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Resumo P1 administrativo

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Resumo P1 Resumo P1 Resumo P1 Resumo P1 – Direito AdministrativoDireito AdministrativoDireito AdministrativoDireito Administrativo 
 
Roteiro de estudo: 
Módulo I: introdução ao direito administrativo; 
Módulo II: a organização administrativa; 
Módulo III: os poderes administrativos. 
 
Introdução ao Direito AdministrativoIntrodução ao Direito AdministrativoIntrodução ao Direito AdministrativoIntrodução ao Direito Administrativo 
 
 Conceito e objeto do Direito Conceito e objeto do Direito Conceito e objeto do Direito Conceito e objeto do Direito AdministrativoAdministrativoAdministrativoAdministrativo 
De acordo com o entendimento de José Carvalho dos 
Santos Filho, o direito administrativo pode ser conceituado 
como o conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao 
interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas 
e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que 
devem servir. 
Na aula, Tiago disse que o direito administrativo pode 
ser conceituado como sendo a ciência jurídica que possui um 
conjunto de regras e princípios próprios, que regula a atividade 
administrativa, sendo esta jurisdicional e não legislativa 
(direito público). 
O objeto do direito administrativo, em síntese, é a 
atividade administrativa. Por isso, fala-se que objeto abrange 
todas as relações internas à administração pública. 
 
 
 Regime jurídicoRegime jurídicoRegime jurídicoRegime jurídico do direito administrativodo direito administrativodo direito administrativodo direito administrativo 
A expressão regime jurídico administrativo é reservada 
tão-somente para abranger o conjunto de traços, de conotações, 
que tipificam o direito administrativo colocando a 
Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na 
relação jurídico-administrativa (Maria Silvya Di Pietro). 
Em outras palavras, afirma-se que o regime jurídico do 
direito administrativo é um regime de direito público, aplicável 
aos órgãos e entidades que compõem a administração pública e 
à atuação dos agentes administrativos em geral. Baseia-se na 
ideia de existência de poderes especiais passiveis de serem 
exercidos pela administração pública, contrabalanceados pela 
imposição de restrições especiais à atuação dessa mesma 
administração, não existentes, nas relações típicas do direito 
privado. 
O regime jurídico do direito administrativo pode ser 
traduzido por meio das prerrogativas e das limitações. A 
supremacia do interesse público fundamenta a existência das 
prerrogativas (ou poderes especiais da administração pública) 
das quais decorre a chamada verticalidade nas relações 
administração-particular. Toda atuação administrativa em que 
sejam impostas, unilateralmente, obrigações para o 
administrado ou que seja restringido ou condicionado o 
exercício de atividades ou de direitos dos particulares é 
respaldada pelo principio da supremacia do interesse público. 
Já as limitações são regidas pelo princípio da 
indisponibilidade do interesse público. Este princípio faz um 
contraponto com o tópico anterior. A administração sofre 
restrições em sua atuação. Essas limitações decorrem do fato 
de que a administração não é proprietária da coisa pública. Em 
decorrência da indisponibilidade do interesse público, a 
administração somente pode atuar quando houver lei que 
autorize ou determine a sua atuação. 
 
 Fontes do direito administrativoFontes do direito administrativoFontes do direito administrativoFontes do direito administrativo 
O direito administrativo é codificado, porém não possui 
código próprio, apenas legislação esparsa. As principais fontes 
do direito administrativo são doutrina, jurisprudência e 
costumes. Acerca da jurisprudência, apenas o STF legisla sobre 
súmula vinculante. 
OBS: Súmula 473/STF � não vinculante/poder de autotutela “A 
administração pode anular seus próprios atos, quando eivados 
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam 
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, 
em todos os casos, a apreciação judicial”. 
 
 Princípios do direito administrativoPrincípios do direito administrativoPrincípios do direito administrativoPrincípios do direito administrativo 
Por ter a Constituição Federal enunciado alguns 
princípios básicos para a Administração,vamos considerá-los 
expressosexpressosexpressosexpressospara distingui-los daqueles outros que, não osendo, 
são aceitos pelos publicistas, e que denominaremos de 
reconhecidosreconhecidosreconhecidosreconhecidos(Carvalho Filho). 
 
Princípios expressos na Constituição 
A Constituição vigente, ao contrário das anteriores, 
dedicou um capítulo à Administração Pública (Capítulo VII do 
Título III) e, no art. 37, deixou expressos os princípios a serem 
observados por todas as pessoas administrativas de qualquer 
dos entes federativos. Foi convencionado denominá-los de 
princípios expressosprincípios expressosprincípios expressosprincípios expressosexatamente pela menção constitucional. 
Revelam-nos as diretrizes fundamentais da Administração, de 
modo que só se poderá considerar válida a conduta 
administrativa se estiver compatível com eles (Carvalho Filho). 
 
1 Princípio da Legalidade 
Por este princípio, toda e qualquer atividade 
administrativa deve ser autorizada por lei. Implica a 
subordinação completa do administrador à lei. Na comparação 
de Hely Lopes Meirelles, enquanto os indivíduos no campo 
privado podem fazer tudo o que a lei não veda, o 
administrador público só pode atuarsó pode atuarsó pode atuarsó pode atuaronde a lei autoriza. Só é 
legitima a atividade do administrador público se estiver 
condizente com o disposto na lei. 
 
2 Princípio da Impessoalidade 
É considerado impessoal o que não pertence a uma 
pessoa especial, ou seja, aquilo que não pode ser voltado 
especialmente a determinadas pessoas. É objetivo do princípio 
da impessoalidade a igualdade de tratamento, por parte da 
administração, para com os administrados que se encontrarem 
em idêntica situação jurídica (faceta da isonomia). 
Para que haja verdadeira impessoalidade, deve a 
Administração voltar-se exclusivamente para o interesse público, 
e não para o privado, vedando-se, em consequência, sejam 
favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros e 
prejudicados alguns para favorecimento de outros (Carvalho 
Filho). 
Decorre deste princípio, o chamado princípio da 
finalidade. Este afirma que o alvo a ser alcançado pela 
Administração é somente o interesse público, e não se alcança o 
interesse público se for perseguido o interesse particular, 
porquanto haverá nesse caso sempre uma atuação 
discriminatória. 
Este princípio admite várias exceções, dentre elas o 
sistema de cotas raciais. 
 
3 Princípio da Moralidade 
O princípio da moralidade impõe que o administrador 
público não dispense os preceitos éticos que devem estar 
presentes em sua conduta. Deve não só averiguar os critérios 
de conveniência, oportunidade e justiça em suas ações, mas 
também distinguir o que é honesto do que é desonesto. Tal 
forma de conduta deve existir não somente nas relações entre 
a Administração e os administrados em geral, como também 
internamente, seja, na relação entre a Administração e os 
agentes públicos que a integram. 
O constituinte pretendeu, ao expressar este princípio na 
constituição, coibir a falta de moralidade na administração 
pública. Entretanto, somente quando os administradores 
estiverem imbuídos de espirito público é que este princípio será 
efetivamente observado. 
É fato que o princípio da moralidade,apesar de 
possuir conteúdo diferente, está intimamente ligado ao princípio 
da legalidade e da pessoalidade. Explica-se. Em algumas 
ocasiões, a imoralidade consistirá na ofensa direta à lei e aí 
violará, ipso facto, o princípio da legalidade. Em outras, residirá 
no tratamento discriminatório, positivo ou negativo, dispensado 
ao administrado; nesse caso, vulnerado estará também o 
princípio da impessoalidade, requisito, em última análise, da 
legalidade da conduta administrativa. 
Através do princípio da moralidade, foi vedada a 
prática do nepotismo dentro da administração pública. Ficou 
proibida a nomeação para cargos em comissão ou funções 
gratificadas de cônjuge (ou companheiro) ou parente em linha 
direta ou por afinidade, até o terceiro grau inclusive, de 
membros de tribunais, juízes e servidores investidos em cargos 
de direção ou assessoramento, estendendo-se a vedação à 
ofensa por via oblíqua, concretizados pelo favorecimento 
recíproco, ou por cruzamento (o parente de uma autoridade 
subordina-se formalmente a outra, ao passo que o parente 
desta ocupa cargo vinculado àquela). 
Excetuam-se da vedação para tais hipóteses, é claro, 
os casos em que a nomeação recai sobre cônjuge ou parente 
que ocupam cargos efetivos por efeito de aprovação em 
concurso público. 
 
4 Princípio da Publicidade 
Este princípio indica que os atos da Administração 
devem merecer a mais ampla divulgação possível entre os 
administrados, e isso porque constitui fundamento do princípio 
propiciar-lhes a possibilidade de controlar a legitimidade da 
conduta dos agentes administrativos. 
Os atos administrativos são publicados em órgãos de 
imprensa ou afixados em determinado local das repartições 
administrativas, ou, ainda, mais modernamente, divulgados por 
outros mecanismos integrantes da tecnologia da informação, 
como é o caso da Internet. 
Não se deve perder de vista que todas as pessoas têm 
o direito à informaçãodireito à informaçãodireito à informaçãodireito à informação, ou seja, o direito de receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse particular ou de interesse 
coletivo, com exceção das situações resguardadas por sigilo. 
Esse é o mandamento constante do art. 5º, XXXIII, da cf. À 
administração pública cabe dar cumprimento ao dispositivo, 
como forma de observar o princípio da publicidade. Embora 
nascido com o timbre de direito individual, atualmente o 
direito à informação dos órgãos públicos espelha dimensão 
coletiva, no sentido de que a todos, de um modo geral, deve 
assegurar-se o direito. 
Foi promulgada a Lei 12.527, de 18.11.2011 (Lei de 
Acesso à Informação) com incidência sobrea União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios, que passou a regular tanto o 
direito à informação, quanto o direito de acesso a registros e 
informações nos órgãos públicos. No sistema da Lei de Acesso, 
foram contempladas duas formas de publicidade. A primeira 
foi denominada de transparência ativa, marcada pelo fato de 
que as informações são transmitidas ex officio pela 
Administração, inclusive pela referência nos respectivos sítios 
eletrônicos. A segunda chama-se transparência passiva, 
caracterizando-se pelo procedimento em que o interessado 
formula sua postulação ao órgão que detém a informação. 
Todos os atos da administração pública devem ser 
publicados, excetos os atos que comprometam a segurança do 
Estado (Tiago). 
 
5 Princípio da Eficiência 
Relativo à forma de atuação do agente público, 
espera-se melhor desempenho possível de suas atribuições. É 
esperado que se alcance melhores resultados na prestação de 
serviços públicos (art. 41, CF). 
O objetivo principal da eficiência é assegurar que os 
serviços públicos sejam prestados com adequação às 
necessidades da sociedade que os custeia. Está ligado 
diretamente a ideia de economicidade. A instituição eficiente 
não é questão de conveniência e oportunidade administrativa, 
mas sim uma obrigação do administrador. 
Macete para não esquecer os nomes dos princípios Macete para não esquecer os nomes dos princípios Macete para não esquecer os nomes dos princípios Macete para não esquecer os nomes dos princípios 
expressos: expressos: expressos: expressos: 
LLLLegalidade egalidade egalidade egalidade 
IIIImpessoalidade mpessoalidade mpessoalidade mpessoalidade 
MMMMoralidade oralidade oralidade oralidade LIMPELIMPELIMPELIMPE 
PPPPublicidadeublicidadeublicidadeublicidade 
EEEEficiênciaficiênciaficiênciaficiência 
 
 
Princípios reconhecidos 
1 Princípio da Autotutela 
A administração pode anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se 
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, 
em todos os casos, a apreciação judicial (súmula 473/STF). 
Sob o aspecto da legalidade, a administração pública 
pode de oficio ou provocada, anular os seus atos ilegais. Sob 
o aspecto de mérito, em que conveniência e oportunidade de 
manter ou desfazer um ato ilegítimo. 
Somente a administração pública possui competência 
para revogar seus atos. 
 
2 Princípio da Autoexecutoriedade 
A administração pública pratica seus atos sem precisar 
de previa autorização do judiciário (poder de polícia). 
 
3 Princípio da Motivação 
Qualquer gestor público para estabelecer os atos 
administrativos precisa obedecer aos pressupostos fatos e 
jurídicos inerentes a eles. 
 
4 Princípio da Finalidade 
Ir à busca do interesse público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A organização administrativaA organização administrativaA organização administrativaA organização administrativa 
 
 Órgãos e entidades Órgãos e entidades Órgãos e entidades Órgãos e entidades da Administração Públicada Administração Públicada Administração Públicada Administração Pública 
 
 
 
Administração Pública Direta:Administração Pública Direta:Administração Pública Direta:Administração Pública Direta: é composta pelos órgãos que 
integram as entidades administrativas (União, estados, 
municípios e DF). Exerce as suas funções de forma centralizada 
através de seus órgãos. 
� Órgãos são entes despersonalizados; 
� Órgão não é não sujeito de obrigações/de direitos; 
 
Administração Pública Indireta:Administração Pública Indireta:Administração Pública Indireta:Administração Pública Indireta: conjunto de entidades 
administrativas pertencentes àUnião e estados. Exerce as suas 
Administração Pública
Administração Pública 
Direta
Administração Pública 
Indireta
funções de forma descentralizada daquelas pessoas previstas 
no artigo 18 da Constituição (União, estados, DF e municípios). 
� Os entes administrativos são pessoas jurídicas de 
direito público. 
 
 
 
 
 Técnica administrativaTécnica administrativaTécnica administrativaTécnica administrativa 
Descentralização Descentralização Descentralização Descentralização DesconcentraçãoDesconcentraçãoDesconcentraçãoDesconcentração 
Administração pública indireta Pode acontecer tanto na 
administração pública direta 
quanto na indireta 
Tirar a atividade de centro e 
entregar para outra pessoa 
Técnica de repartição de 
competência dentro dos órgãos 
ou da própria entidade 
Não há hierarquia entre a 
entidade e o órgão 
Há hierarquia 
Decreto-lei 200/67 
 
Ad
m
in
is
tr
a
çã
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bl
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a
 I
nd
ir
et
a Autarquias
Fundação Pública de 
direito público
Empresa pública e 
sociedade de 
economia mista
Agência 
reguladora
Agência 
executiva
1 DescentralizaçãoNas palavras de José dos Santos Carvalho Filho, a 
descentralização é a situação em que o Estado executa suas 
tarefas indiretamente, isto é, delega as suas atividades para 
outras entidades. É subdividida em descentralização por 
outorga e descentralização por delegação. 
A descentralização por outorga é realizada por lei 
específica (artigo 37, XIX, CF) havendo a transferência de 
titularidade e execução do serviço público. Entende-se que as 
entidades possuem personalidade jurídica. Exemplo: Banco do 
Brasil. 
A descentralização por delegação é realizada mediante 
contrato administrativo, havendo a transferência apenas da 
execução do serviço. É necessário que haja licitação. Exemplo: 
São José de Ribamar delega para o setor privado a execução 
do serviço sanitário. 
 
 
2 Desconcentração 
É uma técnica de repartição de competência que 
acontece dentro dos órgãos ou entidades administrativas. 
Escalonamento do órgão ou entidade administrativa. Nessa 
técnica, há hierarquia, ou seja, sempre vai haver uma 
autoridade que vai comandar (Tiago). 
OBS: fundação pública de direito público � o Estado destacou 
um dinheiro seu para que uma entidade exerça uma atividade 
administrativa. Se for uma atividade administrativa pública 
(universidades) é direito público; se for algo na área econômica 
será direito privado. Esta ultima ainda não foi criada no 
âmbito da administração pública federal. No âmbito estadual, 
existem duas no estado de MG. 
 
 
 
 
 
 Administração Pública IndiretaAdministração Pública IndiretaAdministração Pública IndiretaAdministração Pública Indireta 
Nas palavras de José dos Santos Carvalho Filho, a 
administração pública indireta pode ser conceituada como 
conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à 
respectiva Administração Direta, têm o objetivo de desempenhar 
as atividades administrativas de forma descentralizada. 
A administração pública indireta é composta de pessoas 
jurídicas chamadas de entidades. De acordo com artigo 4º, II 
Lei ordinária
Cria
PJ de direito 
público
Autarquias
Fundação 
pública de 
direito público
Autoriza
PJ de direito 
privado
Sociedade de 
Economia Mista
Empresa 
Pública
Fundação 
Pública de 
Direito Privado
do decreto-lei 200/67, Administração Indireta compreende as 
seguintes categorias de entidades, dotadas, como faz questão 
de consignar a lei, de personalidade jurídica própriapersonalidade jurídica própriapersonalidade jurídica própriapersonalidade jurídica própria: as 
autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia 
mista e as fundações públicas. 
 
1 Autarquias 
São pessoas jurídicas de direito público, criadas por 
lei especifica para exercerem atividades tipicamente 
administrativas (Tiago). São entidades autônomas em relação à 
administração pública direta. 
Serviço autônomo, criado por lei, com personalidade 
jurídica, patrimônio e receita própria, para executar atividades 
típicas da administração pública, que requeiram, para seu 
melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira 
descentralizada (decreto-lei 200/67). 
A execução que seja movida contra a autarquia é 
paga mediante precatória (artigo 100, CF). Possuem prazos 
dilatados, seus bens são impenhoráveis, precisam de licitação. 
 
1.1 Autarquias de regime especial (lei 5540/68) 
São (algumas) universidades públicas. Possuem maior 
autonomia. A lei que as cria vai conceder através de seus 
dispositivos uma maior autonomia. Um exemplo disso é em 
relação ao mandato de seus dirigentes, no qual há 
impossibilidade de exoneração pelo chefe do executivo. 
Exemplo: UEMA, agências reguladoras (todas são de 
regime especial). 
 
1.2 Autarquias corporativas (lei 6549/98) 
São autarquias que estão relacionadas com as 
entidades de classe. São pessoas jurídicas de direito público. 
O STF entendeu que a OAB é uma entidade sui generis, não 
sendo uma autarquia corporativa, nem pessoa jurídica de 
direito público ou privado. 
Exemplos: CRM, CRO, CREA. 
 
2 Fundação Pública de Direito Público 
É uma espécie do gênero autarquia que não vai 
exercer atividades tipicamente administrativas. Terá o mesmo 
regime (direito público) das autarquias. Seus funcionários serão 
admitidos por meio de concurso público (estatutários). 
 
3 Fundação Pública de Direito Privado 
Os funcionários são admitidos meio de concurso público 
(celetistas), os bens são penhoráveis. Exerce atividades previstas 
em lei complementar. O regime é mesmo das Sociedades de 
Economia Mista e Empresas Públicas. 
 
4 Consórcios públicos (lei 11107/05) 
Entidades associativas entre entes federados, da 
mesma espécie ou não, ou pessoas politicas que podem seguir o 
regime de direito público ou privado (Carla). São entidades 
associativas que criam entes federativos, da mesma espécie ou 
não, e podem possuir personalidade jurídica de direito público 
ou direito privado (Tiago). 
 
A União não pode fazer consórcio público direto com os 
municípios, a não ser que os estados ao qual pertença tais 
municípios também façam parte do consórcio. O chefe do 
consorcio não necessariamente será o chefe da União. 
Não pode haver consórcio público entre municípios de 
estados diferentes, mesmo que os estados em que estes 
municípios estão inseridos participem deste consórcio. Entretanto, 
é permitido que haja consórcio entre o DF e qualquer município. 
 Quando os consórcios públicos adquirirem a 
personalidade jurídica de direito público, automaticamente 
passam a integrar a administração pública indireta de todos os 
entes envolvidos. Por outro lado, quando esses consórcios 
adquirirem a personalidade jurídica de direito privado, a lei é 
omissa, ou seja, não diz se passa ou não a integrar a 
Consórcios Públicos
Direito público: 
associação pública 
(autarquia 
plurifederativas).
Direito privado: 
qualquer forma prevista 
na legislação civil, 
desde que não tenha 
fins economicos. 
administração pública indireta. A maioria da doutrina admite 
que integram a administração pública indireta. 
 
5 Agências executivas (artigo 37, parágrafo 8º) 
As agências executivas se distinguem das agências 
reguladoras pela circunstância de não terem, como função 
precípua, a de exercer controle sobre particulares prestadores 
de serviços públicos. Tais entidades, ao revés, destinam-se a 
exercer atividade estatal que, para melhor desenvoltura, deve 
ser descentralizada e, por conseguinte, afastada da burocracia 
administrativa central. A base de sua atuação, desse modo, é 
a operacionalidade, ou seja, visam à efetiva execução e 
implementação da atividade descentralizada, diversamente da 
função de controle, esta o alvo primordial das agências 
reguladoras. 
São contratos de gestão que essas autarquias e as 
fundações públicas de direito público assinam com a pessoa 
politica que as criaram, para conceder uma maior autonomia 
orçamentária e financeira. 
 
6 Sociedade de Economia Mista (artigo 173, CF) e Empresas 
Públicas (Artigos 173 e 175, CF) 
Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas 
de direito privado, integrantes da Administração Indireta do 
Estado, criadas por autorização legal, sob a forma de 
sociedades anônimas, cujo controle acionário pertença ao Poder 
Público, tendo por objetivo, como regra, a exploração de 
atividades gerais de caráter econômico e, em algumas 
ocasiões, a prestação de serviços públicos. 
Citem-se, como exemplos mais conhecidos de 
sociedades de economia mista, também no plano federal, o 
Banco do Brasil S.A.; o Banco da Amazônia S.A.; a PETROBRAS – 
PetróleoBrasileiro S.A., e outras tantas vinculadas a 
administrações estaduais e municipais. 
Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito 
privado, integrantes da Administração Indireta do Estado, 
criadas por autorização legal, sob qualquer forma jurídica 
adequada a sua natureza, para que o Governo exerça 
atividades gerais de caráter econômico ou, em certas 
situações, execute a prestação de serviços públicos. 
São exemplos de empresas públicas federais, entre 
tantas, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; a FINEP – 
Financiadora de Estudos e Projetos; a Casa da Moeda do 
Brasil; a Caixa Econômica Federal; o BNDES – Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico e Social; o SERPRO – Serviço 
Federal de Processamento de Dados etc. Logicamente, inúmeras 
outras empresas públicas estão vinculadas a Estados e a 
Municípios, o que certamente estará fixado na lei ou nos 
decretos organizacionais dessas pessoas. 
 
 
 
 
 Sociedade de 
Economia Mista 
Empresa Pública 
Foro Justiça comum Justiça federal 
Prestação de contas Tribunal de contas e controladorias 
Licitação Todas as EP e as SEM que prestarem 
serviços públicos tem que utilizar o 
regime geral de licitações. Já as EP e 
SEM que explorarem atividade 
econômica, terão regime próprio de 
licitação (aplica-se a lei 8666 com 
relação à atividade-meio). 
Responsabilidade 
Civil 
Para as EP e as SEM que forem explorar 
atividade econômica, a responsabilidade 
civil é subjetiva, desde que seja 
comprovado o dolo. Já as EP e as SEM 
que prestam serviços públicos, a 
responsabilidade civil é objetiva (art. 37, 
parágrafo 6º, CF). 
Tributos As EP e as SEM que prestam serviços 
públicos possuem imunidade tributária. Já 
as EP e SEM que exploram atividade 
econômica possuem o regime estendido 
para os particulares (não há imunidade 
tributária). 
Regime de 
funcionários 
Tanto para SEM e EP, concurso público. 
São celetistas chamados de empregados 
públicos que não possuem a estabilidade 
prevista no artigo 41 da CF 
 
7 Entidades paraestatais (lei 9637/98) 
Pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos 
que não integram a administração pública, nem direta nem 
indireta. 
 
 
7.1 Serviços sociais autônomos 
Serviços prestados pelas pessoas jurídicas de direito 
privado sem fins lucrativos, mas que tem uma 
representatividade de uma categoria econômica. O tipo de 
serviço prestado é assistência social e ensino profissionalizante. 
Há quem diga que estas desenvolvem atividade de fomento. 
Exemplos: sistema S (SEBRAE, SESC, SENAI, SESI, etc). 
 
 7.2 Organizações sociais 
São qualificações concedidas pelo poder executivo a 
algumas pessoas jurídicas de direito público sem fins 
lucrativos. Estão aptas a receber essas qualificações as 
associações civis e as fundações privadas. Instrumento: contrato 
de gestão e titulo judicial. 
En
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is
Serviços sociais 
autonomos 
Organizações sociais
OSCIP - organização 
da sociedade civil 
de interesse público
Estas qualificações são discricionárias. Quando o 
executivo as concede, significa que estão aptas a receber 
recursos públicos. Os serviços prestados são assistência social, 
educação, preservação ao meio ambiente, cultura e saúde. 
 
8 OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público 
Pessoa jurídica de direito público sem fins lucrativos. 
São qualificações não discricionárias que possuem requisitos 
estabelecidos pelo Ministério da Justiça. É vinculada. 
O instrumento é o termo de parceria. Não podem 
receber esta qualificação: instituições religiosas, sindicatos, 
partidos políticos e organizações sociais. As atividades 
desenvolvidas são de conceito jurídico indeterminado 
(utilidade pública ou interesse público).

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