. Quando atuar como fiscal 
da lei, a sua legitimidade para ajuizar a execução depende 
de autorização legal, como em ações civil públicas, quando 
decorre o prazo de 1 ano sem que se habilitem interessados, 
em número compatível com a gravidade do dano. É admissível 
o litisconsórcio, tanto ativo como passivo. No entanto, ele será 
quase sempre facultativo (as hipóteses de litisconsórcio 
necessário em execução ficam restritas às obrigações de fazer 
incindíveis, ou às relacionadas à entrega de coisa indivisível). 
Ainda que sejam numerosos os credores, cada um poderá, 
livremente, executara parte que lhe caiba, ou até a 
totalidade da dívida, nas hipóteses de solidariedade ativa. 
Mas não se pode obrigar a totalidade dos credores a 
demandar conjuntamente. Não se admite, também, no processo 
ou na fase de execução, qualquer das formas de intervenção 
de terceiro. Ainda que tenha havido essa intervenção no 
processo de conhecimento, ela não se estenderá à execução. 
Na legitimidade passiva, a execução deve ser 
ajuizada, em regra, contra o devedor, reconhecido como tal, no 
título executivo. Essa observação assume maior relevância nas 
execuções de sentença penal condenatória. A sentença penal 
que condena o preposto não enseja a propositura de execução 
contra o preponente. Embora responda pelos danos civis 
causados por seus empregados (Súmula 341 STF), não há título 
executivo contra o patrão. Para que se possa atingir seu 
patrimônio, necessária a propositura de ação de conhecimento 
contra ele, na qual, no entanto, será desnecessária a prova de 
culpa do empregado, se tiver havido condenação criminal deste. 
 
 
Responsabilidade pResponsabilidade pResponsabilidade pResponsabilidade patrimonialatrimonialatrimonialatrimonial 
É a situação meramente potencial, caracterizada pela 
sujeitabilidade do patrimônio de alguém às medidas 
executivas destinadas à atuação da vontade concreta do 
direito material. Acontece em qualquer tipo de execução e há 
certas classes de patrimônio que não respondem 
(alienabilidade e impenhorável). 
 
Artigo 789. O devedor responde com todos os seus bens 
presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, 
salvo as restrições estabelecidas em lei. 
o Caso típico de responsabilidade patrimonial; 
o Corresponde ao artigo 585 do antigo CPC. 
 
Artigo 790. São sujeitos à execução os bens: 
I - do sucessor a título singular, tratandodo sucessor a título singular, tratandodo sucessor a título singular, tratandodo sucessor a título singular, tratando----se de execução se de execução se de execução se de execução 
fundada em direito real ou obrigação reipersecutóriafundada em direito real ou obrigação reipersecutóriafundada em direito real ou obrigação reipersecutóriafundada em direito real ou obrigação reipersecutória; 
Qualquer tipo de sucessão (causa mortis ou inter 
vivos). 
Direito real ou obrigação reipersecutória: bens que 
estejam sendo perseguidos; advém de direito pessoal. 
II - do sócio, nos termos da leido sócio, nos termos da leido sócio, nos termos da leido sócio, nos termos da lei; 
Através da desconsideração da personalidade jurídica. 
Responsabilidade ilimitada. 
Segundo o artigo 50 do CC, para ter desconsideração 
da pessoa jurídica, é preciso demonstrar desvio de finalidade 
(ou confusão patrimonial) e abuso da personalidade jurídica. 
III - do devedor, ainda que em poder de terceirosdo devedor, ainda que em poder de terceirosdo devedor, ainda que em poder de terceirosdo devedor, ainda que em poder de terceiros; 
Não importa nas mãos de quem esteja os bens do 
devedor, o credor poderá busca-los. 
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens 
próprios ou de sua meação respondem pela dívidapróprios ou de sua meação respondem pela dívidapróprios ou de sua meação respondem pela dívidapróprios ou de sua meação respondem pela dívida; 
O cônjuge responde com seu patrimônio particular e 
meação, podendo atingir a meação e patrimônio particular do 
outro cônjuge (dívida familiar). 
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à alienados ou gravados com ônus real em fraude à alienados ou gravados com ônus real em fraude à alienados ou gravados com ônus real em fraude à 
execuçãoexecuçãoexecuçãoexecução; 
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido 
anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de 
fraude contra credoresfraude contra credoresfraude contra credoresfraude contra credores; 
VII - do responsável, nos casos ddo responsável, nos casos ddo responsável, nos casos ddo responsável, nos casos de desconsideração da e desconsideração da e desconsideração da e desconsideração da 
personalidade jurídicapersonalidade jurídicapersonalidade jurídicapersonalidade jurídica. 
 
OBS: OBS: OBS: OBS: Desconsideração da personalidade jurídica (artigos 133 Desconsideração da personalidade jurídica (artigos 133 Desconsideração da personalidade jurídica (artigos 133 Desconsideração da personalidade jurídica (artigos 133 a a a a 
137137137137 do NCPC)do NCPC)do NCPC)do NCPC) 
o O juiz não pode fazer a desconsideração da personalidade 
jurídica de ofício (artigo 133); 
o A desconsideração vai para outra pessoa jurídica na qual 
esse sócio tenha participação societária; 
o A desconsideração geralmente é feita na execução, mas é 
possível requere-la na petição inicial; 
o Artigo 135: primeiro há citação para depois ponderar se há 
ou não a desconsideração; 
o Artigo 137: a fraude à execução traz ineficácia. 
 
Artigo 791. Se a execução tiver por objeto obrigação de que 
seja sujeito passivo o proprietário de terreno submetido ao 
regime do direito de superfície, ou o superficiário, responderá 
pela dívida, exclusivamente, o direito real do qual é titular o 
executado, recaindo a penhora ou outros atos de constrição 
exclusivamente sobre o terreno, no primeiro caso, ou sobre a 
construção ou a plantação, no segundo caso. 
O proprietário cede onerosa ou gratuitamente um 
terreno para construção ou plantação. 
PROPRIETÁRIO � SUPERFICIÁRIO 
(terreno) (para construção ou plantação) 
Se o credor for do proprietário, pode haver a penhora 
do terreno. Se for do superficiário, pode penhorar o direito real 
dele de plantação ou construção. 
Parágrafo 1o Os atos de constrição a que se refere 
ao caput serão averbados separadamente na matrícula do 
imóvel, com a identificação do executado, do valor do crédito 
e do objeto sobre o qual recai o gravame, devendo o oficial 
destacar o bem que responde pela dívida, se o terreno, a 
construção ou a plantação, de modo a assegurar a publicidade 
da responsabilidade patrimonial de cada um deles pelas 
dívidas e pelas obrigações que a eles estão vinculadas. 
Parágrafo 2o Aplica-se, no que couber, o disposto neste artigo à 
enfiteuse, à concessão de uso especial para fins de moradia e 
à concessão de direito real de uso. 
 
 Fraude à execução e fraude contra credoresFraude à execução e fraude contra credoresFraude à execução e fraude contra credoresFraude à execução e fraude contra credores 
Fraude à execuçãoFraude à execuçãoFraude à execuçãoFraude à execução Fraude contra credoresFraude contra credoresFraude contra credoresFraude contra credores 
É instituto do processo; É direito material; 
Processo pendente; Não tem processo pendente; 
Incidente no processo que já 
existe (se faz dentro da 
execução); 
É necessário ajuizar uma ação 
ordinária (pauliana ou 
revogatória); 
Não necessariamente preciso 
provar a insolvência, existe 
outro ato que pode provar; 
É preciso provar a insolvência 
para reconhecer a fraude; 
Gera ineficácia. Gera anulabilidade. 
 
 
Artigo 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada 
fraude à execução: 
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real quandosobre o bem pender ação fundada em direito real quando sobre o bem pender ação fundada em direito real quando sobre o bem pender ação fundada em direito real 
ou com pretensão reipersecutóriaou com pretensão reipersecutóriaou com pretensão reipersecutóriaou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do , desde que a pendência do , desde que a pendência do , desde que a pendência do 
processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se 
houverhouverhouverhouver; 
Independe de fase do processo, toda vez que o objeto 
da ação for um bem que tiver garantia real ou reipersecutória, 
qualquer alienação que for feita após a citação será 
considerada fraudulenta. Logo, é possível vender um bem em 
garantia real desde que seja antes da pendência de qualquer 
ação e se não tiver causa de insolvência. 
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência 
do processo de edo processo de edo processo de edo processo de execução, na forma doxecução, na forma doxecução, na forma doxecução, na forma do art. 828art. 828art. 828art. 828; 
Registro da execução na matrícula do imóvel, gerando 
publicidade. 
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipotquando tiver sido averbado, no registro do bem, hipotquando tiver sido averbado, no registro do bem, hipotquando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca eca eca eca 
judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do 
processo onde foi arguida a fraudeprocesso onde foi arguida a fraudeprocesso onde foi arguida a fraudeprocesso onde foi arguida a fraude; 
Registro de penhora. A jurisprudência sempre falou que 
o terceiro compra na pendência da execução, mas não tinha 
registro. Então, é de boa-fé (não há o que declarar fraude à 
execução). 
Súmula 375/STJ: O reconhecimento da fraude à 
execução depende do registro da penhora do bem alienado ou 
da prova de má-fé do terceiro adquirente. 
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava 
contra o devedor contra o devedor contra o devedor contra o devedor ação capaz de reduziação capaz de reduziação capaz de reduziação capaz de reduzi----lo à insolvêncialo à insolvêncialo à insolvêncialo à insolvência; 
Qualquer ação, ainda que na fase de conhecimento. 
V - nos demais casos expressos em leinos demais casos expressos em leinos demais casos expressos em leinos demais casos expressos em lei. 
Remete ao artigo 856, NCPC. 
Remissão de dívida caracteriza fraude à execução. 
 
 
Liquidação de sentençaLiquidação de sentençaLiquidação de sentençaLiquidação de sentença 
A liquidação é mais uma fase de um processo único, 
salvo no caso de sentença penal, arbitral ou estrangeira, onde 
o devedor será citado. Nos demais casos o devedor é intimado 
na pessoa de seu advogado. O recurso é um agravo de 
instrumento, pois a decisão é interlocutória. É uma fase do 
processo. 
O objetivo da liquidação é, portanto, o de integrar a 
decisão liquidanda, chegando a uma solução acerca dos 
elementos que faltam para a completa definição da norma 
jurídica individualizada, a fim de que essa decisão possa ser 
objeto de execução. 
A decisão interlocutória que declara líquida a 
sentença, se não for agravada, preclui para as partes e para o 
juiz, não podendo mais ser modificada. Isso não implica 
impossibilidade de, no curso de execução, atualizar-se o valor 
do débito, observando que atualizar não é modificar, mas 
adequar o valor nominal da moeda. Mas na liquidação jamais 
poderá haver modificação da sentença condenatória, nem 
rediscussão do que nela foi decidido. 
 
 Espécies de liquidação de sentençaEspécies de liquidação de sentençaEspécies de liquidação de sentençaEspécies de liquidação de sentença 
1 Definitiva 
Tem lugar quando a sentença já transitou em julgado 
e não há pendência de recurso. 
 
2 Provisória 
O título é precário; não há trânsito em julgado da 
sentença. Há recurso pendente sem efeito suspensivo. 
Artigo 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de 
recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, 
cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das 
peças processuais pertinentes. 
OBS: Poderá haver liquidação na pendência de recurso com OBS: Poderá haver liquidação na pendência de recurso com OBS: Poderá haver liquidação na pendência de recurso com OBS: Poderá haver liquidação na pendência de recurso com 
efeito suspensivo.efeito suspensivo.efeito suspensivo.efeito suspensivo. 
 
3 Por arbitramento 
Necessidade de passar por uma perícia técnica para 
liquidar. Auxiliar em juízo. Não há fato novo. 
Artigo 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de 
quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento 
do credor ou do devedor: I - por arbitramento, quando 
determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou 
exigido pela natureza do objeto da liquidação; 
Artigo 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada 
por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da 
mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao 
seguinte regime: 
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule 
a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao 
estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos 
autos. 
Artigo 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o 
litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um 
por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da 
causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta 
sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas 
as despesas que efetuou. 
Parágrafo 3o O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, 
caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento 
ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. 
3.1 Procedimento 
1 requerimento (provocação): por meio de petição intermediaria. 
� Despacho 
2 Intimação das partes para apresentar seus próprios estudos 
(artigo 510, NCPC). 
� Havendo acordo entre as partes, há julgamento 
direto pelo juiz sem a necessidade de nomear o 
perito. 
3 Nomeação do perito 
� Quesitos; 
� Assistentes. 
4 Laudo feito pelo perito � julgamento. 
 
4 Por procedimento comum (por artigos) 
Serve para trazer fato novo a discussão. Nela há 
necessidade de alegação e comprovação de um fato novo, 
ligado ao quantum debeatur. Fato novo não é necessariamente 
aquele ocorrido depois da sentença, mas aquele que não foi 
objeto da decisão e esteja relacionado ao Quantum. Na 
petição o autor enumerará os fatos novos. Pode haver perícia. 
Artigo 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de 
quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento 
do credor ou do devedor: 
Parágrafo 4o Na liquidação é vedado discutir de novo a lide 
ou modificar a sentença que a julgou (VIDE ANOTAÇÃO NO 
CÓDIGO). 
Súmula 344/STJ: A liquidação por forma diversa da 
estabelecida na sentença não ofende a coisa julgada (continua 
valendo mesmocom a entrada em vigor do novo código). 
4.1 Procedimento (artigo 1015, parágrafo único, NCPC) 
Petição intermediária � despacho � intimação (artigo 511, 
NCPC) � defesa � julgamento (decisão interlocutória). 
 
 
 
5 Liquidação por memória de cálculo (classificação doutrinária) 
Para fazer memória de calcula, é necessário requisitar 
documentos de terceiros que não são parte do processo. É um 
meio de liquidar sem ser por arbitramento ou procedimento 
comum. 
Artigo 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de 
quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento 
do credor ou do devedor: 
Parágrafo 2o Quando a apuração do valor depender apenas de 
cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o 
cumprimento da sentença. 
Artigo 524. O requerimento previsto no art. 523 será instruído 
com demonstrativo discriminado e atualizado do crédito, 
devendo a petição conter: 
Parágrafo 3o Quando a elaboração do demonstrativo depender 
de dados em poder de terceiros ou do executado, o juiz 
poderá requisitá-los, sob cominação do crime de desobediência. 
Parágrafo 4o Quando a complementação do demonstrativo 
depender de dados adicionais em poder do executado, o juiz 
poderá, a requerimento do exequente, requisitá-los, fixando 
prazo de até 30 (trinta) dias para o cumprimento da diligência. 
Parágrafo 5o Se os dados adicionais a que se refere o 
parágrafo 4o não forem apresentados pelo executado, sem 
justificativa, no prazo designado, reputar-se-ão corretos os 
cálculos apresentados pelo exequente apenas com base nos 
dados de que dispõe.

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